quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eleições 2014 – 2

Datafolha: Pesquisa para o Senado em 7 estados

O Datafolha divulgou o resultado da pesquisa de intenção de votos para senador no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco e Minas Gerais. O levantamento foi realizado nos dias 8 e 9 de setembro. Foram entrevistados 2.046 eleitores em 56 municípios do estado.  A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Confira os números:


RIO GRANDE DO SUL
Olívio Dutra (PT) – 27%
Lasier Martins (PDT) – 26%
Pedro Simon (PMDB) - 16%
Simone Leite (PP) – 3%
Ciro Machado (PMN) – 1%
Júlio Flores (PSTU) – 1%
Gold (PRP) - 0%
Branco/nulo – 5%
Não sabe – 20%

RIO DE JANEIRO
Romário (PSB) – 43%
Cesar Maia (DEM) – 22%
Eduardo Serra (PCB) – 5%
Carlos Lupi (PDT) – 5%
Liliam Sá (PROS) - 1%
Pedro Rosa (PSOL) – 1%
Diplomata Sebastião Neves (PRB) - 0%*
Heitor Fernandes (PSTU) – 0%*
Indecisos – 10%
Brancos e nulos – 13%

SÃO PAULO
José Serra (PSDB) - 34%
Eduardo Suplicy (PT) - 31%
Gilberto Kassab (PSD) - 9%
Ana Luiza (PSTU) - 2%
Marlene Campos Machado (PTB) - 2%
Fernando Lucas (PRP) - 1%
Kaka Wera (PV) - 1%
Edmilson Costa (PCB) - 0%
Genildo Moreira (PSB) – 0%
Senador Fláquer (PRTB) – 0%
Juraci Garcia (PCO) – 0%
Brancos e nulos - 9%
Não sabe - 10%

DISTRITO FEDERAL
Reguffe (PDT): 35%
Magela (PT): 18%
Gim Argello (PTB): 10%

Sandra Quezado (PSDB): 2%
Robson (PSTU): 1%
Aldemário (PSOL): 1%

Expedito Mendonça (PCO): 0%
Jamil Magari (PCB): 0%
Branco/nulo: 10%
Não sabe/não respondeu: 22%

PARANÁ
Alvaro Dias (PSDB): 57%
Ricardo Gomyde (PC do B): 5%
Marcelo Almeida (PMDB): 4%
Professor Piva (PSOL): 1%
Mauri Viana (PRP): 1%
Adilson Senador da Família (PRTB): 1%
Castagna (PSTU): 0%
Luiz Barbara (PTC): 0%
Brancos e nulos - 9%
Não sabe – 23%

PERNAMBUCO
João Paulo (PT) - 34%
Fernando Bezerra Coelho (PSB) - 25%
Simone Fontana (PSTU) - 2%
Albanise Pires (PSOL) - 1%
Oxis (PCB) – 1%
Brancos e nulos - 15%
Indecisos - 23%

MINAS GERAIS
Antonio Anastasia (PSDB) - 44%
Josué Alencar (PMDB) - 12%
Tarcísio (PSDC) - 3%
Margarida Vieira (PSB) - 2%
Edilson Nascimento (PTdoB) - 1%
Graça (PCO) - 1%
Pablo Lima (PCB) - 1%
Geraldo Batata (PSTU) - 1%
Brancos e nulos - 10%
Não sabe - 26%

Eleições 2014

Senado: Lasier está na frente

O Ibope divulgou a mais recente pesquisa de intenção de votos para o Senado no RS. O Ibope fez a pesquisa entre os dias 7 e 9  de setembro. O instituto ouviu 1.008 eleitores em 61 municípios. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Confira os números



Lasier Martins (PDT) – 30%
Olívio Dutra (PT) – 24%
Pedro Simon (PMDB) - 14%
Simone Leite (PP) – 4%
Júlio Flores (PSTU) – 1%
Ciro Machado (PMN) – 0%
Gold (PRP) - 0%
Branco/nulo – 9%
Não sabe – 18%

Cafezinho



Resumo de informações destacadas nos portais de notícias nesta quinta-feira

Vendas no comércio tem maior queda em 6 anos
As vendas do comércio varejista seguiram em queda em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi de 1,1% em relação ao mês anterior. Essa queda não era registrada desde outubro de 2008, quando a variação também foi negativa, de 1,1%.
Na comparação com julho do ano passado, o comércio mostrou queda de 0,9%.
Em relação ao mês anterior, a maioria das atividades tiveram aumento no volume de vendas, com destaque para veículos e motos, partes e peças (4,3%); material de construção (3,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%). No entanto, por outro lado, caíram as vendas de Móveis e eletrodomésticos (-4,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%).(G1)


Obama anuncia “vasta coalização” contra Estado Islâmico
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na noite desta quarta-feira (10) que o país vai guiar uma "vasta coalizão" para enfrentar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que controla áreas no Iraque e na Síria. Segundo o mandatário, que fez um duro discurso na Casa Branca, o objetivo é enfraquecer e destruir os radicais com uma estratégia antiterrorismo articulada e prolongada. 
"Graças aos nossos militares, a América está mais segura, mas continuamos a enfrentar a ameaça terrorista. Por isso devemos permanecer vigilantes, e neste momento a maior ameaça vem do Oriente Médio e do norte da África", declarou.  (JB)


Copom aumenta projeção para reajuste no preço da energia elétrica
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a projeção para o reajuste nos preços da energia elétrica em 2014, de 14%, previstos em julho, para 16,8%. A informação consta da ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (11).
A estimativa para a redução nas tarifas de telefonia fixa passou de 3,8% para 6,3%, este ano.
Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, a projeção é 5% em 2014, mesmo valor considerado na reunião do Copom de julho. Segundo o BC, essa projeção considera variações ocorridas, até julho, nos preços da gasolina (-0,1%) e do botijão de gás (0,6%), bem como as projeções para as tarifas de telefonia fixa e de energia elétrica.
Em 2015, a estimativa de variação dos preços administrados é 6%, mesma projeção divulgada em julho. Para 2016, o BC projeta 4,9%, ante 4,8% considerados na reunião de julho. (Agência Brasil)


TC vê distorção nos dados sobre pobreza
O Tribunal de Contas da União (TCU) colocou sob suspeita os dados divulgados pelo governo sobre a redução da pobreza, dizendo que os números podem estar “distorcidos”, de acordo com informações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. O órgão acredita que há defasagem no valor das linhas que separam os miseráveis e pobres da classe média – considerados pobres ou miseráveis têm direito ao programa Bolsa Família.
De acordo com a Folha, neste ano, o governo reajustou a linha da miséria de R$ 70 para R$ 77 per capita e a da pobreza de R$ 140 para R$ 154. Contudo, pelo valor da referência internacional que baseou a implantação do Bolsa Família, os valores deveriam ser de R$ 100 (miséria) e R$ 200 (pobreza). (Terra)


Vendas do setor automotivo tem maior queda dos últimos 10 anos
As vendas da indústria automotiva brasileira caíram 5,2% nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nesse tipo de medição (em intervalos de 12 meses), o setor estava há mais de dez anos sem registrar uma queda tão acentuada. A última vez havia sido em fevereiro de 2004. Os dados incluem vendas de veículos, motos, partes e peças, e fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira. (UOL)

Opinião

Um debate abastardado

O ESTADO DE S.PAULO
11 Setembro 2014 

Seria engraçada se não fosse deplorável a troca de acusações entre as candidatas Dilma Rousseff e Marina Silva sobre quem é mais submissa aos banqueiros. Começou, como sabem todos quantos tiveram a desventura de ouvi-las, com um ataque rombudo da presidente à promessa da adversária de que, eleita, encaminhará projeto de lei para tornar o Banco Central (BC) autônomo em relação aos governos de turno e ao Congresso Nacional. Em um vídeo de propaganda, na segunda-feira à noite, Dilma se pôs a "explicar" ao público o que significaria, no seu entender, o que "parece algo distante da vida da gente, né?". Seria nada menos do que "entregar aos banqueiros" um poder imenso "sobre a sua vida e a de sua família". Seu fiel escudeiro, Marco Aurélio Garcia, completou a estultícia: "Se houver essa independência, que será a dependência dos bancos privados, teremos a impossibilidade de formular políticas macroeconômicas e de desenvolvimento".

Marina replicou por baixo; fulanizou a discussão, disparando que "nunca os banqueiros ganharam tanto" como no atual governo, graças à "bolsa empresário", à "bolsa banqueiro", à "bolsa juros altos". Trata-se de uma rajada de despropósitos, a começar do primeiro, que deve ter caído no meio empresarial, que carrega um caminhão de justas queixas da assim chamada política econômica, como uma massagem de sal nas suas feridas. De mais a mais, funcionando como funciona o BC, a inflação supera a meta e a economia cambaleia entre a recessão e um pífio crescimento de menos de 1%.

A personalização da pendenga era tudo o que Dilma queria, desde que tomou a decisão (ou tomaram por ela) de partir para cima da rival, trocando as luvas pelo soco inglês. A campanha da presidente parece ter concluído que as suas chances de dar a volta por cima no segundo turno, desmentindo as pesquisas que apontam a vitória da pregadora da "nova política", variam na razão direta da competência de Dilma em oxidar a aura graças à qual a ex-petista, concorrendo pelo Partido Verde, colheu desconcertantes 19,6 milhões de votos na disputa de 2010. A presidente há de ter intuído que, se é para falar em banqueiros - atrás apenas dos políticos entre os campeões do desafeto nacional, especialmente na população mais pobre -, o negócio é vincular a desafiante aos vice-líderes desse inglório duelo. E mandou ver.
"Não adianta querer falar que eu fiz 'bolsa banqueiro'", retrucou. "Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro me sustentando." É preciso ser muito desinformado para ignorar a pontiaguda alusão à educadora Maria Alice Setubal, a Neca, cujo irmão Roberto preside o Itaú Unibanco, o que a torna herdeira da instituição. Amiga de longa data de Marina, ela coordena o seu programa de governo e faz a ponte entre a candidata e o empresariado (que a olhava de soslaio quando era vice na chapa de Eduardo Campos). Segundo a Folha de S.Paulo, no ano passado Neca doou perto de R$ 1 milhão para um instituto criado por Marina para desenvolver projetos sobre sustentabilidade. O valor equivale a 83% do total arrecadado no período.

A troca de desaforos terminou - ou ficou interrompida - com Marina perdendo o prumo. "O Banco Central autônomo", argumentou, juntando tudo e misturando, "é para ter autonomia dos grupos que acabaram com a Petrobrás." Mas isso é o de menos. O de mais é que é de pasmar: a naturalidade com que as candidatas mais cotadas para adentrar ou permanecer no Planalto em 2015 se puseram a abastardar um debate de grande importância para a condução do Brasil - como é naqueles países com os quais aspiramos a ser comparados. O grau de liberdade da autoridade monetária não apenas para fixar a taxa básica de juros, mas também a política de câmbio, além de zelar pela integridade do sistema financeiro, não deveria ser objeto de tiradas marqueteiras.

A escassa familiaridade da grande maioria dos brasileiros com o assunto deveria ser um motivo a mais para que os presidenciáveis se guardassem de usá-lo como tacape eleitoral. Fazendo a coisa errada, escancaram a pobreza substantiva das suas campanhas. A videopolítica, que privilegia o componente pessoal da competição pelo voto sobre o que efetivamente os competidores têm a oferecer ao País, completa o desserviço.

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais brasileiros nesta quinta-feira, dia 11 de setembro





- Inflação só caminhará para meta em 2016, prevê BC
O BC divulgou uma ata de 33 parágrafos explicando por que manteve sua taxa de juros em 11% ao ano e quais são suas intenções daqui pra frente (Folha de São Paulo)

- Cerveró aceita fazer acareação com delator

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras diz que 'alguém não está dizendo a verdade' sobre compra de refinaria em Pasadena (Estadão)

 

- CPI mista da Petrobras vai ouvir delator

Denúncias serão debatidas na agenda da próxima semana (Correio do Povo)

 

- Receita Federal pode quebrar sigilo bancário sem autorização judicial

Tribunal concluiu que a quebra de sigilo está permitida desde que seja autorizada por um delegado do Fisco (O Sul)

 

- Pistorius é absolvido da acusação de homicídio doloso da namorada

Atleta paralímpico ainda pode ser considerado culpado de homicídio culposo, sem intenção de matar, o que lhe daria pena bem menor (O Globo)

 

- Juros cobrados do consumidor sobem há 15 meses seguidos

Taxas praticadas se mantêm no maior patamar desde julho de 2012 (Jornal do Comércio)

 

- CTG que vai sediar casamento gay é incendiado no Estado

Fogo atingiu palco da agremiação, o local que vai celebrar as uniões (Zero Hora)


- Comércio varejista tem maior queda desde 2008
Há decréscimo também quando se compara julho deste ano com o mesmo período do ano passado (-0,9%) (Correio Braziliense)

- Justiça proíbe bancos de reter salário inteiro de endividados
Decisão do STJ define que instituições estão impedidas de confiscar mais de 30% dos rendimentos de endividados (Estado de Minas)

- Rombo de mais de R$ 6 mi na UFC é investigado pela PF

Grande parte do desvio de recursos apurados, em torno de R$ 2 milhões, ocorreu do pagamento de refeições do restaurante universitário da Universidade Federal do Ceará (Diário do Nordeste)


- Sistema tributário brasileiro onera mais a negros e mulheres
Estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) revela que os impostos punem mais os negros e as mulheres em relação aos brancos e aos homens (Gazeta do Povo/PR)

Bom Dia!

Capitão Machado


Meu pai nasceu no dia 11 de setembro de 1903. De família muito pobre, buscou o Exército como forma de poder sobreviver. E foi galgando, desde soldado, praticamente todos os postos da carreira militar. Quando morreu, meu pai era major e foi promovido a coronel.
Meu pai e minha mãe, Dona Célia, geraram nove filhos. Uma faleceu com menos de um ano de idade, então meu pai passou sua vida lutando para criar os oito filhos que continuaram ao lado dele até sua partida. Foi uma vida dura, eu sei, mas cercada de muito amor, de muito carinho e, principalmente, de muito respeito. Meu pai nos ensinou todas as regras do respeito que se deve a tudo e a todos. Acho que trouxe para dentro de casa, um pouco do regime militar, sem ser um milico na educação da gente.

Hoje acordei cedo e fiquei pensando na figura forte e corajosa de meu pai, sentado na cabeceira da mesa, fazendo da cadeira seu trono de verdadeiro monarca entre a família. Nunca teve pose de rei, mas reinou soberano entre nós.

Fumante durante toda a vida, meu pai acabou sofrendo uma trombose que contribuiu para que um câncer de pulmão apressasse sua partida. Nunca vou esquecer que, proibido de fumar pelos médicos que tratavam dele, meu pai, já em seus últimos dias, parecia implorar por um cigarro. Foi quando meus irmãos mais velhos perguntaram aos médicos se um cigarro, um só, traria maiores problemas. Informados de que nada tornaria as coisas piores, meus irmãos concederam a ele a alegria de, em pleno Hospital Militar, saborear o cigarro que, de certa forma, passou a vida encurtando seus dias.

Hoje lembro de meu pai com todo o carinho e toda a saudade do mundo e, quando fecho os olhos, vejo sua figura morena com a farda que usou, orgulhosamente, por quase toda a vida.
Saudade, muita saudade do meu velho Capitão Machado!

Tenham todos um Bom Dia!