segunda-feira, 8 de junho de 2015

Restituição do Imposto de Renda

Receita abre consulta ao 1º lote


A Receita Federal abriu às 9 horas desta segunda-feira (8) a consulta ao primeiro lote da restituição do Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) de 2015. Neste primeiro lote – que prioriza idosos e pessoas com deficiência – 1.495.850 contribuintes serão contemplados, segundo informação da Receita em seu site, em um total de R$ 2,3 bilhões liberados.

O valor, depositado em conta informada pelo contribuinte à época de declaração, será feito no dia 15 de junho e será corrigido em 1,99% referente à taxa Selic. Também estará disponível a partir de hoje a restituição de lote multiexercício referente aos anos de 2008 a 2014.

A consulta das restituições pode ser feita no site da Receita Federal. De acordo com o órgão, a restituição ficará disponível durante um ano. Caso o contribuinte não realize o resgate nesse prazo, deverá pedir, via requerimento, na internet ou diretamente no e-CAC.

Se o valor não for creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Desempregados com diploma

Número é cada vez maior no Brasil



Já se foi o tempo em que ter formação de nível superior era quase uma certeza de conseguir um bom emprego. A má gestão da política econômica no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que já havia desorganizado as contas públicas e feito a inflação disparar, contaminou o mercado de trabalho e atingiu fortemente a população mais qualificada. Entre janeiro a março deste ano, o total de desempregados com diploma de curso superior cresceu 21,25% em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a taxa desemprego nessa faixa da população não seja a mais elevada — 4,6% dos diplomados estão sem trabalho, contra 9,4% dos que concluíram apenas o ensino médio, por exemplo —, o aumento da desocupação foi aí mais intenso, ficando atrás apenas do verificado entre aqueles que têm o ensino superior incompleto (28,2% de alta).

O desaquecimento da economia, que deve fechar neste ano em recessão, com queda de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a média das previsões de analistas de instituições financeiras financeiro, enfraquece a esperança de quem acreditava que o diploma seria um passaporte automático para uma boa colocação no mercado de trabalho. Na última década, o governo federal investiu pesadamente no aumento do número de pessoas com formação universitária, facilitando o acesso delas a instituições de ensino públicas e privadas. De 2000 para 2010, o investimento público em educação saltou de 3,5% para 5,6% do PIB — sendo 0,9% para o ensino superior em 2010, segundo o último relatório Panorama da Educação, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em 2013. No entanto, a falta de vagas para atender toda a demanda por um posto de nível superior pode formar um “exército de diplomados” com pouco espaço no mercado.

Bom Dia!

Depois de algum tempo sem condições de usar o teclado do computador normalmente, estou retornando aos poucos. Nesta segunda-feira, já consigo teclar com a mão direita e parte da esquerda. Acho que mais uns dois dias e estarei completamente bem. 

Aproveito para, mais uma vez, agradecer a todos os que torceram pelo meu restabelecimento e manifestaram solidariedade através do Facebook, telefonemas e visitas.

Hoje compartilho com todos um dos editoriais do jornal O Estado de São Paulo - O escândalo é um só - que trata da grande corrupção que se instalou no governo desde a chegada do PT no poder.

Tenham todos um Bom Dia!

O escândalo é um só

O ESTADO DE S. PAULO
08 Junho 2015 

O mensalão é apenas uma parte - e uma das menores, hoje se sabe - do plano de assalto ao Estado protagonizado pelo condomínio que o lulopetismo instalou no poder em 2003. Assim, dez anos passados daquele famigerado escândalo, que mobilizou o País por vários meses e terminou com a prisão de um punhado de réus poderosos, fica muito claro que o episódio não passou de um esquema marginal dentro de uma sofisticada estrutura montada para rapinar bens públicos, em escala nunca vista na história brasileira.

Portanto, pouco há a comemorar, pois, com o mensalão, se foi rompida parcialmente a lógica da impunidade, nenhuma página foi, de fato, virada. A cada nova descoberta das autoridades policiais e judiciais no caso do petrolão e de outros esquemas comprova-se que nada, nessas investigações, pode ser tomado de forma isolada. Todos esses escândalos são, na verdade, um só - o escândalo de uma quadrilha que transformou partidos políticos em máquinas para exaurir os recursos do Estado de diversas maneiras, em favor de projetos pessoais e de poder de seus dirigentes.

O mensalão chegou ao conhecimento público com esse nome em junho de 2005, graças a acusações feitas na ocasião pelo então deputado petebista Roberto Jefferson. Segundo o parlamentar, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava mesadas de R$ 30 mil a deputados do PL e do PP em troca de apoio no Congresso.

Como costumam fazer sempre que são acuados por denúncias, os petistas reagiram insultando a inteligência dos brasileiros. Em nota oficial, garantiram que o relacionamento do PT com os demais partidos da base aliada se assentava “em pressupostos políticos e programáticos”, descartando qualquer forma de corrupção.

Com o passar do tempo e o surgimento de evidências de um crime muito maior do que o denunciado por Jefferson, a narrativa petista foi mudando. Primeiro, quando sua reeleição parecia sob ameaça, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se disse “indignado” e afirmou que o PT precisava “pedir desculpas”. 

Nessa mesma toada, Delúbio admitiu que as campanhas eleitorais do partido usaram “recursos não contabilizados”, mas os petistas, Lula inclusive, atribuíram essa prática a um mero esquema de caixa 2, do qual, segundo essa versão, todos os partidos lançam mão.

Quando ficou evidente que o Brasil estava diante de “um dos episódios mais vergonhosos da história política de nosso país”, como o qualificou o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, em seu histórico voto pela condenação desse “grupo de delinquentes que degradou a atividade política”, os petistas passaram a se dizer vítimas de um “julgamento de exceção”.

Desde então, os documentos produzidos pelo partido para reagir às seguidas denúncias de malfeitos - como os petistas apelidaram crimes capitulados em lei - respeitaram a gramática da vitimização. A palavra “golpe” passou a ser usada profusamente pelos dirigentes petistas, inclusive, e em mais de uma ocasião, pela presidente da República, Dilma Rousseff. Junte-se a isso a cantilena de que os escândalos só vêm à luz porque o governo petista permite que sejam investigados, como “nunca antes na história deste país”, e tem-se uma impostura completa.

Digam o que disserem os líderes petistas, porém, vale o que está nos autos do mensalão - e lá está claro que o PT transformou os ganhos oriundos da corrupção na própria razão de ser de sua prática política. Os escândalos depois desvendados são consequência dessa opção.

Nos dez anos do mensalão, e atordoado diante da constatação de que ainda estamos longe de conhecer a totalidade dos malfeitos cometidos nesse período, o País já percebeu que os governos lulopetistas são verdadeiras caixas-pretas, a guardar sombrios segredos, escondidos pela blindagem do populismo e da demagogia, que transforma os críticos do modus operandi petista em inimigos dos pobres. Nem o mensalão nem o petrolão são capazes de resumir essa história de corrupção e desfaçatez da qual, infelizmente, temos apenas um pálido vislumbre.