quarta-feira, 11 de março de 2015

Articulação política

Dilma quer tirar Mercadante

A presidente Dilma Rousseff estuda tirar do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a função da articulação política do seu governo. O objetivo seria melhorar a relação com a base aliada no Congresso, em especial com o PMDB. A ideia da presidente, contudo, seria manter o petista na Casa Civil. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a Folha, as principais lideranças pemedebistas não têm uma boa relação com Mercadante, o que tem dificultado o trânsito do governo no Congresso. Dentre os cotados para a função está o ministro da Defesa, Jacques Wagner (PT).

Também se estuda no Planalto a possibilidade de entregar a atribuição para alguém do PMDB. Neste caso, o ministro Eliseu Padilha, da Secretaria de Aviação Civil, é um dos cotados.

Ainda segundo a Folha, a presidente estaria sendo pressionada pelo ex-presidente Lula a realizar uma reformulação em seus ministérios, com o intuito de dar mais espaço para o PMDB e melhorar a articulação.

Em nota, o Palácio do Planalto negou que a presidente queira tirar Mercadante da Casa Civil. O ministro Aloizio Mercadante tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil", diz o texto.
 

Todos na rua, dia 15

PSDB decidiu por apoio total


O PSDB oficializou nesta quarta-feira, 11, apoio total da sigla às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff marcadas para o próximo dia 15 em várias capitais e decidiu mobilizar seus dirigentes e militantes, mas o senador Aécio Neves, presidente do partido, anunciou que não participará dos protestos.

"Nossos companheiros estarão nas ruas do Brasil, mas eu optei por não ir para não dar força a esse discurso de que estamos vivendo um terceiro turno", disse Aécio. A declaração foi feita depois de uma reunião da direção executiva do partido em Brasília.

A estratégia já havia sido definida na semana retrasada em um almoço com os principais caciques tucanos em São Paulo na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Questionado sobre o apoio à bandeira do impeachment da presidente Dilma, mote que norteia as manifestações, Aécio afirmou que a palavra não pode ser vetada. "Não proibimos a palavra impeachment, mas essa não é nossa agenda neste momento".

O senador ironizou a manifestação em defesa da presidente convocada para sexta-feira por entidades como CUT, UNE e MST. "É algo muito arriscado o governo convocar aliados para protestar. Quando Collor fez isso, assistimos àquele resultado".(Agência Estado)

 

Opinião

No Globo on line de hoje, a coluna de Ricardo Noblat trata de um assunto que, mesmo colocado de maneira sarcástica, mostra exatamente o que ocorre no Brasil, principalmente depois que Lula passou a criticar a "zelite branca".
Aproveitei e busquei, na mesma coluna, a foto do ex-presidente, ao lado de Dona Marisa, pescando como um bom burguês. Está no final do texto.
Apesar de que, branco e rico, só aqueles que são contra o PT. Petistas são pobres, trabalhadores e....Melhor deixar prá lá!

Branco, rico e golpista

Ricardo Noblat

Rico não pode se manifestar. A não ser por escrito. Ou dentro de casa. Ou em pequenas reuniões com amigos. Sem fazer alarde.

Caso resolva aderir a uma manifestação de massa, saiba que a desqualificará. Seu lugar não é na rua protestando.

Se for visto na rua protestando poderá ser acusado pelo PT de ser golpista. Certamente o será.

Não há nenhum dispositivo na Constituição que proíba o rico de pensar e de dizer o que pensa, mas ele que suporte as consequências.

Da mesma forma o branco. Pior ainda se ele for branco e rico.

É fato que a elite branca e rica lucrou uma enormidade com os governos de Lula e de Dilma. E que os mais ricos e brancos da elite pressionaram Lula para que ele voltasse a ser candidato no ano passado.

Não importa. A eles deve apenas ser assegurado o direito de apoiar o PT. De preferência sem condições. E de financiar o PT tirando dinheiro do seu próprio bolso ou desviando recursos públicos.

Quantos negros e pobres você vê no comando das maiores empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras?

Só vê ricos e brancos. E todos parceiros do PT. Deram mais dinheiro para o PT ganhar as eleições do ano passado do que para outros partidos.

Bem, se além de rico e de branco o cidadão morar em São Paulo, aí qualquer margem de tolerância com ele deve ser abolida.

Dilma e o PT perderam feio em São Paulo. O candidato de Lula ao governo colheu ali uma votação humilhante.

O que venha de lá, portanto, não deve ser levado em consideração. Antigamente foi a saúva. Agora, o paulista rico e branco é a praga que mais infelicita o Brasil.

Quem sabe o Congresso não aprova alguma lei que desconsidere o voto de São Paulo na hora de se contar os votos para presidente da República?

O radicalismo da proposta talvez possa ser suavizado com a restrição ao voto apenas nos bairros povoados por uma maioria branca, rica e golpista.

Burgueses!

Há quanto tempo eu não enchia a boca para chamar de “burgueses” os adversários das mudanças sociais, que só fazem enriquecer à custa dos miseráveis.

É verdade que a maior parte dos miseráveis ascendeu socialmente e compra o que os brancos e ricos lhe oferecem. E que quanto mais ascenderem e comprarem, mais os brancos e ricos se tornarão mais ricos.

Mas esse é um dilema que a esquerda corporativa, ávida por emprego público e órfã de ideologia, não sabe ainda como resolver.

Foto: Divulgação

Protesto

MST fecha quatro BRs mineiras




Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloqueiam pelo menos quatro trechos de rodovias federais mineiras na manhã desta quarta-feira. As BRs 381, 116, 251 e 365 estão com o trânsito totalmente e parcialmente fechado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Por enquanto, a situação é pior na BR-381, rodovia Fernão Dias, onde os manifestantes ocupam, desde as 6h, a praça de pedágio do km 658, em Santo Antônio do Amparo, no Centro-Oeste de Minas, e interditam o trânsito nos dois sentidos. Em direção à capital mineira, o congestionamento chega a sete quilômetros e no sentido São Paulo a cinco, de acordo com a Auto Pista Fernão Dias, concessionária que administra a rodovia.

Na BR-251, a cerca de três quilômetros de Montes Claros, no Norte de Minas, os manfestantes impediram a circulação de veículos depois que atearam fogo em pneus. A situação semelhante ocorreu na BR-116, em Frei Inocêncio, no Rio Doce, e na BR-365, em Monte Alegre de Minas, onde cerca de 70 pessoas bloquearam o trânsito com paus e pedras. Por enquanto, não há previsão para a liberação dos trechos.

De acordo com o MST, a ação é de abrangência nacional e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, que contesta o modelo de agronegócio no país e cobra agilidade na reforma agrária. Segundo o movimento, além de Minas, o protesto ocorre simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul.


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Operação Lava Jato

Toffoli: encontro com Dilma

 
Depois de uma reunião de quase quatro horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terminou nessa terça-feira, 10, por volta da meia-noite, a presidente Dilma Rousseff incluiu em sua agenda na manhã desta quarta, 11, um encontro com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, também integrante do Supremo Tribunal Federal.

Toffoli pediu nessa terça para fazer parte da 2ª Turma do STF, responsável pelos inquéritos ligados à Operação Lava Jato. Se for aceito o pedido de transferência do ministro, Toffoli poderá presidir a condução dos inquéritos, em substituição ao ministro Teori Zawascki, que é o atual relator dos processos que apuram esquema de corrupção na Petrobrás. Toffoli já atuou como advogado do PT e assessor jurídico da Casa Civil no governo petista.(Agência Folha)

Reforma política

Senado aprova fim de coligações

O Senado aprovou nesta terça-feira (10), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 40, que acaba com as coligações eleitorais em eleições proporcionais. Elas valerão apenas para as eleições majoritárias. A PEC 40 é uma das que fazem parte da reforma política.

Na prática, a PEC estabelece que os partidos só poderão se coligar nas eleições para cargos do Executivo – Presidente, Governador e Prefeito – e para o Senado. Dessa forma, ficam proibidas as coligações para as disputas à Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras de vereadores municipais.

Pela proposta, não será mais possível, por exemplo, que dois partidos que não alcançaram o número necessário de votos para atingir o coeficiente eleitoral se unam para eleger um candidato. Também não haverá mais substituição de parlamentar eleito por um suplente de outro partido.

A PEC foi aprovada em primeiro turno, mas somente o texto base, sem a análise das emendas apresentadas. Um calendário especial para a conclusão da votação de primeiro turno e para o segundo turno também foi aprovado pelos senadores. A expectativa é que a votação final aconteça na próxima semana, quebrando os interstícios das três sessões de discussão necessárias para sua votação.
 

Defesa da Petrobras

Stédile promete MST nas ruas


Um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, confirmou que haverá manifestação a favor da Petrobras na próxima sexta-feira (13), em antecipação aos protestos contra o governo marcados para domingo (15).

“Nós vamos sair [às ruas] antes. Vamos fazer protestos em favor da Petrobras e também pelas causas do nosso movimento”, disse Stédile ao participar nessa terça-feira (10) do programa Espaço Público, da TV Brasil. “As ruas são democráticas. As ruas são a única forma de o povo se politizar. Eu não vejo problema em que a direita chame manifestações, desde que respeite as nossas”. (Agência Brasil)
 

Bom Dia!

A banalização do roubo!


Foi com muita perplexidade que assisti, durante quase toda a tarde, o depoimento do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, na CPI que apura o bilionário pagamento de propinas na nossa maior estatal. Perplexidade que me acompanhou ao assistir os noticiários de televisão e ouvir de um comentarista exatamente o termo que uso para dar título a este comentário.

Com a maior tranquilidade, Barusco foi relatando a maneira como funcionava o esquema, quem pagava, quem recebia, nominando pessoas e partidos. Algo tão espetacular que o ex-gerente falava em milhões de dólares como quem fala em dezenas de reais.

No verdadeiro circo de horrores em que se transformou seu depoimento, Barusco contou que no final dos anos 90, durante o governo FHC, recebia propinas individualmente, ou seja, um esquema que rendia um ganho extra para ele. Somente com a chegada do PT ao governo, a propina foi institucionalizada.
Com riqueza de detalhes, o ex-gerente foi contando aquilo que já dissera em depoimento na sua delação premiada. Contou que em 2010, atendendo pedido de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, recebeu da empresa SBM Ofshore, a importância de US$ 300 mil. O dinheiro foi entregue, “num acerto de contas” ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Os trezentos mil dólares eram destinados a um “reforço” de caixa para a campanha de Dilma Rousseff à presidência. “A doação foi feita ao PT, ao João Vaccari Neto”, confirmou.

Na maior naturalidade, questionado por alguns deputados, Barusco disse que dividia as propinas com Renato Duque e que os US$ 97 milhões depositados na Suiça, serão devolvidos.
Também, com total clareza, contou que seus encontros com Vaccari e Duque, quando tratavam da divisão das propinas, eram realizados em hotéis do Rio e São Paulo.

O incrível foi assistir às tentativas de parlamentares petistas querendo forçar Barusco a envolver o governo de FHC no esquema. A fúria petista passava a impressão nítida de que, ao se verem completamente perdidos, queriam, e querem dividir com o governo anterior toda a roubalheira institucionalizada por eles nos governos Lula e Dilma. Acham que, com isso, podem amenizar as irregularidades cometidas por representantes oficiais do PT. Esqueceram, quem sabe, que tiveram 12 anos para investigar governos passados, e não fizeram.
Ao relembrar a reunião da CPI da Petrobras, com nomes de várias figuras destacadas da política sendo mencionadas como mentores ou participantes do maior escândalo da história brasileira, com a revelação de que as propinas pagas atingiam muitos milhões de dólares, fui obrigado a concordar com o comentarista político da TV: BANALIZARAM O ROUBO!

Tenham todos um Bom Dia!