quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mensalão

Voto do revisor - 4
A ministra Rosa Weber acompanha na íntegra o voto do ministro relator. Ela termina a leitura e se retira para seguir para a sessão do TSE. Ela condena os três réus ligados ao PT - José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares - por corrupção ativa.
Neste momento, começa a votar o ministro Luiz Fux. Ele diz que acompanha revisor e relator na absolvição de Geiza Dias e Anderson Adauto.
Fux segue o relator, Joaquim Barbosa, e condena Rogério Tolentino, que foi absolvido por Ricardo Lewandowski. Ele também condena, Valério, Paz, Ramon e Simone.  Os réus Geiza Dias e Anderson Adauto são absolvidos.
"Não creio na atuação isolada de Delúbio", diz o ministro. Luiz Fux condena Delúbio Soares por corrupção ativa.
Ele passa a falar sobre os réus José Genoino e José Dirceu.
"Depreendo severos indícios de que Valério tinha trânsito na cúpula da agremiação partidária", diz o ministro. Luiz Fux condena José Genoino por corrupção ativa.
Quanto a José Dirceu, o ministro diz que o réu "também é responsável pelo crime de corrupção ativa".
Luiz Fux também acompanha integralmente o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa.

 

Mensalão

Voto do revisor – 3
O ministro Gilmar Mendes interfere: "O senhor condena alguns deputados por passiva, entendendo que houve repasse de recursos para algum ato de apoio. Também condena Delúbio como corruptor ativo".
"Não parece que está havendo uma contradição no voto de vossa excelência?", pergunta Gilmar Mendes.
"Eu disse que estava seguindo a orientação do Plenário no sentido de dizer que basta a oferta ou receptação da vantagem indevida para que fique configurada a corrupção passiva", diz Lewandowski. Mendes retruca e o revisor questiona: "Como o Plenário se pronunciou, então? Me explique vossa excelência".
Gilmar Mendes responde: "Nós dissemos que havia ato de ofício". Lewandowski questiona novamente: "E qual seria?". O ministro responde: "O ato de votar, de participar das votações".
"Eu disse que esses atos estavam dentro da esfera de atribuições do servidor publico lato sensu parlamentar, por isso os condenei", explica Lewandowski. "Não há nenhuma contradição no meu voto. Só que eu eu não identifico o ato de ofício, porque não acho que haja necessidade", diz o revisor.
Celso de Mello se manifesta: "O MP indicou que todo esse comportamento se realizou no contexto de duas grandes reformas, e isso me preocupou porque essa tem sido a exigência da jurisprudência do Supremo e há esta correlação. Agora, a questão da prova, este é um outro aspecto", diz o ministro.
Lewandowski rebate: "Vossa Excelência levantou uma questão seríssima. Se este plenário decidir que houve fraude nas votações das reformas Tributária e Previdenciária, aí surge a questão da nulidade". "É uma afirmativa com consequências seríssimas", diz o revisor.
Marco Aurélio também pede a palavra: "O senhor imagina que um tesoureiro de partido teria esta autonomia?", pergunta, referindo-se a Delúbio Soares.
Lewandowski responde: "Eu não acredito em Papai Noel. Eu disse que é possível que eles tenham operado a mando de alguém, mas este alguém precisa..."
"..Estar na denúncia?", pergunta Marco Aurélio
"Mas ele está na denúncia", responde o ministro revisor.
"A única forma, diante desta ausência de provas contra José Dirceu, é invocar a famosa teoria do domínio do fato", diz Lewandowski.
"Termino dizendo que não há provas contra José Dirceu e que esta teoria do domínio dos fatos não poderia ser aplicada ao caso presente", afirma Lewandowski.
Ele absolve o réu. "Em face de todo o exposto, constato que não existem elementos suficientes para incriminar o réu José Dirceu pelo crime de corrupção ativa.

Mensalão

Voto do revisor - 2
Lewandowski cita a viagem feita por Valério, Tolentino e Palmieri a Portugal na gestão de Lula. "Vou provar que os interesses que foram defendidos nesta viagem eram muito anteriores à ascensão do presidente Lula ao cargo em 2003", diz o ministro.
O revisor lê trecho do depoimento do então ministro de Telecomunicações de Portugal, que participou da reunião no país europeu.
"O juiz pergunta se foram negociadas propinas e ele responde: ’Não, não. Se o sistema fosse esse, não haveria reunião’", diz Lewandowski.
O presidente da Corte interrompe e cita depoimento de Roberto Jefferson. Ayres Britto lê a resposta do ex-presidente do PTB quando perguntado sobre como se deram as tratativas da viagem.
"Jefferson responde: ’Sim, o Dirceu me pediu que indicasse alguém do PTB a Delúbio para que fosse a Portugal para tratar de interesses do PT e do PTB’", diz o presidente.
"Eu conheço perfeitamente este depoimento", rebate o revisor. "E vou dizer mais tarde que este réu condenado era o inimigo figadal de Dirceu e procurou incriminá-lo e trazê-lo para o bojo dos fatos".
Lewandowski fala sobre as reuniões entre Dirceu e dirigentes do Banco Rural para discutir empréstimos.
"O parquet não conseguiu provar que Dirceu tenha, de fato, comparecido ao citado encontro ou que tivesse discutido empréstimos", diz.
Em seguida, se corrige: "Ele (Dirceu) realmente compareceu a este encontro, mas Plauto Gouvêa (então dirigente do Rural) assevereu que os aludidos empréstimos não foram discutidos com José Dirceu".
O revisor diz que o MPF não conseguiu provar a participação de Dirceu nos fatos. "Mas reafirmo: grande parte dos avanços republicanos que logramos foi graças à atuação firme, combativa do MP".
O ministro passa a falar sobre o episódio da venda do apartamento da ex-mulher de Dirceu Maria Angela Saragoça, que foi negociado com a ajuda de Marcos Valério e Tolentino.
Segundo a acusação, José Dirceu usou de sua influência para ajudar a ex-mulher a vender o imóvel para Tolentino.
"A negociação do apartamento não contou com nenhuma participação de José Dirceu", afirma Lewandowski.
"Depoimento da própria Maria Angela afirma isso, que foi exclusivamente por meio de Silvio Pereira que ela fez contato com Valério", diz o ministro.
"O MP e o relator deram bastante ênfase a uma suposta coincidência entre os repasses de dinheiro e as votações", diz Lewandowski. "Mas o deputado Odair Cunha (PT-MG), hoje relator da CPI do Cachoeira, traz aos autos um estudo repleto de dados estatísticos e gráficos que infirma completamente a compra dos votos", afirma.
"Não estou dizendo que esta seja a prova concreta e definitiva, mas aqui há um estudo estatístico que demonstra o contrário. É preciso que se traga aos autos", diz o revisor. "Não estou dando razão a um ou a outro. Estou dizendo que esta tese de que houve coincidência é uma tese contraditória", afirma o ministro.
"Não estou dizendo que não possa ter havido eventual compra de votos aqui ou acolá, estou dizendo que há provas para todos os gostos neste acervo", diz Lewandowski. (segue)...

Mensalão

Voto do revisor – 1
O presidente da Corte, Ayres Britto, declara aberta a sessão desta quinta-feira.
Brasília segue sem energia elétrica. Geradores garantem a iluminação do STF. O Supremo tem 3 geradores: um para o Plenário, um para TV Justiça e um para o resto do tribunal. O da TV Justiça dura 8 horas.
Ayres Britto passa a palavra ao ministro revisor, Ricardo Lewandowski, que concluirá seu voto sobre o capítulo 6.
"Como eu imaginava que o primeiro réu a ser julgado seria José Dirceu, eu havia preparado um longo capítulo neste, que seria meu primeiro voto, acerca do que penso a respeito do processo penal", diz Lewandowski. "E, neste capítulo, eu reafirmo minha fé, minha convicção em alguns princípios básicos. Em primeiro lugar, o princípio segundo o qual o ônus da prova compete ao MPF", afirma o revisor.
"Eu não afasto a possibilidade de que Dirceu tenha, de fato, participado destes eventos, não descarto a possibilidade de que tenha sido até o mentor desta trama criminosa", diz Lewandowski. "Mas o fato é que isso não encontra ressonância na prova dos autos", afirma o ministro.
"Não há uma prova documental, resultante da quebra de sigilo bancário, telefônico, não há nenhuma prova pericial que comprove tal fato, muito embora o processo tenha se arrastado 7 longos anos". "O que existe são testemunhos, muito colhidos na CPI, na PF, muitos deles, senão a maioria, desmentidos cabalmente diante de um magistrado togado", diz Ricardo Lewandowski.
"Mesmo após vasta instrução probatória, o MP limitou-se a potencializar o fato de Dirceu exercer determinadas funções públicas para lhe imputar diversos crimes sem descrever, ao menos minimamente, as condutas delituosas que teriam sido praticadas por ele". "São imputações muito mais políticas do que estritamente jurídicas. (...) É possível que existam, mas, nos autos, estas imputações não foram provadas", afirma o revisor.
"O MPF usa expressões tecnicamente distintas: ora acusa Dirceu e outros de integrantes de quadrilha, ora de organização criminosa, ora lhes imputa a participação em uma associação criminosa", diz. "São conceitos que, data vênia, se embaralham na denúncia, e que são marcados por uma atecnia gritante", afirma o ministro.
"O MPF não logrou produzir provas sobre a relação entre Dirceu e Delúbio, o qual agia com total independência no que toca as finanças do partido", diz Lewandowski. "A administração financeira do partido era de inteira responsabilidade de Delúbio", insiste o revisor.
O revisor se dirige aos demais ministros: "Temos que julgar com o que está nos autos. Eu vou julgar com o que está nos autos"
"A participação de Dirceu (em reuniões do partido) foi absolutamente ocasional. Ele estava completamente desvinculado do PT, das atividades que eram exercidas por esta agremiação política", diz.
Lewandowski cita outra acusação do MPF que, segundo ele, não restou comprovada: "a de que Dirceu manteria uma relação íntima com Valério". "A prova testemunhal evidencia o contrário: mostra que Dirceu não cultivava nenhuma relação, quanto mais de confiança, não restando provado qualquer vínculo (com Valério)", diz o ministro.
"Valério é um aventureiro, um homem que buscava negócios vultosos, alardeava, perante órgãos públicos, empresários, que tinha influência - e talvez tivesse alguma - no governo, mas são ilações". (segue...)
Falta de energia atinge 80% do Distrito Federal
Um apagão atinge cerca de 80% do Distrito Federal nesta quinta-feira. Vários prédios públicos, como o Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto, Congresso Nacional e ministérios funcionam com gerador. Os sinais de trânsito apagados também causam engarrafamentos pelas ruas de Brasília e de cidades vizinhas e o metrô parou de funcionar.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) ainda não tem respostas para o blecaute. O Terra entrou em contato com Furnas Centrais Elétricas, responsável pela transmissão de energia ao DF, que disse ainda estar apurando as causas do apagão.
Na noite de terça-feira, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de Rondônia e do Acre, também ficaram sem energia elétrica. Em comunicado à imprensa, Furnas informou que o desligamento de um transformador da subestação de Foz do Iguaçu ocorreu por atuação automática do sistema de proteção, em função de um curto-circuito em um equipamento de baixa tensão. Na sequência, houve o desligamento automático de outros três transformadores da subestação, também por seus dispositivos de proteção, interrompendo o despacho de cerca de 5 mil megawatts (MW) da hidrelétrica de Itaipu, segundo Furnas.
O Ministério de Minas e Energia confirmou uma reunião para as 16h de hoje, presidida pelo ministro Edison Lobão, na qual deverão ser discutidas as causas exatas e as medidas que serão adotadas para evitar a repetição dos apagões.Foto: Ed Ferreira/AE (Terra).

Atenção!

Banrisul: greve continua
Em assembléia realizada esta manhã, os funcionários do Banrisul decidiram manter a paralisação. A greve, conforme o comando, é por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Eleições

Pesquisas


O Instituto Datafolha divulgou novas pesquisas sobre eleições nas capitais brasileiras. Veja como está a situação em Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, faltando três dias para a eleição.





RECIFE
Geraldo Júlio (PSB) – 41%
Daniel Coelho (PSDB) – 26%
Humberto Costa (PT) – 18%

RIO DE JANEIRO
Eduardo Paes (PMDB) – 57%
Marcelo Freixo (PSol) – 20%

BELO HORIZONTE
Marcio Lacerda (PSB) – 45%
Patrus Ananias – 34%

Escolas terão elevadores para cadeirantes
Nesta quinta-feira, 4, integrantes de 17 escolas da Rede Municipal de Ensino recebem treinamento para operarem elevadores portáteis para cadeirantes, que serão entregues às instituições nos próximos dias. O curso está sendo promovido pela empresa Performance, fornecedora dos equipamentos, e está sendo realizado na Secretaria Municipal de Educação (Smed), em grupos de quatro representantes de escolas por turno.
Após a conclusão das aulas práticas, as escolas receberão, cada uma, um elevador portátil e duas cadeiras de rodas, que auxiliarão no deslocamento dos alunos cadeirantes dos estabelecimentos. O equipamento será semelhante ao que já existe na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Wenceslau Fontoura desde dezembro do ano passado, com investimento total de R$ 247.976,00.
O curso é necessário, pois o elevador necessita de operador externo para que ocorra a locomoção. O equipamento pode ser comparado a um “tratorzinho de esteira”, confeccionado em borracha, cujo tamanho da plataforma permite a utilização de cadeiras de rodas manuais. Com capacidade de carga de até 130 quilos e movido à bateria elétrica, auxiliará na locomoção de estudantes cadeirantes pelas escadas das instituições.
Na Wenceslau, localizada no bairro Mário Quintana, que serviu de projeto-piloto para o uso do equipamento, o resultado tem sido satisfatório. Segundo a diretora, Denise Bruneta Cerva Melo, era uma demanda antiga da comunidade, principalmente do aluno cadeirante Christian Müller Sheiter, que atualmente se encontra no segundo ano do 3º ciclo. “Procurando algo que pudesse ajudar o estudante na internet, achamos informações sobre esse elevador e fomos atrás. Chamamos a empresa para conhecê-lo, a Smed nos mandou verba extra e conseguimos adquiri-lo”, relembra.
Na escola, o elevador começou a ser operado por uma funcionária, que recebeu treinamento da empresa. Desde então, o conhecimento foi transmitido para outros funcionários, professores e integrantes do Conselho Escolar, que também ajudam o aluno.  “Agora, o Christian está sempre sorrindo, porque pode acessar andares que tempos atrás não conseguia, como o laboratório de informática. Antes, precisávamos levá-lo no colo”, rememora Denise. “Além de obras desse tipo serem muito caras, nossos prédios, assim como de outras escolas, por serem divididos em pequenos blocos, não têm espaço para elevadores ou plataformas. O elevador portátil é uma ótima solução”, conclui.
Foto: Juliane Guez/ PMPA

Trensurb comemora mês das crianças 
Associados receberão kits com dez livros infantis. Contação de histórias ocorre de 8 a 11 de outubro no espaço cultural localizado na Estação Mercado da Trensurb a partir das 14h30. 
Celebrando o mês das crianças, a Biblioteca Livros sobre Trilhos presenteia todos os seus novos sócios até o fim do mês de outubro com kits especiais, cada um contendo dez títulos infantis da autora Patrícia Engel Secco. Em julho, a Biblioteca recebeu os exemplares de 22 livros da escritora. A doação foi resultado de uma iniciativa conjunta do Instituto Brasil Leitor (IBL) – parceira da Trensurb na manutenção do espaço cultural - e do “Ler é fundamental”, projeto da autora, iniciado no mês de junho na Virada Sustentável, em São Paulo. 
Na véspera do Dia das Crianças, 11 de outubro, quem já é sócio da Biblioteca também pode retirar um kit com os títulos infantis, basta comparecer ao local no seu horário de funcionamento – das 11h às 20h. 

Histórias para os pequenos 
De 8 a 11 de outubro, as tardes na Biblioteca Livros sobre Trilhos terão ações alusivas ao Dia das Crianças, com contação de histórias para alunos de escolas da rede pública convidadas a partir das 14h30. As atividades ficam a cargo de Matheus Ayres – autor de Era Uma Vez Uma Pipoca – e da Cataventus Ação de Integração Social e Cultural – instituição que busca promover entre as crianças o acesso e o interesse pela leitura. 

A Biblioteca 
A Livros Sobre Trilhos – uma parceria entre a Trensurb e o Instituto Brasil Leitor – funciona de segunda a sexta-feira, das 11h às 20h, na plataforma de embarque da Estação Mercado. Para utilizar o serviço e ter acesso a um acervo de mais de 3,5 mil títulos é necessário fazer um cadastro gratuito. Os interessados devem apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência atual (original e cópia), juntamente com uma foto 3x4. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais. 
Foto: Kauê P. Menezes, da Trensurb 

Mensalão

Lewandowski vota destino de Dirceu
O ministro revisor no julgamento do mensalão, Ricardo Lewandowski, retoma a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira com a análise da participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, no esquema de cooptação de parlamentares e de compra de votos. Na sessão anterior, o ministro livrou o ex-presidente do PT, José Genuíno, do crime de corrupção ativa e colocou em xeque as provas apresentadas pelo Ministério Público contra os mensaleiros.
O magistrado, que tem se classificado como uma espécie de contraponto ao relator, Joaquim Barbosa, começou a construir nesta quarta-feira a tese de que coube ao ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e ao publicitário Marcos Valério a função de “articuladores principais” do mensalão. Com isso, absolveu Genoino, ainda que tenha sido a assinatura do então dirigente do PT uma das garantias para a concessão de empréstimos fraudulentos à legenda junto ao Banco Rural. O ex-presidente do partido não nega ter assinado os papéis que permitiram a liberação mascarada dos recursos. Mas, para Lewandowski, a rubrica de Genoino funcionou mais como um “aval moral” do que propriamente como uma autorização da direção da legenda para a tomada fraudulenta de dinheiro.
A falta de provas cabais, na avaliação do ministro, contra Genoino, tende a ser repetida no voto que dará hoje em relação a José Dirceu. Ainda que o Supremo venha atestando a validade e importância das provas indiciárias, que permitem, por meio da dedução, comprovar que determinado fato ocorreu, Lewandowski resumiu seu entendimento com ironia: “Vamos acusando, e o réu depois que se incumba de se defender”. (Com VEJA online).

Eleições


Datafolha: Fortunati tem 51% e Manuela 21%
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), ampliou sua vantagem e está com 51% das intenções de voto na disputa eleitoral da cidade.
Se conseguir esse percentual na votação de domingo, ele será reeleito já no primeiro turno, aponta o Datafolha.
A segunda colocada na pesquisa é Manuela D'Ávila (PC do B), que obteve 21% das preferências.
Fortunati e Manuela chegaram a ficar empatados tecnicamente no fim de agosto, mas o prefeito gradualmente começou a abrir vantagem.
A pesquisa, feita entre terça (2) e quarta-feira (3), ouviu 1.274 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fortunati subiu quatro pontos em relação à pesquisa da semana passada. Já Manuela oscilou três pontos para baixo.
Na terceira colocação aparece Adão Villaverde (PT), com 8% das preferências. O candidato Roberto Robaina (PSOL) registrou 2%.
Outros 6% dos entrevistados disseram que votarão em branco, nulo ou em nenhum candidato. Indecisos somam 9%.
Pelo critério de votos válidos, que exclui brancos, nulos e eleitores indecisos, e é o modo oficial de divulgação dos resultados pela Justiça Eleitoral, Fortunati tem 61%, contra 24% de Manuela.
O Datafolha também fez uma simulação de segundo turno, em que o prefeito vence Manuela por 57% a 27%. Para essa pergunta, 15% disseram que não sabem ou que votariam em branco ou nulo.
Manuela (24%) e Villaverde (23%) são os mais rejeitados pelos eleitores, de acordo com o levantamento. Fortunati é, entre os sete candidatos, o que possui menor rejeição, com 9%.
Foto: Jefferson Bernardes

EXPONTÂNEA
José Fortunati (PDT) – 51%
Manuela D’Ávila (PC do B) – 21%
Adão Villaverde (PT) – 8%

VOTOS VÁLIDOS
Fortunati – 61%
Manuela – 21%

REJEIÇÃO
Manuela – 24%
Villaverde – 23%
Fortunati – 9%


Bom Dia!
Ontem tivemos os últimos programas dos candidatos a prefeito no horário gratuito de rádio e televisão. Hoje será a vez dos candidatos a vereador. Depois disso, serão 48 horas de propaganda direta entre candidato e eleitor. No domingo, dia 7, as urnas receberão, das 8h às 17h, os votos dos eleitores. Mais uma ou duas horas e muitos comemorarão a vitória e outros curtirão a derrota. É do jogo democrático.
No STF, dois momentos extremamente especiais e curiosos. Enquanto o relator, ministro Joaquim Barbosa pedia a condenação dos 7 réus julgados ontem, o revisor, ministro Ricardo Lewandowski absolvia José Genoino, transformado por ele em quase mártir. Quem, como eu, assistiu a sessão do STF, deve estar se perguntando como julgadores, no caso os mais importantes da Justiça brasileira, podem divergir tanto. Confesso que, ao ouvir Lewandowski, por muitas vezes fiquei pensando que se tratava do advogado de defesa de Genoino, tal sua veemência ao defender o ex-presidente do PT. Ele ainda não julgou José Dirceu, mas dificilmente vai condená-lo, é o que a maioria pensa. É provável que, mais uma vez, o revisor seja voto solitário na defesa dos mensaleiros. A maioria deve votar pela condenação, ou seja, acompanhando o relator.
Como acordei meio saudosista, hoje, fui buscar um vídeo de um dos cantores que embalou a minha juventude. O tremendão Erasmo Carlos cantando um de seus primeiros e maiores sucessos: Gatinha Manhosa. Com meus votos sinceros de um Bom Dia!



Mensalão

Lewandowski faz de Genoino mártir
O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, votou nesta quarta-feira pela absolvição de José Genoíno, presidente do PT na época do escândalo. 
Apesar de Genoino ter assinado, em nome do partido e na condição de fiador, a concessão de um empréstimo comprovadamente fraudulento para a sigla, o ministro considerou que o petista não tinha ciência dos crimes cometidos por Delúbio Soares.
"O Ministério Público jamais individualizou as condutas imputadas a Genoino", disse o ministro, que criticou duramente a Procuradoria-Geral da República ao tratar a acusação, neste ponto, de "artificial e forçada". Chegou a afirmar que Genoino era um deputado "ideológico", que não enriqueceu ao longo da trajetória política e, no limite, disparou: "O réu se viu obrigado à kafkiana tarefa de defender-se de atos abstratos."
Mesmo o aval dado aos empréstimos não vale como prova, alega o ministro, que acabou criando uma nova categoria de avalista: "Esse era um aval moral, muito mais do que um aval real". A acusação aponta que, com seu pequeno patrimônio declarado, Genoino jamais poderia se tornar avalista de um empréstimo de 3 milhões de reais.
Lewandowski, aliás, disse que o empréstimo obtido pelo PT foi pago, o que provaria a lisura da transação. Coube ao presidente da corte, Carlos Ayres Britto, lembrar o óbvio: o pagamento só foi finalizado neste ano, bem depois que o escândalo do mensalão eclodiu. O ministro Marco Aurélio de Mello também interrompeu, com fina ironia: "Vossa Excelência está quase me convencendo de que o PT não fez nenhum repasse a qualquer parlamentar".
Para livrar o ex-guerrilheiro, o revisor chegou a citar o patrimônio modesto (170 000 reais, segundo a Justiça Eleitoral) de Genoino como uma prova da idoneidade do réu - o ministro só se esqueceu de que o petista é acusado de corrupção ativa, não passiva. O petista, aliás, responde a mais sete processos, inclusive o que trata da concessão fraudulenta de um empréstimo do Banco BMG ao PT. (VEJA online).

Eleições

Datafolha: Russomanno e Serra estão empatados
Pesquisa Datafolha em São Paulo finalizada nesta quarta-feira (3) mostra o candidato Celso Russomanno (PRB) com 25% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o tucano José Serra, com 23%. O petista Fernando Haddad aparece com 19%. Gabriel Chalita (PMDB) tem agora 11%.
Em relação ao levantamento anterior, Russomanno caiu mais cinco pontos. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ele deixou se ser líder isolado da disputa. Serra e Haddad oscilaram um ponto percentual cada --Serra tinha 22% e Haddad, 18% -- e mantêm a situação de empate técnico na segunda colocação. Chalita, que tinha 9%, oscilou dois pontos.
Também pontuaram Soninha Francine (PPS) 4%; Carlos Giannazi (PSOL), 1%; Levy Fidelix (PRTB), 1%; e Paulinho (PDT), 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Em Curitiba, Ratinho Jr. continua na frente
A quatro dias da eleição, uma nova pesquisa Datafolha, realizada em parceria com a RPC TV, aponta o candidato Ratinho Junior (PSC) na liderança das intenções de voto em Curitiba.
De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (3), o deputado federal e filho do apresentador do SBT tem 34% da preferência dos entrevistados --ou, em votos válidos, 38%.
Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição apoiado pelo governador Beto Richa (PSDB), aparece em segundo lugar, com 25% --ou 28% dos votos válidos.
pesquisa (divulgada no último dia 27), se mantenha no dia da votação, os dois candidatos disputarão o segundo turno.
Gustavo Fruet (PDT), aliado ao PT, aparece em terceiro lugar, com 18% --em votos válidos, 20%. Rafael Greca (PMDB) vem em seguida, com 10% (11% em votos válidos).
Bruno Meirinho (PSOL) tem 2% e Alzimara (PPL), 1% --os percentuais continuam os mesmos pelo cálculo de votos válidos, que exclui brancos, nulos e eleitores indecisos. Avanilson Araújo (PSTU) não pontuou. Outros 5% disseram não saber em quem votar.

Fortaleza: candidatos do PSB e do PT na liderança
A pesquisa Ibope para a Prefeitura de Fortaleza divulgada nesta quarta-feira (3) mostra  Roberto Cláudio (PSB) com 25% das intenções de voto e seu principal adversário, Elmano de Freitas  (PT), com 23%. Apoiados pelo governador Cid Gomes (PSB) e pela prefeitura Luizianne Lins (PT), respectivamente, os dois aparecem pela primeira vez isolados na liderança.
O candidato socialista manteve o mesmo percentual da pesquisa Ibope da última quinta-feira (27). O petista oscilou dois pontos para mais. Contudo, Moroni Torgan  (DEM) continuou em queda e já não está mais tecnicamente empatado com os dois. O democrata caiu quatro pontos e tem agora 15%.
Heitor Férrer (PDT) oscilou dois pontos para mais e tem 13% da preferência do eleitorado. Renato Roseno (PSOL) teve a mesma oscilação e agora aparece com 9%. Inácio Arruda (PCdo B) e Marcos Cals (PSDB) têm 3% cada. Francisco Gonzaga (PSTU), 1%.
Valdeci Cunha (PRTB) e André Ramos (PPL) não pontuaram na pesquisa. Brancos e nulos somam 5% e indecisos, 3%.