quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Refinaria de Pasadena

US$ 1,5 milhão para facilitar a compra

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em depoimento prestado em setembro do ano passado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba que recebeu US$ 1,5 milhão para não dificultar, em reunião de diretoria, a aprovação da compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal.

Segundo Costa, "boatos" que circulavam na empresa indicavam que "o grupo de Nestor Cerveró [ex-diretor da área internacional], incluindo o PMDB e Fernando Baiano [lobista que atuava na Petrobras], teria dividido algo entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões, recebidos provavelmente da Astra" – a Astra Oil é a empresa que vendeu a refinaria para a Petrobras.

O depoimento de Paulo Roberto Costa sobre Pasadena foi disponibilizado nesta quinta-feira (22) no andamento processual da Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

No depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que a compra da refinaria "não foi um bom negócio" e que era "tecnicamente inadequada". Para defender a compra da refinaria em reunião de diretoria da empresa, Costa disse ter recebido do lobista Fernando Baiano – suposto operador do PMDB, o que o partido nega – uma oferta de US$ 1,5 milhão, quantia depositada em uma conta em um banco em Lichtenstein. Ele disse acreditar que o dinheiro tenha sido pago pela Astra.

O ex-diretor declarou no depoimento que era de conhecimento da diretoria que, para Pasadena "se tornar útil" para a Petrobras, seria necessário um investimento inicial elevado – de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões – porque se tratava de uma refinaria "velha" e que "não era adequada" para o refino de petróleo do tipo que a Petrobras exportava.

Conselho de Itaipu

Dilma exonera Vaccari Neto


A presidenta Dilma Rousseff exonerou João Vaccari Neto da função de conselheiro da empresa Itaipu Binacional. Vaccari é tesoureiro do PT e teve o nome citado em delações premiadas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga pagamento de propina em contratos da Petrobras. Em seu lugar, Dilma nomeou Giles Azevedo, que foi chefe de gabinete da presidenta até o ano passado. (Agência Brasil)

Yo soy Nisman

Cristina não acredita em suicídio

Foto:AP
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, usou seu perfil no Twitter nesta quinta-feira (22) para falar sobre a morte do promotor Alberto Nisman e divulgar uma carta publicada em seu blog. No texto, ela afirma que está "convencida" de que a morte do promotor "não foi um suicídio". Em sua primeira carta sobre o assunto, ela cogitava a possibilidade de que o promotor havia se matado.

"Por que alguém ia se suicidar sendo promotor e gozando ele e sua família de uma excelente qualidade de vida?", assinalou no novo texto a presidente, que continua sem aparecer em público.

Nisman foi encontrado morto em sua casa, em circunstâncias ainda desconhecidas, na noite de domingo (18), com um tiro na têmpora, poucos dias depois de ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores por uma suposta tentativa de acobertar terroristas iranianos, que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994, em que 85 pessoas morreram.

Nisman deveria apresentar na segunda-feira a deputados sua denúncia e supostas provas contra a presidente e o chanceler argentino, Héctor Timerman. "Usaram ele enquanto estava vivo e depois precisavam dele morto. É assim triste e terrível", disse Cristina na carta.

Secretário

O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, foi denunciado na Justiça para que se investigue sua presença na residência onde Nisman foi encontrado morto, antes da chegada da procuradora e do juiz responsável pelo caso, informaram nesta quarta-feira (21) à Agência Efe fontes da denúncia.

O líder peronista Juan Ricardo Moussa acionou Berni na Justiça por supostamente ter cometido o crime de "descumprimento dos deveres de funcionário público" e "acobertamento de homicídio", segundo o texto da denúncia.

Moussa acusou Berni e os policiais encarregados da segurança de Nisman de "cumplicidade" para proteger a presidente, já que o promotor guardava parte das provas que fundamentam a denúncia contra Cristina em sua casa. "Há graves irregularidades por parte da Polícia Federal argentina no caso do Dr. Nisman. Quem é Berni para dar competência a um crime, quem é Berni para entrar na cena do crime e não denunciar à Justiça", questionou Moussa na denúncia.
(Com G1/conteúdo)

Bom Dia!

Apertem o cinto, a presidente sumiu!

Se bem que o melhor mesmo, na atual circunstância, é apertar o bolso, onde o sumiço da presidente repercute mais.

Claro que o sumiço da presidente é estratégico. Se aparecer, ela terá que explicar todas as mentiras que aplicou no eleitorado durante a campanha. Pior ainda seria explicar as medidas tomadas pelo ex-assessor do Bradesco, e atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aumentando impostos, dobrando o IOF, aumentando o preço da gasolina, tudo na busca de dinheiro para reduzir os prejuízos causados pela administração passada ao Brasil.

Todo mundo já deve ter se dado conta que só o que escutamos é que o pacote de medidas tem por objetivo compensar os erros cometidos no governo anterior, que gastou demais, isentou demais e incentivou demais o consumismo.

No governo passado, tivemos ICM zero para automóveis, para eletrodomésticos, juros baixos, mas nem tanto, para que os mais pobres tivessem acesso ao consumo de produtos até então inimagináveis em suas vidas.  A grande maioria comprou celular, TV de plasma, carro zero, geladeira e fogão novos, sem se preocupar se poderia pagar, ou não. A maioria, lamentavelmente, se tornou inadimplente. Culpa de quem? Do governo que incentivou o consumo e que, agora, quer acabar com ele.

Dobrar o valor do IOF nada mais é do que acabar com o acesso ao crédito, e quem não tem acesso ao crédito, não compra. A não ser que possa comprar à vista, o que não é o caso da maioria dos brasileiros.

Mexer nos preços dos combustíveis, decretar a volta da CIDE, é uma maneira de fazer entrar dinheiro na Petrobras. Mais do que nunca, é preciso tapar o rombo de bilhões que sumiram ou foram canalizados para partidos e campanhas da companheirada da base. A PGR já disse que a corrupção continua na Petrobras, então é preciso que alguém pague a conta. Sabem quem vai pagar?

Em Davos, o ministro Levy disse que o Brasil deverá entrar em recessão, pelo menos durante um trimestre. Depois, disse que não disse e ficou enrolando na comparação da economia com o desempenho de um automóvel. Parece que uma das principais funções do ministro, na verdade, é enrolar, dando tempo para que o brasileiro esqueça das mentiras da presidente.

Por falar nela, certamente envergonhada por prometer tudo, e não cumprir nada, deve estar preparando novas mentiras para contar aos bolivianos, na posse de um de seus ídolos, o bolivariano Evo Morales.

Eu vou continuar aqui esperando que me expliquem como a presidente quer mudar tudo, alegando que tudo foi mal feito no governo passado. Mas no governo passado não era ela a presidente? Mas explicar é problema para o ministro da Fazenda, pois a presidente sumiu!

Tenham todos um Bom Dia!