“Redes sociais complicam a democracia”
O presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, questionou, nesta segunda-feira (22), a democracia no
Brasil e disse que as redes sociais a “complicam”. Na abertura de uma palestra
do ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe
Gonzalez em São Paulo, Okamotto definiu democracia como “exercício solitário de
pensar o que é bom para as pessoas” disse que fica “com uma grande pulga atrás
da orelha” sobre como consolidá-la no país. “Estamos muito distantes do mundo
desenvolvido, do mundo rico”, afirmou.
Segundo ele, a “democracia está ainda mais complicada” com o advento das
redes sociais. Okamotto apontou o apoio popular à redução da maioridade
penal e o fracasso da reforma política como ameaças. “Todo
mundo quer uma classe política melhor. Mas essa reforma política, para mim, é
uma decepção”, discursou.
Às vésperas de o plenário da Câmara decidir se
reduz ou não a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes
violentos, nove em cada dez brasileiros se dizem favoráveis a essa medida, segundo
pesquisa Datafolha.
Entre os
entrevistados pelo instituto na semana passada, 87% apoiam a alteração. O tema
é bastante discutido nas redes sociais. (Agência Gazeta)