quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!




               "Existem verdades que a gente só pode dizer depois de ter conquistado o direito de dizê-las."

Jean Cocteau



Opinião

Situação-limite

Eliane Cantanhêde

Apesar das aparências e de fingir que tudo está na santa paz, a presidente Dilma Rousseff se debate desesperadamente pela sobrevivência, dá tudo o que o guloso PMDB exige e está chegando a hora em que será obrigada a se definir entre o ministro Joaquim Levy e os lulistas que mandam no PT, na Fundação Perseu Abramo, na CUT, no MST e na UNE. 

O cerco à presidente está se fechando, com uma disputa entre os que defendem o impeachment e os que querem Dilma presidente para transformá-la numa marionete de seus interesses ou de suas convicções. Com o PIB receoso de bater de frente com o governo, o PMDB rachado em torno de mais carguinhos e o PSDB cheio de dedos, a oposição é insuficiente para garantir o impeachment. Mas o “baixo clero” do PMDB invade o governo, enquanto os exércitos de Lula se esforçam para subjugar Dilma e assumir, na prática, o poder.

Os movimentos sociais e intelectuais alinhados com o PT estão, estridentemente, despudoradamente, com Lula e contra Dilma. E estão empurrando Joaquim Levy porta afora do governo com a mesma intensidade com que o próprio Levy decidiu parar de engolir sapos calado e sinaliza que, se é para sair da Fazenda, ele sai, mas não vai capitular da sua política econômica nem dos seus princípios.

É uma situação limite, dramática, resultado de um processo, ou de uma ambiguidade, que vem desde que as cortinas do teatro eleitoral caíram e a realidade emergiu ameaçadora, como previa a economista Sinara Polycarpo, aquela analista que foi demitida do Santander depois que Lula chiou. Enquanto ela ganha na Justiça, a realidade castiga o crescimento do país, os investimentos, a inflação, o câmbio e, obviamente, os empregos e os avanços sociais.

Assim chegamos ao décimo mês do governo com uma guerra aberta entre duas visões de mundo e de como retomar o crescimento, ambas bem representadas nos gabinetes de Brasília. De um lado, os que consideram danosa a política econômica do primeiro mandato e se batem pela volta da responsabilidade fiscal e do pragmatismo. De outro, os que têm saudade daqueles anos e se esgoelam pela volta do crédito fácil, da gastança e do populismo. 

Nesse ambiente, os economistas lulistas da Fundação Perseu Abramo lançam um grito de guerra contra o ajuste de Dilma2-Levy1, que, segundo eles, “acarreta a desconstrução do modelo socialmente inclusivo implantado nos últimos anos”. “Últimos anos”, entenda-se, é um eufemismo óbvio para “governo Lula”.

Esse diagnóstico desconsidera fatores fundamentais, como a mudança do cenário e dos ventos favoráveis, a urgência da questão fiscal para a salvação da lavoura e o fato cristalino de que jogar a política de Levy no lixo e voltar ao primeiro mandato de Dilma seria aprofundar o desastre, afugentar de vez os investidores, inibir definitivamente a produção e...jogar o ônus no lombo dos mais vulneráveis. Nada poderia ser menos “socialmente inclusivo”.

Ao discursar ontem na entrega de troféus da primeira edição do Estadão Empresas Mais, Levy reagiu à turma do Lula. Disse que “a realidade se impõe, acima de ambiguidades políticas”, criticou “a procura por soluções fáceis” e avisou que o governo faz o que considera necessário, “apesar de todo o ruído”. Para ele, a prioridade é a questão fiscal, “maior fonte de incertezas para todo mundo”. Só então será possível recuperar o crédito e traçar as reformas estruturais. Ou seja: é preciso fechar as contas, com corte de gastos e aumento de receita, para então pôr a casa em ordem. 

Significa que Levy comprou a guerra e entrou no tudo ou nada. Resta saber o que fará a chefe dele, que parece mais ao vento que biruta de aeroporto e que, aliás, vai se reunir hoje com Lula para discutir o latifúndio do PMDB no governo, o futuro do mandato e o que ela pretende fazer com o país. Ai, que medo!

Publicado no Estadão - 30/09/2015

Cinco meses no cargo

Dilma demite Ministro da Educação

A presidente Dilma Rousseff comunicou na tarde desta quarta-feira (30) ao ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que ele deixará a pasta na reforma ministerial do governo que deve ser anunciada nesta quinta.

Dilma deu a informação ao ministro ao recebê-lo na tarde desta quarta no Palácio do Planalto. De acordo com a assessoria do ministério, ela reconheceu e agradeceu o trabalho de Janine à frente da pasta.

O atual chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, voltará para a Educação, pasta que já comandou. Nesta quarta, a assessoria de imprensa do MEC confirmou que o novo ministro será Mercadante e que Janine continuará na função até a transmissão de cargo, ainda sem data marcada.

Renato Janine permaneceu no cargo durante cinco meses – ele assumiu o ministério em abril deste ano, depois que o então ministro Cid Gomes pediu demissão.

Rapidinhas


Ministros pressionam presidente do TCU a marcar votação das 
contas de Dilma
Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) pressionam o presidente da corte, Aroldo Cedraz, a marcar para logo a sessão para apreciar as contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014. O relator do processo, ministro Augusto Nardes, e outros integrantes do tribunal pretendem pedir em plenário nesta quarta-feira, 30, que Cedraz faça o agendamento para a próxima semana, possivelmente na quarta-feira. O principal argumento é que a análise sobre a defesa apresentada pelo governo sobre as irregularidades apontadas nas contas, entre elas as pedaladas fiscais, está quase concluída e a demora na apreciação cria desgaste excessivo aos ministros. O relatório da área técnica a respeito, que vai embasar a opinião dos ministros, rejeitará a maioria dos argumentos do governo. 

Litro da gasolina sobe R$ 0,20 em Porto Alegre
Alguns consumidores já estão sentindo no bolso o aumento nos preços dos combustíveis em Porto Alegre. Um posto nas imediações do Aeroporto Salgado Filho, na zona Norte da Capital, cobrava R$ 3,29 pelo litro da gasolina até ontem. Nesta quarta, o valor já subiu para R$ 3,49. O aumento de R$ 0,20 deve ser o praticado pela maioria dos estabelecimentos. O repasse do reajuste autorizado pela Petrobras deve ocorrer até o final desta semana.

Eduardo Cunha arquiva três pedidos de impeachment de Dilma; 
restam dez
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (30) que na noite anterior arquivou três pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com esses arquivamentos, restam outros dez pedidos protocolados na Câmara sobre os quais Eduardo Cunha terá de tomar uma decisão, entre os quais o dos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Júnior,  que recebeu apoio de partidos da oposição. No mês passado, Cunha já tinha indeferido outros quatro pedidos. Cunha não explicou quais foram as motivações para os três novos arquivamentos.

Lula pede ao PT que não atrapalhe reforma ministerial
Em reunião com a executiva nacional do PT na manhã desta quarta-feira,  na sede do partido, no centro de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mudanças na política econômica do governo e pediu que o PT não crie obstáculos à reforma ministerial desencadeada pela presidente Dilma Rousseff. Lula aproveitou o encontro para confirmar que vai a Brasília nesta quinta para um almoço com Dilma no qual serão discutidos os detalhes finais da reforma ministerial.

Mudanças de Dilma indicam um ministério ainda pior
Se as mudanças já combinadas pela presidente Dilma Rousseff com líderes dos partidos aliados e os futuros subordinados não caírem por terra mais uma vez, o governo passará a ser comandado por um ministério ainda pior e igualmente dispendioso - na prática, o enxugamento da máquina pode nem sequer alcançar os 200 milhões de reais por ano anunciados no pacote fiscal do governo. As últimas novidades nos bastidores de Brasília são a possível realocação do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na pasta da Educação, que ele já administrou no primeiro governo de Dilma. Em seu lugar, assumiria Jaques Wagner, hoje na Defesa. A dança das cadeiras é uma tentativa da presidente de manter Mercadante, seu fiel escudeiro, protegido por um cargo no governo enquanto é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por uso de caixa dois na campanha de 2010.

Política

André Machado se filia ao PDT

O jornalista André Machado, que na eleição passada concorreu à Câmara Federal pelo PCdoB, acaba de assinar ficha com o Partido Demorático Trabalhista (PDT). Filho do ex-deputado, secretário de Estado e vereador, Dilamar Machado, André pretende seguir os passos do pai, sem definir a que cargo poderá concorrer nas próximas eleições.

- Minha filiação não significa que eu deva, necessariamente, concorrer a algum cargo nas eleições do ano que vem. Tenho um contrato com a Bandeirantes e pretendo cumprir, afirmou o jornalista.

Logo após a filiação de André Machado ao PDT, algumas especulações passaram a ser feitas, inclusive a de que ele será o candidato do PDT à prefeitura de Porto Alegre. O jornalista faz questão de desmentir, mas deixa claro que seu futuro depende de uma decisão partidária.

- Não sou candidato a vereador, nem a deputado estadual, nem a qualquer cargo majoritário. Fico, a partir de agora, à disposição da direção do PDT. Se entenderem que devo disputar algum cargo, vou me preparar, caso contrário, sigo trabalhando como jornalista, concluiu.

Outra informação que circula nos meios políticos é de que André Machado pode ser candidato a vice-prefeito na chapa de Sebastião Melo (PMDB).

30/09/2015


Estadão - Petrobrás anuncia aumento do preço da gasolina em 6% e do diesel em 4%
Reajuste, que vale a partir desta quarta nas refinarias, é uma forma de melhorar o caixa da estatal e também uma tentativa de sinalizar que a empresa tem autonomia na política de preços; impacto de preço para o consumidor final não foi estimado

Folha de São Paulo - Dilma conversa com Mercadante, e ministro vai para a Educação
Em conversa com o ministro, presidente demonstrou chateação em ter de abrir mão de seu fiel assessor; o mais cotado para a Casa Civil é o petista Jaques Wagner (Defesa)

Veja.com - Dilma estuda tirar status de ministério da CGU em reforma
Atribuições do órgão, responsável pelo combate à corrupção no Executivo, seriam incorporadas à Casa Civil ou divididas entre o Ministério da Justiça e uma nova pasta

Época – Governo acredita que deve perder julgamento do TCU sobre pedaladas
Auxiliares de Dilma que acompanham processo acreditam que ‘politização’ do tema deve levar a reprovação de contas

Correio Braziliense – Prédio da Terracap é invadido por sem-teto; grupo critica atuação do órgão
Cerca de 300 pessoas estão no local e pedem audiência com presidência do órgão

Agência Brasil – PT errou ao se envolver em escândalos de corrupção, diz Gilberto Carvalho
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho afirma que o PT errou ao se envolver em escândalos de corrupção e que está pagando por isso

Gazeta do Povo – Para fazer caixa, governo federal desiste de energia mais barata
Meses atrás, Planalto queria usar leilão de usinas antigas para derrubar valor da tarifa. Agora, prioridade é arrecadar

Portal G1 - Governo Dilma tem 10% de aprovação e 69% de reprovação, aponta Ibope
Pesquisa foi feita entre 18 e 21 deste mês. Margem de erro é de 2 pontos percentuais

O Globo - Dilma se reúne com Lula para fechar reforma
Petistas estão insatisfeitos com a perda de espaço no governo, mas ex-presidente pede compreensão para entregar pastas

Estado de Minas - Cotado para assumir Ministério da Saúde é suspeito de assassinato
Uma testemunha afirmou que ele teria participação no assassinato do vereador José Barros, em 2000, em Pedras de Fogo (PB).

Portal IG – Duas equipes denunciam formação de cartel na Formula 1
Sauber, do brasileiro Felipe Nasr, e Force India entram com reclamação em comissariado europeu e alegam que divisão de renda e regras da categoria são "injustas e ilegais"

Portal UOL - Gasolina deve sofrer reajuste nas bombas de 5 a 7%
Estimativa é do presidente do Sincopetro no Estado de São Paulo; ele também acredita que o diesel vá subir entre 3,5 e 4,5%

Bom Dia!

Salvando a própria pele!

Acho que não sou diferente de todos os brasileiros que, faz muito tempo, se preocupam com o número exagerado de ministérios. Afinal, são 39 pastas algumas sem quase nada que justifique o status de ministério. Não vou citar quais, pois todo mundo sabe.

Agora, depois de afirmar que todas as pastas eram importantes, a presidente Dilma (PT), decidiu extinguir algumas e juntar outras num só ministério. Diz a presidente que se trata de uma medida de austeridade para economizar e tentar salvar o Brasil da profunda crise que os governos petistas provocaram, tentando garantir sua perpetuação no poder.

Claro que, se fosse verdade, seria muito bom. Teríamos a diminuição de ministérios e a economia de muitos milhões que poderiam ajudar o Brasil a botar a cabeça para fora do buraco em que foi jogado. Mas não é! O que estamos assistindo, é a presidente fazendo de tudo para salvar a própria pele. Está vendendo a alma para salvar o cargo.

Nesta terça-feira, sem nenhuma preocupação com a dignidade de quem ocupa um ministério, demitiu o ministro da Saúde por telefone. Ligou para Arthur Chioro para avisar que estava precisando da vaga dele. Manda quem pode, obedece quem tem um mínimo de juízo.

O Ministério da Saúde, é um dos mais importantes, com verbas diferenciadas e que trata de um dos pontos mais importantes da vida dos brasileiros. E Chioro, que é do PT, vinha fazendo um trabalho técnico, sem alardes e sem misturar a política com as necessidades que o ministério que dirigia exigiam.

Com o anúncio de sua saída, ou por coincidência, ontem mesmo ele tinha dado uma declaração de que a saúde no Brasil está um caos. Confessou todos os problemas que vem enfrentando seu ministério, tudo por culpa da péssima política econômica que começou no governo Lula e prosseguiu com Dilma. Tanto que ontem mesmo recebemos a notícia que o programa Farmácia Popular, vai acabar, ou já acabou. Não há dinheiro para financiar remédios para os pobres, os mesmos que Dilma e seu antecessor disseram que tinham passado para a Classe C, ou seja, deixado de ser miseráveis.

Pepe Vargas, da secretaria de Direitos Humanos da Presidência, é outro que já está desocupando a cadeira. Parece que o próximo será Aloisio Mercadante. E por aí vamos.

No mesmo momento, ficamos sabendo que mais um ministério será oferecido ao PMDB. Serão sete, ao todo. Tudo para que o partido do vice-presidente Michel Temer, impeça o prosseguimento de ações de impeachment contra Dilma e barre a derrubada de vetos que interessam ao governo.

Na realidade, o que sobra de tudo, é a clara demonstração de desespero de um governo que não sabe o que está fazendo, que tem uma aceitação mínima, uma popularidade que não existe, mas que deseja se manter no poder. Para tanto, oferece o que pode na busca por uma tábua de salvação. 

Duvido que alguma economia seja feita, já que os companheiros que estão empregados, seguirão ganhando o mesmo, apenas trocando de endereço. A base aliada precisa ser mantida, a qualquer custo, e o custo vai cair, como sempre, no bolso de cada um de nós.

Tenham todos um Bom Dia!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!



                   "Sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor."
Madre Teresa de Calcutá


Fórum Econômico Mundial

Brasil cai 18 posições no ranking


O Brasil perdeu mais 18 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, segundo o Relatório Global de Competitividade, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Trata-se da maior queda já registrada pelo país e pior posição da série histórica da pesquisa, que mantém a mesma metodologia há 10 anos. Em 2014, o Brasil tinha caído da 56ª posição para a 57ª posição.

A pior colocação até então tinha sido o 72º lugar, registrado em 2007. O melhor resultado foi alcançado em 2012, quando o Brasil ficou no 48º lugar.

Após 3 anos consecutivos de perda de posições, o país está, agora, abaixo de alguns de seus principais concorrentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores como Uruguai, Peru, Vietnã e Hungria.

O relatório destaca que a economia brasileira sofre com a deterioração de fatores básicos para a competitividade, como a confiança nas instituições e déficit das contas públicas, e fatores de sofisticação dos negócios, como a capacidade de inovar e educação.

De volta à Câmara

Pepe Vargas deixa ministério

O ministro Pepe Vargas (PT) dá como certa sua saída da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pasta que chefia há menos de seis meses. Empossado em meados de abril, Vargas não permanecerá no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff. "Quando ela anunciar a reforma, eu não permanecerei. Vou retomar meu mandato na Câmara. Mas é ela que vai anunciar a reforma", disse Vargas nesta terça-feira.

O ministro afirmou ter sido chamado para conversar com a presidente na quinta-feira. Na ocasião, ficou acertado seu retorno à Câmara. No mesmo dia, também estiveram com Dilma as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, e Nilma Lino Gomes, da Igualdade Racial. Além disso, o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, esteve com Dilma antes da viagem a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU.

A expectativa de integrantes do governo é de que Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial sejam reunidas no novo Ministério da Cidadania, que deverá ser comandado por Rossetto.

A Secretaria de Direitos Humanos é o segundo ministério ocupado por Vargas em menos de um ano. Logo após a posse, a presidente o nomeou para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). O aumento da crise política em abril fez com que Dilma cedesse a coordenação política ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e realocasse Vargas. Na ocasião, a então ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, também petista, perdeu o posto para ele.

Demitido por telefone

Chioro deixará Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, recebeu nesta terça-feira (29) um telefonema da presidente Dilma Rousseff no qual foi informado de que ela necessitará da pasta na reforma ministerial.

O ministério passará a ser controlado pela bancada do PMDB na Câmara. Os cotados para a vaga são os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Dias (PMDB-PB), ambos médicos.

Arthur Chioro, que é do PT, ainda deverá ser chamado pela presidente para uma conversa particular. Segundo relataram dois ministros, Dilma pretende agradecer pela contribuição de Chioro e dizer que a decisão foi motivada por uma necessidade política e não pelo desempenho dele à frente da pasta. Por enquanto, Arthur Chioro permanece no cargo.

A Saúde é a pasta com maior orçamento na Esplanada dos Ministérios (R$ 91,5 milhões para 2015, após o corte orçamentário). Em seguida, estão os ministérios da Educação (R$ 39,38 milhões) e do Desenvolvimento Social (R$ 31,62 milhões).

Além da Saúde, a bancada da Câmara do PMDB deverá ficar com outro ministério, possivelmente o dos Portos. Embora pretenda reduzir para pelo menos 29 o total de pastas (atualmente 39), o espaço do PMDB deverá aumentar dos atuais seis para sete ministérios. Outras pastas contemplarão a bancada do partido no Senado e o grupo do vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB.

O objetivo da reforma ministerial é assegurar apoio às matérias de interesse do governo nas votações no Congresso Nacional.

Rapidinhas


Contas do governo têm pior desempenho até agosto em 19 anos
As contas do governo registraram, nos oito primeiros meses deste ano, um déficit primário inédito – quando as despesas são maiores do que as receitas, sem contar os juros da dívida pública – de R$ 14,01 bilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (29). No mesmo período do ano passado, foi registrado um superávit de R$ 4,69 bilhões, de acordo com números do Tesouro Nacional. Até então, o pior resultado para o período havia ocorrido em 1997 – quando teve início a série histórica do Tesouro, com um superávit de R$ 4,59 bilhões.

Dilma sinaliza que pode dar 7 ministérios ao PMDB
Menos de 12 horas depois de desembarcar em Brasília, a presidente Dilma Rousseff já teve um primeiro encontro com vice Michel Temer na manhã desta terça-feira, 29. Os dois tiveram uma rápida reunião no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial. Para superar o impasse com o PMDB, a presidente sinalizou que estaria disposta a dar sete ministérios à sigla. Até agora, ela trabalhava com o número de seis pastas. Assim, ficaria mais fácil atender a demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.

'Prefeita ostentação' passa a noite em alojamento com ar-condicionado
Prefeita afastada de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite (sem partido), 25, passou a noite desta segunda-feira (28) num alojamento de médicos do Corpo de Bombeiros, em São Luís. No local, há ar-condicionado, duas camas de solteiro e banheiro privativo. Suspeita de desviar recursos da merenda escolar, Lidiane se entregou à Polícia Federal após ter ficado 39 dias foragida. Sua defesa conseguiu uma liminar suspendendo a decisão que determinava transferência da ex-prefeita para a Penitenciária de Pedrinhas, conhecida por violações aos direitos humanos

Cunha começa a analisar pedidos de impeachment
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira que vai começar nesta semana a analisar os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff - e deve rejeitar boa parte deles. Segundo o peemedebista, há pedidos "simplórios", que nem sequer cumprem os requisitos básicos para serem apreciados. Cunha afirmou que vai ler novamente os pedidos, mas que os mais antigos serão rejeitados. "Vou recusar mesmo. Já pedi à minha assessoria que preparasse os termos para que eu possa recusar ao menos uns três ou quatro. Começo essa semana a decidir e quero fazer um pouco a cada dia", afirmou. Pela lei, cabe ao presidente da Câmara definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment. Mas, nos bastidores, a articulação é para que a decisão final das solicitações de afastamento seja transferida ao Plenário, onde os partidários do impeachment dizem ter votos suficientes para iniciar o processo.

Saída de Molon pegou Petistas de surpresa
Deputado mais votado pelo PT no Rio, Alessandro Molon manteve em reserva sua intenção de deixar o partido e só comunicou correligionários na véspera da sua desfiliação. Na tarde da última quarta-feira, Molon procurou os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) e os informou que estava prestes a deixar o PT. Disse que queria conversar com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), uma das principais lideranças da corrente interna Mensagem ao Partido, da qual Molon fazia parte, e um encontro foi agendado para o dia seguinte. Molon, Fontana e Teixeira tomaram café da manhã numa conhecida confeitaria de Brasília. Lá, Molon disse que estava decidido a trocar a legenda pela Rede de Marina Silva, mas Teixeira e Fontana tentaram demovê-lo e pediram que ele refletisse melhor. 

Programa do PSDB

As mentiras de Dilma

O PSDB elegeu suas quatro principais lideranças para aumentar o tom das críticas que tem feito ao governo Dilma Rousseff. O programa do partido, exibido em cadeia nacional de televisão na noite desta segunda-feira, endureceu os ataques à presidente e ao PT, acusados de enganar os eleitores durante a campanha pela reeleição. Os tucanos frisaram que chegou a hora de o PT pagar por seus erros e responsabilizaram diretamente Dilma pela atual crise política e econômica.

O início do programa buscou resumir a sensação de pessoas que votaram em Dilma e hoje se sentem enganadas por promessas não cumpridas, como o controle da inflação, ampliação das vagas do Pronatec e crescimento da oferta de emprego. Todas apareceram usando máscaras da presidente, tirando-as em seguida. "Com tanta mentira, um dia a máscara cai", completou a narração enquanto a imagem mostrava uma faixa onde se lia "Xô, mentira!!!" e "Xô, corrupção!!!".

O primeiro nome do partido a falar foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que criticou o aumento dos juros e impostos como alternativa para sair da crise. Alckmin sugeriu mais investimentos para a geração de emprego e renda. Em seguida, o senador José Serra (SP) lembrou que o PT foi avisado sobre a crise econômica, mas "se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a reeleição".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) criticou a troca de cargos por apoio ao governo no Congresso Nacional. "A economia vai muito mal e a presidenta é refém de uma base de sustentação no Congresso que a cada dia é cada vez mais do tipo toma lá, dá cá. Na verdade, ela está pagando pela herança maldita que o [ex-presidente] Lula deixou."

Por último, o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), acusou o PT de ter se omitido diante dos problemas que originaram a crise e tomado decisões cujo único objetivo era manter os petistas no poder.

Aécio disse que o PSDB vai se posicionar contra o aumento de impostos, e citou a volta da CPMF, mas se manterá a favor de medidas como a redução dos encargos na folha de pagamento das empresas e o corte na taxa de juros. O tucano afirmou que a crise só será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do país".

O senador ainda destacou que o PSDB não será "oposição ao Brasil" quando o governo do PT propor medidas que favoreçam a volta do crescimento. "Somos oposição, sim, mas somos oposição a esse governo, não somos e nem jamais seremos oposição ao Brasil", disse. "Se o governo quiser trazer de volta imposto do cheque, seremos contra. Mas se esse mesmo governo reduzir impostos sobre a folha de pagamento para que empresas parem de demitir, seremos a favor".


Publicado na Veja.com, em 29/09/2015


29/09/2015




Folha de São Paulo – Dilma faz nova ofensiva com PMDB e PT para fechar reforma ministerial
Dificuldade para contemplar alas do partido aliado tem atrasado distribuição de cargos

Estadão – Obra mantida pela Petrobras para e mais de 800 são demitidos
Consórcio responsável pela construção da unidade de processamento de gás argumenta que crise econômica e câmbio inviabilizaram o contrato

Gazeta do Povo – Moro recebe pedidos em série para fatiar a Lava Jato
O juiz Sergio Moro indeferiu, nesta segunda-feira (28), seis pedidos de fatiamento de ações relacionadas à Lava Jato, entre eles de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht

Correio Braziliense – Ronaldinho Gaúcho não é mais jogador do Fluminense
O atleta, eleito duas vezes melhor do mundo, se reuniu com o diretor Mario Bittencourt e o presidente Peter Siemsen e pediu para sair

O Globo – IGP-M, a inflação do aluguel, tem forte aceleração e vai a 0,95% em setembro
Em 12 meses, índice, que reajusta a maioria dos contratos de aluguel, é o maior desde 2011

Correio da Bahia – Vagas temporárias devem diminuir 50% em Salvador
Com estoques em alta e caixa em baixa, o comércio de Salvador vai retardar o início do processo de contratação de trabalhadores temporários para reforçar as vendas de final de ano

Diário de Pernambuco - Novas regras dos trabalhadores domésticos começam quinta-feira

Portal G1 - Desemprego sobe  e fica em 8,6% em 3 meses, diz IBGE
É a maior taxa da série histórica do indicador, que começou em 2012

Portal IG - Esvaziada, CPI do BNDES espera embalar após audiência com técnicos
Deputados têm reclamado da presença de funcionários do banco que desconhecem fatos, aparentam bom treinamento de mídia e pouco tem acrescentado às investigações

Portal UOL – Aliados temem que Levy esteja forçando saída
Pedido do ministro para aumentar cortes no ajuste fiscal causa incômodo

Veja.com – Empreiteiro tenta tirar “eletrolão” das mãos de Sérgio Moro
Recurso apresentado por José Antunes Sobrinho, dono da construtora Engevix, foi formulado após a decisão do Supremo de fatiar a Lava Jato

Época – Desemprego assombra Classe C, diz pesquisa
Levantamento da Consumoteca mostra que 76% dos entrevistados tem amigo desempregado

Bom Dia!

Acabei de ler nos jornais!

Dei uma passada de olhos pelos jornais, antes de conferir o que os portais de notícias estão publicando nesta manhã de terça-feira. Destaquei algumas informações políticas que faço questão de analisar neste espaço diário.

- O deputado federal João Derly, gaúcho eleito pelo PCdoB, com o apoio explícito da deputada estadual Manoela D’Avila, decidiu trocar de partido. Inconformado com os rumos do PCdoB na Câmara Federal, Derly passa para a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva. O partido de Manuela, assim, fica sem nenhum deputado do Rio Grande do Sul em Brasília. Sem querer fazer qualquer juízo de valor sobre a decisão de João Derly, acho que a “musa comunista” fez uma aposta muito errada na campanha passada. Está colhendo os frutos que plantou.

- Ainda sobre a Câmara Federal, o tucano Carlos Sampaio disse que há 248 votos a favor do impeachment de Dilma, dos 342 necessários. Disse, também, que contou apenas 150 apoiadores da presidente. O representante do PSDB falou que espera que “quando o processo for iniciado, os 94 votos que faltam aparecerão”.

-Falando em tucanos, o deputado estadual João Pozzobom, protocolou proposta na Assembleia Legislativa, solicitando a extinção da EGR, empresa criada no governo Tarso Genro. Já na Câmara de Vereadores, Mario Manfro, único representante tucano, está pensando em deixar o partido. Ele não está satisfeito com a atuação do presidente da Comissão do PSDB, Nelson Marchezan Júnior.

-Ao ler uma notícia sobre a decisão judicial de não aceitar o pedido do PSOL para suspender a licitação do transporte público em Porto Alegre, achei interessante uma nota publicada no Correio do Povo e que reproduzo:

“A Justiça de Porto Alegre negou, nesta segunda-feira, o pedido de liminar do PSol para suspender a licitação do transporte coletivo de Porto Alegre. O recurso foi protocolado pelos vereadores e deputados da bancada, na semana passada.

Minha surpresa aparece no momento em que leio que “vereadores e deputados” da bancada protocolaram o pedido. Na câmara, o PSOL tem apenas a vereadora Fernanda Melchiona, e na Assembleia somente o deputado Pedro Ruas. Assim, fica difícil entender o plural (vereadores e deputados) empregado pelo jornalista que redigiu a nota.

De resto, as já costumeiras informações sobre as denúncias, cada vez maiores e mais graves na Lava Jato, o dólar voltando a passar de R$ 4 e a surpreendente informação de que existe água em Marte. Só falta nos apresentarem os marcianos. Alguém duvida?

Tenham todos um Bom Dia!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!


“Os que negam liberdade aos outros não merecem liberdade. ” 

Abraham Lincoln



Tarifas bancárias

Em 3 anos sobem 8,6 vezes acima da inflação

As tarifas cobradas pelos oito maiores bancos do país subiram 169% desde janeiro de 2013 – um aumento até 8,6 vezes maior que a inflação do período, constatou uma pesquisa feita pela Proteste Associação de consumidores. A inflação acumulada no período até agosto de 2015 foi de 19,63%.

O levantamento comparou as tarifas informadas nas tabelas das instituições bancárias. A entidade avaliou as tarifas dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander.

O maior aumento encontrado foi na cesta Exclusive Fácil (antiga Conta Fácil Bradesco Super) do banco Bradesco, que em 2013 custava R$ 23 mensais, em 2014 R$ 27,40 e agora no mês de outubro, passará para R$ 61,90 por mês. Ao longo do ano, o consumidor terá um custo anual de R$ 742,80 – desembolso R$ 466,80 maior por ano em relação a 2013.

No levantamento, foram encontrados pacotes de serviços com valores de até R$ 74 mensais, como o cobrado pelo Santander na cesta de serviço Van Gogh Max, que em um ano soma R$ 888.

Farmácia Popular

Governo zera repasse para 2016

O aperto nas contas vai atingir em cheio um dos programas prediletos da classe média na área de saúde, o Aqui Tem Farmácia Popular. A proposta orçamentária para 2016 encaminhada para o Congresso prevê repasse zero para a ação, que neste ano receberá R$ 578 milhões.

Criado em 2006, o programa permite a compra em farmácias credenciadas pelo governo de medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Os descontos chegam a 90%. Com a redução a zero os recursos, na prática essa política deixa de existir.

Pela proposta encaminhada pelo governo ao Congresso, ficam mantidos o braço do programa chamado de Saúde Não Tem Preço (em que o paciente não precisa pagar na farmácia remédios para diabetes, hipertensão e asma) e as unidades próprias do Farmácia Popular.

O problema, no entanto, é que o número de unidades próprias dessas farmácias, que já é pequeno, deve minguar mais em 2016. A previsão é de que não ultrapasse 460 postos de venda, em todo o País.

Opinião

A volta dos que não foram

Eliane Cantanhêde
O Estado de S. Paulo

Em meio a tantas crises, o Brasil vive algo como a volta dos que não foram. Se Marina Silva respira aliviada e o tucano Aécio Neves diz que agradece todos os dias ao seu anjo da guarda por ter se livrado do desastre, tenta-se adivinhar o que se passa pela cabeça do vice-presidente Michel Temer.

Todo político, em todo lugar do mundo, delicia-se com os holofotes, só pensa em vencer e tem um objetivo na vida: o poder. Uns até para melhorar sua cidade, seu estado, seu país, o mundo. Outros disputam o poder pelo poder. Outros tantos querem mesmo é garfar algum. Em qualquer caso, o alvo maior de um político é a Presidência da República.

Isso, evidentemente, é ainda mais forte nos vice-presidentes, em especial se as coisas vão de mal a pior para os titulares e eles se veem ali na boca de assumir o mandato, colocar a faixa e posar para a foto oficial. Mas nem sempre esse passo rampa acima prenuncia o melhor dos mundos. Hoje, parece o pior dos mundos.

Pelo relato de amigos, Michel Temer até se posiciona para “não fugir às responsabilidades”, mas está longe de parecer desesperado para sentar na cadeira de Dilma Rousseff e esfregando as mãos de excitação para virar presidente. Dizem, inclusive, que vez ou outra bate a insônia e até um certo pânico: “E se?”

A previsão é de recessão por dois anos consecutivos, pela primeira vez desde 1930 e da “Grande Depressão” de 1929. A indústria vai ladeira abaixo, a inflação passa dos 9%, os juros são de 14,25%, o dólar atingiu o recorde de R$ 4,25 e o desemprego só cresce. Você gostaria de presidir um país quando o mercado formal de trabalho cortou quase 1 milhão de vagas em 12 meses e o corte de agosto é o pior para o mês desde 1995? Temer gostaria?

Os movimentos sociais ligados ao PT se mostram cada vez mais desconfortáveis e o próprio PT virou biruta de aeroporto, com o líder do partido na Câmara defendendo a queda dos três ministros mais fortes, os da Fazenda, Casa Civil e Justiça. Ou seja, o líder petista articula o desmanche do governo. Se já é assim com o governo do PT, como seria numa transição com Temer? Sem falar que Lula está ferido, mas continua vivíssimo.

Temer, assim, está numa posição semelhante à de Aécio, a de quase chegar lá, mas dizer que é melhor não chegar (ou não ter chegado). Assim como o PT fez história e chegou aos píncaros da glória fazendo oposição sistemática a todo e qualquer governo, Aécio descobriu as delícias de se livrar das obrigações do Executivo, criticar dia e noite o governo dos outros e ainda ter tempo para a família.

O mesmo vale para a senadora Ana Amélia, que perdeu o governo do Rio Grande do Sul e assiste de camarote, ou do plenário, às agruras do “vitorioso” José Ivo Sartori com a falta de dinheiro para tudo, as greves e os processos na Justiça. Como vale para Jofran Frejat, adversário de Rodrigo Rollemberg, que assumiu um DF destroçado pelo antecessor Agnelo Queiroz e anuncia aumento de impostos, passagens de ônibus e metrô, até do zoológico. Um inferno.

Pois é, os vitoriosos sentem-se derrotados, os derrotados sentem-se no mínimo aliviados. E Temer balança. Mas aqui vai o anticlímax: quem conhece a política e sabe o quando o poder inebria aposta que, com inferno ou sem inferno, com crise ou sem crise, Aécio e Marina adorariam ter sido eleitos, Ana Amélia e Frejat adorariam assumir o Rio Grande do Sul e o DF e os governadores Tarso Genro e Agnelo dariam a vida para serem reeleitos. É da índole do político.

Não depende de Temer, depende da história, da Justiça, do “baixo clero” do PMDB, do Congresso e de um fator fundamental da política, o “imponderável”, mas as articulações correm soltas e o fato é que, se necessário, o vice está prontíssimo para assumir. A insônia e a angústia dele ninguém vê, mas o programa de TV do PMDB todo mundo viu. Alguma dúvida?

28/09/2015


Senado retoma discussão sobre doações de empresas (O Globo)
Líder do PMDB diz que vai liberar bancada para votar emenda, depois de votação do STF

Empresas bancam 2/3 das doações de PT, PSDB e PMDB 
(Gazeta do Povo)

Líder do PMDB na Câmara defende autonomia de ministros 
(Correio Braziliense)
Ao se antecipar à guerra com petistas sobre os cargos de segundo escalão na Esplanada, líder peemedebista e principal negociador com o governo afirma que os chefes das pastas precisam de liberdade para montar as próprias equipes

Queda da economia chega a 2,8% este ano, dizem instituições financeiras (Agência Brasil)
A economia brasileira deve ter queda de 2,8%, este ano, e de 1%, em 2016

Dilma retorna ao Brasil nesta terça-feira com reforma política e vetos na pauta (Estado de Minas)
Presidente desembarca no país com a missão de descascar o abacaxi da reforma ministerial e articular a manutenção dos vetos a projetos que aumentam despesas do governo

Lobista revela propina a sucessor de Barusco na Petrobrás (Estadão)
Mário Góes detalhou em delação premiada o papel de Roberto Gonçalves em esquema de corrupção na Gerência de Engenharia da Diretoria de Serviços da estatal

Recessão leva classe média a trabalhar por conta própria 
(Folha de São Paulo)
Modalidade representa 20% da população ocupada, maior patamar desde 2006

Dilma deixa de confiar em análises políticas de Mercadante (Época)
Chefe da Casa Civil foi idealizador de estratégia que levou ao isolamento do governo no Congresso

Radical, PSOL perde único senador e prefeito de capital (Veja.com)
O senador Randolfe Rodrigues e o prefeito de Macapá, Clécio Luís, se desfiliaram do PSOL

Mercado prevê nova queda no PIB e inflação de 9,46% (Portal G1)
Se confirmado, recuo de 2,8% no PIB em 2015 seria o pior resultado em 25 anos

PMDB pode se tornar o algoz de Dilma em impeachment (Portal IG)
Partido adota discurso de independência para não se indispor com os descontentes com a petista

Comissão aponta que Cunha teve lucro indevido de R$ 900 mil 
(Portal UOL)
A CVM diz que Cunha é responsável por "ter anuído e se beneficiado de negócios realizados em seu nome" intermediados pela corretora Laeta DTVM

Bom Dia!

Temos sol! Que maravilha!

Depois de não sei quantos dias de chuva e tempo fechado, a segunda-feira acordou com um sol brilhante, forte e quente! Minha mulher abriu as janelas para que ele, desaparecido há dias, entrasse para aquecer o apartamento. Que seja bem vindo, então!

Falando em aquecer o ambiente, a proximidade do fim do prazo para troca de partidos, faz com que as coisas comecem a mudar na política brasileira. 
Juntado-se a ela a criação do partido da Marina Silva, o troca-troca se estabeleceu forte no final da semana e tende a crescer até sexta-feira, dia 2 de outubro, quando termina o prazo para novas filiações daqueles que pretendem disputar as eleições de 2016.

Uma das primeiras consequências, é o final da bancada (?) do PSol no Senado. O único senador eleito pela sigla, Randolfe Rodrigues, anunciou sua ida para a Rede, deixando o partido que apoia o governo para entrar num que, até aqui, parece não apoiar.

Na bancada petista da Câmara Federal, o deputado Alessandro Molon, do Rio de Janeiro, também deixa o PT e se joga nos braços de Marina. Depois de 18 anos de filiação, o carioca deixa o PT, mesmo sendo um dos vice-líderes da bancada. Molon deverá ser o candidato da Rede à prefeitura do Rio.

A ex-senadora Heloísa Helena, candidata à Presidência em 2006 e atual vereadora em Maceió, também deixa o PSol e vai para a Rede. Ela foi expulsa do PT em 2003. Heloísa tem planos de concorrer à reeleição em 2016 e disputar vaga ao Senado em 2018.

Pensando um pouco mais alto, Ciro Gomes trocou o PROS pelo PDT. Ele quer ser candidato do partido em 2018 para o lugar de Dilma Rousseff. Ciro levou com ele, para o PDT, o irmão Cid Gomes, o atual prefeito de Fortaleza, o presidente da Assembleia do Ceará, 79 prefeitos, 10 deputados estaduais e dois federais.

Aqui no Rio Grande do Sul, nada foi anunciado em termos de troca de partidos entre os parlamentares e governistas. O que se sabe, é que algumas filiações serão feitas ainda esta semana, de políticos que pretendem disputar uma vaga na Câmara de Vereadores ou concorrer à prefeitura da Capital ou em algum município.

Quem sabe a chegada do sol não sirva para clarear bem a mente de alguns que, pelo menos até agora, parece que não estão entendo bem o momento político, triste e preocupante que vivemos.

Tenham todos um Bom Dia!

sábado, 26 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!




"Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio."

Umberto Eco


Brasileirão 2015




28ª Rodada





Sábado – 26/09
18:30

Fluminense 2 X 0 Goiás – Maracanã

21:00

Grêmio 3 X 1 Avaí – Arena Grêmio

Domingo – 27/09
11:00

Santos 3 X 1 Internacional – Vila Belmiro
Atlético PR 1 X 2 Ponte Preta – Arena Baixada

16:00

São Paulo 1 X 1 Palmeiras – Morumbi
Flamengo 1 X 2 Vasco – Maracanã
Figueirense 1 X 3 Corinthians – Orlando Scarpelli
Joinville 2 X 2 Atlético MG – Arena Joinville

18:30

Cruzeiro 2 X 0 Coritiba – Mineirão
Sport 3 X 0 Chapecoense – Arena Pernambuco

Classificação
         LIBERTADORES
         REBAIXAMENTO

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!



                                 "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."


Antoine de Saint-Exupéry