A greve que acabou, começou de novo!
Começo falando no que está ocorrendo no RS, que é o que mais
interessa, principalmente aos servidores públicos estaduais que tiveram, mais
uma vez, seus vencimentos parcelados por absoluta falta de verbas, como disse o
governador.
Na última sexta-feira (11), a assembleia geral do CPERS
votou o fim da greve. Houve recolta, quebra-quebra e muitos professores,
inconformados com a decisão, seguiram em greve. O mesmo aconteceu com a Polícia
Civil, que retornou ao trabalho, mas determinou o cumprimento de uma operação
padrão.
Para hoje está marcada uma sessão na Assembleia Legislativa
para que sejam votadas medidas de ajustes fiscais encaminhadas por Sartori,
incluindo o aumento do ICMS.
Desde cedo da manhã, um grupo de servidores estaduais, a
maioria professores ligados ao CPERS, ocupou a frente do Legislativo impedindo
a entrada de funcionários que trabalham na Assembleia. Os servidores são contra
a realização da sessão.
Mesmo entendendo a luta do funcionalismo, não posso entender
a intransigência em não permitir que funcionários da AL trabalhem normalmente.
O direito de um não pode suplantar o do outro. Os protestos são válidos tanto
quanto o direito dos funcionários da Assembleia de trabalharem normalmente.
Ao mesmo tempo, o governador José Ivo Sartori declarou, para
que todos saibam, que “sem o aumento do ICMS, nem salário vai ter”. Assim, se
não houver votação na tarde de hoje, é bem possível que os funcionários
públicos não recebam nada no final do mês, algo que ninguém quer nem pensar.
Não seria a hora de todo mundo parar, pensar e deixar que o
bom senso determine o que deve ser feito?
Enquanto isso, na esfera federal, a presidente Dilma e seus
ministros da Fazenda e Planejamento, anunciaram corte de R$ 26 bilhões nas
despesas para cobrir o déficit estimado em R$ 30 bi no orçamento para o ano que
vem. Só o programa Minha Casa, Minha Vida, perderá R$ 4,8 bilhões.
Também parece confirmada a volta da CPMF, com uma alíquota
de o,2% sobre as movimentações financeiras. Se for verdade, que não ocorra
como nos anos anteriores quando o dinheiro da CPMF jamais foi utilizado para o
fim previsto em sua criação
As obras federais, como a segunda ponte do Guaíba, por
exemplo, sofrem sérios riscos de paralisação. Aliás, acho que todo o Brasil
sofre o grande risco de paralisar.
Tenham todos um Bom Dia!