quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Bom Dia!

Vocês são especiais!


Minhas queridas amigas, meus queridos amigos de todos os dias, de todo o ano.

Estamos chegando ao final de mais uma etapa na vida de todos nós. Passamos por mais um ano de nossas vidas e, mesmo que não tenhamos realizado tudo o que pretendíamos, mesmo que algumas tristezas tenham tornado nosso tempo mais difícil, é hora de juntar nossos corações, nossas esperanças e agradecer por mais esta jornada.

O Natal é um momento raro de confraternização, de união e de renovação de nossa fé na luta por um mundo melhor, um mundo de paz, um mundo de amor e de compreensão.

O Ano Novo, é a abertura de uma nova porta para caminhos que todos, certamente, esperam sejam menos difíceis e mais iluminados.

Escrever sobre o Natal e o Ano Novo sem correr o risco de repetir tudo o que dissemos nas festas passadas, é missão quase impossível. Afinal, guardamos no peito o mesmo desejo de muitos anos e a esperança de sempre.

Assim, quero desejar a todos o melhor Natal e o melhor Ano Novo, com a esperança de que acreditem que, para mim, VOCÊS SÃO ESPECIAIS!

Tenham todos um Bom Dia!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Editorial

Há sinceridade nisso?
O ESTADO DE S.PAULO
21 Dezembro 2014

Antes tarde do que nunca. Dilma Rousseff valeu-se da solenidade de sua diplomação para o próximo mandato na Presidência da República para propor à sociedade brasileira um pacto contra a corrupção. A manifestação presidencial ocorreu simultaneamente a novas revelações sobre o escândalo da Petrobrás, desta vez relativas à participação de políticos, parlamentares e altas autoridades governamentais no esquema de propinas que abasteceram a campanha eleitoral de 2010, de acordo com a delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Ninguém com um mínimo de boa vontade e apreço pelos valores éticos que devem imperar na vida pública pode deixar de reconhecer a importância da proposta de Dilma Rousseff. Mas o retrospecto político de 12 anos de governos petistas e recentes manifestações de líderes do partido do governo, especialmente o ex-presidente Lula, aconselham alguma cautela diante das expectativas que a exortação presidencial pode gerar, do ponto de vista da sua exequibilidade, nas circunstâncias de tempo e de lugar em que vivemos. Pode-se, no limite, chegar mesmo a um questionamento mais radical: há sinceridade nisso?

A questão central é que a corrupção que se alastra de modo alarmante pelo aparelho governamental, embora sirva, obviamente, para satisfazer o pantagruélico apetite por dinheiro de delinquentes disfarçados de servidores ou de mandatários públicos, é movida essencialmente pela ambição de poder - de médio e de longo prazos - de políticos que precisam manter permanentemente azeitadas, a um custo operacional cada vez mais alto, as engrenagens da máquina de fazer votos, no seu sentido mais amplo e diversificado.

Quando se fala em ambição de poder vem desde logo à mente o mais consistente, obstinado e despreocupado com valores éticos (em eleições faz-se "o diabo") projeto de poder que ocupa a cena política no País: o do Partido dos Trabalhadores. Esse é o partido que sustenta a presidente que agora proclama: "Temos que fechar as portas, todas as portas, para a corrupção". Como é fácil de entender que, mesmo que queira, jamais terá condições objetivas de fechar "todas as portas" às prioridades partidárias sobre as quais ela própria exerce escassa influência, a questão que se coloca é a seguinte: Dilma combinou com o PT, no que diz respeito à Petrobrás, por exemplo, "apurar com o rigor os malfeitos" e "implantar a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma estatal já teve no Brasil"? Ou corre-se o risco de que, eventualmente condenados nos processos decorrentes do escândalo da Petrobrás, petistas de alto escalão sejam imediatamente elevados à categoria de "guerreiros do povo brasileiro" pelo comando e pela militância do partido?

A própria presidente, em seu discurso de diplomação, a pretexto de defender a Petrobrás, deixou claro que o escândalo das propinas é uma simples questão de ponto de vista: "Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas. Temos que saber punir o crime, não prejudicar o País ou sua economia. Temos que fechar as portas, todas as portas, para a corrupção. Não temos que fechá-las para o crescimento, o progresso e o emprego". Traduzindo: quem é contra a corrupção deseja, na verdade, "destruir as empresas". Pretende, de fato, "prejudicar o País ou sua economia". Ambiciona, certamente, fechar as portas "para o crescimento, o progresso e o emprego".

Não por coincidência, no mesmo dia, ao discursar em solenidade no Ministério da Justiça, o criador de Dilma e desde já candidato à sucessão da pupila em 2018, recorreu a sua habitual sutileza na clara tentativa de desqualificar as investigações do escândalo da Petrobrás. Diante do presidente do STF, do ministro da Justiça e do procurador-geral da República, Lula acusou a imprensa de promover, na cobertura da Operação Lava Jato, um "linchamento midiático"; aos encarregados pela investigação, de praticar, obviamente com fins escusos, o "vazamento seletivo" de informações; e, a todos eles, de agir "com indisfarçável objetivo político-partidário".

Voltando, então, ao pacto contra a corrupção que Dilma propõe: há sinceridade nisso?


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Relatório da CPMI

Agora virou palhaçada

Deputado Marco Maia (PT-RS)

Acabo de ler, e reproduzo, a notícia publicada no Estadão sobre nova decisão do deputado petista Marco Maia, do RS, reformando seu relatório apresentado no dia 10. Leiam o que foi publicado na Estado de São Paulo:

Na última sessão da CPI Mista da Petrobrás, o relator Marco Maia (PT-RS) retificou seu relatório final para incluir em seu parecer o pedido de indiciamento de 52 pessoas, entre eles os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque. A primeira versão do documento, apresentada na quarta-feira passada, 10, não continha pedido de indiciamento.
Maia informou que incluiu os pedidos de indiciamento após receber, nesta terça-feira, 16, os dados finais da investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a compra da refinaria de Pasadena. O documento, segundo ele, aponta um prejuízo US$ 561,5 milhões aos cofres da Petrobrás.
Pouco antes do início da sessão, Maia afirmou ser a favor do afastamento de toda a diretoria da Petrobrás, inclusive a presidente Graça Foster. Segundo ele, essa recomendação não foi incluída no relatório porque é uma decisão que cabe à presidente Dilma.

Mas não é uma palhaçada? Será que este petista pensa que todos nós somos um bando de idiotas? Ou ele vai querer dizer que só ficou sabendo de tudo o que estava ocorrendo na Petrobras depois que apresentou seu surrealista relatório?

Eu já sabia que o petista Marco Maia era um ser subserviente, que fazia tudo o que fosse determinado por seus líderes maiores. Só não sabia, confesso, que era tanto. Ou alguém duvida que ele tenha escutado poucas e boas, inclusive de seus companheiros e tenha sido obrigado a retificar aquilo que afirmou antes?

A atitude do petista Marco Maia, sem qualquer dúvida, é o caso mais vergonhoso do ano. O relator de uma CPMI, criada para investigar o maior escândalo da história brasileira e que culminou com um rombo de bilhões de dólares na Petrobras, que concluiu que nada aconteceu e, uma semana depois retifica seu relatório para afirmar que todo o escândalo estava confirmado, pode ser levado à sério? Que ele tenha sido escalado para fazer mais uma parte do serviço sujo, pode ser, mas transformar tudo nesta palhaçada é demais!

Certamente, depois de tudo, Marco Maia, deputado do PT, deve passar as festas de final de ano na mansão de R$ 3,5 milhões que comprou em Canoas.

Não virou palhaçada?

Editorial

No PT, acredita quem quer
O ESTADO DE S.PAULO
17 Dezembro 2014

O Partido dos Trabalhadores (PT), envolvido nos maiores escândalos de corrupção do Brasil na última década, está preocupado com sua imagem. Conforme dirigentes do partido discutiram em recente reunião da corrente majoritária da legenda "Partido que Muda o Brasil", o PT precisa agir para resgatar a aura "ética" que criou e cultivou nos primeiros anos de sua existência. Mais uma vez, os petistas apostam tudo na propaganda como forma de construção da realidade. No entanto, está cada vez mais claro que a imagem de partido que abriga corruptos não está associada ao PT à toa - e será preciso muito mais do que golpes de marketing para alterar essa percepção.

"É preciso passar o PT a limpo", disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do partido, durante o encontro. A recomendação é pertinente, mas é difícil de acreditar que haverá qualquer esforço autêntico para que essa limpeza seja realmente realizada. Não se trata de ceticismo, mas de constatação: basta lembrar que os principais dirigentes do partido envolvidos no escândalo do mensalão, por exemplo, foram tratados pela militância e pelos líderes petistas como "presos políticos" e "guerreiros do povo brasileiro".

Agora, com a roubalheira na Petrobrás sendo exposta em detalhes sórdidos, para dar a impressão de que não tolera corrupção, o PT aprovou uma resolução segundo a qual os filiados envolvidos em falcatruas serão expulsos. Tal disposição para lidar com os malfeitores como se deve, dizem os dirigentes petistas, ficou comprovada pela posição adotada pelo partido no processo contra o deputado André Vargas na Câmara. A bancada do PT foi orientada a votar a favor da cassação do ex-petista, denunciado por sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, pivô do escândalo da Petrobrás. "Quando o PT pede a cassação do André, dá um exemplo concreto", disse o presidente nacional do partido, Rui Falcão.

A singela narrativa petista, contudo, tem falhas de roteiro. A principal é que Vargas estava havia mais de 20 anos no partido, sendo uma de suas principais lideranças. Por essa razão, é preciso muito esforço para crer que, na cúpula petista, ninguém soubesse de suas traquinagens. O fato é que Vargas perdeu apoio no PT somente quando o escândalo que o envolvia começou a ameaçar os planos eleitorais do partido - e então ele foi pressionado a abandonar a legenda à qual prestou tantos serviços, entre os quais desqualificar os ministros do Supremo Tribunal Federal que condenaram os caciques petistas à prisão no caso do mensalão.

Como o resgate da imagem "ética" do PT não pode ter contradições como essa, o partido decidiu criar uma TV na internet para dar a sua versão dos fatos. O projeto se alinha à tese segundo a qual foi a imprensa que criou o mito da corrupção petista e que é necessário mostrar ao País que, ao contrário do que sugere o noticiário diário, o PT não é conivente com as fraudes e os desvios de dinheiro público. A esse propósito - e fica aqui a sugestão de pauta para a TV petista -, seria interessante conhecer a versão do partido para a manutenção de João Vaccari Neto como seu tesoureiro, a despeito das inúmeras denúncias de seu envolvimento com o escândalo da Petrobrás.

Toda essa mobilização marqueteira tem um único propósito: salvar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2018. O recurso à nostalgia petista em relação a seu passado imaginário, no qual o partido se apresentava como uma forma de ruptura em relação a "tudo o que está aí", é articulado diretamente pelo ex-presidente. No 5.º Congresso do PT, por exemplo, Lula disse que os que não têm "compromisso ético" devem sair do partido.

Na mesma ocasião, o ex-presidente reconheceu que o PT "comete erros", mas isso é resultado de seu gigantismo, pois, segundo suas palavras, "não existe no mundo nenhuma experiência política mais bem-sucedida do que o PT". Foi esse portento, segundo o ex-presidente, que criou os instrumentos para acabar com a roubalheira no Brasil - até a delação premiada, que está na legislação desde 1990, foi citada por ele como obra petista. É assim, com esse nível de mistificação, que Lula e seus correligionários querem fazer o País acreditar que o PT, ao contrário das evidências, é um campeão da luta contra a corrupção.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Futuro Governo

Sartori confirma 13 nomes



O governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) anunciou nesta segunda-feira novos nomes que irão integrar o futuro secretariado. 

Foram confirmados hoje, os nomes de Ernani Polo (PP) na Agricultura,Gerson Burmann (PDT) em Obras Saneamento e Habitação, Lucas Redecker (PSDB) em Minas e Energia, Pedro Westphalen (PP) em Transportes e Mobilidade, Vieira da Cunha (PDT) na Educação, Vantuir Jacini na Segurança, Miki Breier (PSB) no Trabalho, João Gabardo na Saúde, Ana Pellini no Meio Ambiente e César Faccioli, na Justiça. 

Com isso, já estão definidos os titulares de 13 secretarias. No início do mês, Sartori anunciou os três primeiros nomes dos seus secretários, todos peemedebistas: Carlos Búrigo na Secretaria-Geral do Governo, Giovane Feltes na Secretaria da Fazenda e Márcio Biolchi na Casa Civil. Sartori afirmou que anunciará pelo menos mais seis nomes até o fim do ano — de acordo com o governador eleito, o número de secretarias não deve passar de 21.

Notícias



Austrália
Sequestro em Sidney termina com 2 mortos e 5 feridos
- Depois de mais de 18 horas, a polícia australiana entrou na cafeteria Lindt Chocolat, em Sydney, e liberou parte dos reféns. Conforme a rede australiana Canal 7, há dois mortos e cinco feridos — três em estado grave. Autoridades ainda não confirmam a informação..

Secretariado de José Ivo Sartori
- Até agora, 15h30, quatro nomes estão confirmados e cinco estão indicados, por seus partidos. Confira a relação.

Nomes confirmados
Casa Civil: Márcio Biolchi (PMDB)
Fazenda: Giovani Feltes (PMDB)
Secretaria-Geral: Carlos Búrigo (PMDB)
Saúde: Dr. João Gabardo (PMDB)

Nomes indicados
Educação: Vieira da Cunha (PDT)
Transportes: Pedro Westphalen (PP)
Agricultura: Ernani Polo (PP)
Obras, Saneamento e Habitação: Gerson Burman (PDT) ou Eduardo Loureiro (PDT)

Esportivas
- O zagueiro Henrique, do Napoli e da Seleção Brasileira, que disputou a Copa do Mundo no Brasil, poderá ser anunciado até o final do ano como novo reforço do Inter. Negociações entre o Inter e Henrique (28 anos) estão adiantadas

- Também o atacante Dudu (ex-Grêmio) poderá ser contratado, como reforço para o ataque colorado na Libertadores.

- O meia Douglas é esperado pela direção do Grêmio, em Porto Alegre, para firmar contrato no início desta semana. Aos 32 anos, o jogador retorna sem custos ao clube. Virá somente pelo salário, na faixa de R$ 150 mil, e premiações por produtividade.

Operação Lava Jato
-A força-tarefa  do Ministério Público Federal (MPF) protocolou denúncia contra 4 envolvidos no escândalo da Petrobras.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró,  responderá pela prática de dois atos de corrupção e 64 atos de lavagem de dinheiro. 
O doleiro Alberto Youssef, Júlio Gerin de Almeida Camargo e Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado nas investigações como o operador do PMDB, responderão pelos crimes de corrupção, contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de capitais. 

Bom Dia!

O mar, quando quebra na praia...

Os versos de Dorival Caymmi retratam muito bem a beleza que é ver o mar quebrando na praia e deixando sua espuma branca sobre a areia. Molhar os pés, quase encobertos pela areia, é uma sensação de muita tranquilidade.

Faz mais de duas semanas que estou na praia. Vim curtir uns dias das minhas férias, sem carro, com internet lenta, sem me preocupar com o relógio e usando o celular só em caso de necessidade. Ligo a televisão apenas para ver o noticiário. Na maior parte do dia, cuido das plantas, da grama, da casa e faço caminhadas, normalmente na beira da praia. Uma comidinha e uma cervejinha gelada, que ninguém é de ferro.

Por mais incrível que possa parecer, quase consigo desligar da onda de corrupção que tomou conta do governo brasileiro. Por momentos esqueço que estão destruindo, ou roubando, a Petrobras, não lembro do infeliz relatório que um petista leu sobre a CPMI da petrolífera brasileira, desconecto de Dilmas, Lulas, e outros tantos iguais que lutam por transformar o Brasil num feudo onde só eles mandem e, principalmente, desmandem para manter a corrupção que dizem combater. Milionários, seguem enganando, ou tentando, os pobres e aqueles que, de alguma forma, querem ser enganados.
Aqui consigo ficar longe, sem me alienar, das barbaridades que muitos teimam em defender. Quem sabe o barulho das ondas do mar, o canto dos passarinhos, e o silêncio quase absoluto da minha rua, contribuam para que eu consiga ver e sentir que existem muitas coisas boas no mundo. Quem sabe eu entenda melhor a vida, que seria maravilhosa não fosse aqueles que fazem de tudo param destruí-la.

Aqui, sentindo o sol queimando minhas costas, um calor que briga com uma brisa que vem do oceano, entendo melhor os versos definitivos de Caymmi, cantados em O Mar.

“O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito!

Agora, vou pegar meu guarda-sol, minha cadeira, um livro, e vou para a beira do mar curtir aquilo a que tenho direito: a paz!

Tenham todos um Bom Dia!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Editorial

Com os nervos à flor da pele
O ESTADO DE S.PAULO
11 Dezembro 2014

Diante das sobejas evidências que se acumulam em torno do escândalo da Petrobrás, é - mais que compreensível - perfeitamente adequado que em ato público relativo ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, realizado na manhã de terça-feira em Brasília, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenha feito um duro pronunciamento. Lamentou ele que "o Brasil ainda seja um país extremamente corrupto", que "envergonha-nos estar onde estamos" e, em consequência disso, "esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição" da diretoria da estatal.

É também compreensível - mas, para dizer o mínimo, definitivamente inadequado - que a presidente Dilma Rousseff tenha subido nas tamancas, classificado a manifestação do procurador-geral de "escândalo", instruído assessores a anunciar sua "irritação" com o episódio e ordenado ao ministro da Justiça que voltasse a fazer, dessa vez com maior competência do que já havia tentado na presença de Janot, um categórico repúdio à ideia de afastamento de Graça Foster do comando da Petrobrás.

É compreensível, como foi dito, que incomode a Dilma a evidência de que os fatos conspiram contra sua intenção de se exibir como campeã da moralidade pública e inimiga implacável da corrupção. "Tenho uma vida inteira que demonstra o meu repúdio à corrupção", proclama texto inserido com destaque na página oficial da presidente no Facebook. Mas, para um chefe de governo, "repudiar" a corrupção não é suficiente.

A nação brasileira, ela sim muito "irritada" com o "escândalo" verdadeiro, que é o assalto à maior estatal brasileira, exige a identificação e responsabilização dos culpados, desde o mais modesto operador do esquema até a mais alta autoridade envolvida na esbórnia, seja por cumplicidade, seja por incompetência para evitá-la.

E é certamente por aí que a coisa pega: a apuração das responsabilidades em todos os níveis da hierarquia do poder público. É fácil mandar para a cadeia um empresário corrupto. Mas quando se trata do poder público, quanto mais alto se posiciona o hierarca, mais bem blindado ele estará contra a suspeita de desvios de conduta. Recorde-se a facilidade inicial com que Dilma Rousseff, já presidente da República, afastou de Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, a responsabilidade pela controvertida compra da Refinaria de Pasadena, atribuindo-a a informações "incompletas" de um relatório técnico.

Até algumas semanas atrás Dilma era candidata à reeleição e, conforme sua própria escala de valores, sentia-se no direito de fazer "o diabo" para se manter no poder. Por exemplo, fingir que a Operação Lava Jato era coisa pouca, manipulada pela oposição. Mas a eleição já acabou e agora são as investigações da Polícia Federal que estão no centro da cena política nacional.

Assim, se na opinião de Rodrigo Janot, que tanto abalou os nervos de Dilma Rousseff, o Brasil está "convulsionado" com o episódio que "como um incêndio de largas proporções" corrói "as riquezas da nação", está mais do que na hora de a própria presidente da República passar das palavras aos atos e demonstrar que está de fato disposta a manter "tolerância zero" com os malfeitos, "doa a quem doer". E o afastamento preventivo da diretoria da Petrobrás, como sugere o procurador-geral da República, pode cumprir uma dupla função: remover eventuais dificuldades na apuração dos fatos e demonstrar que Dilma faz o que precisa ser feito, doa a quem doer. Afinal, se a amiga Graça Foster não está envolvida nos malfeitos - além da responsabilidade administrativa e política que tem qualquer administrador de recursos públicos -, a justiça será feita e ela poderá ser reinvestida na presidência da estatal.

Se a presidente Dilma Rousseff permanecer irredutível na tentativa de blindar a diretoria da estatal, estará estimulando as suspeitas sobre as suas próprias responsabilidades no escândalo da Petrobrás, em cuja gestão interferiu decisivamente nos últimos 10 anos.


Bom Dia!

Um relator de outro planeta

Ao ouvir o deputado Marco Maia (PT-RS) ler seu relatório final da CPMI da Petrobras, comecei a pensar que estava diante de um ser de outro planeta que desembarcara aqui minutos antes. Pelo que ouvi, o deputado veio de um planeta onde todas as pessoas são honestas, principalmente seus amigos, onde não se comete irregularidades e onde todos os negócios são, no mínimo, razoáveis.

Com sua tradicional cara de pau, tantas vezes demonstrada ao longo de suas atividades políticas, o petista foi lendo página por página de um relatório surrealista, tantas as barbaridades que foram escritas pelo representante do PT do Rio Grande do Sul.

Entre outras sandices, disse Marco Maia que a compra da refinaria de Passadena, nos Estados Unidos, que causou um prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres da Petrobras, foi um “negócio razoável” que não trouxe grandes prejuízos ao Brasil. Esqueceu, certamente, que a própria presidente Dilma, sua companheira de PT, afirmou que, se soubesse antes, não teria autorizado a compra da refinaria. Também esqueceu o deputado, que outra companheira sua, a presidente Graça Foster, da Petrobrás, declarou que Passadena foi “um mau negócio”.

O relator não deve ter levado em conta as declarações de suas companheiras de partido, ou deve ter desconsiderado a opinião das presidentes da República e da Petrobras. Para Marco Maia, repito, foi “um negócio razoável”.

E foi além. Disse, em seu relatório, que não via motivos para indiciamento de ninguém, principalmente de políticos, ou seja, se ninguém foi indiciado, se o principal objeto da CPMI foi um negócio razoável, a Comissão deveria ser encerrada sem punir ninguém e sem indicar qualquer tipo de contravenção. Tudo corre, segundo o deputado do PT, às mil maravilhas na Petrobras.

A pergunta que milhões de brasileiros devem estar fazendo, é de onde saiu este alienígena? Deve ter vindo de um mundo criado exclusivamente por ele. Não é possível que uma pessoa, minimamente inteligente, queira convencer a todos que, entre milhares de pessoas, apenas ele pense certo.

A impressão que fica é que o deputado petista é tão subserviente, tão cumpridor das determinações superiores, que chega ao ridículo de apresentar um relatório que deve ter envergonhado, inclusive, muitos de seus companheiros de PT. Se bem que vergonha não é forte de quem governa (?) o Brasil.

Começo a quinta-feira com a convicção de que Marco Maia, deputado do PT pelo Rio Grande do Sul, desembarcou faz muito pouco tempo, de uma nave vinda de outro planeta. O relatório, assim como ele, é de um ridículo nunca visto. Uma coisa de outro mundo.

Para maior vergonha da gente, o relator é gaúcho. Nossa!!!!!

Tenham todos um Bom Dia!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A mesma conversa fiada

Ministro fala para plateia amestrada
e sai fugindo da imprensa e da verdade

O ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chamou o senador Aécio Neves, ex-candidato à Presidência pelo PSDB, de "playboyzinho" e afirmou que as denúncias de corrupção na Petrobras e as tentativas de envolvimento da presidente Dilma Rousseff são "propaganda, conversa e maledicência" de quem nunca teve coragem de "colocar o dedo na ferida como nós estamos pondo agora". "Estamos cortando na própria carne, quando se verifica essa questão da corrupção", afirmou o ministro durante uma cerimônia em que foram assinados convênios com 21 associações e cooperativas de agricultura orgânica.

Para uma plateia de representantes de cooperativas de agricultura familiar e pessoal do próprio governo, o ministro declarou que não está em jogo nesse momento a questão da corrupção - "que sempre teve e nós estamos tendo a coragem de combater" - , mas o medo que a oposição teria de perder a "hegemonia do Estado brasileiro". "O medo deles não é isso, não. É essa revolução silenciosa que se opera em todos os quatro cantos do País quando o povo vai descobrindo que ele é sujeito, autônomo, que tem capacidade de tocar a vida dele, que não depende mais dos dominadores, que ganha autonomia. É disso que eles têm medo e é por isso que temos que continuar nessa linha", afirmou.

Carvalho disse ainda que o governo sofre "perseguição e discriminação" por estar começando a devolver direitos para a maioria do povo brasileiro. "Vamos sofrendo todo tipo de acusação, de bolivarianismo, de chavismo, de mais um monte de m... que os caras falam para poder fazer funcionar de fato o Estado em função da maioria", discursou. "E foi isso que esteve em disputa nessa eleição. Eu morria de medo do playboyzinho ganhar a eleição porque eu tinha clareza que ia acabar essa energia que está aqui nesta sala. Isso não tinha condição de continuar porque não está nesse projeto".

Ao final da cerimônia, o ministro saiu rapidamente e não quis falar com os jornalistas que o esperavam.

A notícia acima foi publicada pela imprensa brasileira na tarde de hoje (9). É a repetição da mesma conversa fiada que já não engana mais ninguém, mas eles insistem. Falam as mesmas coisas para plateias de militantes, repetem que são donos da verdade, que estão cortando na própria carne, mas esquecem que nada é feito para punir seus companheiros que fazem parte da maior corrupção da história do Brasil. Muito pelo contrário, os ladrões do mensalão, os quadrilheiros que estavam entrincheirados no Palácio, viraram heróis e desfrutam das benesses que conseguiram corrompendo parlamentares e instituições. Para os companheiros do ministro Carvalho, o grande vilão do mensalão é Joaquim Barbosa, que teve a coragem de pedir a condenação da “cumpanherada”.

Bem ao feitio dos que mentem por obrigação, dos que pregam o que não conseguem defender, logo depois do discurso que só serve para enganar os mesmos, saem correndo e, como nas conhecidas ditaduras que defendem, fogem da imprensa com medo de enfrentar a realidade. Melhor mentir para os companheiros do que ter que falar a verdade para o povo. 

Contas da campanha

PT pagou R$ 24 milhões 
para empresa suspeita


As contas da reeleição da presidente reeleita Dilma Roussef estão na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A segunda maior fornecedora da campanha, que declarou ter prestado serviços na área de montagem de eventos, apresentou notas fiscais irregulares e tem como um dos sócios administradores uma pessoa que se declarava como motorista até o ano passado. Segundo informações da Folha de S. Paulo.
Com sede em São Bernardo do Campo (SP), a Focal Confecção e Comunicação Visual recebeu R$ 24 milhões de verbas da campanha, só ficou atrás da empresa do marqueteiro João Santana, que recebeu R$ 70 milhões.
Segundo reportagem da Folha, Elias silva de Mattos, relatado como um dos sócios administradores da Focal, recebeu um salário de R$ 2.000 até o ano passado, registrado como motorista. Ao ser abordado pelo jornal, ele disse que sabia que ia ter um "transtorno" em sua vida e alegou não poder falar em nome da empresa.
Esta é a segunda vez que a Focal vira foco de investigações, em 2005, durante o escândalo do Mensalão, a empresa foi apontada por Marcos Valério, operador do esquema, como uma das destinatárias de recursos ilícitos. Na época, ele alegou que o dinheiro era proveniente das vendas de camisetas para o PT.
Segundo a lista, Cortegoso e sua empresa receberam R$ 400 mil por indicação de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, condenado no mensalão.

Empregadas domésticas

Dilma veta redução de contribuição

A presidente Dilma Rousseff vetou, integralmente, o Projeto de Lei 7.082/2010, que reduz a contribuição social do empregador e do empregado doméstico ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para rejeitar a proposta, Dilma alegou "contrariedade ao interesse público" e "impacto negativo" nas contas do governo de cerca de R$ 600 milhões por ano, "não condizente com o momento econômico atual".

A proposta, aprovada pelo Congresso na primeira quinzena de novembro, criaria uma alíquota única de 6% sobre o salário para a contribuição social recolhida por empregador e pelo trabalhador. A legislação atual prevê alíquotas que variam entre 8%, 9% e 11% de recolhimento pelo funcionário doméstico. Já a contribuição devida pelo patrão é de 12% do salário do empregado.

Escândalo na Petrobras

Investidores processam estatal nos EUA

O escritório de advocacia dos Estados Unidos Wolf Popper anunciou nesta segunda-feira que entrou em uma Corte de Nova York com uma ação coletiva em nome dos investidores que compraram American Depositary Receipts (ADRs), recibos que representam ações da empresa brasileira e são listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
A acusação do escritório, segundo um comunicado divulgado na tarde de hoje, é que a Petrobras violou a legislação da Securities and Exchange Commission (SEC, que regula o mercado de capitais dos EUA).
A ação diz respeito a quem investiu nos papéis da Petrobras entre maio de 2010 e 21 de novembro de 2014. A ação alega que a Petrobras, de acordo com o comunicado, forneceu "material falso e comunicados enganosos" e não revelou uma "cultura de corrupção" na empresa, que consiste em um "esquema interno multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro" que afeta a companhia desde 2006.
A Petrobras, destaca o texto, é acusada de superfaturar o valor de propriedades e equipamentos em seu balanço. A empresa "inflou o valor dos contratos de construção da companhia".
Por conta de uma série de denúncias do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, os ADRs da Petrobras acumulam queda de 46% desde o dia 5 de setembro, diz o comunicado. O Wolf Popper já recuperou "bilhões" ao longo dos anos para investidores fraudados, destaca o documento.

Resposta. Em nota, a Petrobrás informou que "não foi intimada da ação judicial" movida em Nova York pelo escritório Wolf Popper, segundo a assessoria de imprensa da petroleira. (Agência Estado)

Operação Lava Jato

Empreiteira pagou para empresa de José Dirceu


Na operação de busca e apreensão na sede da Camargo Corrêa, durante a sétima fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal, foi encontrado um contrato de consultoria entre a empreiteira e a empresa do ex-ministro condenado no mensalão José Dirceu. O negócio foi fechado em fevereiro de 2010 e rendeu a Dirceu R$ 886 mil, entre 2010 e 2011, segundo reportagem da revista Época.

De acordo com os documentos apreendidos, o contrato menciona que Dirceu faria uma análise de "aspectos sociológicos e políticos do Brasil" e daria "assessoria na integração dos países da América do Sul". O ex-ministro também divulgaria o nome da empreiteira no Brasil e no exterior.

A publicação aponta que, no mesmo mês em que o negócio com a JD Assessoria e Consultoria foi fechado, a Camargo Corrêa, que faz parte do Consórcio CNCC, obteve dois contratos na refinaria de Abreu e Lima. Por serviços de "implantação de unidade e coqueamento", receberia R$ 4,7 milhões. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, esses contratos teriam sido fechados com pagamento de propina a partidos políticos. O ex-diretor da estatal Renato Duque, investigado na Operação Lava Jato, seria o responsável pelos contratos. Duque teria sido indicado para o posto pelo ex-ministro Dirceu.

Consultada pela revista, a JD afirmou que "prestou consultoria na área internacional à Camargo Corrêa" e "por razões de confidencialidade contratual", "não pode se manifestar sobre a natureza nem os resultados dos serviços prestados". A Camargo Corrêa não se pronunciou sobre o assunto, mas confirmou a existência do contrato.(Com Revista Época/conteúdo)

domingo, 7 de dezembro de 2014

Brasileirão 2014

38ª Rodada - Última

Sábado
16h30

Figueirense 1 X 2 Internacional - Orlando Scarpelli
Corinthians 2 X 1 Criciúma - Arena Corinthians

Domingo
17 horas

Grêmio 1 X 1 Flamengo - Arena Grêmio
Botafogo 0 X 0 Atlético MG - Mané Garrincha
Sport 1 X 0 São Paulo - Arena Pernambuco
Palmeiras 1 X 1 Atlético PR - Arena Palmeiras
Coritiba 3 X 2 Bahia - Couto Pereira
Cruzeiro 2 X 1 Fluminense - Mineirão
Vitória 0 X 1 Santos - Barradão
Goiás 4 X 2 Chapecoense - Serra Dourada

CLASSIFICAÇÃO

1º - CRUZEIRO – 80
2º - SÃO PAULO – 70
3º - INTERNACIONBAL – 69
4º - CORINTHIANS – 69
5º - ATLÉTICO MG – 62
6º - FLUMINENSE – 61
7º - GRÊMIO – 61
8º - ATLÉTICO PR – 54
9º - SANTOS – 53
10º - FLAMENGO – 52
11º - SPORT – 52
12º - GOIÁS – 47
13º - FIGUEIRENSE – 47
14º - CORITIBA – 47
15º - CHAPECOENSE – 43
16º - PALMEIRAS – 40
17º - VITÓRIA – 38
18º - BAHIA – 37
19º - BOTAFOGO – 34
20º - CRICIÚMA – 32

LIBERTADORES 
REBAIXADOS

Sobem para série A
JOINVILE
PONTE PRETA
VASCO DA GAMA
AVAI

  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Shopping e supermercado

Estacionamento é responsável por veículo

Quem oferece o serviço de estacionamento ou garagem, independente de ele ser pago ou não, é responsável pela segurança e integridade do veículo por um determinado período de tempo.
Por isso, se você deixou seu carro em um estacionamento e quando voltou o encontrou amassado, sem o rádio ou o estepe, você tem o direito de ser indenizado.
E isso vale para shoppings, supermercados, restaurantes, ou qualquer outro tipo de estacionamento, mesmo que o responsável tente fugir da responsabilidade colocando avisos de que não cobre os prejuízos, pois tal prática é abusiva.
Para resolver seu problema, primeiro junte todas as provas possíveis (notas fiscais, tíquetes com horário de entrada e saída do estacionamento, etc.) e tente um acordo com o responsável pelo estacionamento.
Nunca entregue tíquetes de estacionamento ou notas fiscais originais, e sim cópias, pois os originais são a sua prova se precisar entrar na Justiça.

Caso não tenha sucesso, registre um Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima. Calcule o valor de seu prejuízo com três orçamentos diferentes em caso de pneus ou acessórios do carro e peça uma indenização na Justiça.  Há boas chances de reaver o prejuízo.

Placas de veículos

Brasil terá novo modelo


O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apresentou nesta quinta feira (4)  o novo modelo de placas de veículos que será usado no Brasil e demais países do Mercosul, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. No Brasil, a placa será obrigatória para  veículos novos a partir de janeiro de 2016.Para os veículos que atualmente já estão emplacados, a mudança será opcional.
O novo modelo adotará quatro letras e três números, diferente da placa atual, que apresenta três letras e quatro números. A distribuição entre letras e números na nova placa será aleatória. Com isso, segundo o Denatran, serão possíveis mais de 450 milhões de combinações diferentes, contra as pouco mais de 175 milhões de possibilidades do atual modelo brasileiro.
A placa terá as mesmas medidas das já utilizadas no Brasil, 40 cm de comprimento por 13 cm de largura. O fundo será branco com letras pretas. Sobre uma faixa horizontal na parte superior, haverá o emblema do Mercosul e a bandeira do país do veículo.

Editorial

A carta-compromisso de Dilma

O ESTADO DE SÃO PAULO
04.12.2014

Sem reconhecer os erros do primeiro mandato nem o fracasso de seu “modelo” desenvolvimentista, a presidente Dilma Rousseff  acaba de prometer um novo estilo de gestão para os próximos quatro anos – com mais juízo e mais cuidado com os fundamentos da economia. A promessa foi formulada em carta lida pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em evento do Banco J.P.Morgan para investidores. Convidada para a reunião, a presidente preferiu mandar um representante para ler seu pronunciamento. O objetivo da mensagem é semelhante ao da Carta ao Povo Brasileiro,  assinada em 2002 pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva; conquistar a confiança do mercado. Mas as circunstâncias são diferentes.

O candidato Lula precisava renovar sua imagem, mostrar-se moderado e razoável e neutralizar o velho discurso petista, eliminando o temor de um calote contra os credores da dívida pública e de uma administração irresponsável. A carta da presidente Dilma Rousseff, reeleita há pouco mais de um mês, é uma promessa de bom comportamento de quem já exerceu o poder por quatro anos e criou uma herança maldita para seu segundo mandato.

O tempo foi curto para a celebração da vitória eleitoral. Logo foi preciso deixar em segundo plano a retórica de campanha para cuidar de problemas imediatos e muito graves. Permanecia o risco de rebaixamento do crédito soberano pelas agências de classificação. As contas públicas em frangalhos forçavam o governo a pedir ao Congresso a anulação da meta fiscal de 2014. Tudo apontava para mais um ano, pelo menos, de indicadores internos e externos muito ruins.

Conquistar confiança seria o primeiro desafio - passo indispensável para ganhar tempo e estimular o empresariado a assumir novos riscos e a investir. O lance inicial foi apontar como líder da equipe econômica um nome respeitado e confiável para o mercado, o economista Joaquim Levy, indicado para o Ministério da Fazenda.

A carta lida na reunião do J. P. Morgan reproduz, como compromisso presidencial, a estratégia esboçada na semana anterior pelos futuros ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central (BC). O texto vai além, no entanto, da promessa de promover um ajuste fiscal e de combater com rigor a inflação - e esse detalhe foi especialmente valorizado pelos analistas.

A nova política, segundo a carta presidencial, deverá incluir uma importante regra orçamentária. O governo tentará adequar o ritmo de crescimento do gasto público à taxa de expansão da economia. É uma regra elementar e só se deveria descumpri-la em situações muito especiais, quando há evidente insuficiência da demanda agregada. Não há nada parecido com isso, hoje, nem houve, nos últimos quatro anos, embora o governo ignorasse ou menosprezasse esse detalhe.

A nova equipe, segundo a carta, cuidará da "elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB".

Também essa passagem avaliza o roteiro apontado pelo futuro ministro da Fazenda: o superávit primário deverá chegar a 1,2% do PIB em 2015 e pelo menos igualar 2% em 2016 e 2017. Uma novidade importante em relação ao discurso habitual é a referência à dívida bruta. É esse o indicador mais importante para os formuladores da política, nos países mais maduros. Mas a retórica dos governantes brasileiros tende a valorizar a dívida líquida, um conceito, no caso do Brasil, muito duvidoso por causa da natureza dos créditos contabilizados a favor do Tesouro.

Mas nem tudo na carta indica uma efetiva mudança de perspectiva. O texto menciona os "efeitos externos do lento crescimento mundial" e a redução dos preços das commodities. A situação externa ainda é apontada, numa evidente mistificação, como a grande fonte de problemas. Além disso, o governo, segundo a presidente, manteve a inflação "dentro do intervalo estabelecido" - como se a meta fosse qualquer ponto até 6,5%. A promessa de seriedade é bem-vinda, mas a presidente terá de provar na prática a sinceridade de sua conversão.

Bom Dia!

Só falta pagar a conta!

Passei o final da manhã, toda a tarde e fui até o sono me derrubar, assistindo a sessão do Congresso Nacional que ontem (3)  tratou dos vetos, depois da questão dos aposentados da Varig, Cruzeiro e outras e, finalmente, da modificação da Lei proposta em projeto do governo Dilma Roussef.

Minha primeira surpresa foi ver as galerias do plenário completamente vazias. Logo fiquei sabendo que uma determinação do presidente Renan Calheiros (PMDB), proibia o acesso, inclusive ao prédio do Congresso, de qualquer pessoa que não fosse parlamentar ou trabalhasse na casa. Uma demonstração clara de que alguma coisa estava sendo escondida do povo.

Daí fiquei pensando no que acontecia quando o PT era oposição. Já imaginaram alguém tentar proibir o acesso do povo às galerias do Congresso? Já pensaram em tentar impedir que os populares se manifestassem contra o governo? Foi o que o Partido dos Trabalhadores, sob o comando do sindicalista Lula, mais fez em 20 anos. Com bandeiras, caras pintadas, gritando palavras de ordem, sempre ocuparam, ou tentaram ocupar, todos os espaços possíveis para reclamar contra o que não concordavam. Aquilo que defendiam antigamente, hoje é chamado de golpismo. Por eles, é claro.

Pois ontem, com a maior cara de pau deste mundo, petistas se colocaram ao lado do democrático Renan Calheiros, que antes era odiado por pertencer ao grupo (tropa de choque) de Collor, para defender a proibição de ocupação, pelo povo, das dependências do Congresso Nacional. Afinal, lá estava sendo votado um projeto de interesse único e exclusivo do governo petista. E foi deprimente, pelo menos para mim, assistir petistas e comunistas de braços dados com muitos que eles sempre chamaram de “direita raivosa”, negando tudo aquilo que pregaram antes de chegar ao poder.

Depois de mais de 12 horas de debates, o Partido dos Trabalhadores viu aprovado o projeto que muda aquilo que, por lei, deveria ser cumprido pela presidente Dilma. Não deu para cumprir, muda-se a lei pois é bem mais fácil, principalmente para quem tem maioria no Congresso . Uma vergonha.

Já nem falo no decreto que oficializou a chantagem e estabeleceu o quanto vale o voto de cada um de seus deputados e senadores aliados. Uma espécie de mensalão oficializado por decreto.

Agora, como não há mais necessidade de cumprir a lei, só falta o governo pegar o dinheiro que é fruto do trabalho diário dos contribuintes, para pagar a dívida assumida com os parlamentares da base aliada. Sem contar que são 36 ministérios para distribuir entre os amigos.

Fui dormir ontem, e acordei hoje, com uma enorme vergonha de ser brasileiro.

Tenham todos um Bom Dia!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Taxa Selic

BC aumenta juro para 11,75% ao ano

Apesar de a economia brasileira estar praticamente estagnada, mas com inflação ainda resistente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelerou o ritmo de alta e subiu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (3), de 11,25% para 11,75% ao ano. Em outubro, os juros tinham avançado menos: 0,25 ponto percentual. Esse foi o segundo aumento seguido da taxa Selic, que está no maior patamar em três anos.

Ativistas

Sininho tem prisão preventiva decretada


Elisa Quadros (Sininho)
Os ativistas Elisa Quadros, conhecida pelo apelido de Sininho, Igor Mendes da Silva e Karlayne Pinheiro, conhecida pelo apelido de Moa, tiveram suas prisões preventivas decretadas nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, por ordem da Justiça. O decreto de prisão foi assinado pelo juiz da 27ª Vara Criminal da Capital, Flavio Itabaiana. 

De acordo com a medida, os três descumpriram medidas cautelares impostas por um habeas corpus concedido em agosto, pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que impedem que eles participem de manifestações. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ-RJ), os ativistas participaram de um protesto na Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores. “O descumprimento de uma das medidas cautelares impostas aos réus em substituição à prisão demonstra que a aplicação das referidas medidas cautelares se mostra insuficiente e inadequada para a garantia da ordem pública, tendo em vista que os acusados insistem em encontrar os mesmos estímulos para a prática de atos, da mesma natureza, daqueles que estão proibidos”, relata o magistrado em sua decisão. 

Os três, e mais 20 denunciados, respondem pelo crime de formação de quadrilha armada. Em agosto, a 7ª Câmara Criminal concedeu habeas corpus aos réus, permitindo que eles aguardem em liberdade o julgamento da ação penal. Entre as medidas cautelares que devem ser cumpridas, estão o comparecimento regular ao juízo e a proibição de participar de manifestações. Eles também não poderão se ausentar do país.(Agência Brasil) 

Operação Lava jato

Delator diz que propina foi paga em doação
Augusto Mendonça - Foto:Abenav
O executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse em depoimento à Polícia Federal que o pagamento de propina no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras foi feito por meio de doações oficiais.
Mendonça, que depôs na PF em 29 de outubro depois de fechar um acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF), disse ainda que o pagamento de propina cobrado pelo ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque era feito de outras duas formas. Além das doações oficiais ao PT, Duque recebeu por meio de remessas ao exterior e parcelas em dinheiro vivo. 
Mendonça disse ainda que Duque tem uma conta ‘Marinelo‘, para qual os recursos eram enviados. Uma das propinas supostamente pagas pelo executivo, no valor de US$ 1 milhão, chegou ao ex-diretor por meio de uma transferência com origem no Banco Safra no Panamá, em nome da companhia Stowaway, para a conta Marinelo. Durante o depoimento, Mendonça se comprometeu a apresentar o comprovante da transferência. O PT e Duque, contudo, negam que tenham recebido propina de empreiteiras.
O delator afirmou ainda que o esquema firmado pelo ’clube’, grupo das empreiteiras que organizaram o pagamento de propina, vinha acontecendo desde 2004. ‘Houve uma combinação entre Duque e as empresas do ’clube’, coordenado por Ricardo Pessoa (executivo da UTC), de que se estabelecesse uma lista de convidados em licitações da Petrobras em troca de pagamento de uma comissão, durante o ano de 2004. A partir de então, todas as empresas passaram a negociar e a pagar suas comissões‘, disse Mendonça à PF.
Já outro executivo da Toyo Setal que participa do acordo de delação nega ter feito pagamento de propina por meio de doações oficiais. Julio Gerin de Almeida Camargo diz ter feito doações oficiais de R$ 4,25 milhões por ‘conveniência‘. Em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 31 de outubro, Camargo negou que as doações feitas a doze siglas tenham sido motivadas pelo pagamento de propina. Segundo ele, todos os repasses foram feitos oficialmente e ‘dentro dos limites previstos por lei‘.
Indagado sobre o motivo pelo qual fez doações nos anos de 2008, 2010 e 2012, ele afirma que algumas foram solicitadas por alguns candidatos e outras pelos próprios partidos. Ele disse ainda que ‘entendeu ser conveniente contribuir‘, sem detalhar o porquê. Camargo acrescentou que alguns casos foram motivados por ‘amizade‘, caso dos senadores Delcídio Amaral (PT) e Romeu Tuma (PTB), que receberam R$ 450 mil e R$ 100 mil, respectivamente, na campanha de 2010.
Camargo disse ainda que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi um dos que mais recebeu doações, R$ 2,65 milhões dos R$ 4,25 milhões doados entre 2008 e 2012. Além do PT, comitês financeiros e políticos do PTB, PRTB, PSDB, PR, PV, PMDB, PPS, PSL, PTN e PP receberam doações. O executivo disse ainda que não houve doações motivadas por contratos firmados no âmbito da Petrobras, nem de empresas ou consórcios de empresas dos quais ele participou e recebeu comissões. (Com Estadão/Conteúdo)