quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Já é hora de dormir!




"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".

Charles Chaplin


Maior ficha suja do Brasil

José Riva é preso no Mato Grosso

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Riva  (PSD), conhecido como maior ficha suja do País, foi preso na  terça-feira, 13, na segunda fase da Operação Metástase, denominada  'Célula Mãe'. Esta foi a terceira prisão de Riva em 2015. Ele é réu em mais de uma centena de ações criminais e cíveis. Em junho, a Justiça  determinou o sequestro de 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e  uma aeronave do ex-deputado.

A nova etapa da Metástase foi  deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado  (Gaeco), composto por promotores de Justiça. Integram a missão delegados  de polícia, policiais militares e civis. A juíza da Sétima Vara  Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, decretou também a prisão  preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram  ligados à presidência na gestão de Riva: Geraldo Lauro, Maria Helena  Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral do Legislativo, Manoel Marques.

De  acordo com o Gaeco, 'Célula Mãe' é resultado de investigações complementares sobre supostos crimes cometidos no gabinete do  ex-presidente da Assembleia, relacionados à gestão de recursos públicos denominados 'verba de suprimentos'. O Ministério Público de Mato Grosso indica que o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas  pessoais do ex-deputado, como o combustível de sua aeronave particular e  pagamento de honorários de advogados.

Rapidinhas



Justiça abre caminho para que mensaleiros respondam por improbidade
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou nesta terça-feira uma decisão que abre caminho para que mensaleiros como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério possam responder a um processo por improbidade administrativa. Todos eles foram condenados no julgamento do mensalão, mas o Ministério Público também apresentou pedido judicial para que devolvam o dinheiro desviado no propinoduto. Das cinco ações de improbidade propostas pelo MP, apenas esta analisada pelo STJ teve continuidade até o momento. No julgamento do caso, os ministros não analisaram o mérito do pedido para que os mensaleiros reponham os cofres públicos, e sim se atentaram a um aspecto processual que impediu até o momento que os pedidos de devolução do dinheiro do mensalão fossem levados adiante. 

Poder de compra cai pela primeira vez desde 2004
Os brasileiros perderão 280 bilhões de reais de seu poder de compra entre 2015 e 2016. Desde 2004, os recursos disponíveis para o consumo cresceram sem parar a ritmo anual de 2,5%, mas 2015 será o primeiro ano em que esse movimento será revertido, com a queda repetindo-se em 2016, segundo estudo da consultoria Tendências, publicado pelo jornal O Globo. De acordo com o cálculo, a inflação está corroendo a renda e os juros em alta aumentam os desembolsos para pagamento de dívidas. Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos 3,06 trilhões de reais em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, esse valor cairá a 2,82 trilhões de reais este ano e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Trata-se, portanto, de um retrocesso em cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de 2,74 trilhões de reais.

Oposição quer pressa de Cunha em recurso ao STF
Enquanto tenta amarrar governo e oposição num acordo para preservar seu mandato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passou a demonstrar não ter mais pressa em definir destino do pedido de impeachment –mesmo porque o novo pedido, “consolidado” com as pedaladas de 2015, só deve ser protocolado no fim da semana. Até lá, a oposição pressiona o presidente da Câmara para que recorra imediatamente das liminares do STF que sustaram o rito anteriormente acertado para a tramitação do impeachment. Os partidos oposicionistas vão entrar como “amicus curiae” –alguém que, mesmo sem ser parte, pode se manifestar no processo– no recurso ao Supremo.

Apagão no Palácio do Planalto
Ministros e assessores do Palácio do Planalto sofreram nesta manhã com mais um apagão. Nada a ver com a articulação política do governo. Por volta de 10h, os gabinetes de Dilma Rousseff e de seus auxiliares ficaram no escuro por causa de mais uma das tantas quedas de energia que testam a paciência dos moradores da capital federal. Com todo o calor do cerrado, os servidores estão sem ar-condicionado. O desconforto só não é maior porque geradores garantem energia para a iluminação e os computadores.

Manifestações contra presidente do STF preocupam seguranças
Os seguranças do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, têm sofrido para protegê-lo em compromissos em tribunais de justiça dos Estados. Por onde vai, encontra manifestantes dispostos a critícá-lo, a defender a atuação do juiz federal Sérgio Moro no processo da Lava Jato e a cobrá-lo por reajustes maiores para os servidores do Judiciário. Na tentativa de poupá-lo na manhã desta quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal montou um esquema especial de segurança. É que Lewandowski participará da cerimônia de adesão do Tribunal deJustiça ao projeto audiências de custódia, que prevê a apresentação de toda pessoa presa em flagrante ao juiz em um prazo de 24 horas. Alguns desembargadores do Tribunal foram orientados a chegar bem antes do horário da cerimônia para escapar dos manifestantes.

Na Nuvem

A decisão da revista Playboy, editada nos Estados Unidos, de não publicar mais fotos de mulheres nuas, parece ter sido inspirada num conto que o meu amigo Leo Iolovitch publicou no seu imperdível livro 'Na nuvem'. Hoje ele publicou o texto no Facebook e eu faço questão de dividir com todos.

Ver ou não ver

Léo Iolovitch

Durante o banho a vizinha deixava a janela do banheiro entreaberta.

Esgueirando-se e olhando através das frestas da veneziana do seu quarto, o menino conseguia ter a visão dos seus sonhos.

Era uma manobra difícil, pois não podia abrir sua janela, diante do risco de ser flagrado em plena espionagem. Então usava um banquinho, para alcançar o topo de sua janela, que lhe proporcionava um ângulo melhor para espiar.
Ele já conhecia os horários do banho. Ao aproximar-se a hora, fechava a porta do seu quarto, subia no banquinho e ficava aguardando o momento mágico.

Não contou para ninguém.

Fingia naturalidade quando saía do quarto, pensando que na sua casa iam perceber algo, pois já estava se achando um pouco mais adulto.

Um dia não resistiu e contou para seu primo.

O parente na mesma tarde já foi até lá, compartilhar do segredo e também tentar ver a vizinha nua.

A visão que já era difícil para uma pessoa, era quase impossível para dois.

Diante da dificuldade para espiar, o primo, que tinha experiência em computador, sugeriu que usassem uma pequena câmera, colocando-a numa vara de pesca.

Assim poderiam ter visão completa do banheiro e, principalmente, da vizinha.

A proposta aparentemente não o entusiasmou, tanto que ele nem respondeu.

O primo resolveu insistir com sua sugestão tecnológica, prometendo uma visão completa. Falou até na possibilidade de gravar e perguntou qual era o problema.

A proposta não seria boa?

Então o menino espião, que sempre fora o dono da situação, e não estava gostando de dividi-la, pensou mais um pouco, fez um ar de adulto e respondeu encerrando definitivamente a questão:

“Olha, deixa assim, não vou topar; pois pensando bem, eu acho que a graça está em não conseguir ver tudo, pois aí sobra mais para a imaginação”...

Opinião

O centro do universo

Eliane Cantanhêde

Quem diria? O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) virou o centro do universo, o eixo da política nacional, o alvo de todas as mídias e, principalmente, o foco das articulações da oposição e do governo. Isso tudo costuma custar bastante caro. Principalmente para quem gosta de poder e de dinheiro – de muito poder e muito dinheiro.

Cunha já era um imenso complicador para o impeachment, porque não tem conduta ilibada, nem imagem imaculada, nem respeito consensual de seus pares para comandar um processo contra qualquer presidente da República. 
Além disso, sua presença gerou a desconfortável sensação de que, empossado, o vice Michel Temer arrastaria tanto Cunha quanto Renan Calheiros para o epicentro do poder. Tirar o PT e Dilma Rousseff para por “esse” PMDB no lugar?

Agora, Eduardo Cunha virou caso de polícia, imbróglio jurídico e uma enorme enrascada política, tudo embolado depois das delações premiadas da Lava Jato, da descoberta de contas secretas milionárias na Suíça e da incapacidade de Cunha de justificar a origem de toda a dinheirama.

Foi nesse quadro constrangedor que o Supremo Tribunal Federal acatou os mandados de segurança de dois deputados do PT e um do PC do B – os três, claro, aliados de Dilma – contra o rito combinado entre Cunha e a oposição para tocar o impeachment adiante. Essa a manobra governista deixou todo mundo com uma pulga atrás da orelha.

Em resumo: o Supremo determinou liminarmente que, caso Eduardo Cunha rejeite um pedido de impeachment, a oposição não pode entrar com recurso e levar a decisão final para o plenário. Numa primeira leitura, isso significa que cabe exclusivamente a Cunha, como presidente da Câmara, decidir se defere ou indefere o pedido de impeachment. Ponto.

Se for assim, fica uma enorme interrogação no ar político: por que os três deputados governistas induziram essa saída que, na prática, significa jogar a abertura do processo contra Dilma totalmente nas mãos do inimigo número um da presidente? Aparentemente, ele fica ainda mais forte e Dilma fica ainda mais nas mãos dele.

A não ser que o voto da ministra Rosa Weber, muito eclético, confuso, incompreensível para leigos e meros mortais, também impeça que Eduardo Cunha dê qualquer palavra a favor ou contra Dilma até o julgamento final da questão pelo Supremo. Ou seja, o objetivo dos petistas e o resultado do mandado de segurança seriam o adiamento da análise dos pedidos para o final do ano, ou o próximo ano, ou... para depois da renúncia ou cassação de Cunha?

A não ser também que, numa segunda hipótese, Eduardo Cunha tenha mudado de lado. Ele tinha acertado tudo com a oposição para rejeitar o pedido de Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., mas depois acatar o recurso do PSDB, do DEM e de outros para levar a questão para o plenário. Mas agora, com a corda no pescoço, pode estar combinando com o governo uma fórmula em que, entre mortos e feridos, salvem-se todos. Leia-se: salve-se Dilma por um lado e salve-se ele pelo outro.

O que reforça essa segunda opção é o fato de Cunha andar, subitamente, de tititi com ministros políticos com assento no Palácio do Planalto. Eles conversam sobre alguma coisa e não me venham dizer que é sobre flores. 

Só que, se é claro o que Eduardo Cunha tem a oferecer a Dilma Rousseff, definitivamente não é claro o que Dilma Rousseff tem a oferecer a Eduardo Cunha. Ele pode muito bem enterrar os processos de impeachment e, mantida a decisão de ontem do Supremo, não se fala mais nesse assunto. Mas ela não pode mandar na Procuradoria-Geral da República, na Polícia Federal, na Justiça e no Conselho de Ética para livrar a cara dele. Ou será que pode?!!!!

Publicado no Estadão.com em 14/10/2015

14/10/2015




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Novas regras são publicadas para racionalizar os gastos da máquina pública

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O nível do Guaíba voltou a baixar na manhã desta quarta-feira (14) em Porto Alegre, segundo o Sistema Metroclima

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Veja.com – Brasil perde espaço no ranking de riqueza global
Pesquisa do banco Credit Suisse mostra que o brasileiro ganha em média 17,5 mil dólares por ano

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Liminar de Rosa Weber impede presidente da Câmara de tomar qualquer decisão. Cassação de Collor pode ter sido inconstitucional

Portal IG – Receita paga hoje 5º lote de restituição do IR
Serão liberados R$ 1,415 bi para 1,2 milhão de contribuintes.

Portal G1 – Brasil coloca refugiados sírios no Bolsa Família
Cerca de 400 são beneficiados

Portal UOL – Cunha diz que pode negar pedido de impeachment
Plano de deputado é usar ameaça contra Dilma como moeda de troca

Bom Dia!

Um crime justificado!

É impressionante a cara de pau e deslavada do ex-presidente Luiz Inácio. Ele fala, tenta justificar, mente, com a maior desfaçatez do mundo. E o pior é que convence, principalmente aos iguais a ele, de que está falando sério e dizendo verdades.

Ontem, depois de confirmar que a presidente Dilma, que ele inventou, cometeu crime de responsabilidade civil através das pedaladas, justificou a irresponsabilidade do governo, afirmando que foi para pagar o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida.

- Estou vendo a Dilma ser atacada por culpa de umas pedaladas. Não conheço o processo, não li. Talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar o dinheiro do orçamento para a Caixa ou não sei para quem, por conta de algumas coisas que ela tinha que pagar e não tinha dinheiro.

A afirmação de Luiz Inácio, feita no 1º Congresso do Movimento dos Pequenos Agricultores, em São Bernardo do Campo, não só confirma o crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, como tenta justificar o erro da presidente. No entender dele, não atender a lei para garantir os votos dos iludidos, justifica todo e qualquer mal feito.

Depois, com a mesma cara de pau de sempre, Luiz Inácio disse que perdeu três eleições e que “voltava para casa e, como diria o velho Leonel Brizola, ia lamber minhas feridas e eles governavam com a maior tranquilidade”.

Quem acompanhou as derrotas de Luiz Inácio, que não foram três, mas quatro, pois também perdeu a disputa para o governo de São Paulo, sabe perfeitamente que ele não deu trégua a nenhum de seus adversários eleitos. Foi um opositor ferrenho que andava pelo Brasil insuflando seus correligionários a pintar muros e fazer movimentos contra os que o derrotaram. Fora Sarney, Fora FHC, Fora Collor, cobriram muros e fachadas no Brasil inteiro. Para Luiz Inácio, certamente, isso era lamber as feridas.

Ao final de seu discurso, a demagogia escancarada e a tentativa de, mais uma vez, dividir os brasileiros em categorias. Não existem limites quando o ex-presidente quer dominar as cabeças feitas por ele e seu partido. Luiz Inácio joga as palavras com a convicção dos que sabem que estão mentindo e mentem assim mesmo.

- É por isso que não tinha negro e pobre na universidade, não tinha camponês. No ventre de que uma criança nascia, a gente já sabia: ou ele vai ser engenheiro ou ele vai ser pedreiro, ou ela vai ser professora, ou ela vai ser empregada doméstica. Nós acabamos com isso.

Não existe limite para a desavergonhada pregação do líder petista. Para ele, certamente, ser pedreiro ou empregada doméstica, torna uma pessoa inferior. 

Ele prega a diferença entre classes, jogando pobres contra ricos, negros contra brancos, sem se preocupar c om o que está dizendo. Afinal, foi assim que conseguiu se eleger, ou seja, pregando a divisão entre os brasileiros, jogando uns contra os outros. Ele diz que combate o ódio mas prega, sem parar, a discórdia entre os que não pensam como ele.

Diz tudo o que quer e depois vai para sua cobertura de luxo, beber seu uísque importado e usufruir da fortuna que juntou com suas “palestras”. Os negros e os pobres? Isso é problema para ser tratado em outro discurso.

Tenham todos um Bom Dia!