segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Assassinato de Reputações

O livro bomba de Romeu Tuma Júnior – 2

Mais trechos da entrevista do Tuma Júnior à revista VEJA.

Fábrica de dossiês – Durante todo o tempo em que estive na Secretaria Nacional de Justiça, recebi ordens para produzir e esquentar dossiês contra uma lista inteira de adversários do governo. O PT do Lula age assim. Persegue seus inimigos da maneira mais sórdida. Mas sempre me recusei. Tentaram me usar para esquentar um dossiê contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, só porque ele avisou o Lula da existência do mensalão. Depois quiseram incriminar o ex-senador Tasso Jereissati servindo-se do meu departamento para forjar uma investigação sobre contas no exterior. Havia uma fábrica de dossiês no governo. Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso, virei vítima dessa mesma máquina de difamação. Assassinaram minha reputação.

O CADE – É só olhar o que está acontecendo com o Cade nesse escândalo do metrô de São Paulo. Conto isso no livro. Desde 2008 o PT queria que eu vazasse os documentos enviados pela Suiça para atingir os tucanos na eleição municipal. O ministro da Justiça, Tarso Genro, me pressionava pessoalmente para deixar isso vazar para a imprensa. Deputados petistas também queriam ver os dados na mídia. Não dei os nomes no livro porque quero ver se eles terão coragem de negar.


Ruth Cardoso – O PT usava o meu laboratório para fazer dossiês. A ex-ministra Erenice Guerra foi inocentada em 2012, desse tipo de acusação. Mas eu sustento, com o nome que herdei de meu pai: havia, sim, uma fábrica de dossiês em vias de ser normatizada, que inviabilizei com a mudança do laboratório para a estrutura da secretaria. Estavam usando o meu laboratório para fazer um dossiê contra a finada Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente FHC, e obviamente contra o governo do seu marido.

Assassinato de Reputações

O livro bomba de Romeu Tuma Jr.
Para os que sempre tiveram dúvidas sobre determinadas figuras da política brasileira e para os que sempre acreditaram em determinadas figuras da política brasileira, recomendo a leitura da entrevista que o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior concedeu á revista Veja desta semana. As revelações de Tuma estão contidas no livro Assassinato de Reputações – Um crime de Estado, onde ele fala sobre a fábrica de dossiês dos petistas contra os adversários, o assassinato do prefeito Celso Daniel, o mensalão e o passado do ex-presidente Lula.
Destaco, aqui, alguns pontos da entrevista e do livro de Romeu Tuma Júnior. Sem comentários!

Celso Daniel – Aquilo foi um crime de encomenda. Não tenho nenhuma dúvida. Os empresários que pagavam propina ao PT em Santo André não queriam matar, mas assumiram claramente esse risco. Era para ser um sequestro, mas virou homicídio.
(...) Fui afastado das investigações, mas apurei tudo. Eu encontrei o carro e fotografei os cabelos que, depois, os peritos disseram que eram pelos de cachorro. Mas eu sei que não eram. Só que nunca quiseram apurar a fundo. Ponho no livro o que descobri e não foi considerado.

Gilberto Carvalho – Foi num momento de emoção quando eu estava sob fogo cruzado na imprensa e fui falar com o Gilberto carvalho. (...) Ai ele falou: “Veja, Tuma, quanto fui injustiçado no caso Celso Daniel. Quando saiu aquela história  de que havia desvios na prefeitura, eu, na maior boa-fé, procurei a família dele para levar um conforto. Fui dizer que o Celso nunca desviou um centavo para o bolso dele, e que todo recurso que arrecadávamos eu levava para o Zé Dirceu, pois era para ajudar o partido nas eleições”. Fiquei paralisado quando isso aconteceu. Pensei comigo: estou ouvindo uma confissão mesmo?

A conta do mensalão – Eu descobri a conta do mensalão nas Ilhas Cayman, mas o governo e a Polícia Federal não quiseram investigar. Quando entrei no DRCI, encontrei engavetado um pedido de cooperação internacional do governo brasileiro às Ilhas Cayman para apurar a existência de uma conta do José Dirceu no Caribe. Nesse pedido, o governo solicitava informações sobre a conta não para investigar o mensalão, mas para provar que o Dirceu tinha sido vítima de calúnia porque a Veja tinha publicado uma lista do Daniel Dantas com contas de petistas no exterior. O que o governo não esperava é que Cayman respondesse confirmando a possibilidade de existência da conta. Quer dizer: a autoridade de Cayman fala que está disposta a cooperar e aí o governo brasileiro recua? É um absurdo. Eu levei o processo para o Tarso Genro e disse: olha, tem que apurar isso. Mas, quando veio essa resposta de Cayman, os caras pararam tudo. Isso foi para a gaveta da Polícia Federal e do ministro Tarso Genro. Estou esperando até hoje o retorno. Eu tenho certeza que era a conta do mensalão. Eu publico no livro o documento para dizer isto: o governo não deixou investigar isso em 2007.

- Ainda hoje vou publicar mais tópicos da entrevista de Romeu Tuma Júnior.

Blog do André

Dia Internacional de Combate à Corrupção 
deveria ser todos os dias

André Machado*

Hoje é o Dia Internacional de Combate à Corrupção. Um símbolo apenas. A luta contra o desvio de recursos da educação, da saúde, da segurança e de qualquer outra área trazendo prejuízo à sociedade é diária. Num ano de protestos nas ruas, obras para a Copa do Mundo e de julgamento do Mensalão a percepção da corrupção no Brasil fez com que o país caísse no ranking mundial. Era 69 em 2012 e agora foi para 72.
O combate à corrupção é diário. Muito do que ocorre no setor público é derivado da nossa tolerância na nossa própria vida. É o troco errado que você recebe e se cala por ser favorável a você. É o privilégio que você dá a um amigo em detrimento a alguém com mais mérito unicamente por proximidade. É você defender corruptos de seu campo político e atacar inocentes do campo político opositor unicamente para levar adiante uma luta eleitoral. E a isto se juntam pequenas ações de cidadania que são burladas e criam no país a sensação de que tudo aqui se pode.

Felizmente os mecanismos de controle têm avançado. O que não estamos sabendo é como utilizá-los. Porto Alegre, por exemplo, tem um dos melhores portais de transparência sobre as obras da Copa. Qual de nós o consulta? Ou os dados disponíveis pelo Tribunal de Contas do Estado. Fiscalizar é também uma obrigação do cidadão. A democracia não é apenas delegar através do voto. É participar.
*Jornalista

Romeu Tuma Jr.

“Lula era informante do meu pai no DOPS”

O ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior afirmou, em entrevista à revista "Veja", que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era informante do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar. A afirmação faz parte de livro "Assassinato de reputações: um crime de Estado", de autoria de Tuma Junior, que começa a ser vendido nesta segunda-feira (09).
De acordo com a entrevista de Tuma, o ex-presidente passava informações para o seu pai, o ex-senador e delegado do Dops Romeu Tuma, que produzia relatórios de inteligência para evitar confusões. "O que conto no livro é o que vivi no Dops. Eu era investigador subordinado ao meu pai e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai. Presenciei tudo. O Lula era informante do meu pai no Dops."
Apesar de afirmar que não possui provas sobre isso, Tuma não exclui que algum relatório do Dops da época tenha registrado informações atribuídas a um certo informante de codinome Barba. "Esse era o codinome dele", disse o ex-secretário.
Na entrevista sobre seu livro, o ex-secretário Nacional de Justiça ainda afirma ter recebido ordens do governo para criar dossiês contra uma série de inimigos políticos do PT. Um dos alvos teria sido Marconi Perillo, governador de Goiás. "Só porque ele avisou o Lula da existência do mensalão", diz Tuma. Outro alvo teria sido o ex-senador cearense Tasso Jereissati, também adversário do ex-presidente. 
"Havia uma fábrica de dossiês no governo. Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso, virei vítima dessa mesma máquina de difação. Assassinaram minha reputação", afirma Tuma Júnior, que deixou a secretaria em 2010 quando seu nome foi vinculado à máfia de contrabandistas chineses.

O delegado aposentado também afirma ter sido vítima da suposta máquina de dossiês do governo por ter descoberto uma "conta do mensalão" no exterior. Ela teria sido criada nas Ilhas Cayman e seria operada pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. "Eu levei o processo para o Tarso Genro e disse: olha, tem de apurar isso. Mas quando veio essa resposta de Cayman (possibilidade de existência da conta), os caras pararam tudo. Mandei cópia para o ministro apurar isso, e espero resposta até hoje". afirmou.(Com IG/conteúdo)

Bom Dia!

A entrevista de Romeu Tuma Jr.
Aconteceu o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo de 2014, terminou o campeonato brasileiro e, a partir de agora, é direcionar o pens amento para junho do ano que vem. No dia 12 de junho começa a Copa do Mundo, com Brasil X Croácia, na Arena São Paulo. O primeiro jogo no Beira Rio será três dias depois, dia 15, com a França enfrentando  Honduras. Porto Alegre receberá as seleções da Argentina, França, Honduras, Holanda, Austrália, Argélia, Nigéria e Coréia do Sul.
De minha parte, estou, desde hoje, torcendo para que nosso irmãos de oito países sejam recebidos, por todos nós, da maneira mais cordial possível. Acho que nem preciso pedir, pois o gaúcho é hospitaleiro e saberá muito bem receber todos os torcedores. Não haverá rivalidade alguma e vamos, juntos, transformar os dias de jogo em grande festa.
“Lula era informante do meu pai no Dops”
Mudando de assunto, gostaria de comentar sobre a entrevista que Romeu Tuma Júnior concedeu à revista Veja. Eu diria que se trata de um documento em que ele conta que o ex-presidente Lula era um dos grandes informantes de seu pai, o delegado Romeu Tuma. O autor, na entrevista, dá detalhes das atividades de Luiz Inácio como informante do DOPS, o que teria proporcionado “várias operações”, ou seja, prisão ou morte de pessoas da esquerda.
Romeu Tuma Júnior conta, também, que descobriu a conta do mensalão no exterior, que encaminhou a denúncia ao então ministro da Justiça, Tarso Genro e que espera, até hoje, retorno para suas informações.
É uma entrevista tão recheada de denúncias que certamente teremos grande repercussão a partir de hoje.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!