O que era democrático, agora é golpe!
Esperava começar a semana falando em coisas mais agradáveis,
mais leves. Não dá. O peso imposto, e dos impostos, é tão grande desde que a
presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu seu segundo mandato, que falar em crise é
quase uma conseqüência.
O ex-presidente Lula, líder e ídolo inconteste dos petistas
ocupou os espaços de midia do final de semana para despejar e repetir o que
fala faz muitos anos. Ele não muda o discurso surrado que segue convencendo aos
que teimam em acreditar que o que ele fala é serio.
Pois ele defendeu, veementemente, o tesoureiro do PT, Vaccari
Neto, que obrigou a PF a pular o muro de sua casa para poder conduzi-lo para
depor, acusado de possível envolvimento na roubalheira da Petrobras, pedindo
aos “cumpanhero” que reajam ao que chama de “tentativa de golpe para impedir
que Dilma siga no poder”.
Aqui, Olívio Dutra, fundador do PT, primeiro governador
eleito pelos petistas, ex-prefeito de Porto Alegre, ex-ministro de Lula,
ex-deputado federal e candidato ao Senado, sugeriu que Vaccari seja expulso já
que, para Olívio, “o PT chegou ao fundo do poço”.
Lula acha que não. Ele acha que o que está acontecendo no
Brasil é uma tentativa de golpe para “impedir que a presidente Dilma cumpra seu
mandato”. Lula não considera o Petrolão, assim como não considerou o mensalão, atos
de corrupção gravíssimos que envolvem seus companheiros de partido. É bem mais
fácil acusar do que se defender.
Certamente Lula não está mais lembrado, por esquecimento ou
por interesse, que foi seu partido que comandou a derrubada de Collor de Mello.
Com discursos furiosos, como sempre, Lula defendeu o impeachment, ajudando para
que o mandato do presidente eleito fosse interrompido. Naquele tempo, derrubar
um presidente que não contava com o apoio da maioria, era democrático. Hoje,
combater a presidente que tem 23% de aprovação, que destruiu a economia
brasileira, que não consegue estancar uma roubalheira de R$ bilhões na
Petrobras, é golpe.
Lula, que se considera acima do bem e do mal, defende o
tesoureiro denunciado na Operação Lava Jato e a presidente que ninguém mais
quer na presidência.
Até quando este discurso falso e mentiroso vai conseguir
enganar, não só os que ganham Bolsa Família e outros assemelhados, mas aqueles
que teimam em fechar os olhos e ouvidos para a extrema corrupção que se instalou
no Brasil.
E não me venham com aquela conversa mole de que tudo começou
nos governos passados. Pode até ser, mas se aprofundou nos governos petistas,
que institucionalizaram a corrupção e fazem de tudo para manter o poder.
Difícil é entender como é que pessoas, muitas até com certa
inteligência, seguem acreditando num discurso repleto de mentiras e lugares
comuns. Eles acreditam, e até defendem, que o impeachment de Collor foi um ato democrático,
mas tentar o impeachment da presidente Dilma, é um golpe. Como diz o Lula.
Tenham todos um Bom Dia!