quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!


"O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os olham e não fazem nada"

Albert Einstein




Brasileirão 2015





22ª Rodada








Quarta-feira - 02/09
19:30

Internacional 6 X 0 Vasco - Beira Rio
Ponte Preta 1 X 2 Cruzeiro - Moises Lucarelli
Joinville 0 X 0 São Paulo - Arena Joinville

21:00

Flamengo 3 X 0 Avai - Arena Dunas
Atlético MG 0 X 1 Atlético PR - Independência

22:00

Corinthians 2 X 0 Fluminense - Arena Corinthians
Coritiba 0 X 0 Sport - Couto Pereira
Goiás 1 X 0 Palmeiras - Serra Dourada

Quinta-feira - 03/09
19:30

Figueirense 0 X 2 Grêmio - Orlando Scarpeli
Santos 3 X 1 Chapecoense - Vila Belmiro

Classificação


Rapidinhas


'Indústria está piorando mês a mês', diz IBGE
As atividades industriais voltadas ao mercado interno são as que têm mostrado redução de ritmo mais intensa, afirmou nesta quarta-feira, 2, André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre esses segmentos está o de bebidas, cuja produção caiu 6,2% em julho ante junho, o segundo maior impacto negativo no mês. A redução dos investimentos e o menor consumo das famílias, em função do aumento da taxa de desemprego e da renda disponível menor, seja porque as famílias estão comprometidas com dívidas anteriores ou porque os preços estão mais elevados, são os componentes da demanda que estão por trás do menor ritmo da indústria.

Janot envia parecer ao STF contra recurso de Cunha 
 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contra o recurso da Câmara dos Deputados que trata da votação de contas de presidentes da República. A Casa questionou decisão do ministro Luis Roberto Barroso, segundo a qual as contas devem ser apreciadas em sessão conjunta do Congresso, com deputados e senadores. Com a análise de Barroso, em caráter liminar, a eventual votação pelos parlamentares das contas da petista - hoje em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) - deve ser conduzida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também preside o Congresso.

Duque chama delator de 'mentiroso' em acareação na CPI da Petrobras
Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, chamou de "mentiroso" um dos delatores da Operação Lava Jato Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ex-executivo da Toyo Setal. Eles participam de acareação na CPI da Petrobras, nesta quarta-feira (2), juntamente com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. "Só gostaria de deixar ressaltado que o senhor Augusto é um mentiroso, ele mente na delação, ele sabe que está mentindo, mas pela orientação do meu advogado vou permanecer em silencio", disse Duque. "Eu confirmo tudo que eu disse nos meus depoimentos", rebateu Mendonça

ANS suspende Unimed Paulistana e a proíbe de comercializar planos 
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de planos e produtos da operadora Unimed Paulistana. A decisão, tomada ontem, foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira. De acordo com a legislação, o órgão regulador pode determinar a suspensão temporária em casos de irregularidades contratuais, assistenciais e econômico-financeiras.  Também foi determinado à Unimed Paulistana que promova a alienação de da sua carteira de clientes no prazo máximo de 30 dias a partir da data de intimação.

Empresas perderam R$ 180 bi em valor de mercado em oito meses
 Nos primeiros oito meses de 2015, a queda do valor de mercado das 359 companhias com ações negociadas na BM&FBovespa  chegou a R$ 180 bilhões, perda equivalente a  7,7% (sem contar a inflação). O valor de mercado passou de R$ 2,287 trilhões, no final do ano passado, R$ 2,111 trilhões, no final de agosto. Com a desvalorização cambial, a perda de valor das empresas em dólar alcançou US$ 94,8 bilhões (14,1%) no mesmo período.
Desde 2012, a queda no valor de mercado das empresas atingiu R$ 400 bilhões (15,9%).

Transferência

Zé Dirceu vai para presídio

Foto: Veja
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou nesta quarta-feira a transferência do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu da carceragem da Polícia Federal na capital paranaense para o presídio conhecido como Complexo Médico-Penal, em Pinhais (PR). O petista ficará em uma ala separada da cadeia onde já estão outros investigados e réus do petrolão, como o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Área Internacional da petroleira, Nestor Cerveró. Dirceu chegou ao presídio nesta tarde.

"Fato notório que a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos. Ficará José Dirceu em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação", disse Moro no despacho em que autoriza a transferência. A defesa do ex-chefe da Casa Civil alega que o presídio tem acomodações mais confortáveis do que a carceragem da PF.

Opinião

O desgoverno dos recordes

Eliane Cantanhêde
02/09/2015

Ao jogar a toalha e admitir sua incapacidade para fechar as contas, algo essencial à função de governar, a presidente Dilma Rousseff expõe não apenas a fragilidade do seu mandato como também as intrincadas desavenças internas. Com Dilma catatônica, pendurada unicamente no Minha Casa, Minha Vida, ninguém mais se entende.

Qualquer decisão de governo virou uma tortura, como a última: como Joaquim Levy (Fazenda) queria cortar gastos, Nelson Barbosa (Planejamento) preferia aumentar impostos e Dilma não admite nem cortar gastos nem aumentar impostos, o jeito foi... não fazer nada. Empurraram para o outro lado da rua um Orçamento com previsão de déficit, e o Congresso que se vire para fechar contas que não fecham.

Cá para nós, isso não é jeito de governar. Aliás, nem de administrar uma cidadezinha de interior, uma quitanda da esquina ou a casa da gente. É a não decisão, a não administração, o não governo, além de um desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. E é assim que o governo vai pulando de encruzilhada em encruzilhada, sem levar a lugar nenhum.

Sem receita, a Saúde e a área econômica lançaram a proposta de recriação da CPMF, mas não combinaram com ninguém. A reação foi em cadeia. O vice-presidente e ex-coordenador político Michel Temer ironizou a iniciativa como “burburinho” e o governo virou uma ilha cercada de irritação, na Câmara, Senado, empresariado, setor de serviços, confederações, aposentados, desempregados, empregados do serviço público e da área privada. Foi quase unânime.

Com o recuo, nova encruzilhada: sem novas receitas, divulgar ou não o Orçamento de 2016 com déficit? Levy ponderava que seria um desastre para a já combalida credibilidade do País, iria afugentar investidores e aumentar o risco de perda do grau de investimento. Ok. Mas qual seria a alternativa? Como ponderou o sempre ponderado Temer, o governo não poderia mentir nem promover novas pedaladas fiscais, com o TCU à espreita, pronto para dar um bote e questionar as contas, as pedaladas e o próprio mandato de Dilma. Melhor não ir por aí... 

Eis, então, que este governo dos recordes colheu mais um: nunca antes neste País o Executivo enviou ao Congresso um Orçamento prevendo déficit. Aliás, um déficit que era originalmente de R$ 30,5 bilhões, mas, olhando com lupa, não para de crescer - apesar do aumento de impostos de bebidas e de produtos de informática. 

Com isso, Dilma empurrou a responsabilidade pelas contas públicas para o Congresso, o que significa jogar o governo ainda mais no colo do PMDB num momento em que o “alguém” Temer sai da coordenação política, vive de tititi com a turma de Paulo Skaf (Fiesp) e já não se constrange ao bater de frente com o governo, agora por causa da CPMF e do aumento de impostos.

Num clima assim, com o governo sem comando, a Lava Jato correndo solta e o ícone petista José Dirceu novamente indiciado, a coisa foge do controle e explode até uma crise entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro Gilmar Mendes (STF e TSE). Coisa raramente vista. Ao desqualificar o pedido de Gilmar para investigar desvios na campanha de Dilma em 2014, Janot recorreu ao mesmo argumento da militância petista, de que tudo não passa de xororô de derrotados: “Os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”. Gilmar, furibundo, acusou o procurador de atuar como advogado de Dilma e criticou sua posição como “ridícula, de infantil a pueril”.

É a tal história: quando o(a) presidente deixa de presidir, o clima é de desgoverno e tudo pode acontecer. À crise política, à crise econômica e à Lava Jato, segue-se agora o bater de cabeças dentro do próprio governo e entre os Poderes, com Senado para um lado, Câmara para outro, o procurador e o ministro do TSE às turras e... um Orçamento que nem inglês pode ver. E ainda tem como piorar.

Publicado no jornal O Estado de São Paulo

02/09/2015


Rombo no Orçamento da União pode dobrar 
e chegar a R$ 70 bi (O Globo)
Para 2016, governo conta com receitas incertas e não inclui despesas obrigatórias 

Gilmar Mendes reenvia à PGR pedido de investigação 
de contas de Dilma (Correio Braziliense)
Para o ministro, PGR se nega a cumprir o papel de investigar o episódio

Produção industrial encolhe 8,9% em julho, na 17ª 
queda seguida (Estadão)
Intensidade do recuo surpreende e dados vêm pior do que as projeções; produção de bens de capital cai quase 30% ante 2014 

Governo cogita vender 1,5 mil imóveis para 
reduzir déficit (Gazeta do Povo)
A proposta enviada pelo Poder Executivo ao Congresso inclui a negociação de 1,5 mil imóveis federais e outros ativos, mas há a possibilidade de aumentar a lista

Gasto de Dilma com saúde cai 32% nos primeiros 
sete meses do ano (Folha de S. Paulo)
Em meio à crise, o Ministério da Saúde sofreu um corte de R$ 13 bilhões em seu orçamento original, que era de R$ 121 bilhões para 2015

Governo inicia processo para reformar Previdência (Estado de Minas)
De acordo com um auxiliar da presidente Dilma Rousseff, o prazo para envio das medidas ao Congresso é novembro

Estado mínimo em um país sem o mínimo de Estado (Carta Capital)
A discussão que importa é a da qualidade dos serviços públicos, mas ela é ignorada

Dólar abre em alta e vai a R$ 3,73 (Veja.com)
Mercado ainda está apreensivo com a situação das contas públicas do país e a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento

Viaduto da Silva Só é liberado após Gate confirmar 
que bomba era falsa (clicRBS)
Agentes do Gate, sem o fardamento, chegaram ao local após 1h30 do registro da ocorrência; atraso ocorreu por protesto em batalhão

Atividade industrial do Rio Grande do Sul é a 
mais baixa desde 2003 (OSul.com)
No acumulado de janeiro a julho, o IDI-RS registrou queda de 8,1%, o pior resultado em seis anos 

Bloqueios em batalhões da BM prosseguem (CorreiodoPovo.com)
Parentes de PMs impedem saída de viaturas em quartéis

Bom Dia!

Extremamente constrangido!

Li no Facebook,  o comentário de um juiz, se não estou engando, de Santa Maria, se dizendo “extremamente constrangido” diante do fato de receber seu salário integral e ver, ao seu lado, um funcionário de seu gabinete receber apenas R$ 600, devido ao parcelamento imposto pelo governo estadual.

Não sei e nem me interessa saber quanto ganha um juiz, mas imagino que não seja pouco em comparação ao que recebe mensalmente um auxiliar seu, um funcionário público que trabalhe em seu gabinete.

Li todo o comentário do magistrado para saber até onde ele iria em seu “constrangimento” por receber seu salário integralmente e ver, com tristeza, seu funcionário ganhar tão pouco.

Pois o juiz não avançou além do constrangimento manifestado inicialmente. Juro que pensei que, diante do que estava acontecendo em seu gabinete, ele se ofereceria para ajudar seu auxiliar, pelo menos com um pequeno empréstimo que ajudasse na complementação, em parte, do salário não recebido.

Que nada. A manifestação do excelentíssimo não passou de um “constrangimento”, de um lamento por ver um “colega” de trabalho receber apenas uma pequena parte de seu salário no final do mês.

O fato me faz pensar no quanto deve ser complicado para quem governa, administrar uma situação como a que vive o Rio Grande do Sul. Certamente, outros estados vivem situação bem parecida, se não pior.

O funcionalismo público, aquele que recebe diretamente dos cofres do Estado, está com seus vencimentos parcelados e manifesta sua indignação através de uma greve que, no final das contas, acaba prejudicando, indiretamente, a quem está com suas dívidas para com o RS e com a União, em dia. Todos os impostos pagos e, para quem ainda trabalha, todos os descontos devidamente feitos no contracheque.

Já o pessoal do judiciário, do Tribunal de Contas, servidores da Assembleia Legislativa, deputados, todos recebendo em dia e salário integral. São poderes independentes, com orçamento próprio e que não estão sujeitos ao parcelamento, por maior que seja a crise financeira do Estado.

Claro que fico imaginando se não seria a hora de todos partirem para o sacrifício, dividindo com seus colegas do executivo, as penas provocadas pela falta de dinheiro nos cofres estaduais. Se cada um cedesse um pouco, quem sabe a situação não seria menos trágica para o funcionalismo?

Logo me dou conta que estou sonhando e que, caso o governador decida mexer no orçamento do judiciário, por exemplo, parcelando o salário de juízes, desembargadores e funcionários, imediatamente sofrerá os rigores da lei. 

Garanto que nenhum magistrado ficará “constrangido” em pedir a intervenção do Poder Judiciário no governo. Parcelamento de salários, afinal, é só para os que ganham pouco!

Tenham todos um Bom Dia!