quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mensalão

Voto do revisor – 6
Lewandowski analisa as acusações contra o outro sócio de Marcos Valério, Ramon Hollerbach.
Segundo Lewandowski, ficou comprovado nos autos que Hollerbach agiu na condição de sócio, em uma "atuação na trama criminosa".
“Ele era partícipe dessa trama. Hollerbach assinou diversos livros contábeis, os quais foram forjados em seu conteúdo”.
Concluo pela condenação do acusado Ramon Hollerbach, em virtude da apropriação ilícita das verbas do fundo Visanet, pelo segundo peculado de bônus de volume, e finalmente, pela condenação por crime de corrupção ativa.

Mensalão

Voto do revisor - 5
Lewandowski analisa  as acusações contra o sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz.
Cristiano Paz e Ramon Hollebarch, sócios de Marcos Valério, alegam terem sido incluídos na denúncia apenas por integrarem a DNA Propaganda.
O revisor afirma que a responsabilidade penal de Cristiano Paz foi demonstrada na acusação de corrupção ativa. Lewandowski afirma que teve dificuldade de incluir Paz, porque ele se desligou da DNA Propaganda, "mas, aprofundando as minhas investigações, acredito que reuni elementos para delinear esse liame". O próprio réu em depoimento afirma ser sócio da DNA por meio da Graffiti Participações, e que esta funcionava no mesmo endereço da SMP&B, diz Lewandowski. Segundo o revisor, o cheque usado para pagamento de vantagem indevida a Pizzolato foi assinado por Paz. Lewandowski pede para que cópias do cheque sejam distribuídas aos ministros.
“Esse cheque, para mim, foi a prova definitiva de que o senhor Cristiano Paz participou desse evento da corrupção ativa do senhor Henrique Pizzolato”.
Lewandowski vota para condenar Cristiano Paz por corrupção ativa.

Com relação à acusação de peculato contra Cristiano Paz, relativo ao fundo Visanet, Lewandowski afirma que a apropriação dos recursos por ele está comprovada. Segundo o revisor, o dinheiro saiu da DNA e foi para a Graffiti. Segundo Lewandowski, ficou comprovado nos autos que Hollerbach agiu na condição de sócio, em uma "atuação na trama criminosa".
Lewandowski pede a condenação de Cristiano Paz por peculato.

Mensalão

Voto do revisor – 4
O revisor inicia o voto sobre as acusações contra o réu Marcos Valério
Para o revisor, há indícios suficientes para condenar o publicitário por corrupção ativa.
Sobre a acusação de peculato, Lewandowski afirma que "restou comprovado que Pizzolato autorizou quatro antecipações de pagamento à agência DNA".
O suposto desvio de R$ 2,9 milhões do contrato entre a DNA e o Banco do Brasil é um dos argumentos usados pela Procuradoria para pedir a condenação do grupo de Valério e de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil.
“As irregularidades assumem contorno de crime. Está claro a meu ver que essas manobras destinavam-se a acobertar o destino de vultosos recursos da empresa de publicidade”.
"Voto pela condenação do acusado Marcos Valério", disse Lewandowski, por peculato
O ministro-revisor também vota pela condenação na segunda acusação por crime de peculato contra o publicitário Marcos Valério, referente ao bônus de volume.

Mensalão

Voto do revisor - 3
O revisor fala sobre o crime de lavagem de dinheiro contra Pizzolato
Houve "nítida intenção de dissimular e ocultar a origem e o verdadeiro beneficiário do valor", segundo o revisor.
"O fato é que o saque em dinheiro em quantia tão elevado efetuado em agência bancária", diz Lewandowski, "restou caracterizada a adequação típica dessas condutas tanto quanto ao réu tanto aos demais corréus".
"O modo inusitado pelo qual foi feito o saque que beneficiou Pizzolato", diz o revisor, "permite-se que se conclua pelo delito de branqueamento de capitais"
Lewandowski vota pela condenação de Henrique Pizzolato também por lavagem de dinheiro

CBF exonera gaúcho
O árbitro gaúcho, Luiz Cunha Martins, foi exonerado da Comissão de Arbitragens da CBF pelo presidente José Marins. A notícia, não confirmada oficialmente, foi passada ao blog por fonte ligada à entidade.

Mensalão

Voto do revisor - 2
Ainda sobre Henrique Pizzolato, o ministro revisor fala agora sobre o crime de peculato, cometido por funcionário público. Segundo a denúncia, Pizzolato e o ex-ministro Luiz Gushiken autorizaram uma antecipação de R$ 23 milhões à DNA Propaganda, quando os contratos com as agências de Valério, vencidos em março, foram prorrogados. Para a defesa, não houve desvio de recursos públicos porque o fundo Visanet é composto por recursos da iniciativa privada.
Lewandowski explica que decidiu trazer as alegações da defesa para que, se for o caso, os demais ministros possam discordar de seu voto. Segundo Lewandowski, acompanhando entendimento do relator, Joaquim Barbosa, diferentemente do que diz a defesa, não importa a natureza jurídica dos recursos, se são públicos ou privados, para o crime de peculato.
Lewandowski continua o voto. Segundo o revisor, há dois aspectos importantes nesse episódio. O primeiro é que havia ingerência do Banco do Brasil no Visanet, que determinava quais ações de incentivo o fundo deveria levar a cargo. E também consta nos autos que o banco estatal ordenou pagamento na ordem de R$ 170 milhões. Lewandowski afirma que Pizzolato autorizou quatro antecipações, três assinadas por ele, à agência de Marcos Valério.
“Apesar do esforço da defesa, ficou evidenciado que o réu autorizou que fossem antecipados quatro pagamentos. Três dessas autorizações foram assinadas pelo próprio réu”.
16:01
O revisor, sobre a organização do fundo Visanet: "total balbúrdia que reinava". Em se tratando de verbas com este vulto, é preciso identificar, dizer porque é preciso a contratação, argumenta.
“As irregularidades foram corroboradas por perícia da Polícia Federal”.
Segundo a perícia, os serviços contratados pelo Visanet não foram devidamente executados, diz o revisor. Não apresentavam documentos que pudessem comprovar que a DNA executou os respectivos serviços, complementa. Neste contexto, cabe destacar que os prepostos da Visanet, que acataram as notas, sem quaisquer análises, a perícia diz que houve a alteração de documentos, houve falsificação de assinatura de servidores públicos, foram emitidas dezenas de notas fiscais falsas, afirma.
“As empresas de Marcos Valério se valiam de graves irregularidades escriturais para seu benefício e de terceiros
Os peritos concluíram que as empresas de Valério manipularam com a finalidade de ocultar milhares de transações, diz Lewandowski. Foram mais de 80 mil notas frias, diz o revisor.
Lewandowski vota para condenar Henrique Pizzolato também por peculato.
A sessão é suspensa para um intervalo de 30 minutos.

Mensalão

Voto do  revisor - 1
O presidente do STF, Ayres Britto, abre a 13ª sessão de julgamento do mensalão e passa a palavra ao revisor, Ricardo Lewandowski, que afirma que dará seu voto apenas sobre o item lido até agora pelo relator Joaquim Barbosa.
Lewandowski começa seu voto com as acusações por crimes contra o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, e os publicitários mineiros Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.
Segundo a denúncia, Pizzolato, buscando ocultar a origem, a natureza e o real destinatário da propina, mandou funcionário sacar dinheiro em espécie e recebeu vantagem indevida de R$ 326 mil de Marcos Valério e seus sócios. A defesa questiona as acusações, afirmando que Pizzolato não tinha poderes para movimentar os valores dentro do Banco do Brasil.
Para Lewandowski  “A verdade é que sua versão não condiz com as provas constantes dos autos”.
De acordo com a Procuradoria, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil recebeu R$ 336 mil do grupo de Marcos Valério, além de autorizar antecipação do recebimento de R$ 73,85 milhões do fundo Visanet para a DNA, a agência de Valério que tinha contrato de publicidade com o banco, sem a comprovação de que os serviços foram prestados. O valor de R$ 336 mil, afirmou o defensor, não foi recebido para proveito de Pizollato, que alega ter retirado um envelope para entregar ao PT. Pizzolato também é acusado de ter desviado R$ 2,9 milhões referente ao bônus de volume que, segundo a Procuradoria, por previsão contratual, deveria ser devolvido ao Banco do Brasil. De acordo com a acusação, a agência de Valério SMP&B devolveu o bônus de volume em outro contrato com a Câmara dos Deputados.
Lewandowski lê o depoimentos do processo relacionados ao envelope, que Pizzolato alega ter apenas recebido intermediariamente, porque faria um favor. Imediatamente, declara:
“Concluo que a materialidade do delito está confirmada”.
"Veja-se que o acusado inicialmente insistiu em afirmar que não poderia ir ao local indicado com a secretária de Marcos Valério", afirma Lewandowski. "Demonstra desde logo as inconsistências da tese defensiva. Essas evidências são suficientes, a meu juízo, para concluir que a dita ‘encomenda’ estava preparada e tinha destino certo”.
Para o revisor, é insuficiente para inocentar o réu afirmar que o dinheiro foi entregue para alguém do Partido dos Trabalhadores.
“Recebido o dinheiro em seu apartamento, caberia ao réu comprovar que teria entregue a outrem, mas não comprovou.  A vantagem ilícita oferecida tinha como objetivo que o acusado autorizasse antecipações de pagamento à agência DNA durante o contrato firmado com o Banco do Brasil no valor de R$ 73,85 milhões. Essas antecipações foram consideradas irregulares. Voto pela condenação do réu Henrique Pizzolato no tocante ao delito de corrupção passiva”.

Impeachment de Toffoli
Será protocolado logo mais no Senado uma “denúncia de crime de responsabilidade”, que pede o impeachment de José Antonio Toffoli. O requerimento é dos advogados paulistas Guilherme Abdalla e Ricardo Salles.
Na denúncia, a dupla elenca uma série de questões conhecida de todos – desde a proximidade com o PT e com José Dirceu, até a falta de títulos acadêmicos, passando pelos xingamentos que proferiu recentemente contra o jornalista Ricardo Noblat numa festa.
Apesar dos argumentos bem fundamentados, a chance de tal iniciativa prosperar é zero – considerando a base governista no Senado. (Lauro Jardim/Veja)
Grêmio: quem vai trabalhar com Koff
Conforme informamos em matéria anterior, Fábio Koff é candidatíssimo à presidência do Grêmio nas eleições que ocorrem dia 25 de setembro, em primeiro turno (Conselho) e no dia 20 de outubro em segundo (voto direto). Depois de confirmados os nomes de Renato Moreira, Adalberto Preiss e Nestor Hein, agora mais quatro nomes fazem parte da lista de componentes da diretoria que Koff está montando. Para o comando do futebol, o indicado é Rui Costa, e para  dirigir a Grêmio Empreendimentos,  André Krieger. Alem deles, Remi Acorde e Marcos Hermann trabalharão com Koff.

Mensalão

Julgamento será retomado com voto do revisor
Lewandowski tratará do chamado núcleo publicitário do esquema de corrupção.
No 13º dia de julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), os holofotes se voltam nesta quarta-feira para o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski. Ele começará a apresentar o seu voto sobre o primeiro item das considerações do relator, Joaquim Barbosa, o chamado "núcleo publicitário". 
Lewandowski tratará de duas sequências de crimes que envolveram desvios de dinheiro público para o esquema do publicitário Marcos Valério, operador do mensalão. A expectativa é que o voto do revisor apresente divergências em relação ao de Barbosa.
Na quinta-feira passada, Barbosa pediu a condenção de João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara na época do escândalo, por desvios em favor da SMP&B, de Marcos Valério. O petista responde por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. O publicitário e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach também foram considerados culpados pelo relator; eles são acusados de peculato e corrupção ativa.
Na segunda-feira, Barbosa prosseguiu seu voto e tratou de outra sequência de crimes envolvendo dinheiro público: ele mostrou como Henrique Pizzolato, diretor de Marketing do Banco do Brasil, permitiu que a DNA Propaganda se apropriasse indevidamente de mais de 75 milhões de reais da instituição. Os valores repassados à agência de Marcos Valérioalimentaram o esquema do mensalão. O publicitário e seus dois sócios também respondem, ao lado do ex-diretor do Banco do Brasil, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Mais uma vez, Valério e seus sócios foram considerados culpados pelo relator.
São as acusações contra Cunha, Pizzolato e o grupo de Marcos Valério que Lewandowski abordará na sessão desta quarta-feira. A expectativa, entretanto, é que ele só conclua a leitura de suas considerações sobre esse trecho da denúncia na quinta-feira - ou até na próxima semana.
Esse "capítulo" da denúncia é importante para o prosseguimento do julgamento porque trata da aplicação de recursos públicos no esquema de corrupção. O relator foi claro ao afirmar que o dinheiro desviado, especialmente no caso do Banco do Brasil, foi parar nas mãos de deputados cooptados pelo mensalão. O voto de Lewandowski é aguardado pelas defesas porque há expectativa que o revisor apresente uma tese "alternativa" à de Joaquim Barbosa.
 
Bom dia
Não sou daqueles que defendem as pesquisas eleitorais. Acho que elas, de certa forma, acabam induzindo o eleitor a votar em quem está na frente. Principalmente quando, ao se aproximar o dia da eleição, ainda existem muitos indecisos. Acho que uma pesquisa no começo da campanha e outra de boca de urna seriam mais do que suficientes. Mas pesquisa é do jogo e, mesmo nunca tendo sido pesquisado nem conhecer alguém que já tenha sido, aceito os números que são divulgados.
As pesquisas dão uma ideia do comportamento do eleitorado, sem dúvidas. Basta analisar alguns casos para se verificar que o eleitor, de alguma forma, reage ao que lhe é ofertado pelos partidos, Veja-se o caso de José Serra, por exemplo. Colocado em segundo lugar, perdendo para Celso Russomanno, Serra vê seu destino tragicamente traçado nos números da pesquisa. Se perder a eleição, pelo menos no meu ponto de vista, o tucano estará definitivamente fora de qualquer pleito daqui pra frente.
Por outro lado, o candidato de Lula, também em São Paulo, Fernando Haddad, amarga míseros 8% na pesquisa. É o reflexo da inconformidade do paulistano com a atitude soberba de Luiz Inácio que desdenhou da companhia de Erundina para ficar com Maluf. Deu no que deu. Entendo que, dificilmente, o candidato petista alcance números consideráveis. Lula, o criador, acabou matando a criatura.
Neste ponto, sou obrigado a concordar que as pesquisas refletem o ânimo do eleitor. Prometo voltar ao assunto.
No vídeo de hoje, uma magnífica interpretação da Orquestra Filarmônica Russa, executando Hino 310. Não perca. Estou torcendo para que todos tenham um Bom Dia!



Restinga e Belém Novo terão serviço de lotação
Foram apresentadas, nesta terça-feira (21), as quatro propostas de empresas para operar as novas linhas de lotação dos bairros Restinga e Belém Novo, em Porto Alegre. As interessadas em prestar o serviço de transporte são Stadbus Transportes, Consórcio Seletivo Sul, Viação Reunidos e Consórcio Seletivo de Transporte por Lotação da Zona Sul. 
Segundo nota da Prefeitura de Porto Alegre, a expectativa é de que em 45 dias seja conhecida a empresa vencedora da permissão pública. "Até o final do ano, as linhas devem entrar em operação. Ao todo, serão 34 veículos do tipo táxi-lotação, todos adaptados para cadeirantes e com capacidade de 25 pessoas sentadas. Destes, 12 serão da linha Belém Novo e 22 da Restinga", afirmou o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. 
O projeto prevê que o novo serviço entre em operação com bilhetagem eletrônica, acessibilidade universal e ar-condicionado em toda a frota. Os veículos atuarão nas duas linhas, ligando bairros como Restinga, Belém Novo, Chapéu do Sol e Ponto Grossa ao Centro Histórico da cidade.
A linha Restinga passaria pela Juca Batista, Cavalhada e Azenha, enquanto a Belém Novo funcionaria pela Juca Batista, Wenceslau Escobar e Padre Cacique. Mesmo com trajetos mais longos por percorrerem bairros afastados do Centro, a lei garante o mesmo valor da passagem praticado na categoria de lotação comum – hoje definido em R$ 4,25.

R$ 4 bilhões pelo horário eleitoral
Apenas em 2012, R$ 606 mi não serão recolhidos por causa das propagandas.
Começou nesta terça feira o horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio. Gratuito, porém, é um termo que se aplica somente aos partidos. A veiculação da propaganda política na TV custa – e caro – para a União. Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, desde 2002, a Receita Federal deixou de arrecadar 4 bilhões de reais por causa do horário eleitoral.
Para compensar as perdas das empresas de comunicação, que deixam de faturar com anúncios durante os 60 minutos da propaganda eleitoral, a União arca com os custos ao proporcionar aos veículos o benefício da renúncia fiscal. O benefício às emissoras é garantido pela legislação eleitoral.
Em 2012, 606,1 milhões de reais deixarão de ser recolhidos por causa das propagandas partidárias. É como se cada um dos mais de 190,7 milhões de brasileiros, indiretamente, pagasse cerca de 3,18 reais para receber informações sobre os candidatos e os partidos políticos nas rádios e TVs.
O cálculo é baseado no princípio de que a Receita Federal “compra” o horário das emissoras, permitindo que deduzam do imposto de renda 80% do que receberiam caso vendessem o período para a publicidade comercial. Nas negociações publicitárias, é hábito a comissão de 20% para as agências de publicidade. Na propaganda partidária, porém, não há nenhuma agência intermediando.
Mesmo quando não há eleições gerais nem municipais – caso de 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011 – a isenção tributária para o horário eleitoral continua em vigor, pois nesses exercícios também são veiculadas propagandas institucionais de partidos políticos. Em 2009, por exemplo, quando não houve pleito, a estimativa de perda de arrecadação foi de 669 milhões de reais.
A isenção concedida às empresas de rádio e televisão é uma das mais altas na lista da Receita neste ano e supera, por exemplo, os benefícios tributários com o Programa Minha Casa, Minha Vida, estimado em 350,4 milhões de reais, e o incentivo a projetos desportivos e paradesportivos (138,3 milhões de reais). As empresas que patrocinam o esporte têm dedução de 1% a 6% do imposto de renda.
A estimativa da Receita para a perda de arrecadação no ano é feita com base na Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do ano anterior. A estatística sobre a renúncia fiscal, segundo a Receita, é a mais próxima a que se pode chegar, tendo em vista que se trata de um método de inferência, ou seja, impossível saber o número exato. Dados definitivos são somente aqueles de arrecadação, quando os impostos realmente foram recolhidos.
STF votará direito de greve de policiais
Duas questões aguardam votação no Supremo Tribunal Federal (STF): o direito de greve dos policiais civis e o direito do governo de descontar dias parados do salário dos grevistas, ainda sem data marcada. O primeiro passo para que os assuntos sejam colocados em votação já foi dado, a chamada repercussão geral. No procedimento, o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, manifesta que reconhece a importância do assunto e o coloca na espera para ser julgado. No caso do direito de greve dos policiais civis, Lewandowski, lembrou que não há regras para a interrupção dos trabalhos da categoria, por isso, a Justiça deve se posicionar sobre o assunto. “Diante da ausência de norma regulamentadora da matéria, fica demonstrada a relevância política e jurídica do tema”, disse o magistrado, ao decidir colocar o caso em julgamento.

Auditores fiscais param por 48 horas
Os auditores fiscais federais realizam, a partir desta quarta-feira (22), 48 horas de paralisação, em protesto contra a dificuldade de negociação das reivindicações que fazem ao governo.
A suspensão das atividades foi decidida na assembleia nacional realizada dia 15 passado. A classe também voltará a cruzar os braços nos dias 28 e 29 próximos.
Os auditores, porém, estarão parados somente no setor administrativo da Receita Federal (zona secundária). Nas aduanas de portos, aeroportos e zonas de fronteira (zona primária), a operação padrão continua por tempo indeterminado.
Paralelamente, a categoria realiza assembleia nacional também nesta quarta-feira para decidir se aceita a proposta feita pelo governo de reajuste de 15,8%, a ser pago nos próximos três anos.
Já na reunião com o secretário de relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, na sexta-feira  17, o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, advertiu que o oferecimento era insuficiente e que a Diretoria Executiva Nacional sugeriria aos auditores que não o aceitassem.
“A proposta de 5% a cada ano, a partir de 2013 até 2015, faz que com que se abra mão da inflação passada, entre o último reajuste, que foi em julho de 2010, até o próximo reajuste”, destacou Delarue.