quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Já é hora de dormir!




    "Tudo vem dos sonhos. Primeiro sonhamos depois fazemos."

Monteiro Lobato






Crimes contra a humanidade

Maduro é denunciado no Tribunal de Haia

Opositores venezuelanos denunciaram o presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes do governo chavista por crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (CPI) em Haia, na Holanda. Segundo eles, houve dura repressão contra protestos registrados em fevereiro de 2014, que deixaram dezenas de mortos e centenas de presos, além de assassinatos cometidos a mando de Caracas, tortura e perseguição por razões políticas.

O líder do partido opositor Vontade Popular, Carlos Vecchio, e o advogado de diversos dissidentes detidos, como Leopoldo López, Juan Carlos Gutierrez, apresentaram um documento de mais de 150 páginas à procuradora da TPI, Fatou Bensouda, com uma lista detalhada das acusações. Agora, a procuradoria do TPI tem um prazo de três meses para decidir se acolhe a denúncia ou não.

Caso a denúncia for aceita, Maduro pode ser julgado e condenado pelos crimes. Seria a segunda vez que o TPI processa um presidente em exercício. Em 2008, o ditador do Sudão, Omar al Bashir, teve a prisão pedida pelo TPI por genocídio e crimes contra a humanidade. Como Sudão não é signatário do Tratado de Roma, de 1998, que criou o TPI, o Estado não é obrigado a entregar o acusado e Bashir ainda se mantém no poder em seu país. A Venezuela é signatária, mas, na prática, dificilmente Maduro iria se entregar ao tribunal. Mesmo assim, o peso de um processo aberto pelo Tribunal Penal de Haia já acarretaria sanções e reprovações de outras nações contra Maduro.

O texto aponta que o governo de Caracas "lançou uma política de Estado para atacar aquela parte da população tida como dissidente, os controlando, punindo e fazendo uso de meios criminosos para manter-se no poder a qualquer preço, inclusive perpetrando crimes de lesa humanidade"

Rapidinhas


Por apoio no Congresso, Dilma entrega Correios ao PDT
Em mais uma tentativa de reconstruir a base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff entregou oficialmente ao PDT o comando dos Correios, uma das principais estatais do país. O governo federal publicou nesta quarta-feira no Diário Oficial da União a nomeação do ex-deputado pedetista Giovanni Queiroz para a presidência dos Correios, assim como a exoneração de Wagner Pinheiro, que tem proximidade com o ex-presidente Lula. Conforme já havia ocorrido na reforma ministerial, o PT cede espaço no segundo escalão, com a cobrança dos partidos da base por cargos em ministérios, empresas, fundações e autarquias vinculadas. O PDT já havia migrado do Ministério do Trabalho para as Comunicações na escolha do deputado André Figueiredo como titular da pasta.

Nanico PROS gasta R$ 2,4 milhões de verba pública em helicóptero
No momento em que os cortes em decorrência da crise financeira ameaçam atingir duramente até mesmo os programas sociais, o nanico Pros esbanja dinheiro público na compra de um helicóptero. O partido gastou 2,4 milhões do Fundo Partidário para adquirir um Robinson R66 Turbine. A aeronave foi paga à vista e aumentará a frota da sigla, que comprou em 2014 um bimotor por 400.000 reais - dinheiro também sacado do fundo. Embora não seja ilegal, já que a as regras para uso do Fundo Partidário não deixam claro se a compra de aeronaves é proibida, a compra é bastante incomum: nenhum dos três maiores partidos do país (PMDB, PT e PSDB) tem aeronaves, por exemplo. O Pros informou que a Executiva da legenda decidiu adquirir o helicóptero para fortalecer a presença do partido no país. e que não considera a compra um gasto, mas sim a obtenção de um patrimônio.

Para Cunha, oposição diz que PT não é confiável
Na tentativa de evitar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sele de vez um pacto com o governo para proteção mútua, integrantes da oposição têm feito de tudo para convencer o deputado de que o PT não é confiável. Vale até mesmo usar discursos proferidos pelo vice-líder do PT na Câmara Henrique Fontana, que na terça (10) disse da tribuna que a defesa de Cunha é patética. Um aliado próximo de Cunha disse que, caso o presidente feche um acordo com o governo, não haverá Lula ou Jaques Wagner que segure a turma na Câmara

Justiça estabelece sigilo sobre documentos apreendidos na empresa do filho de Lula
A decisão foi tomada na última sexta-feira (6). O sigilo sobre essa fase da operação tinha sido afastado pela juíza Célia Regina Ody Bernardes, juíza substituta da 10ª Vara Federal e que, na época, era responsável pela condução dos processos e inquéritos da zelote. Ela havia entendido que não havia mais necessidade de manter sigilo sobre essa fase da investigação. Desde a semana passada, os processos voltaram à responsabilidade do juiz titular da vara, Vallisney de Souza Oliveira. O sigilo foi restabelecido pela desembargadora Neuza Alves, e pesa sobre todos os documentos e materiais apreendidos pela Polícia Federal no endereço em São Paulo onde funcionam as sedes das empresas de marketing esportivo de Luiz Cláudio, a LFT e a Touchdown.

Moro diz que está cansado ‘de ouvir essa história’
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato em primeira instância, está cansado. Ele próprio admitiu isso ao inaugurar mais uma audiência de depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa (Abastecimento), na segunda-feira, 9.
“Bem, sr. Paulo sei que o sr. já foi ouvido sobre fatos similares várias vezes, sei que o sr. já manifestou que está cansado de relatar esses fatos, mas é essa é uma outra ação penal. Infelizmente, o sr. tem que relatar parte desses fatos novamente. O sr. está cansado de falar, eu também estou cansado de ouvir um pouco essa história. Isso não é um consolo, mas…”, disse Moro.

Editorial O Globo

Governo deixa Petrobras à beira do abismo

O tempo passa e a Petrobras não se move. Submersa em gestão temerária e corrupção durante o período Lula, a administração da maior empresa estatal do país virou tema de um folhetim policial no governo Dilma Rousseff.

Sua produção estagnou na faixa dos 2,8 milhões de barris diários; a receita entrou em declínio também por efeito da queda à metade dos preços do petróleo, em comparação com os valores de 2014; o endividamento em moeda estrangeira ascende a US$ 100 bilhões; e a companhia já não consegue renovar créditos, porque foi banida do mercado.

Dilma, reeleita, sinalizou uma faxina na empresa e mudanças na política setorial. No Congresso, alguns partidos aliados do governo e da oposição uniram-se na reavaliação do “modelo” de partilha da produção, adotado para o pré-sal numa conjuntura em que a Petrobras era outra companhia — tinha caixa, crédito, gastava menos dinheiro com exércitos de advogados e menos tempo e energia com problemas em tribunais do Brasil e do exterior.

O tempo passou, porém quase nada foi feito. Por fé ideológica, o governo resolveu manter o seu irrealista “modelo” de partilha, com monopólio da Petrobras na operação e imposição do controle de 30% de todos os consórcios.

A cúpula da empresa, por sua vez, manteve-se refém de um outro “modelo”, o político: cumpre ordens de Brasília enquanto, tacitamente, compõe interesses corporativos com os da nomenclatura sindical, usufrutuária de benesses por se alinhar ao partido do governo, o PT.

Da lassidão surgiu a atual greve de petroleiros, organizada em torno de uma “pauta política”, com efeito vinculante sobre “um novo acordo coletivo”, conforme a federação dos petroleiros.

Nele, essa burocracia beneficiária da gestão política que conduziu a Petrobras ao abismo pretende decidir o rumo da empresa controlada pelo Estado, à margem da vontade da coletividade, acionistas e representados no Legislativo.

Sob o silêncio obsequioso do governo e da direção da empresa, exigem que a Petrobras “assuma o interesse em permanecer como operadora única do pré-sal”, conforme a atual lei da partilha. E mais: compromisso de não realizar “qualquer abertura de capital” da BR Distribuidora, incorporação “integral e imediata” das subsidiárias Transpetro e Araucária Nitrogenados, “manutenção e/ou ampliação” das atividades de exploração e produção no país e preservação da política de conteúdo local.

Fosse privada, a Petrobras já estaria em concordata, devido ao cardápio de malfeitos lulopetistas. Sem realismo sobre o seu papel (o ideal seria o retorno ao exitoso formato de concessões), não se realizam leilões para o pré-sal, porque a estatal não consegue participar. Assim, não entra dinheiro no caixa, não há crédito e o endividamento se multiplica. A Petrobras está à beira do precipício. 

Caminhões International

Grupo Navistar fechará fábrica em Canoas 

O grupo americano Navistar, que produz motores da marca MWM e caminhões da marca International, está desativando sua fábrica em Canoas, no Rio Grande do Sul, o que, segundo informações do sindicato dos metalúrgicos da região, provocará a demissão de aproximadamente 600 trabalhadores.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a empresa confirmou que vai encerrar em fevereiro a produção de motores — fornecidos para a General Motors (GM) —, ao mesmo tempo em que decidiu suspender temporariamente a montagem dos caminhões da International, com o objetivo de adequar os estoques diante da grave crise na indústria de veículos comerciais.


Procurado, o sindicato dos metalúrgicos informou que o fechamento do parque industrial é definitivo e que a companhia demitiu na última semana os cerca de 80 operários que trabalhavam na fábrica de caminhões. A unidade da International foi inaugurada em junho de 2013, após transferência das linhas que antes funcionavam em um galpão alugado no complexo da Agrale.

Outros 500 funcionários serão demitidos com o fim da produção de propulsores e das atividades no centro de distribuição de peças, de acordo com o presidente do sindicato, Paulo Chitolina. Desde janeiro, apenas 58 caminhões da marca International foram vendidos no Brasil. A fábrica em Canoas foi projetada para montar até cinco mil caminhões por ano.

11/11/2015


O Globo – Multa maior para bloqueios em estradas, começa a valer hoje
De acordo com medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff, valores podem chegar a R$ 38 mil

Estadão – Taxistas fazem ato contra Uber no Rio e Em São Paulo
Na capital paulista, , manifestação ocorre no aeroporto de Guarulhos; no Rio ato fecha diversas vias

Correio Braziliense – Levy indica que governo ainda deve mais R$ 1,5 bilhão à Caixa
A dívida foi descoberta apenas neste ano pela nova equipe econômica e ainda não houve pagamento total do valor

Folha de São Paulo – Partido nanico gasta R$ 2,4 mi em dinheiro público com helicóptero
Locomoção será 'otimizada', diz Pros; maiores siglas, PMDB, PT e PSDB não têm aeronave

Gazeta do Povo – Projeto de repatriação abre brecha para regularizar dinheiro ilícito
Prevista para ser votada hoje, proposta foi alterada na Câmara para impedir investigações de valores suspeitos

Diário de Pernambuco – Crise econômica acirra disputa por vagas de trabalho temporárias
Algumas funções não costumam exigir experiência profissional, mas a demissão de pessoas qualificadas fará a concorrência por uma vaga temporária ser maior

Estado de Minas – Mais três corpos são encontrados; equipes buscam 21 desaparecidos
De acordo com o delegado Rodrigo Bustamante, da Polícia Civil, as vítimas estavam próximas à área das duas barragens que se romperam na cidade

Agência Brasil – Petrobras reagenda reuniões com petroleiros para negociar acordo coletivo
De acordo com a empresa, a diretoria está trabalhando as propostas para viabilizar o fechamento de um acordo

Época – Jatos com dirigentes do Bradesco cai em Goiás
Um avião Cessna Citation caiu na noite desta terça-feira entre as cidades de Santo Antônio de Rio Verde (Goiás) e Guarda-Mor (Minas Gerais) sem deixar sobreviventes

Veja.com – Bancada tucana quer a cassação de Eduardo Cunha
Deputados do PSDB consideraram "fantasiosa" e "pífia" a defesa apresentada pelo presidente da Câmara para explicar o dinheiro recebido no exterior e as contas não declaradas na Suíça

Portal UOL – Para Defesa Civil de Minas, subdistrito de Bento Rodrigues deve acabar
O subdistrito foi duramente atingido pelos rejeitos de minério de ferro das barragens da empresa Samarco que se romperam

Portal IG – Nicolás Maduro é denunciado em Haia por crimes de lesa humanidade
Dissidentes denunciaram Nicolás Maduro na Corte Penal Internacional (CPI) por mortes, perseguições e torturas

Portal G1 – Mega acumula e pode pagar R$ 80 milhões
Veja as dezenas sorteadas: 02 - 14 - 21 - 22 - 51 - 60. Quina teve 70 apostas ganhadoras, que irão levar R$ 50.966,89 cada

Pulseira inteligente

Xiaomi inicia venda no Brasil
A fabricante chinesa Xiaomi começou a vender nesta terça-feira, 10, a Mi Band, pulseira inteligente que conta os passos do usuário e registra os hábitos de sono. A pulseira, que é o primeiro produto vestível desenvolvido pela companhia, custa R$ 95, preço bem mais baixo do que o da maioria dos relógios e pulseiras à venda no mercado brasileiro.
A Mi Band é um dispositivo para acompanhar os hábitos de atividades físicas e de sono das pessoas. Com ela, é possível saber o número de passos dados diariamente, calorias gastas no percurso e até mesmo a qualidade do sono: ela indica, com base nos movimentos do usuário, o número de horas dormida em sono leve e sono profundo.
De acordo com a fabricante, a pulseira tem bateria que dura até 30 dias de uso ininterrupto com apenas uma carga. Além de contar passos, a pulseira serve também para desbloquear o celular sem o uso de senha e também recebe alertas quando o celular recebe ligações.
A pulseira também é parte da estratégia da Xiaomi para alavancar a venda do smartphone Redmi 2 Pro, recém-lançado no Brasil. Além de vender a pulseira separadamente, é possível comprar um kit que inclui o smartphone.
Disponível apenas na cor preta, a Mi Band só está disponível por meio do site da fabricante. Ao contrário dos smartphones, que foram lançados por meio de eventos específicos, o acessório inteligente pode ser comprado a qualquer momento.
Concorrência. Atualmente, ainda há poucos no mercado ainda é restrita. No Brasil, é possível encontrar pulseira da marca Garmin, que custa, em média, R$ 600. A Samsung também colocou no mercado a Gear Fit, que monitorava atividades físicas.
Algumas outras pulseias também são encontradas para vendas no exterior, como a Microsoft Band e a Sony SmartBand. Ela, no entanto, ainda não estão disponíveis no País e o preço é maior do que é praticado pelo vestível da Xiaomi. (Agência Estado)

Bom Dia!

Preparando, ou tentando preparar o terreno para sua volta em 2018, Luiz Inácio já colocou representantes de sua tropa de elite no ministério. No Planalto, os homens fortes do ministério foram indicados pelo ex-presidente. Agora, o líder máximo dos petistas, está quase chegando a um dos alvos principais de sua artilharia, ou seja, o ministério da Fazenda. Luiz Inácio quer derrubar Joaquim Levy e colocar em seu lugar Henrique Meirelles. Sua sede por manter o poder é tão grande, que ele passa por cima do fato de saber que Dilma detesta Meirelles e tenta, de todas as formas, coloca-lo no comando das finanças brasileiras.

Um dos editoriais de hoje do jornal Estado de São Paulo, trata de forma clara o assunto. Divido com todos para que se familiarizem, cada vez mais, com a tentativa de Luiz Inácio de manter o estelionato eleitoral que vem sendo aplicado no Brasil desde sua primeira eleição.

Tenham todos um Bom Dia!

Estelionato à vista

Tudo leva a crer que Lula está prestes a assumir o controle total do governo, agora forçando Dilma Rousseff a demitir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e substituindo-o por alguém de confiança do ex-presidente e disposto a adotar uma “nova política econômica” destinada a “acelerar a retomada do crescimento econômico”. Segundo se informa, Lula e os ministros do núcleo político do Planalto – políticos alinhados com o ex-presidente, que os colocou onde estão exatamente para isso – intensificaram na última semana a pressão sobre a presidente da República para que substitua urgentemente Levy, de preferência pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Considerando que a crise econômica e a debacle moral e o consequente impasse político paralisaram o governo e provocaram o rebaixamento da popularidade de Dilma a índices sem precedentes, faz sentido que Lula tenha pressa em preencher o vazio deixado por sua pupila no comando da ação governamental, tarefa que já executou com êxito no que se refere à área política, ao “nomear” Jaques Wagner e Ricardo Berzoini para o comando da Casa Civil e da Secretaria de Governo.

Falta agora o chefão do PT colocar alguém de sua confiança à frente do Ministério da Fazenda, para executar a “nova política” que, na verdade, nada tem de nova, pois se trata apenas da reedição da gastança na forma da liberação de crédito para a aquisição de bens de consumo. É óbvio que não se pode pensar em crescimento econômico sustentável sem investimentos em infraestrutura, nos chamados bens sociais como educação, saúde, saneamento, segurança, transportes, etc. Mais uma vez, porém, não é hora de pensar em projetos que só dão retorno a longo prazo.

Resta saber se Henrique Meirelles estará disposto a assumir os enormes riscos da “política econômica” com a qual Lula sonha como último recurso para salvar sua pretensão de chegar de novo à Presidência da República em 2018. E se, para fazê-lo, tolerará o convívio com a presidente que o detesta.

A economia brasileira foi jogada num buraco cada vez mais profundo pelo delírio populista do PT, associado ao dogmatismo ideológico e à incompetência de Dilma. Beneficiado por uma conjuntura favorável, que encheu os cofres públicos com impostos, o governo se permitiu gastar sem fazer contas, subsidiar programas com inaudita generosidade, fornecer crédito abundante e fácil para consumo e fazer uma impensada desoneração fiscal.

Quando começou a “sair mais dinheiro do que entrava” – como admitiu dias atrás o próprio Lula –, a crise econômica se apresentou aos brasileiros como o resultado inescapável da insustentabilidade do delírio consumista no qual o lulopetismo tentou – e, pelo jeito, vai insistir nisso – ancorar seu projeto de poder.

Dilma e o próprio Lula estavam convencidos, na transição do primeiro para o segundo mandato da presidente, de que a situação econômica era grave e exigia, prioritária e urgentemente, que as arrombadas contas do governo fossem colocadas em ordem. Era a necessidade do ajuste fiscal que entrava em cena. E Lula indicou para o ministério da Fazenda um executivo de perfil liberal, ninguém menos que o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco. Trabuco não foi liberado para o cargo pelo conselho do banco e Dilma ficou com Joaquim Levy.

Mas a discussão das medidas necessárias ao ajuste fiscal, especialmente aquelas que contrariam os interesses dos assalariados, assustou as correntes esquerdistas do Parlamento, as bases sindicais do PT e as organizações filopetistas. O ajuste fiscal passou a ser apontado como uma ameaça às conquistas sociais. E não demorou para que Lula, sempre atento aos reflexos eleitorais dos acontecimentos, passasse a sabotar o demonizado ajuste e fazer eco às reivindicações de uma “nova política econômica” – como se o governo tivesse alguma.

Mais do que depressa, Lula quer reviver o consumismo inconsequente que o transformou num grande líder popular. Com que dinheiro se produzirá esse milagre? Bem, o interesse eleitoral de Lula é mais importante do que detalhes como esse. Afinal, como creem os petistas, o governo tudo pode, basta querer.