Dilma torna
Educação uma pasta de 2ª classe
Josias de Souza*
Em outubro de 2013, Dilma Rousseff
desqualificou antecipadamente as pessoas que planejam disputar com ela a
cadeira de presidente da República: “Elas têm que estudar muito.” Em dezembro,
tomando café da manhã com jornalistas, a presidente serviu o seguinte brioche:
“a educação é prioridade absoluta do meu governo.” Ela lecionou: há dois mundos
no Brasil —o mundo da extrema pobreza e o da ciência. “É a educação que une
esses dois mundos.”
Munida de autocritérios, Dilma acha
que o ministro Aloizio Mercadante, da Educação, é seu melhor auxiliar. É
possível concordar ou discordar da doutora, mas é impossível entendê-la. Na
bica de anunciar sua reforma ministerial, Dilma decidiu transferir Mercadante para a Casa Civil. Diz-se que o
novo titular da Educação será José Henrique Paim, atual número 2 da pasta. Pode
ser que Paim se revele um gênio. Pode ser que não. Por ora, tem-se o seguinte:
após “estudar muito'', Dilma concluiu que Mercadante é bom demais para cuidar
da “prioridade absoluta'' do seu governo.
Sem querer, Dilma dá uma lição
valiosa às mães brasileiras. Pobres mães. Têm cada vez menos exemplos para dar
aos filhos. Agora, graças à presidenta da República, já podem dizer em casa: não mintam,
meus filhos. Olha que vocês acabam morando no Alvorada e trabalhando no
Planalto.
Blog do Josias - UOL.