domingo, 15 de maio de 2016

BOA NOITE!



Percy Faith foi o líder de uma banda, orquestrador e compositor. Suas mais famosas gravações foram Delicado, Song from the Moulin Rouge e Theme from A Summer Place.


Neste final de comingo, vamos ouvir Theme from a Summer Place







Brasileirão 2016

1ª RODADA

Sábado – 14/05
16:00
Flamengo 1 X 0 Sport – Raulino de Oliveira
Palmeiras 4 X 0 Atlético PR – Arena Palmeiras

18:30
Atlético MG 1 X 0 Santos – Independência

21:00
Coritiba 1 X 0 Cruzeiro – Couto Pereira

Domingo – 15/05
11:00
Botafogo 0 X 1 São Paulo – Raulino de Oliveira
Santa Cruz 4 X 1 Vitória – Arruda

16:00
Corinthians 0 X 0 Grêmio – Arena Corinthians
Figueirense 0 X 0 Ponte Preta – Orlando Scarpelli
América MG 0 X 1 Fluminense – Independência

18:30
Internacional 0 X 0 Chapecoense – Beira Rio

CLASSIFICAÇÃO









Articulações políticas

Temer tem muito trabalho em Brasília

O fim de semana é de articulação para o novo governo. O presidente em exercício, Michel Temer, negocia o nome do novo presidente do Banco Central e uma mulher para área da cultura.

Michel Temer recebeu uma visita no Jaburu. O novo chefe do gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, foi chamado por Temer para falar das Olimpíadas. Temer convocou uma reunião para semana que vem, com os ministros da Defesa, Justiça, Turismo, Esportes. Quer saber a quantas andam os preparativos para os Jogos Olímpicos.

Outra preocupação de Temer é com a repercussão negativa da ausência de mulheres em sua equipe e o fim do Ministério da Cultura. O governo promete resolver os dois problemas. A Cultura, que havia sido incorporada ao Ministério da Educação, será uma secretaria especial, ligada à presidência e comandada por uma mulher. Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura do Rio, é o nome mais cotado.

O novo arranjo segue a lógica estabelecida por Michel Temer, onde sempre há espaço para negociação. O Planalto acompanha atentamente a repercussão dos nomes indicados para o governo e das medidas consideradas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como as mudanças na aposentadoria e a volta da CPMF, criticada até por aliados.


O secretário de governo, Geddel Vieira Lima, se apressou em dizer que o governo não vai mandar pacote pronto, sem um debate prévio com os parlamentares.

“É fundamental que haja um comprometimento do Congresso Nacional na elaboração dessas medidas para que os agentes que participam do governo em nome deles possam estar comprometidos em implementá-las. É isso que nós vamos fazer. Volto a dizer, as críticas vemos com naturalidade e como instrumento pra melhorarmos e avançarmos”, afirmou Geddel.

Geddel conversou neste sábado (14) com o presidente da Câmara, Waldir Maranhão. Disse que o governo não vai interferir nas questões internas da Câmara, mas quer que a Casa funcione. Por ora, convém ao governo deixar Maranhão onde está e articular as votações com os líderes.

E o fim de semana seguirá sendo de muita conversa para o novo governo. Temer viajou para São Paulo. Deve se reunir com o ministro Henrique Meirelles. Pretendem anunciar o novo presidente do Banco Central na segunda-feira (16). Dois ex-diretores do banco estão no páreo: Ilan Goldfajn e Mário Mesquita.

O ex-ministro de Integração Nacional Gilberto Ochi foi escolhido para presidir a Caixa Econômica Federal. Mais um nome do Partido Progressista no governo.

(Fonte: G1)


BOM DIA!

Ordem e progresso*

Eliane Cantanhêde

A marca “Ordem e Progresso” não apenas prestigia o lema positivista da bandeira brasileira como contém uma comparação entre o governo que entra e o governo que sai, por ora, temporariamente. A intenção de Michel Temer é dar “ordem” à bagunça na administração direta, nas estatais, nos fundos de pensão e nas agências, além de tomar medidas duras, mas necessárias, para interromper o ciclo de recessão e retomar um ritmo de “progresso”.

Foi nessas duas direções que Temer montou um ministério que em muitos casos não faz nenhum sentido para a opinião pública em geral (e já apanha de corporações e nichos), mas faz sentido quando ele tem de enfrentar com coragem o problema mais urgente: o rombo das contas públicas. A redução de ministérios, o enxugamento da máquina e sinais de austeridade são apenas sinalizações, mas, quando Temer tenta fazer, a gritaria é ensurdecedora.

Muita calma nessa hora. Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma tiveram uma trégua ao assumirem a Presidência. Por que não dar uma trégua a Temer, que chega em circunstâncias muito mais difíceis, em meio a um somatório inédito de crises? Criticar, sim, mas jogar contra, neste momento, extrapola para a irresponsabilidade. A estreia do homem forte da economia, Henrique Meirelles, mobilizou o mundo político e empresarial e o que ficou claro é que a situação fiscal do governo, já dramática, é ainda pior do que se imagina. Vem aí uma auditoria nas contas, para ver o tamanho real do buraco.

Aliás, um dos ralos visados pela equipe de Temer é nos programas sociais, não só para identificar o “mau uso” por incompetência, como disse Meirelles, mas também para descobrir como, quanto e para quem flui, ou pode fluir, o financiamento de CUT, MST, UNE e MTST, que ameaçam infernizar a vida do novo governo. A intenção é secar a fonte, mas distinguindo o que é “programa social” e o que é gás para “grupos articulados” (e inimigos). Um terreno pantanoso.

Em seu derradeiro discurso, enquanto militantes agrediam jornalistas, Dilma acrescentou um novo item na lista para minar a imagem e as chances do presidente interino. Antes, ela dizia que Temer acabaria com os programas sociais e bombardearia a Lava Jato. Na saída, disse que ele também iria “reprimir os movimentos sociais”. Foi uma casca de banana para o sucessor e uma senha para a militância petista.

O governo não pode se expor a cenas de batalha campal, mas também não pode assistir passivamente a um punhado de gatos pintados, numa nova versão dos black blocs, queimando pneus, bloqueando estradas e prejudicando milhares de cidadãos que precisam ir e vir para escolas, fábricas, lojas e escritórios, além de caminhões carregados de mercadorias. Nem pode ser truculento, nem pode ser omisso. Dilma e os militantes trabalham para que seja truculento.

No fim, ela também lançou outra senha: o marketing contra o impeachment “no mundo”. Lula, primeiro, e Dilma, depois, foram lenientes com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Essa brincadeira acabou. Já na sexta-feira, José Serra iniciava o resgate do Itamaraty e a guinada da política externa, lançando notas em tom diplomático, mas duras, contra a ingerência indevida e atrevida desses “bolivarianos” e da Unasul em questões internas.

O grau e a forma da “repressão aos movimentos sociais” podem ser discutíveis, mas a reação brasileira à acusação ou insinuação de “golpe” é inquestionável. E, com certeza, sob aplausos da esmagadora maioria da população, que está cansada dessa lengalenga da esquerda falida da América Latina. A Unasul e os bolivarianos que cuidem da Venezuela, país estraçalhado, onde as pessoas nem têm o que comprar e comer. Aliás, o que anda faltando por lá é um bom, legal e saudável impeachment...

*Publicado no Estadão.com, em 15/05/2016