sexta-feira, 16 de outubro de 2015

16/10/2015


Estadão – Queda do PIB acumula queda de 3,2% no ano
Recuo do IBC-BR foi em agosto foi de 0,76% na terceira queda seguida do indicador do BC

Folha de São Paulo – Cunha usou o mesmo esquema de Cerveró para abrir conta na Suiça
De acordo com informações enviadas pela Suíça à Procuradoria-Geral da República, a conta foi aberta em setembro de 2008 por uma empresa de fachada batizada como Netherton Investments, com sede em Cingapura

O Globo – Grupos palestinos queimam santuário judeu na Cisjordânia
Forças de segurança apagaram as chamas onde fica o tumulo de José

Correio Braziliense – Amigo de Lula acertou propinas de US$ 5 milhões
Os valores foram pagos pelo Grupo Schahin, em troca de contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000

Gazeta do Povo – Presidente da Câmara tem ataque como forma de defesa
O peemedebista tem deixado claro, em conversas com outros deputados envolvidos em alguma denúncia, que a vez deles também irá chegar, caso compliquem sua situação política agora

Estado de Minas – Novo pedido de impeachment de Dilma será entregue hoje à Câmara
Novo documento elaborado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.,que inclui pedaladas fiscais também em 2015, foi registrado ontem em cartório

Agência Brasil – Lula reúne bancada do PT e cobra posição firme contra impeachment
Lula se reuniu na tarde desta quinta-feira com os deputados petistas. O ex-presidente orientou a bancada a partir para o enfrentamento com a oposição

Portal IG – Atividade econômica brasileira cai 0,76% em agosto, aponta Banco Central
De acordo com os dados revisados em julho, comparado ao mês anterior, a atividade econômica ficou praticamente estável

Portal G1 – Emprego na indústria cai 6,9%, o maior recuo da série histórica
Queda refere-se à comparação de agosto contra o mesmo mês de 2014. Todos os setores tiveram queda, com destaque para meios de transporte

Portal UOL – Governo já avalia rombo de R$ 60 bilhões em 2015
O governo Dilma avalia medidas que podem levar a um rombo nas contas públicas superior a R$ 60 bilhões, cerca de 1% do PIB

Carta Capital – O Brasil perdeu o senso
O mundo preocupa-se com a sua paz, enquanto o País aposenta a razão e move-se a ódio de classe

Veja.com – Delator cita pagamento de R$ 2 milhões para quitar dívida de nora de Lula
Fernando Baiano diz que dinheiro foi repassado a pedido do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente

Operação Lava Jato

Delatores dizem que amigo de Lula acertou
propina de US$ 5 milhões para Cerveró

Lula e Bumlai (Foto: Veja)
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o operador de propinas do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, acertaram o pagamento de US$ 5 milhões em propina para o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró e outros dois ex-gerentes da estatal, pagos pelo Grupo Schahin, pelo contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000.

Duas delações premiadas fechadas com a Operação Lava Jato, entre elas a de Fernando Baiano, e documentos entregues aos investigadores colocam Bumlai e a Schahin no foco da força-tarefa do Ministério Público Federal e Polícia Federal.
O encontro teria ocorrido no escritório de Fernando Baiano, no Rio. Participaram da reunião Bumlai, Fernando Baiano, Cerveró, o ex-gerente-geral da Diretoria de Internacional Eduardo Musa e o ex-gerente executivo da área Luis Carlos Moreira. Preso desde dezembro de 2014, em Curitiba, a delação do operador do PMDB foi fechada no Supremo Tribunal Federal (STF) e permanece em sigilo. Musa, fechou delação em Curitiba, com o juiz federal Sérgio Moro.

Cerveró e Baiano
O pagamento dos US$ 5 milhões teria sido tratado diretamente por Fernando Schahin, filho de um dos fundadores do grupo, e dividido entre os três ex-executivos da Petrobrás da Diretoria de Internacional – cota do PMDB no esquema de corrupção na estatal. Dois deles indicaram contas no Uruguai para receber suas partes e um, na Suíça.

Citado como “o pecuarista” em conversas de executivos investigados em Curitiba, Bumlai seria uma espécie de avalista dos negócios com a Schahin, suspeita a Polícia Federal. Seu nome ainda não havia sido citado diretamente nos negócios de propina alvos da Lava Jato.

O navio-sonda Vitória 10.000 fez parte de um pacote de construção de dois equipamentos do tipo, usados para exploração de petróleo em águas profundas. Contratados pela Diretoria de Internacional, com negociações iniciadas em 2005, por Cerveró, o pacote incluiu os termos de construção e depois de operação. Ambos, segundo a Lava Jato, envolvendo propina.

A Samsung Heavey Industries, em parceria com o Grupo Mitsui, foi a responsável pela construção dos dois navios-sonda (Vitória 10.000 e Petrobrás 10.000). Processo já julgado procedente pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, concluiu que a empresa pagou pelo menos US$ 30 milhões de propina, via lobista Julio Gerin Camargo e Fernando Baiano nessa primeira etapa. Um dos beneficiados foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que recebeu pelo menos US$ 5 milhões.

As novas revelações de Fernando Baiano e do ex-gerente de Internacional Eduardo Musa confirmam que a segunda fase de contrato do Vitoria 10.000, para operação do equipamento, também envolveu propina e a interferência direta do amigo de Lula.

A Schahin foi contratada, por meio da Deep Black Drilling LLP, para operação do Vitoria 10000, pelo prazo de 10 anos (2010-2020), pelo valor US$ 1,5 bilhão.

Apurações internas da Petrobrás anexadas aos autos da Lava Jato indicaram problemas no contrato com a Schahin. “A demora em concretizar negociação com a Schahin para a vinda do Vitoria 10000 para o Brasil implicou em custo de aproximadamente US$ 126 milhões”, informa documento da estatal. “A escolha da Schahin como parceira foi discricionária.”

O contrato foi rescindido pela Petrobrás, em maio, após o nome da empresa ser elencado entre uma das participantes do cartel alvo da Lava Jato. O grupo entrou esse ano em concordata. (Agência Estado)

Bom Dia!

Saudando o maravilhoso sol que transforma a sexta-feira num dia extremamente desejado faz muito tempo, quero começar dividindo com todos um comentário da jornalista Miriam Leitão, publicado na edição de ontem (15) de O Globo. Na verdade, quem compartilhou o artigo no Facebook, foi meu querido amigo, advogado Flor Edison da Silva, que com sua sensibilidade crítica e preocupação política, destacou as mentiras denunciadas pela jornalista em seu artigo. 

 "Notas de Lula e do Palácio do Planalto, são mais do que demagógicas. São falsas.", diz Miriam Leitão.

Leiam, por favor, com a atenção que o momento brasileiro merece.

Tenham todos um Bom Dia!


A quem se destina

Miriam Leitão
15/10/2015

A maior parte das pedaladas fiscais não foi feita para beneficiar os pobres, mas sim os muito ricos através dos subsídios para as grandes empresas no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES. No Banco do Brasil, os atrasos são dos empréstimos para empresas do agronegócio. Nesses dois bancos se concentra a maior parte da dívida.

O grande empresariado bateu palmas e fez fila para pegar recursos do PSI. O programa gerou essa dívida de R$ 24,5 bilhões acumulada com o BNDES. Mas o custo não é só esse. O PSI é com taxa supersubsidiada. Mas todos os empréstimos do BNDES são com taxas mais baixas do que as que o Tesouro paga. Foram transferidos para o banco, para que ele emprestasse, outros R$ 500 bilhões. Sobre essa dinheirama há custos que continuarão pesando no bolso do contribuinte nos próximos anos, talvez décadas.

As despesas do Tesouro para carregar a dívida contraída para transferir recursos para o BNDES ou as contas da equalização de taxas de juros provam que a política econômica do PT se destinou aos mais ricos. O discurso demagógico de pedalada feita para favorecer os pobres é desmentido pelos fatos. O gasto com as grandes empresas foi infinitamente maior do que com os programas de transferência de renda.

Os governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma adotaram políticas criadas pelo governo militar. Tudo foi refeito: política de escolha de grupos vencedores, dinheiro barato financiado com os impostos do resto da população, fechamento da economia para reduzir a competição, regulação tendenciosa que beneficiava alguns em detrimento de outros. Na economia, nada foi mais parecido com o governo militar do que os governos do PT.

Agora, Lula e Dilma estão usando mais uma vez o discurso populista para justificar o fato de o governo ter desrespeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal, com o argumento de que o fizeram para atender aos pobres. Os números mostram o contrário. Das pedaladas de R$ 40 bilhões, R$ 6 bilhões foram de atrasos à Caixa Econômica para o pagamento de programas como Bolsa Família. A maior parte da dívida é com programas do bolsa empresário.

O governo Dilma prejudicou também os mais pobres quando foi leniente com a inflação. Deixou que a taxa ficasse tempo demais perto do teto da meta e segurou artificialmente os preços administrados para elevá-los após as eleições. O resultado foi inflação perto de 10%, queda do poder de compra das famílias brasileiras e encolhimento das vendas.

A inflação sempre atingirá mais diretamente os mais pobres, por isso a primeira política social é manter a taxa sob controle. A estabilização foi um poderoso instrumento de inclusão e permitiu que políticas sociais tivessem resultado, aumentando o movimento de retirada de brasileiros da pobreza. Quando o governo permite uma taxa que chega a este nível calamitoso de agora — com o PIB encolhendo 3% — a consequência direta é retirar renda da população, principalmente dos mais pobres.

Por ação, através dos programas de subsídio às grandes empresas, e por omissão, ao deixar a inflação subir, o governo está fazendo o oposto do que deveria fazer. Está usando mais recursos públicos para os ricos; tirando renda dos mais pobres através da inflação.

Por isso, a conversa do ex-presidente Lula e a nota do Planalto são mais do que demagógicas. São falsas. As pedaladas não foram feitas para pagar os beneficiários do Bolsa Família porque faltou dinheiro. Como já disse aqui, outros programas tiveram, em 2014, por razões eleitorais, um aumento súbito, que foi revogado no ano seguinte. Mas, além disso, os números mostram a quem se destina a maior parte dos subsídios e subvenções pagos pelo Tesouro: às grandes empresas.

A ilusão de que o PT pudesse fazer o ajuste fiscal, corrigindo os erros que cometeu, já se desfez. Os gritos de “fora Levy” na reunião da CUT mostram que não há o que o ministro da Fazenda possa fazer. O partido não aceita ajuda para corrigir a bagunça que fez porque não acredita em responsabilidade fiscal. 

Foi por isso que a lei foi ferida tantas vezes nos últimos anos. Na opinião emitida por Lula na CUT, o país deve continuar desajustado. Faltou dizer quem paga a conta da desordem petista na economia.