Governo do Estado
aumenta contribuição previdenciária
Mesmo com votos
contrários de integrantes da base aliada, o governador Tarso Genro (PT)
conseguiu que a Assembleia legislativa aprovasse o primeiro dos projetos que
fazem parte do pacote enviado ao Legislativo. Com 29 favoráveis e 24 contra,
foi aprovada a proposta de elevação da contribuição previdenciária dos
servidores civis e militares que passa de 11% para 13,25%.
Juliana Brizola (PDT),
Marcelo Moraes (PTB) e Catarina Paladini (PSB), todos integrantes da base
aliada, votaram contra o projeto. A deputada Catarina Paladini disse que não
teme retaliações por parte do governo e adiantou que votará contra os reajustes
nas taxas do Detran.
Os deputados Raul Pont
(PT) e Frederico Antunes (PP) trocaram ofensas durante os debates, numa
discussão que acabou em quebra do decoro.
Fortunati vai buscar
parceria para qualificar metrô
O prefeito José
Fortunati viaja à São Paulo nesta quarta-feira, 6, para buscar parceria técnica
junto ao governo paulista a fim de qualificar o projeto do Metrô de Porto
Alegre. Às 14h, terá reunião com o secretário dos Transportes Metropolitanos,
Jurandir Fernandes, e com o presidente da Companhia do Metropolitano - Metrô,
Peter Walker.
A proposta da prefeitura
é buscar na experiência de São Paulo na área metroviária, referencial técnico
para ampliar a eficiência na modelagem operacional e de engenharia do metrô,
adequada à realidade da capital gaúcha. Participam da agenda o secretário de
Gestão, Urbano Schmitt, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte
e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari.
O projeto - O Metrô
de Porto Alegre está baseado em um modelo de integração com o sistema de BRT
(Bus Rapid Transit) e com o Trem Metropolitano (Trensurb), sendo uma ação
estruturante não apenas para a Capital, mas para toda a Região Metropolitana.
Com extensão de 14,88 quilômetros, a Fase 1 de implantação do metrô terá 13
estações, distribuídas entre o Centro Histórico e a Fiergs, na Zona Norte.
Foto: Sul21
Habitação terá
financiamento de 35 anos
A Caixa Econômica
federal anunciou que o prazo para financiamento habitacional com recursos da
poupança e alienação fiduciária, passou de 30 para 35 anos. José Urbano Duarte,
vice-presidente de governo e habitação da Caixa, anunciou também a redução das
taxas de juros, que passou de 9% para 8,85% ao ano mais a Taxa Referencial
(TR). Fora do Sistema Financeiro de habitação (SFH), imóveis acima de R$ 500
mil, terão taxa que passa de 10% para 9,9% ao ano, mais TR.
As novas regras, que
passam a vigorar a partir da próxima semana, valem apenas para novos
financiamentos. “Já solicitamos a ampliação para o conselho curador do FGTS”,
disse o vice-presidente. Ele informou, ainda, que a inclusão de imóveis dentro
do programa Minha casa minha Vida, também foi solicitada.
Albergue municipal
recebe 478 moradores
Chegada do frio provoca
aumento da procura por vagas no albergue
Nos primeiros dias de
frio, o Albergue Municipal da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc)
registrou 478 vagas preenchidas, divididas entre as primeiras quatro noites da
Operação Inverno, que começou sexta-feira 1º de junho. Uma média de 115
procuras por noite. Há 150 vagas no albergue, além das conveniadas, que
receberam 22 moradores em situação de rua.
Coordenada pela Fasc, a
Operação Inverno coloca à disposição mais de 621 vagas, somando rede própria e
conveniada. Do total, 30 novas vagas são do Albergue Municipal (Rua Comendador
Azevedo, 215, bairro Floresta), aumentando sua capacidade de 120 para 150
moradores; no abrigo conveniado Dias da Cruz (Rua João Pessoa, 366), o
atendimento foi ampliado de 30 para 40 vagas; no Monsenhor Felipe Diel (Praça
Navegantes, 41), a oferta passa de 145 para 198 vagas, um aumento de 53
unidades; e no Abrigo de Mulheres Ilê Mulher, que passa de 30 para 60 vagas.
Também existem outros equipamentos da Fasc destinados ao acolhimento de
moradores em situação de rua: Abrigo Marlene, no bairro Menino Deus, com 100
vagas; e Abrigo Municipal Bom Jesus, no bairro Bom Jesus, com 78 vagas.
Nestes primeiros dias de
Operação Inverno, foram realizadas 12 abordagens, e nenhuma foi aceita. A
equipe do albergue realiza rondas todos os dias, das 20h até as 0h. Após esse
horário, são atendidas denúncias feitas pela comunidade no telefone (51)
3346-3238.
De acordo com o gerente
do Albergue Municipal, Franke Hendler, os dias de maior procura são os de frio
intenso e chuva. É esperado um aumento na demanda de vagas devido à previsão do
tempo, que anuncia a queda na temperatura nos próximos dias.
Foto: Cristine Rochol/PMPA
Na terra do futebol arte,
seremos 190 milhões em ação
Adeli Sell*
Lembro-me do campeonato de 70, com aquela famigerada música dos milicos
“Noventa Milhões em Ação, Pra Frente Brasil, Do Meu Coração!”… Naquela época,
ainda distante da Capital gaúcha, (sou natural do oeste catarinense) não tinha
ideia da ideologização do futebol e do controle da ditadura sobre as pessoas.
Até porque minha família não era politizada.
Passadas algumas décadas, mais uma vez me deparo com uma Copa do
Mundo. Creio que me politizei, já sei o que está em jogo e quais são os
interesses econômicos que circundam este meio. Infelizmente o futebol deixou de
ser arte. Não apenas por causa dos péssimos exemplos que temos hoje, como o do
Ronaldinho Gaúcho e de outros de sua espécie. Mas porque agora o sujeito não
joga mais por amor ao time. Tudo gira em torno do dinheiro.
Mas não sou estudioso de futebol e talvez você tenha razão se
achar que nada entendo de futebol. Mas posso garantir que dos interesses de
nossa cidade, do seu povo, eu entendo. Entendo que a Copa será legal se deixará
um bom legado para nós e nosso futuro. Ela modificará Porto Alegre. Até o
antigo Eucaliptos foi vendido e vai virar condomínio; o Beira Rio não reinará
sozinho ali na Orla, edifícios brotarão em seu entorno.
O Olímpico vai sumir e 19 novas torres de edifícios vão surgir. E
vamos ter que voltar a falar nas trincheiras por debaixo da Carlos Barbosa,
para sair pela Goiás e pela Mato Grosso para usar a Florianópolis que será a
rota ao Centro, porque fará binário com a Azenha – que terá mão única
Centro/Bairro. Duvidam? Eu aposto que será assim. Não tem alternativa. E ali na
entrada da cidade a Arena começa já a ser vistosa.
Mas como ficarão as obras de infraestrutura? Algumas estão saindo,
outras estão a caminho. Mas há algumas que não virão a tempo. Como o metrô, que
poderia ter vindo até bem perto do Beira Rio para depois seguir pela Bento
Gonçalves rumo ao Campus da UFRGS. Os governos foram incompetentes para tal.
Mas com nossa pressão sairá até a Fiergs, mas isto só para depois da Copa.
E a gente só queria calçadas bem cuidadas, e os que não as
arrumarem poderiam ser multados e quem sabe assim pensariam nos cadeirantes,
deficientes visuais e idosos. E os turistas iriam agradecer e compartilhar com
os outros suas experiências em Porto Alegre. Isso nos renderia novas visitas.
Mas muito mais falariam se viessem somadas as ciclovias e ciclofaixas. Mas
estas estão virando piada na cidade, como é o caso da mais curta do mundo,
aquela que liga “nada a lugar algum” na Ipiranga.
Mas já seria uma boa se os próximos ônibus fossem biarticulados,
com piso baixo, com acessibilidade e com ar condicionado. Quero as Lotações
Transversais também. Se as coisas fossem assim, eu acho que teríamos um milhão
e meio de porto-alegrenses em ação. Atingindo, por que não, os 10 milhões de
gaúchos também.
E como agirão os outros 180 milhões de brasileiros? Acho que pela paixão
todos vão torcer pela seleção, mesmo com um nó na garganta. Mas seus gritos
seriam mais audíveis se o Brasil conseguisse fazer o que deve fazer: obras
eficientes que contemplem nossas necessidades atuais e futuras, não é?
Eu não gostaria de rever aquela euforia sem sabedoria de 1970. Eu não
gostaria de ver agora 190 milhões berrando como se tudo estivesse bem, se os
estádios forem feitos na base da corrupção, como sabemos que pode acontecer
neste país.
Eu gostaria de ver euforia, sim, por um futebol arte de um lado e de
obras que fossem boas para mim e para os demais brasileiros. Eu quero ver desde
já o Brasil em ação, acreditando que muitas benfeitorias ficarão em benefício
das populações das cidades-sedes. Afinal, transporte coletivo, rede hoteleira,
comunicações, aeroportos, hospitais e toda a infraestrutura de suporte ao maior
evento esportivo mundial não serão desfeitos após o apito final em que se
saberá quem será o novo campeão mundial.
Sou mais um dos que está preocupado e estarei em ação com nossos 190
milhões de brasileiros lutando para que o Brasil consiga dar a volta por cima,
recuperar o tempo perdido e fazer as obras que tiverem que ser feitas, com
gestões honestas e transparentes.
*Vereador e presidente do PT em Porto Alegre
Mercado Público poderá abrir aos
domingos
A
necessidade de renovação e adequação do Mercado Público para a Copa de 2014 foi
a pauta da reunião desta terça-feira, 5, com os permissionários das bancas,
lojas e restaurantes. No encontro também foram discutidos novos investimentos
necessários para obras de revitalização e novos horários de funcionamento. Um
estudo deve ser realizado sobre a viabilidade de abertura aos domingos e também
ampliação dos horários durante o verão.
O
gerente do programa “Viva o Centro”, Glênio Bohrer, e o coordenador do Gabinete
de Assuntos Especiais, Edemar Tutikian, apresentaram aos comerciantes os
projetos de revitalização do Centro Histórico de Porto Alegre e do Cais Mauá.
Quando concluídas as obras, os novos negócios que vão funcionar na região devem
gerar três mil empregos e atrair consumidores e turistas. Por isso o Mercado
Público também precisa se adaptar.
O
Secretário da Produção, Indústria e Comércio, Omar Ferri Júnior, e a
coordenadora dos Próprios Municipais, Adriana Leão, tiraram dúvidas dos
permissionários e ouviram as ideias deles para essa nova etapa pela qual Porto
Alegre passa. A intenção é ter um espaço renovado não só para a Copa, mas
também para os moradores e turistas que visitam a Capital.
Uma
comissão com representantes da Smic e da Associação do Comércio do Mercado
Público Central será criada na semana que vem e terá 30 dias para fazer uma
vistoria em todos os estabelecimentos e definir quais as adequações físicas e
operacionais devem ser feitas. Depois disso os permissionários terão 60 dias
para apresentarem seus projetos e um ano para executar as melhorias. A
renovação das permissões de uso depende desses projetos.