sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Contas externas

O maior rombo desde 1947

O resultado das transações correntes fechou o ano passado com déficit de US$ 90,948 bilhões, conforme divulgou nesta sexta-feira o Banco Central. O rombo superou a projeção da instituição, de um resultado negativo de US$ 86,2 bilhões. Além disso, foi pior do que as estimativas de analistas, que iam de um saldo negativo de US$ 88,100 bilhões a US$ 90,900 bilhões, com mediana de US$ 89,5 bilhões.
O resultado de 2014 é recorde para a série histórica do BC, iniciada em 1947. Até então, o maior volume havia sido registrado em 2013, de US$ 81,347 bilhões. Vale destacar que esse resultado deficitário foi 50% maior do que o verificado em 2012, de US$ 54,246 bilhões, que até então era o pior desde 1947.
O déficit em conta corrente do ano passado ficou em 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda de acordo com os dados do BC, o pior para um ano fechado desde 2001 (4,19%). O maior porcentual da série histórica do BC foi observado em 1974, de 6,8%.
Já os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 62,495 bilhões em todo o ano de 2014 e ficaram abaixo da estimativa do BC, de receber US$ 63 bilhões. O saldo anual só supera o de 2010 (US$ 48,506 bilhões), já que ficou inferior aos dos três anos anteriores: US$ 66,7 bilhões em 2011, US$ 65,3 bilhões em 2012 e US$ 64,045 bilhões em 2013.

Bom Dia!

As redes sociais

Elas, definitivamente, passaram a fazer parte do nosso dia a dia. E nos surpreendem pela instantaniedade do retorno e pela amplitude do alcance. Entre orgulhoso e extremamente contente, reproduzo um fato que, desde ontem, me fez mais feliz ainda. A postagem, no Facebook, é do Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, feita em 2 de agosto de 2011.


Machadinho !
2 de agosto de 2011 às 18:12
Porto Alegre  Personagens - Nosso querido amigo, Machadinho, publicou em seu site (www.machadofilho.com) a coluna que reproduzimos abaixo, vale a pena a leitura !!!!

Nos tempos do Rádio Teatro

Uma foto do Walter Ferreira, publicada pelo Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, me levou a um tempo que encantou minha infância. Nem se imaginava o que era televisão e o cinema era reservado a poucos, principalmente no interior do Estado. O rádio imperava em todas as casas. 

Havia os de ondas curtas que permitiam sintonizar emissoras de todo o Brasil e muitas do Uruguai e Argentina. Ouvir a Rádio Nacional, a Tupy e a Bandeirantes, para falar nas do Rio e São Paulo, era comum. Mas o bom mesmo era ouvir a PRH 2, Rádio Farroupilha, a PRC 2, Rádio Gaúcha ou a PRF 9, Rádio Difusora, todas de Porto Alegre. Em São Gabriel se ouvia, muito, a ZYO 2, Rádio São Gabriel.

Pois a minha infância foi povoada por personagens que o imaginário criou através das radio novelas. Ai de quem falasse ou fizesse barulho nos horários em que a dona Célia estivesse ouvindo novela no rádio. Era silêncio absoluto e imaginação a mil.

Como esquecer, então, de vozes famosas das novelas. Rádio atrizes e rádio atores que embalaram os sonhos de muita gente que nem imaginava como seriam pessoalmente. Pura imaginação, ao suspirar pelo galã ou pela heroína.

Mais tarde, quando vim trabalhar em rádio aqui em Porto Alegre, acabei conhecendo alguns monstros sagrados das novelas. E foi ao ver a foto do Walter Ferreira que povoei meus pensamentos com figuras que encantaram os dias de minha mãe e de milhares de senhoras como ela. Ernani Behs, Paulo Ricardo, Wilson Fragoso, Pepê Hornes, Adroaldo Guerra, Cândido Norberto, Nelson Silva, Luiz Carlos Magalhães, Eleu Salvador, todos donos de vozes inesquecíveis, como as de Aida Teresinha, Linda Gay, Marisa Fernanda, Rosa Maria, Maria de Lurdes Colares, Vânia Elisabeth.

Certamente devo ter esquecido muitos nomes. Afinal, eram elencos famosos que se dividiam entre várias novelas ao mesmo tempo.

Vidal de Negreiros e Mario de Lima Hornes dirigiam estes elencos consagrados. Luiz Sandim e Victor Stob eram sonoplastas insuperáveis.

Isso só para falar nas novelas, pois se destacavam os humoristas como Walter Broda e Pinguinho, no Banca de Sapateiro, o Carlos Nobre com seu insuperável Campeonato em Três Tempos, que tinha a Leonor de Souza como Miss Copa, o Ismael Fabião, como Pelotas, o Dimas Costa, como Bagé e tantos outros.

Hoje eu sinto como fui feliz em ter, durante algum tempo da minha vida, compartilhado meu trabalho com estes nomes que inebriavam os ouvidos da minha mãe e despertavam a minha curiosidade infantil.

Tenho medo de parecer saudosista, mesmo não me preocupando com a idade que tenho orgulho de ter. Mas, sinceramente, falar das figuras que fizeram o rádio no Rio Grande do Sul é algo que me encanta profundamente. Acho que ainda vou escrever um livro sobre isso, até para poder lembrar um dos maiores radialistas que conheci, meu querido irmão Dilamar Machado. Enquanto isso fico pensando no rádio da cozinha onde minha mãe, ao mesmo tempo em que fazia a comida mais gostosa do mundo, ouvia, encantada mais um capitulo de sua novela preferida, nos tempos do rádio teatro.

Machado Filho

Ontem, dia 22, fui surpreendido com uma nota do Paulo Pruss, do Porto Alegre Personagens, falando sobre um comentário do advogado Ronaldo Reis Feijó que, depois de mais de três anos, leu o meu comentário publicado em 2011 e lembrou de seu tempo de redator de notícias da Rádio farroupilha e do Dilamar.

Porto Alegre Personagens Lotado  - João Carlos Machado Filho As redes sociais são maravilhosas, esta postagem foi feita em 01 de agosto de 2011, mais de três anos após entra este belo comentário do Ronaldo Reis Feijó.

Ronaldo Reis Feijó  - Amigo Machadinho, as figuras do rádio gaúcho que tu tão bem nomeaste, eu as conheci, todas. Trabalhei na Rádio Farroupilha, como redator de notícias,no período 1960/65.O teu irmão, o querido Dilamar, foi meu colega de formatura, em Direito,na UNISINOS. Um grande abraço. Ronaldo.

Fico, então, pensando no quanto é bom ter vivido, ter ficado velho e ter amigos que entendem a simplicidade de um comentário que reflete, tão somente, o quanto a vida me fez jornalista desde a infância.

Tenham todos um Bom Dia!