quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mensalão

Núcleo político – 5
"Embora negue ter praticado crime de corrupção, Jefferson afirmou o seguinte: ’O PT inaugurou no primeiro governo de Lula a prática mais viciada em política que há. Sempre soubemos que há em algumas Assembleias, mas na Câmara Federal, primeira vez que vi. Nunca tinha visto transferência de dinheiro a deputados todo mês. Nos fundos do plenário, era um escândalo. A conversa era de 5º categoria".
O relator continua citando o depoimento de Jefferson e diz que o ex-deputado se referiu a Marcos Valério como "um carequinha que é publicitário lá em Minas Gerais".

Barbosa analisa agora a acusação de corrupção passiva imputada a Romeu Queiroz, acusado de receber R$ 102 mil reais da Usiminas, repassados pela SMP&B na campanha de 2004.
"Romeu Queiroz confessou ter solicitado recursos ao corréu Anderson Adauto, na época ministro dos Transportes", diz Barbosa. "Solicitou a um ministro de Estado, que não pertencia ao seu partido". "Esse depoimento reforça a conclusão de que Queiroz vendeu seu apoio na Câmara em troca dos recursos que o PT vinha distribuindo a seus aliados", afirma o ministro.
"A alegação de Romeu Queiroz de que entregou esses valores ao PTB não é relevante. O crime de corrupção passiva se consuma na mera solicitação de dinheiro", diz Barbosa.
O relator diz que a testemunha Paulo Leite Nunes admitiu que serviu de intermediário para Romeu Queiroz no recebimento de quantia no Banco Rural.

Barbosa afirma que Emerson Palmieri também cometeu o crime de corrupção passiva. "Ele auxiliou tanto Jefferson quanto Queiroz no recebimento dos valores do PT".
"Marcos Valério confirmou ter efetuado os repasses para o PTB, alegando que foram repassados por indicação de Delúbio, inicialmente para Martinez e posteriormente a Palmieri", afirma o relator.
"O mais importante no depoimento da testemunha José Hertz (usado como intermediário) é a acusação de que Palmieri atuou no sentido de viabilizar o recebimento da vantagem indevida", diz o ministro. "Esses recebimentos são muito anteriores ao alegado acordo de campanha que Jefferson e Palmieri sustentam ser a origem do pagamento de R$ 4 milhões", afirma Barbosa.
"Palmieri chegou a viajar a Portugal, a pedido de Jefferson, para receber o restante do dinheiro que havia sido prometido pelo PT ao PTB", diz o relator.
"Por tudo que foi exposto, considero caracterizada a participação de Emerson Palmieri no crime de corrupção passiva", diz Barbosa. "Contudo, antecipo que, pelo fato de ter colaborado com dois parlamentares distintos, não podem ser imputados dois crimes de corrupção passiva, como pleiteia o MP", pondera o ministro.


Núcleo político - 4
Ayres Britto reabre a sessão desta quarta-feira e passa a palavra a Joaquim Barbosa, que continuará a leitura de seu voto.
Barbosa reinicia seu voto falando das acusações de formação de quadrilha imputadas aos réus ligados ao PL (atual PR). Segundo o relator, os acusados deste crime são: Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas, Antonio Lamas, Lúcio Funaro e José Carlos Batista.
Barbosa avisa que vai absolver Antonio Lamas deste crime também. "Ocasionalmente foi pedido um favor e ele fez esse favor". Quanto a Funaro e Batista, sócios da Guaranhuns, o relator explica que eles respondem pelas imputações no 1º grau de jurisdição. "Na época da denúncia, esses réus negociaram a delação premiada".
No entanto, conforme o ministro, os dois acusados serão citados na ação para que se possa fazer a ligação com os réus da ação penal em julgamento.
"Como se percebe do depoimento de Batista, Valdemar Costa Neto contou com a colaboração dos corréus sócios da corretora Guaranhuns para viabilizar os repasses", diz Barbosa.
"Considero materializada a prática do crime de formação de quadrilha", diz o ministro relator.
"Combinei com o revisor de deixarmos para um segundo momento o crime de corrupção ativa", relembra Joaquim Barbosa.

O ministro relator passa agora a analisar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro imputados aos réus ligados ao PTB. Os acusados destes crimes são: os deputados Roberto Jefferson e Romeu Queiroz e o então secretário do PTB Emerson Palmieri. Barbosa diz que os réus receberam mais de R$ 5 milhões do PT entre 2003 e 2004.
"Embora em 2002 o PTB tenha apoiado o candidato do PPS, Ciro Gomes, o presidente do PTB, José Carlos Martinez, foi, em 2003, um dos primeiros beneficiários do pagamento de dinheiro em espécie", diz. Barbosa cita depoimento de Roberto Jefferson, que delatou o esquema. "Os repasses a José Carlos Martinez constituíram ’mesada’, segundo Jefferson".
O ministro ri enquanto lê um trecho do depoimento de Roberto Jefferson: "Recebi um trabalho de desencravar umas unhas mensalmente".
"Jefferson sabia da existência do que chamou de mesada. Mais do que isso, sabia que Martinez vinha recebendo recursos em espécie neste mesmo esquema operacionalizado por Delúbio e Valério", diz. "Roberto Jefferson recebeu, sim, uma soma elevada em espécie em seu gabinete na presença de Palmieri, soma essa paga pelo PT", afirma Joaquim Barbosa.
"Os recursos não se destinaram ao pagamento de despesas de campanhas. Jefferson distribuiu o dinheiro, assim como acusou outros réus de o terem feito", diz o ministro.
Segundo o Barbosa, Jefferson disse em depoimento que, após saber dos pagamentos, afirmou a Martinez: "Meu amigo, a mesada desmoraliza, escraviza. Nós não vamos aceitar isso".
"O pagamento foi feito com metodologia idêntica a que foi usada pelo PT com relação a todos os parlamentares, ou seja, o uso da engrenagem de Valério e seus sócios", afirma o ministro.
"Não há recibo para o montante de R$ 4 milhões que Emerson Palmieri e Roberto Jefferson confessaram que receberam", diz o relator. "O acusado, com essa colossal quantia de dinheiro em mãos, estava livre para usar como quisesse, sem prestar contas ao PT", afirma.
Barbosa diz que a estratégia do PT era clara. "Escolhiam líderes parlamentares que influenciavam a manifestação de seus correligionários, dando assim apoio aos projetos de interesse do governo".
"Pode-se concluir que, a partir de dezembro de 2003, o próprio Jefferson aceitou o pagamento do PT", diz o ministro. "Embora negue ter praticado crime de corrupção, Jefferson afirmou o seguinte: ’O PT inaugurou no primeiro governo de Lula a prática mais viciada em política que há. Sempre soubemos que há em algumas..

Mensalão

Núcleo político - 3
Neste momento, o relator lê trechos do depoimento de Roberto Jefferson que comprovariam a participação dos réus do PL no mensalão.
Segundo Barbosa, o repasse do dinheiro foi feito por mecanismo de lavagem disponibilizado pelo Banco Rural. A denúncia diz que Jacinto e Antonio Lamas recebiam o dinheiro, em espécie, na agência do Rural, em hotéis e na sede da SMP&B em Brasília.
"Independentemente de quem tenha sido o mentor, os réus pretendiam fazer um negócio entre a SMP&B e a Guaranhuns para ocultar o nome do verdadeiro beneficiário, que era Costa Neto", diz Barbosa. "Valdemar Costa Neto usou a Guaranhuns para reinserir na economia os recursos oriundos do crime", afirma o ministro Barbosa.
O relator cita as datas e os valores movimentados pela Guaranhuns para o PL. "São muitas transferências em períodos de tempo muito curtos". "Os pagamentos realizados só tiveram inicio a partir da abertura do ano legislativo em fevereiro de 2003 e prosseguiram até o final do ano de 2004", diz Barbosa.
"A estrutura de Marcos Valério também foi utilizada para ocultar o real pagador do dinheiro, que era o PT", afirma o ministro.
Barbosa cita também o réu Antonio Lamas, ex-assessor do PL. Segundo o ministro, o acusado só fez um único recebimento de dinheiro. O relator diz que absolve Antonio Lamas da acusação de lavagem. "Não há provas de que ele sabia do que se tratava", afirma.
"Se os réus iam pagar dívidas de campanha, por qual motivo teriam recebido os recursos de forma tão sofisticada?", questiona Barbosa.
Sabendo da origem criminosa do dinheiro e a fim de não deixar qualquer rastro, Bispo Rodrigues pediu para uma pessoa de sua confiança (o motorista do PL) que se dirigisse até o Rural para receber”. Barbosa conclui que Bispo Rodrigues praticou também o crime de lavagem de dinheiro.
Atendendo pedido de Joaquim Barbosa, o ministro Ayres Brito suspende a sessão.


Núcleo político – 2


Barbosa fala agora do réu Jacinto Lamas. "O depoimento dele mostra íntima relação com a prática criminosa". Segundo o ministro, Jacinto Lamas recebia o dinheiro da ex-funcionária da SMP&B Simone Vasconcelos.
"Partidos não são doadores universais de dinheiro a outros partidos, especialmente por tempo tão prolongado e sistemática tão evidentemente suspeita", diz Barbosa. O ministro diz que Jacinto Lamas "exercia a função de tesoureiro, além de ter sido um dos fundadores do PL", rebatendo a versão da defesa de que ele era apenas um mero mensageiro. "Se trata de um acusado com um profundo conhecimento da vida e das contas do partido", afirma Joaquim Barbosa sobre Jacinto Lamas.
"Considero materializada a participação no crime de corrupção passiva pelos réus Valdemar Costa Neto em concurso com o acusado Jacinto Lamas", diz o relator.
Neste momento, Barbosa fala sobre as acusações envolvendo o réu Bispo Rodrigues, ex-deputado pelo PL.
"Marcos Valério afirmou que Bispo Rodrigues era um dos integrantes do PL indicado pelo próprio Delúbio Soares", afirma o ministro. "Ao tentar explicar quem seriam os fornecedores a quem efetuou o pagamento de despesas de campanha, Bispo Rodrigues incorreu em contradições", afirma Barbosa.
"Bispo Rodrigues recebeu dinheiro do PT porque era um dos representantes máximos do PL", diz Barbosa. "No exercício do mandato, liderou o voto de sua bancada no sentido dos corruptores". "Marcos Valério, ainda no inicio das investigações, confirmou que Bispo Rodrigues foi um dos beneficiados com os recursos do PT", afirma o relator.
"Julgo procedente, portanto, as acusações de corrupção passiva imputada aos réus Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Bispo Rodrigues", diz Barbosa



Núcleo político - 1
Começa a sessão desta quarta-feira (19) no STF. O ministro-relator, Joaquim Barbosa, retoma o seu voto sobre a acusação de que 23 réus participaram de esquema de corrupção no Congresso Nacional. Ele deve tratar hoje dos réus que pertenciam ao PL (atual PR), PTB e PMDB.
Barbosa lê depoimento de Marcos Valério sobre relações com o PL. Segundo o publicitário, as transferências para o partido somam R$ 400 mil. O relator também cita os interrogatórios de outros réus que podem "auxiliar na convicção de que a fidelidade do PL ao PT na Câmara não estava seguro, muito embora o vice-presidente pertencesse ao PL". Após ler depoimento de Bispo Rodrigues, Barbosa diz: "Nota-se que um dos principais expoentes do PL não apoiou a chapa que tinha o candidato do PL nas eleições presidenciais".
O ministro diz que Valdemar Costa Neto recebeu R$ 2,5 milhões. "Pagamentos foram efetuados pela Garanhuns. Não só foram reconhecidos por Delúbio, como as transferências foram comprovadas pelos laudos". "Assim, ao contrário do que alega a defesa de Costa Neto, houve, sim, demonstração de que os pagamentos ocorreram ao longo de 2 anos e que aconteceram no período de votação de reformas importantes". "A bancada do PL votou em uníssono com o PT durante o período de pagamentos", diz Joaquim Barbosa.
Segundo o ministro, Valdemar Costa Neto recebeu pessoalmente pagamentos milionários em espécie em 2003 e 2004. "O réu alegou que efetuou os pagamentos de despesas de campanha pessoalmente, mas que não se lembrava o nome de qualquer fornecedor pago em espécie, nem guardou qualquer controle ou recibo". "Em depoimento, Valdemar Costa Neto disse que não tinha os recibos porque teria entregado ao PT", diz o ministro. "Apesar do destino que foi dado ao dinheiro ser irrelevante, Costa Neto sequer comprovou o pagamento de qualquer divida pretérita como ele alegou", diz o ministro.
Segundo o MP, Costa Neto usou uma empresa fantasma, a Guaranhuns, para disfarçar a origem do dinheiro. O réu confirmou que recebeu recursos do PT, mas diz que seria para pagar dívidas de campanha. Ele afirmou que foi orientado por Delúbio a adquirir um empréstimo enquanto o dinheiro não viesse.
Greves podem dificultar pagamento de contas
Categorias paralisaram atividades em todo o País para reivindicar reajuste salarial.
Os usuários podem ter dificuldade para recebimento e pagamento de contas em razão da greve nacional dos trabalhadores dos Correios e dos bancos. Com paralisação iniciada nesta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS) estima que 70% dos 7,5 mil trabalhadores do Estado deixem de trabalhar até que uma nova proposta seja feita à categoria. No País, conforme a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), mais de 84% dos trabalhadores já aderiram à paralisação.
Os grevistas querem reajuste de 43,7% nos vencimentos, no entanto a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) oferece 5,2%. Os servidores dos Correios também querem a contratação de 30 mil novos profissionais. Segundo eles, esse é o número de efetivo que falta para a ECT. O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é de R$ 942.
Conforme o Sintect-RS, a paralisação deve causar prejuízo na triagem, recolhimento e entrega de cartas e encomendas, além de restrição no serviços de Sedex. De acordo com os Correios, para garantir os serviços à população haverá realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.
Em nota oficial, a estatal esclarece que “é oferecido vale-transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de atividade. Nos últimos nove anos os trabalhadores da ECT tiveram até 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real”. Também no comunicado, a entidade explica que a solicitação do sindicato extrapola a receita dos Correios, que é de R$ 15 bilhões para este ano, enquanto que se fosse concedido o aumento pedido haveria prejuízo, já que a verba necessária seria de R$ 25 bilhões.
O secretário geral do Sintect, Vicente Guindani, argumenta que a greve é a única forma de pressionar o governo para aumentar a qualidade do trabalho para os servidores e a sociedade. “Manteremos os 30%, conforme estabelece a lei, mas não temos previsão para acabar com a paralisação, já que o governo não acena com nova proposta”, afirma.
Futebol na história

19.9 - Aniversário de 84 anos do técnico Rubens Minelli, do Inter e Grêmio.
19.9 (1954) - Inauguração do Estadio Olímpico, com 2x0 do Grêmio sobre o Nacional do Uruguai.
Pesquisa Cláudio Dienstmann

Mensalão

Relator retoma análise da compra de votos

Barbosa afirmou não ter 'qualquer dúvida' de que mensalão existiu.

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), retomará nesta quarta-feira (19) seu voto sobre a acusação de que 23 dos 37 réus da ação penal participaram de esquema de corrupção no Congresso Nacional.
Barbosa já iniciou o voto sobre os réus ligados ao Partido Progressista (PP) entendeu que houve crime por parte do deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e mais quatro acusados. O relator não chegou a proclamar o resultado parcial sobre condenações aos cinco réus, o que deve acontecer nesta quarta.
Joaquim Barbosa falou somente sobre o primeiro subitem do tópico 6 da denúncia, referente à participação do PP na negociação de apoio político. Nesta quarta, ele deve dar continuidade aos outros subitens, referentes a PL (atual PR), PTB e PMDB.
Além do deputado Pedro Henry, que liderou o PP na Câmara na época da suposta compra de votos e que está no quinto mandato consecutivo, o relator disse ver provas para condenação do ex-deputado e ex-presidente do partido Pedro Corrêa (PE) e do assessor parlamentar João Cláudio Genú, que trabalhava para o ex-deputado e ex-líder do PP José Janene, morto em 2010.
O chamado "núcleo político" da denúncia da Procuradoria Geral da República, que inclui o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino, só será julgado ao final do item 6, informou Barbosa. (Com informações do G1).


Haddad acha degradante ligação a Dirceu e Delúbio

Afirmação foi feita por advogados do candidato petista, em pedido à Justiça Eleitoral para tirar do ar peça publicitária feita pela campanha de Serra.

A campanha de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo considera "manifestamente degradante” o candidato ser associado aos colegas de partido José Dirceu e Delúbio Soares e ao deputado federal Paulo Maluf (PP). A declaração foi feita para justificar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um pedido para que a Justiça proibisse uma propaganda feita pela campanha do candidato do PSDB, José Serra, que associa os três personagens a Haddad.  
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os advogados do petista, Hélio Silveira e Marcelo Andrade, afirmam no documento: "A publicidade é manifestamente degradante porque promove uma indevida associação entre Fernando Haddad e pessoas envolvidas em processos criminais e ações de improbidade administrativa.” Dirceu e Delúbio são réus do processo domensalão, que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Paulo Maluf responde na Justiça por suspeita de desvio de dinheiro público. 
Na propaganda de TV, fotos de Haddad e dos três outros políticos são colocadas lado a lado, com a mensagem: “Sabe o que acontece quando você vota no PT? Você vota, ele volta." A argumentação dos advogados é que o candidato não tem relação com o mensalão. “Haddad não é réu naquela ação penal originária do Supremo. Não pode por isso ter sua imagem conspurcada por episódios que são totalmente estranhos à sua esfera de responsabilidade." 
Para a campanha petista, a intenção da peça publicitária é “degradar através da associação da imagem do candidato às pessoas que surgem na tela” e que há uma tentativa de transportar a “carga negativa” dos personagens a Haddad. Procurado pela reportagem, o advogado de Haddad Hélio Silveira tentou justificar o que disse à Justiça: “Degradante é a forma feita pela campanha de Serra, o modo como ele usou as imagens para vincular Haddad ao processo do mensalão.”
A Justiça Eleitoral negou o pedido do PT, com o argumento de que não pode se falar em “degradação ou ridicularização” quando um candidato tem o nome associado a pessoas de seu próprio partido ou coligação. “Da mesma forma que um candidato pode ser beneficiado pelo apoio de correligionários bem avaliados pela população, pode ele ser prejudicado pela associação feita a políticos não tão bem avaliados", conclui o juiz Manoel Luiz Ribeiro. (VEJA – Foto:Jorge Araújo/Folhapress).
  
UNIMED = SUS
Os planos de saúde cobram cada vez mais e atendem cada vez menos e pior. Além de ser muito difícil marcar consulta, os médicos e serviços credenciados, com raríssimas exceções, não cumprem horários, atendem de má vontade e não respeitam os pacientes que, invariavelmente, só procuram atendimento quando necessitam. E se pagam muito por um plano de saúde, é pelo simples motivo de desejarem um atendimento melhor.
Minha filha, hoje, foi ao médico para apresentar o resultado de um exame solicitado por ele. Ela tem um plano da UNIMED. A consulta, é bom que se esclareça, estava marcada para a semana passada, na parte da tarde, pois ela estuda de manhã. No dia agendado, a enfermeira ligou informando que o médico, naquela semana, não poderia atender e que as consultas estavam transferidas para esta, só que na parte da manhã. Pois bem, sem ter como solucionar o problema, minha mulher marcou e minha filha, mesmo perdendo a aula, foi para o consultório.
Há pouco, minha mulher ligou (9h25) informando que a consulta estava marcada para 9h20, mas que, até aquele momento, ela, minha filha e mais quatro pacientes, aguardavam no saguão do prédio pois nem a enfermeira e muito menos o médico haviam chegado.
Então, fiquei pensando. Onde estamos? Que Brasil é este em que a gente paga um monte de dinheiro para ter um atendimento médico um pouco melhor e é tratado com total desprezo? Onde estão as autoridades de saúde que não tomam qualquer providência diante da total desatenção de profissionais pelos quais pagamos? Não há mais respeito pelas pessoas, nem mesmo por médicos que só são procurados em caso de necessidade.
Sei que não vai acontecer nada, ou melhor, só a minha filha será prejudicada, mas vou denunciar à direção da UNIMED o total desrespeito do médico para com os pacientes.
Sinceramente, quando vejo notícias e pessoas falando mal do SUS, fico pensando se existe alguma diferença entre o atendimento do Sistema Único de Saúde e o oferecido pelos planos. Existe, sim. O SUS é grátis e a UNIMED custa um dinheirão.(Machado Filho)
Bom Dia!
Nem sempre é fácil a gente superar aas dificuldades que a vida coloca em nosso caminho. Claro que se fosse tudo fácil, a vida seria muito melhor. Seria? Tai uma pergunta que me faço quando tenho que lutar para superar algum obstáculo ou quando uma adversidade maior se apresenta. A senhora e o senhor já pensaram no que representa vencer barreiras que se apresentam invariavelmente no nosso caminho? Poder superar, por exemplo, a dor de perder alguém importante em nossa vida? Correr para o banco e saldar uma dívida que nos preocupava há muito tempo? Poder pagar a última prestação da casa própria? Ver uma pessoa querida livre de uma doença?
Sinceramente, quando penso no quanto me sinto feliz por poder encher o peito e falar, mesmo que seja só para mim, eu consegui, confesso que chego a admitir que, se tudo fosse fácil, a graça seria muito menor.
Hoje acordei pensando no quanto é bom poder sorrir, poder olhar pela janela e ver as pessoas andando, algumas buscando soluções para seus problemas, outras indo ao encontro da alegria e da felicidade. Ver crianças alegres, em bandos, carregadas de mochilas e de esperanças em direção ao colégio. Fiquei alguns minutos sentindo o ar da manhã no rosto e sorri um sorriso de felicidade e de esperança.
Acho que consegui entender que, muito mais que sofrer quando se tem a perspectiva da dor, o bom é poder sorrir pela perspectiva da alegria!
Pensando assim, fui buscar uma música maravilhosa, uma melodia composta por Charles Chaplin e que serviu de trilha para um de seus filmes imortais: Tempos Modernos. Mais tarde, em 1954, Johnn Turner e Geofrey Persons colocaram a letra em Smile, aqui magnificamente interpretada por Nat King Cole. Por favor, sorria, pois, assim, garanto que terá um Bom Dia!



Procon alerta sobre greve nos bancos
O Procon Porto Alegre está à disposição da população para esclarecimentos sobre as medidas a serem tomadas pelos clientes frente a paralisação dos serviços bancários iniciada em Porto Alegre nesta terça-feira, 18. Devido ao impasse nas negociações salariais, as agências estarão fechadas em todo o País. De acordo com os bancos, os correntistas podem efetuar saques e retiradas de dinheiro nos caixas eletrônicos, enquanto o internet banking é alternativa para consultas de saldo e extrato.
A diretora-executiva do órgão municipal, Flávia do Canto Pereira, orienta sobre os serviços disponíveis nas agências com a greve. “Os bancos são obrigados a disponibilizar uma outra forma para o consumidor cumprir com os prazos. Caso não consiga, ele deve informar a demanda pelo call center e anotar o número de protocolo”, explica.
Os consumidores devem ainda observar a data de pagamento de suas faturas, tomando conhecimento sobre o vencimento das mesmas. A falta de pagamento das obrigações bancárias acarretará em multa pela não quitação da dívida.
Oposição decide esperar para processar Lula
A oposição recuou da decisão de ingressar com representação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Ministério Público por suspeita de chefiar o esquema do mensalão.
DEM, PSDB e PPS decidiram esperar o fim do julgamento do processo do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para cobrar investigações da Procuradoria Geral da República.
"A oposição fará a sua parte e encerrado o julgamento em curso no STF cobrará a investigação dos fatos ao Ministério Público", diz nota divulgada pelos presidentes dos três partidos, Sérgio Guerra (PSDB), José Agripino Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS).
Eles justificaram o recuo ao afirmar que uma representação poderia paralisar ou atrasar o julgamento do mensalão --uma vez que abriria brechas para questionamentos das defesas dos réus.
"O Ministério Público não quer criar fato algum que possa ser utilizado durante o julgamento do mensalão no STF. Não quer criar impasse, não quer trazer a baila fatos que possam ser explorados juridicamente. Por isso a oposição decide que aguarda o julgamento do mensalão para que possa depois, então, protocolar a representação", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
"Estranhamos o silêncio ensurdecedor do ex-presidente Lula, que deveria ser o maior interessado em prestar esclarecimentos sobre fatos que o envolvem diretamente. Já não surte mais efeito, especialmente depois que o Supremo Tribunal Federal comprovou a existência do mensalão e já condena mensaleiros, a tese defendida pelo PT, de que tudo não passava de uma farsa montada pela imprensa e pela oposição para derrubar o governo Lula", afirmam os presidentes dos partidos na nota.