sábado, 19 de março de 2016

Gauchão 2016

10ª RODADA


Sábado – 19/03
18:00
São José  1 X 2 Veranópolis – Estádio do Vale

Domingo – 20/03
16:00
Lajeadense X 0 Internacional – Alvi Azul
Aimoré  1 X 2  Cruzeiro – Cristo Rei
Juventude 3 X 3 Glória – Alfredo Jaconi

18:30
Ypiranga  1 X 2 Grêmio – Colosso da Lagoa

19:00
São Paulo 2 X 2 Passo Fundo – Aldo Dapuzzo

Segunda - 21/03
20:30
N. Hamburgo _ X _ Passo Fundo - Estádio do Vale

Bom Dia!

Novo fiasco dos militantes

Foto: Agência Globo
Assim como eu, muita gente deve lembrar do tempo em que não se conseguia quase andar pelas calçadas de Porto Alegre, não se passeava pelo brique da Redenção, sem ter que desviar de um quase mar de bandeiras vermelhas do PT carregadas por militantes. Durante o período eleitoral eram verdadeiras procissões pelas calçadas e esquinas de maior movimento.

Ontem, incentivados por Lula, Dilma e direção partidária, os militantes foram convocados para atos em todo o Brasil em defesa da permanência da presidente e pela posse de Lula na casa Civil. A Avenida Paulista, onde no domingo cerca de 1 milhão e 400 mil pessoas se aglomeraram para pedir o impeachment, foi esvaziada, com jatos de água, para que os que lá estavam protestando e pedindo a renúncia de Dilma, dessem lugar aos defensores do governo de do PT.

Durante o dia, o que se leu, foram declarações de responsáveis pela manifestação avisando que vários ônibus tinham sido fretados para conduzir pessoas do interior, integrantes do MST, e que shows estavam sendo preparados para alegrar os manifestantes.

Vou ficar com a manifestação da Paulista, já que lá estava o ex-presidente Lula da Silva, o grande herói, o líder nacional do PT, “a alma viva mais honesta do Brasil”, para afirmar que o “Lulinha paz e amor” estava de volta, quem sabe para tentar desfazer o mal estar criado por seus palavrões e destemperos captados pelas gravações feitas com autorização da justiça pela PF.

Depois de chamar o STF e o STJ de “acovardados”, Lula foi grosseiro com as mulheres petistas, algumas chamadas de “grelo duro” e tentou, de todas as formas, com o auxilio luxuoso da presidente, barrar as investigações que, certamente, acabariam com sua prisão por todos os mal feitos que vem comento desde que assumiu a presidência do Brasil.

Pois na Avenida Paulista, onde a PM calculou em 80 mil pessoas e o Datafolha em 95mil o número de participantes, estava escancarado o primeiro grande fiasco do dia. Militantes não chegaram perto dos 110 mil que estiveram no Parcão, em Porto Alegre, no último dia 13. E aqui não teve ônibus fretado nem show.

Segundo ouvi ontem, foram manifestações em 55 cidades brasileiras, com um total de mais ou menos 250 mil militantes. Basta um simples calculo de divisão para que o número médio de pessoas em cada manifestação , não passe de 4.500. Considerando-se que as informações dizem que 95 mil estavam em São Paulo, o número nas demais cidades beira ao ridículo.

Paralelamente, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a suspensão da posse de Lula na Casa Civil e mandou devolver o caso para Sérgio Moro. Não sei, mas tenho um palpite de que, caso os petistas soubessem antes da decisão de Mendes, o número de militantes nas ruas seria ainda menor.

Definitivamente tivemos nesta sexta-feira, um novo fiasco dos militantes do PT.

Tenham todos um Bom Dia!

Cassa Civil

Mendes suspende posse de 
Lula e devolve caso a Moro

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar em ação impetrada pelos partidos PPS e PSDB para impedir a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, e também devolveu a apreciação do seu caso à alçada do juiz federal Sergio Moro, titular da Operação Lava Jato.

"Defiro a medida liminar, para suspender a eficácia da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, determinando a manutenção da competência da Justiça em primeira instância nos procedimentos criminais e cíveis", diz o despacho do ministro.

Como justificativa para a decisão, Gilmar Mendes traçou um paralelo com a decisão do STF sobre o ex-deputado Natan Donadon, que renunciou ao seu assento na Câmara para impedir o julgamento iminente de uma ação contra ele no STF, fazendo com que o caso reiniciasse na primeira instância. Segundo o ministro, a situação de Lula é inversa - sua nomeação como ministro levaria seu caso para a corte superior - mas a finalidade de driblar a Justiça seria idêntica.

A decisão cita estudo do jurista Vladimir Passos de Freitas, cuja conclusão é a de que nomear pessoa para lhe atribuir foro privilegiado é ato nulo.
Segundo Mendes, a nomeação de Lula teria sido feita com "desvio de finalidade": apesar de estar em aparente conformidade com as prerrogativas que a presidente tem para escolher ministros, ela conduziria a "resultados absolutamente incompatíveis" com a finalidade constitucional dessa prerrogativa e por isso seria um ato ilícito.

"É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações, pela mudança de foro. E 'autoevidente' que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais", afirma o juiz no despacho. "Não se nega que as investigações e as medidas judiciais poderiam ser retomadas perante o STF. Mas a retomada, no entanto, não seria sem atraso e desassossego. O tempo de trâmite para o STF, análise pela PGR, seguida da análise pelo relator e, eventualmente, pela respectiva Turma, poderia ser fatal para a colheita de provas, além de adiar medidas cautelares."

O ministro ainda se valeu se declarações feitas pelo ex-presidente Lula nos grampos autorizados nas investigações da Operação Lava Jato para afirmar que havia interesse do ex-presidente de transferir o caso para Brasília, já que ele considera os tribunais superiores "acovardados" e condena a "República de Curitiba". Os termos "acovardado" e "República de Curitiba" foram utilizados pelo ex-presidente Lula em conversa grampeada com a presidente Dilma Rousseff.

No despacho que barra a nomeação de Lula para a Casa Civil, o ministro Gilmar Mendes rebate ainda a tese de legalidade do termo de posse assinado pelo petista, repassado por Dilma para que fosse preenchido "em caso de necessidade". Segundo Mendes, "o documento seria uma reserva", mas a legislação brasileira impede essa prática.

"Se Luiz Inácio Lula da Silva não estivesse presente na cerimônia de posse, duas consequências poderiam ocorrer: ou ele não tomaria posse - podendo fazê-lo a qualquer momento, no intervalo de trinta dias contados da publicação da nomeação - ou tomaria posse por procuração - caso enviasse mandatário com poderes específicos", explicou. "Em nenhuma hipótese, a posse poderia ocorrer pela aposição, pela presidente, de sua assinatura", completou o ministro.

Segundo o magistrado, a escolha do petista para o cargo de primeiro escalão no governo tem claros indicativos de fraude e significam um "salvo-conduto" conferido pela sucessora Dilma Rousseff para evitar que o padrinho político possa eventualmente ser preso por conta das investigações da Operação Lava Jato. As suspeitas que recaem contra Lula são de que recebeu benesses de empreiteiras enroladas com o petrolão e ele ocultou o patrimônio, registrando os bens em nome de prepostos.

Com a devolução da investigação contra Lula para Moro, não é improvável que o juiz federal peça a prisão preventiva do ex-presidente nos próximos dias.

(Veja.com/Conteúdo)