Justiça decreta quebra do sigilo bancário
A Justiça Federal do Paraná decretou nesta quinta-feira
(8), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a quebra do sigilo bancário
da Petrobras nas transações financeiras realizadas a partir de contratos
firmados para a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. O
empreendimento da estatal, alvo de suspeitas de superfaturamento, está sendo
investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a
Petrobras informou que ainda não foi intimada sobre a decisão e disse que
"reafirma seu compromisso de continuar colaborando com o Poder Judiciário
para esclarecimento dos fatos".
No mesmo despacho, o Judiciário determinou
a quebra do sigilo bancário do ex-diretor de Refino e Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos presos pela operação Lava Jato, da
Polícia Federal (PF). Ele é réu no processo referente à Lava Jato pelos crimes
de lavagem de dinheiro e participação em grupo criminoso organizado.
Costa é apontado pelo MPF como um dos
chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio
de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia dos procuradores da
República, o ex-diretor da Petrobras usou empresas de fachada, comandadas pelo
doleiro Alberto Youssef, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e
Lima. (Agência Globo)