sexta-feira, 2 de maio de 2014

Bolsa Família

Reajuste custará R$ 1,7 bilhão este ano
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, afirmou nesta sexta-feira, 2, que o impacto financeiro do reajuste de 10% do Bolsa Família será de R$ 1,7 bilhão este ano. Para 2015, de acordo com a ministra, o custo da medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e de televisão será de R$ 2,7 bilhões.

Os valores apresentados pelo governo estão acima daqueles previstos por economistas ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que calcularam um impacto de R$ 3,6 bilhões para a correção do principal programa de distribuição de renda do governo federal. Segundo a titular do MDS, que convocou uma coletiva de imprensa nesta tarde, no Palácio do Planalto, para detalhar o aumento, o valor cabe no Orçamento da União e já estava previsto no decreto de contingenciamento.(Agência Estado)

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais brasileiros nesta sexta-feira, dia 2 de maio




Rodovias maltratadas
Metade das estradas estaduais e federais que deixaram de ter pedágios, 10 meses atrás, está com problemas de manutenção. (Zero Hora)

Dilma cogita dar cargo a Lula na campanha
Em uma tentativa de abafar o movimento “volta, Lula” a presidente avalia convidar o ex-presidente para coordenador formal de sua campanha. (Folha de São Paulo)

MP investiga mistura de antibióticos em vinhos
Ministério da Agricultura constatou a prática no Estado, durante análises de rotina, em 13 vinícolas. (Correio do Povo)

Presentes de Dilma custarão R$ 8,9 bilhões às contas públicas
Aumento do Bolsa Família e atualização da tabela do IR, anunciados pela presidente, agravarão déficit das contas públicas do país. (Correio Braziliense)

Correção da tabela do IR recebe críticas
Para o Sindifisco nacional e OAB, índice de 4,5% agrava a defasagem de 61% (Jornal do Comércio)

Labogen anunciou em jornal que livros contábeis sumiram
O laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, informou, por meio de um anúncio de jornal, que dez livros contábeis da empresa sumiram. (Gazeta do Povo/PR)

Lula culpa “elites” e imprensa pro críticas ao governo
Lula culpa a imprensa por criar uma imagem negativa do País. (O Sul)

PT tenta ‘dissipar’ movimento ‘volta, Lula’ em encontro nacional
A direção petista e a coordenação da campanha de Dilma esperam que Lula reafirme o apoio à reeleição da presidente e descarte a possibilidade de disputar o Planalto em 2014. (Estado de Minas)

Acordo com Labogen teve Padilha como testemunha
Documento foi assinado em 11 de dezembro pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha, e pelo capitão Almir Diniz de Paula, do LFM. O então ministro da Saúde Alexandre Padilha assinou o documento como testemunha. (O Globo)

Mudança na tabela do IR daria para construir 70 mil casas populares
Custo da renúncia fiscal, de R$ 5,3 bilhões, é maior do que o orçamento de 26 dos 39 ministérios do governo Dilma. (Estadão)

Bom Dia!

1º de Maio na Paz (?)

O Dia do Trabalho foi celebrado ontem, em Canoas, com uma festa denominada 1º de Maio na Paz, e que contou com a presença do governador Tarso Genro e de seu futuro coordenador de campanha na Região Metropolitana, Jairo Jorge, prefeito da cidade.
Tarso passeou entre galpões de entidades sindicais, apertou a mão de todos e, inclusive, fez teste de bafômetro, mesmo sem estar dirigindo.
Mas o que mais me impressionou neste episódio é que exatamente no 1º de Maio na Paz, um jornalista, nosso colega na prefeitura de Porto Alegre, foi assassinado durante um assalto em Canoas. Lá mesmo onde o governador e o prefeito, casualmente ambos eleitos pelo PT, comemoravam a Paz, a violência se fez presente de uma forma cruel.
Enquanto isso, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff, também do PT, discursava falando de um Brasil que só ela conhece. Um Brasil que cresce, que se desenvolve sem violência, com investimentos vultuosos em saúde e segurança, com alto índice de escolaridade e muito mais. Um Brasil que só a presidente conhece e no qual eu, pelo menos, não vivo. Aqui, sou obrigado a conviver com a insegurança, com a total falta de assistência em saúde, com escolas e ensino sucateados e, o que é muito pior, com a notícia da liberação, pela presidente, de um reajuste de 10% no Bolsa Família. Exatamente assim. Quem nunca trabalhou, quem nunca vai trabalhar, mas que representa cerca de 30 milhões de votos, vai ganhar mais 10% todos os meses. Já quem, como milhões de brasileiros, trabalhou mais de 35 anos, teve que esperar chegar aos 65 anos de idade para se aposentar, recebeu 6,78% de aumento na sua Bolsa Miséria, que o governo insiste em chamar de benefício. Dilma mandou acrescentar 10% na Bolsa que lhe garante milhões de votos , enquanto que para os que podem não votar nela, decretou um aumento de 6,678%. Já nem falo no reajuste sobre o Imposto de Renda e que, ao final, vai prejudicar quem ganha menos, ou seja, os trabalhadores brasileiros.
E tudo isso acontecendo exatamente no Dia do Trabalhador, aquele que o coordenador da campanha de reeleição do governador chamou de 1º de Maio na Paz. Será mesmo que ele acredita em Paz com um jornalista sendo assassinado na cidade que ele governa e a presidente que ele apóia decretando um reajuste incrivelmente populista exatamente alguns meses antes da eleição? Eu não acredito!

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!