quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Já é hora de dormir!


                              "Tira o teu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor"

Nelson Cavaquinho




Odebrecht e mais dois

STF nega pedido de liberdade

Foto: Veja.com
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou nesta quinta-feira pedido de liberdade do presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros dois executivos ligados à companhia, Márcio Faria e Rogério Araújo. Os três estão presos desde junho em Curitiba (PR) por suspeitas de integrarem um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina a partir de fraudes em contratos da Petrobras.

Os executivos queriam que o habeas corpus concedido a Alexandrino Alencar, executivo do grupo que também ficou preso e amigo do ex-presidente Lula, fosse estendido aos três. Para Zavascki, porém, a situação específica de Marcelo Odebrecht, por exemplo, não pode ser comparada à de Alexandrino.

A prisão preventiva de Alencar estava baseada no risco de que ele fugisse, voltasse a praticar crimes ou interferisse na colheita de provas. A argumentação do juiz Sergio Moro para manter a prisão do dono da Odebrecht é diferente: para Moro, tendo posição de liderança, Marcelo Odebrecht poderia orientar as atividades criminosas dos outros suspeitos. E mais: o juiz afirma que existem fortes indícios de interferência do executivo na colheita de provas durante as investigações.

Sergio Moro já havia justificado a necessidade da manutenção da prisão do presidente do Grupo Odebrecht em outras instâncias judiciais. Para o magistrado, as provas indiciárias contra a construtora Odebrecht não se resumem a declarações feitas em delação premiada, mas em documentos, como o e-mail em que executivos da empresa discutiram a contratação de navios-sonda e a possibilidade de "sobrepreço" de até 25.000 dólares por dia. Na versão da defesa de Marcelo Odebrecht - ele próprio um dos destinatários da mensagem eletrônica -, a palavra "sobrepreço" não seria superfaturamento, mas uma tradução do termo técnico em inglês cost plus fee, usado pelo mercado para designar valores adicionais cobrados por serviços extraordinários.

O juiz Sergio Moro já havia registrado como evidências da participação da Odebrecht no petrolão o mapeamento de 135 telefonemas entre o executivo Rogério Araújo e o operador Bernardo Freiburghaus, apontado pelo Ministério Público como o homem que pagava propinas em nome da empreiteira. E acrescentou: o carregador de malas de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopes, disse em depoimento que o chefe discutia pagamentos de propina com o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar. Investigadores que atuam na força-tarefa da Lava Jato acreditam que ele atuava como distribuidor de vantagens ilícitas em nome da Odebrecht no escândalo do petrolão.(Veja.com/Conteúdo)

Rapidinhas


As empresas que bancaram as viagens internacionais de Lula
Além das construtoras envolvidas na Lava Jato, banco BTG Pactual, Coteminas, Gerdau, Pirelli, Vale, Drufry Brasil estão entre as companhias que fretaram aeronaves nas quais o ex-presidente viajou para o exterior para realizar palestras

“Reprovação das contas não tem relação com impeachment”, diz relator
 Após ser anunciado na quarta-feira, 21, como relator no processo que analisa as contas de 2014 do governo, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) afirmou  que a reprovação das contas não está relacionada ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Não tem nenhuma relação a reprovação das contas da presidente com a questão do impeachment. São coisas totalmente separadas, que não se cruzam em momento algum." De acordo com o relator, a rejeição das contas tornaria a presidente inelegível, mas não acarretaria em afastamento do cargo.

Reação de Jader Barbalho em relação a Baiano melindra Renan e Delcídio
Tão logo soube que o lobista Fernando Baiano citara seu nome na delação premiada que faz a procuradores da Lava Jato, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) correu para desclassificar as denúncias de Baiano e dizer que o chamaria ao Senado para esclarecer as informações "loucas" que prestara. A reação de Jader melindrou os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Delcídio do Amaral (PT-MS), que também foram citados por Baiano em sua delação. Coincidência ou não, Barbalho recuou na quarta-feira. Continuou a desancar a delação de Baiano, mas desistiu da ideia de chamá-lo ao Senado. Barbalho diz que o melhor mesmo é aguardar o rito dos trabalhos conduzidos pelo Ministério Público Federal. 

Dilma valida permissão de 6 mil lotéricas sem licitação
A presidente Dilma Rousseff sanciona nesta quinta-feira uma lei que torna válida as permissões de seis mil lotéricas que seriam licitadas pela Caixa Econômica Federal a partir deste ano. Em cerimônia no Palácio do Planalto, à tarde, Dilma vai referendar o texto, aprovado pelo Congresso em setembro, que valida todas as permissões outorgadas pelo banco estatal antes de outubro de 2013. As mais de seis mil agências de que tratam a lei correspondem a 46% das lotéricas do País. O texto ainda garante a renovação automática dessas permissões por 20 anos. Texto aprovado pelo Congresso vai contra recomendação do TCU.

Cotado para o STJ já foi assessor de vereador do PT
O juiz federal José Marcos Lunardelli, um dos integrantes de lista tríplice que está nas mãos de Dilma Rousseff para uma vaga no STJ, já foi assessor jurídico do então vereador Orlando Fantazzini na Câmara de Guarulhos, quando o parlamentar era do PT. Colecionando apoios no partido e amigo de deputados como Paulo Teixeira e Arlindo Chinaglia, Lunardelli deverá fazer parte da Turma que julga processos da Lava-Jato caso seja indicado por Dilma Rousseff para a vaga no STJ.

Carros de luxo de Collor têm documentos apreendidos
Para evitar que os carros de Fernando Collor (PTB-AL) apreendidos na Lava-Jato e agora liberados para serem guardados pelo senador sejam vendidos ou circulem pelas ruas, o ministro Teori Zavascki pediu que o Detran suspendesse os documentos dos automóveis. Na condição de fiel depositário, Collor terá de arcar com eventuais prejuízos aos veículos e, em tempos de violência urbana, terá de pagar a Justiça em dinheiro caso algum dos carros acabe sem querer sendo roubado.

Opinião

CPI condena Lava Jato

O Estado de São Paulo

O relatório apresentado, após quase oito meses de trabalho, pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara dos Deputados para investigar o escândalo da Petrobrás, o petista Luiz Sérgio (RJ), é um escandaloso e desavergonhado atestado da falência moral que compromete a imagem daquela Casa do Congresso Nacional. Trata-se de um documento que contraria evidências e se refugia na pura e cínica chicana para cumprir os desígnios que foram impostos a seu autor não pela condição de representante do povo, mas de advogado de defesa do PT e dos políticos envolvidos em denúncias de corrupção, muitos deles já expiando suas culpas atrás das grades.

O autor da desfaçatez, não satisfeito em se valer da condição de relator para sair em defesa de quem, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem contas a acertar com a Justiça, esmerou-se também em fazer o papel de acusador – pasmem os leitores – da Operação Lava Jato, imputando-lhe “excesso de delações premiadas”. Além disso, atribuiu toda a responsabilidade pela corrupção reinante na estatal petroleira a um “cartel de empreiteiras” acumpliciado com funcionários e ex-funcionários da empresa. As dezenas de parlamentares investigados e denunciados na Lava Jato foram poupados pelo relator petista sob o argumento hipócrita de que a CPI “não é Conselho de Ética”.

O mau exemplo do deputado fluminense não deve levar os brasileiros a acreditar que a representação popular como um todo está em mãos carentes de discernimento e escrúpulos. Na verdade, são apenas alguns representantes que se sentem à vontade para insultar os brasileiros que, atingidos em seu brio, se sentem órfãos do poder político, que, numa sociedade democrática, exercido em nome de todos os cidadãos, é o único legítimo e capaz de corrigir equívocos e definir rumos na perseguição do bem comum. Atuações como a do petista Luiz Sérgio avalizam as afirmações de Lula da Silva sobre o Parlamento brasileiro estar nas mãos de picaretas. Mas essa é uma falsa impressão, pois há gente correta e honesta no Congresso.

O problema é que cargos de responsabilidade ficam com quem não a tem. O petista Luiz Sérgio, por exemplo, como não tinha compromisso com a apuração real dos problemas da Petrobrás, tomou a iniciativa de fazer uma defesa preventiva até de quem não é – pelo menos por enquanto – acusado de nada. O relatório chama a atenção para “um fato que tem passado despercebido da população: não há menção dos delatores sobre envolvimento dos ex-presidentes da Petrobrás”, como também “não há nos autos da CPI qualquer evidência neste sentido, seja em relação à presidente Dilma ou ao ex-presidente Lula”. Missão cumprida.

A farsa grotesca da CPI demonstra que há dois modos de desservir a moralidade e a transparência no trato da coisa pública: por ação ou por omissão. No primeiro caso, o protagonismo é do lulopetismo e de seus “aliados” da alta picaretagem brasiliense: não perdem oportunidade de desmoralizar as instituições. No segundo caso, o da omissão, brilha a inextricável oposição partidária. Com o Brasil mergulhado na mais grave crise política, econômica e moral da História recente, os partidos da oposição, à frente a maioria dos tucanos, só pensam e atuam em função da construção de atalhos para chegarem ao poder, sem se importar em saber se restará alguma coisa para ser governada quando e se conseguirem chegar lá.

No momento em que um pau-mandado petista enterra a CPI da Petrobrás sob um aviltante relatório-sob-encomenda, os oposicionistas apressam-se em anunciar que, “brevemente”, se manifestarão sobre o assunto, provavelmente apresentando um relatório paralelo. Vai depender, com toda certeza, de quanto tempo levarão para concluir até onde poderão ir sem ferir as suscetibilidades do poderoso Eduardo Cunha, o homem que no momento oscila entre abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff e barrar o processo de seu próprio julgamento por crime de corrupção.

O PT é acusado, por tudo o que tem feito depois da eleição de Lula, de ter trocado um projeto de governo por um projeto de poder. Fez tudo errado e hoje o País inteiro sabe disso. E a oposição? Faz o quê? Nada, e o País inteiro também sabe disso.

Vocês querem bacalhau?

Jardel tinha 10 kg do produto na mala


Ao retornar de sua viagem pela Europa, o deputado Mario Jardel (PSD) teve um problema ao desembarcar no Brasil. Técnicos do Ministério da Agricultura encontraram em sua bagagem pessoal, produtos de origem animal e vegetal, cuja entrada é proibida no país.

Jardel trazia na mala 10 quilos de bacalhau, 1,2 quilo de queijo, 850 gramas de conserva de pescado e 1,5 kg de nozes. O deputado deve ter esquecido que existe um Decreto proibindo que itens de origem animal e vegetal entrem no Brasil.

Jardel não foi multado nem sofreu qualquer outra penalidade, já que o decreto não determina qualquer tipo de pena a não ser a destruição dos produtos.

A assessoria do deputado informou que ele está cumprindo agenda pessoal mas que participará da sessão plenária da Assembleia na tarde de hoje (22).

22/10/2015


O Globo – Desemprego é o maior para setembro desde 2009
População desocupada cresceu 56,6% em relação a setembro de 2014

Correio Braziliense – Apostador do DF leva sozinho R$ 47 milhões da Mega-Sena
O sortudo que levou sozinho os R$ 47.335.685,52 acumulados na Mega-Sena fez a aposta no Distrito Federal

Estadão – Delator revela reuniões na casa de Cunha para cobrar US$ 16 milhões em propinas atrasadas
Baiano disse que acertou com presidente da Câmara estratégia para pressionar lobista

Gazeta do Povo – Governo vai propor idade mínima para aposentadoria
O governo indicou que vai propor a idade mínima para aposentadoria em 60 anos e 65 anos, respectivamente, para mulheres e homens

Folha de São Paulo – CPI da Petrobras aprova relatório que blinda políticos
Relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), propôs indiciamento de apenas um político envolvido no esquema de corrupção na estatal, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto

Diário de Pernambuco – PF tenta desarticular organização criminosa internacional de doleiros
No Recife, buscas estão sendo cumpridas em uma empresa de segurança e em uma loja do Aeroporto de Guararapes

Estado de Minas – Supermercados esperam vendas fracas no Natal
Consumidor diminui compras. Pesquisa indica que 43,5% vão gastar menos na festa de 2015

Veja.com – CPI da Petrobras aprova relatório que blinda políticos e termina em pizza
Vergonhoso texto do petista Luiz Sérgio (RJ) ataca investigações da Lava Jato e poupa Dilma, Lula e todos os políticos implicados no esquema do petrolão

Revista Época – Baiano diz que se reunia com Cunha para cobrar propina
Juntos, os dois chegaram a cobrar US$ 16 milhões do lobista Júlio Gerin Camargo

Portal UOL – Relator das pedaladas no Senado é réu no STF por estelionato
O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, é réu em processo que corre no Supremo Tribunal Federal. Responde por estelionato, artigo 171 do Código Penal, além de crimes contra o sistema financeiro nacional

Portal G1 – Vale volta a registrar prejuízo no terceiro trimestre de 2015
No segundo trimestre, a mineradora havia registrado lucro de R$ 5 bilhões. Companhia atribuiu resultado negativo à alta do dólar

Portal IG – Cunha tenta se manter no cargo mas já busca sucessor em sua ‘tropa de choque’
Presidente da Câmara quer evitar ser substituído pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani, aliado do Planalto, e já cogita lançar nomes de sua tropa de choque para tentar manter-se no poder

Bom Dia!

Eu fico perplexo!

Um ex-colega do Gabinete de Imprensa da Assembleia Legislativa, tinha uma expressão que ficou marcada entre todos os que trabalharam lá. Eu era um deles e lembro que, normalmente na parte da tarde, ele entrava no gabinete, pegava um cafezinho e, olhando para as colegas que estavam trabalhando, dizia, em tom solene:

- Gurias, eu fico perplexo!

Só que, pelo menos que eu saiba ninguém conseguia entender o motivo da perplexidade dele. Alguns até achavam que era apenas para chamar a atenção, outros que seria alguma coisa oculta que ele nunca revelou.

Falo em perplexidade para comentar o que está ocorrendo hoje no Brasil, onde não existe um único setor, ou quase nenhum, sem que esteja instalado algum foco de corrupção ou falcatrua. No setor público, principalmente, é impressionante como se descobre, todos os dias, algum caso que resulta em prisão de algum funcionário ou diretor. Até nas prefeituras de cidades inexpressivas, o desvio de verbas é coisa corriqueira.

Se formos para a atividade privada, também não ficaremos sem informações de fraudes de todos os tipos. Empresário que não paga imposto, adulteração de produtos, sonegação de todo o tipo e não sei mais o que.

Agora mesmo, aqui no Rio Grande do Sul, mais um empresário foi preso por adulterar o leite e demais produtos que eram distribuídos pela fábrica de sua propriedade. E não foi a primeira vez. Desde de 2008, ele vinha sendo investigado por adulteração nos produtos que fabricava. Teve, inclusive, que trocar o nome de suas empresas para tentar fugir da fiscalização.

E olhem que estamos falando de leite, um dos alimentos mais utilizados por nossas crianças. Todas as que consumiam o leite produzido pelo ‘empresário’ que responde a 14 denúncias de fraude no produto, estavam sujeitas a todo o tipo de doença ou contaminação.

O preso, que certamente será solto em seguida, pediu a um fornecedor, conforme escuta de ligações, que não jogasse fora um produto que já estava deteriorado. Advertido por um químico que se tratava de “nata que virou manteiga, vai tudo fora’, respondeu: “Não vai fora. Coloca de lado ali que vou aproveitar”.

Diante de tudo isso, diante do que vem ocorrendo no Brasil em termos de corrupção, de falta de vergonha, de desprezo total ao que manda a justiça, sou obrigado a repetir o que meu colega dizia no gabinete de imprensa da Assembleia:

- Amigos, eu fico perplexo!

Tenham todos um Bom Dia!