sábado, 22 de junho de 2013

Entidades criticam ‘importação’ de médicos
As entidades médicas nacionais divulgaram neste sábado, 22, nota de repúdio ao anúncio da presidente Dilma Rousseff de que médicos de outros países irão ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em carta aberta aos médicos e à população brasileira, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) manifestam preocupação com a medida e ameaçam ir à Justiça para evitar a entrada de médicos estrangeiros no País. Afirmam que "o caminho trilhado é de alto risco e simboliza uma vergonha nacional".

Segundo estas entidades, a decisão de importar médicos expõe a população, sobretudo a parcela mais vulnerável e carente, "à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados". Para elas, a medida "tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o SUS".
Com o objetivo de conter as manifestações que ocorrem pelo País, a presidente fez na sexta um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão, e informou que irá conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros
poderes, governadores e prefeitos para tentar fazer um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. Entre as linhas de ação, está trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS.
As entidades lembram que Dilma foi vítima de grave problema de saúde, há alguns anos quando foi tratada por centros de excelência do País, com médicos capacitados em escolas brasileiras. "O povo quer acesso ao mesmo e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias", reagem.

As associações afirmam que os médicos e a população não admitirão que se coloque em risco o futuro de um modelo enraizado na Constituição e a vida dos cidadãos brasileiros. Tomarão todas as medidas possíveis, inclusive jurídicas, para assegurar o Estado Democrático de Direito no Brasil, com base na dignidade humana.(Agência Estado)
Movimento Rio de Paz faz manifestação  em Copacabana

O movimento Rio de Paz faz na manhã deste sábado, 22, manifestação na Praia de Copacabana em que reivindica investimentos em saúde, educação e segurança pública no “padrão Fifa”, em referência aos altos investimentos com os grandes eventos como a Copa. Foram colocadas na areia 500 bolas de futebol que representam, segundo Antônio Carlos Costa, fundador do movimento, “meio milhão de brasileiros assassinados nos últimos dez anos”. Os manifestantes, que começaram a chegar a Copacabana antes das 7h, não farão passeata e ficarão concentrados em frente à avenida Princesa Isabel.

Costa comentou o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na noite de sexta-feira. “O reconhecimento de que, entre outras coisas, o país carece de escolas, hospitais, segurança ‘padrão Fifa’ atende de modo especial parte das reivindicações do Rio de Paz. Preocupa-nos, contudo, o fato de ela ter falado da violência de saqueadores e vândalos, o que é justo, mas não ter mencionado com a mesma ênfase a necessidade de as forças policiais não cometerem abuso de poder, tal como testemunhamos nas ruas do Rio de Janeiro”, disse o fundador do Rio de Paz no Facebook. “É sintomático o fato de as manifestações terem ocorrido em plena Copa das Confederações. O brasileiro até agora não aceitou ter havido tamanha vontade política para construção de campos de futebol sofisticados, num cenário de escolas e hospitais em péssimas condições e profunda desigualdade social”, completou. (Agência Estado)
MPL volta atrás e diz que protestos não vão parar

Em nota divulgada no Facebook na noite dessa sexta-feira, 21, o Movimento Passe Livre (MPL) voltou atrás e disse que não vai suspender os protestos em São Paulo. Integrantes do grupo haviam anunciado que não convocariam novas manifestações devido à participação de ativistas que apoiavam causas divergentes das do MPL. 
Entretanto, O Movimento Passe Livre São Paulo afirmou na rede social que não vai deixar de se organizar e sair às ruas. "Não estamos suspendendo os protestos. Sempre afirmamos que a luta contra o aumento ia continuar até a revogação. Agora que a tarifa baixou, vamos dar continuidade à luta, pela tarifa zero", declara a nota. 

A afirmação de que o grupo não convocaria mais protestos gerou polêmica nas redes sociais. Internautas comentavam que o MPL havia desistido dos atos depois de conquistar a revogação do aumento das passagens. Alguns chegaram a sugerir que o movimento estaria "se vendendo" às autoridades ao não convocar mais protestos.
Bom Dia!
Milhares de médicos estrangeiros no Brasil para atender aos mais pobres. Tem gente que apoia. Fazer o que? Tem gente que é contra o cidadão se formar e trabalhar na Capital, por exemplo. Normalmente, os apoiadores tem suas vidas totalmente enraizadas aqui e não abrem mão. Muitos são profissionais liberais e jamais pensaram em abrir um consultório, por exemplo, num bairro de classe mais baixa. Outros preferem ter seus negócios comerciais onde pessoas com melhores condições financeiras possam usufruir. A maioria, incluindo aí a autora da proposta, busca hospitais de primeira linha quando necessita, jamais o SUS.
Daí fica fácil defender a vinda de médicos estrangeiros para atender os mais necessitados. Esquecem que os médicos brasileiros, em sua grande maioria, dependem do SUS, de empregos públicos e ganham salários miseráveis. Necessitam de um, dois ou mais empregos e acabam atendendo mal aos pacientes. Então, buscar uma solução fora sem preferir investir nos que trabalham aqui sob as piores condições, parece inadmissível. Será que os estrangeiros trabalharão de graça, ou receberão o mesmo que os que trabalham no SUS?
Quem sabe estas pessoas, os que jamais necessitaram de atendimento público para nada, que usam os melhores  hospitais, que são tratados por médicos de planos de saúde caros, que tem filhos estudando nos melhores colégios, que provavelmente tenham cursado universidade pública, ou tiveram dinheiro para pagar seus estudos,  largam sua hipocrisia e, coerentes com o que pregam, passem a atender os humildes das vilas pobres. Montem lá seus negócios e consultórios. Sintam, por exemplo, o que os médicos do Sistema Único de Saúde sentem.  

É fácil, sob cobertas quentes e ar condicionado, pregar a favor dos que passam frio.