Cunha
teria recebido R$ 45 milhões para ajudar o BTG
Agentes
da Polícia Federal encontraram um documento com anotações de um suposto pagamento
de propina do banco de investimentos BTG Pactual ao presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a outros peemedebistas. O documento, encontrado na
casa do chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira,
indica que o BTG Pactual teria pago 45 milhões de reais a Cunha e a outros
parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir
o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade
do BTG. Em comunicado, o BTG negou o pagamento por suposto benefício e disse
estar à disposição de autoridades para esclarecimentos. Em sua conta no Twitter,
Cunha disse que "é um verdadeiro absurdo e parece até armação".
"Amanhã qualquer um anota qualquer coisa sobre terceiros e vira
verdade?", questionou.
Família
vai barrar tentativas de Lula e do PT de fazerem ‘ponte’ com Delcídio
A
família e a defesa de Delcídio do Amaral estão decididos a barrar qualquer
tentativa por parte do PT, do governo e do ex-presidente Lula de estabelecer
“pontes” e tentar acalmar o senador petista, preso na semana passada na Lava
Jato. A avaliação é que “não há como consertar” o estrago causado pela nota
oficial do presidente do PT, Rui Falcão, negando solidariedade ao senador horas
antes de o Senado decidir se ele continuaria ou não preso, além das declarações
do ex-presidente Lula que classificou de “imbecilidade” o ato de Delcídio. “Qualquer
tentativa de estabelecer pontes será dinamitada, e não vai nem chegar nele”,
diz uma pessoa que faz parte do grupo restrito que tem acesso a Delcídio e acompanha
a estratégia de defesa.
Governo
corta passagens e diárias, mas medida pode durar pouco
A
partir desta segunda-feira, o governo não poderá emitir passagens aéreas, pagar
hotéis e diárias aos servidores. A decisão faz parte das medidas de
contingenciamento de 10,7 bilhões reais do orçamento deste ano e foi tomada
depois da reunião do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, com sua equipe,
realizada neste domingo. O governo espera, no entanto, que a medida não dure
muito tempo. Se o Congresso aprovar a nova meta fiscal nesta terça-feira, como
o Planalto deseja, o impacto do novo contingenciamento será pequeno. Mas a
equipe econômica vai fazer uma avaliação diária sobre seu caixa. A reunião
deste domingo foi exatamente para dar base aos procedimentos a serem adotados
nesta segunda e ao longo da semana. Ficou definido também que não serão contingenciadas
as verbas destinadas ao Bolsa Família, ao pagamento de salário dos servidores e
programas de saúde por serm consideradas despesas obrigatórias. Nos Estados,
muitos governadores chegaram a recorrer ao atraso dos pagamentos de salários
por causa da falta de recursos. O governo federal não quer repetir essa
prática.
“Renan,
Jader e Henrique Alves também foram citados?” perguntou Delcídio
Não é à toa que políticos do PMDB estão nervosos com uma
possível delação premiada do senador Delcídio
do Amaral (PT-MS),
preso por obstruir os trabalhos da investigação da Lava Jato. Delcídio sempre
pareceu saber muito sobre questões internas da Petrobras. Em setembro, informado
que fora citado na proposta de delação premiada do ex-diretor da área
internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, Delcídio respondeu com outra
pergunta: “Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados”? Renan Calheiros e Jader
Barbalho, colegas de Delcídio no Senado, fizeram de tudo para
que a votação - que decidiu pela permanência de Delcídio do Amaral na prisão -
fosse secreta. Não conseguiram. Henrique Alves é o ministro do Turismo. Resta saber
se Delcídio estava preocupado com os três políticos ou sabe de algo a mais
sobre o trio? Talvez essa dúvida seja esclarecida em breve.
Após anuncio de cortes, dólar passa de R$ 3,90
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (30),
pressionado pelo quadro de turbulências políticas no Brasil após a manutenção
da prisão do ex-presidente do BTG Pactual, André Esteves,
mas era negociado longe das máximas da sessão conforme operadores corrigiam
exageros da abertura e repercutiam a atuação do Banco Central no câmbio. Às
14h20, a moeda norte-americana subia 1,89%, a R$ 3,8957 na venda, após subir
mais de 2% e atingir R$ 3,9141 na máxima da sessão, maior nível intradia desde
29 de outubro, quando foi a R$ 3,9574.