Dolores Duran foi uma cantora e compositora brasileira
que viveu apenas 29 anos. Mas foi o tempo suficiente para que nos deixasse um
legado de músicas inesquecíveis, algumas consideradas verdadeiros clássicos da
MPB.
terça-feira, 24 de maio de 2016
BOA NOITE!
Prejuízo de R$ 245 milhões em 2015
Presidente demitido do Serpro era do PT
Marcos Mazoni (Reprodução) |
A passagem de Marcos Mazoni pela presidência do Serpro
foi desastrosa, mostra balanço da empresa. Em 2015, apesar de todos os
contratos de exclusividade com a União na área de tecnologia, a estatal
registrou prejuízos de R$ 245,1 milhões. A situação está tão confusa, que a
companhia sequer sabe dizer o que ocorreu no ano anterior. O balanço foi
republicado, mas não se pode constatar se houve lucro ou prejuízo.
Em meio a dificuldades financeiras, o Serpro, vinculado
ao Ministério da Fazenda, vive uma conturbada troca de gestores. O Diário
Oficial da União trouxe ontem a nomeação de Maria da Glória Guimarães para a
presidência da estatal e a exoneração de Mazoni, que, no fim de
semana, disparou ofensas contra o governo do presidente interino, Michel
Temer.
“Estou preocupado. Ainda não fui exonerado deste governo
de canalhas” e “Nenhum dos golpistas teve coragem de falar comigo. São
golpistas e sem coragem. Vergonha do que fazem”, afirmou Mazoni em sua conta do
Twitter. Ele estava no comando da empresa desde maio de 2007.
Glória Guimarães ocupou o cargo de
diretora-superintendente, entre maio de 2015 e março passado. Em mensagem
publicada no site do Serpro após assumir a presidência, ela reconheceu que a
empresa passa por dificuldades. “Nossa ideia é atuar em parceria estreita com
clientes e fornecedores para buscarmos as melhores soluções”, escreveu. Em
março deste ano, a estatal atrasou o pagamento de pelo menos 72 fornecedores de
suporte técnico, o que expõe a rede de sites públicos a hackers e falhas por
falta de manutenção.
O eSocial, que custou R$ 6,6 milhões aos cofres públicos,
foi desenvolvido pela estatal e é alvo de críticas por problemas de acesso,
entre outros. O programa tem a função de facilitar o cumprimento das obrigações
empregatícias previstas na Emenda Constitucional nº 72, a “PEC das Domésticas”.
Fonte: Correio Braziliense
Farol aceso na estrada
Uso obrigatório até durante o dia
O presidente em exercício Michel Temer sancionou a lei
que torna obrigatório rodar em estradas com o farol baixo aceso mesmo durante o
dia. A mudança no Código Brasileiro de Trânsito (CTB) foi publicada no Diário
Oficial da União desta terça-feira (24) e, segundo o Ministério das Cidades,
começa a valer em 45 dias, que é o prazo para os cidadãos se adaptarem às novas
regras.
Temer vetou o artigo que dizia que a medida entrava em
vigor na data da publicação por considerar que "sempre que a norma possua
grande repercussão, deverá ter sua vigência iniciada em prazo que permita sua
divulgação e conhecimento". O veto será submetido ao Congresso.
O descumprimento será considerado infração média, com multa de R$ 85,13 e 4 pontos na carteira de habilitação. O valor subirá em novembro deste ano, assim como o de outras multas.
Rapidinhas
Jucá é alvo de denúncia no Conselho de Ética do Senado
Ao retornar para o Senado, um dia depois de pedir
exoneração do ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) será
alvo no Conselho de Ética de processo disciplinar por quebra de decoro de
parlamentar. O pedido, protocolado na manhã desta terça, 24, pelo senador
Telmário Mota (PDT- RR), adversário do peemedebista em Roraima, e o presidente
nacional do PDT, Carlos Lupi, acusa o peemedebista de tentar obstruir a
investigação da Operação Lava Jato. A denúncia toma como base os
trechos da conversa em que Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
falam sobre a investigação da Lava Jato. A transcrição foi relevada na segunda,
23, pelo jornal Folha de S. Paulo.
Jucá chama autor de denúncia contra ele no Conselho de
Ética de 'bandido e desqualificado'
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) chamou nesta terça-feira,
24, o senador Telmário Mota (PDT-RR) de "bandido" e
"desqualificado". Adversário político de Jucá em Roraima, o parlamentar pedetista protocolou mais cedo, em nome de seu partido e
junto ao presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, representação contra o
peemedebista no Conselho de Ética do Senado. Ele acusa Jucá de
quebrar o decoro parlamentar ao tentar obstruir as investigações da Operação
Lava Jato. "Qualquer representação é legítima. Agora, se nós formos ver os
autores, um dos autores é um bandido, que a mulher está sendo presa hoje,
provavelmente, porque roubou dinheiro na Assembleia Legislativa para
sustentá-lo. Portanto, ele é um desqualificado. E o outro é o Carlos Lupi
(presidente nacional do PDT), que não merece nenhum tipo de comentário. Então
partindo do PDT qualquer tipo de representação, considero uma
brincadeira", disse Jucá, sem dar detalhes das acusações.
Meirelles: governo descarta elevar impostos "no
momento"
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta
terça-feira que o governo não está "no momento" considerando aumento
de impostos. Segundo o ministro, o governo vai tomar medidas como a contenção
dos gastos públicos para evitar a elevação da carga tributária e poderá reduzir
subsídios. "Em último caso, em algum momento, pode-se temporariamente
estabelecer ou propor algum imposto, se for necessário, à frente. É importante
não sobrecarregar ainda mais a sociedade com impostos", disse Meirelles,
durante a entrevista coletiva para detalhar as primeiras medidas econômicas do
governo do presidente interino Michel Temer. Ao anunciar as novas medidas para
os líderes da base aliada no Congresso, o presidente interino Michel Temer
disse que enviará uma emenda constitucional ao Congresso para limitar gastos públicos.
As despesas do setor público, segundo Temer, se encontram em uma trajetória
insustentável. "Vamos apresentar a proposta de emenda que limitará o
crescimento dos gastos", disse.
Operadoras de cartões querem privilegiar compras à vista
O cenário de incertezas na economia tem levado as
operadoras de cartões a privilegiarem as compras realizadas com pagamento no
ato. Em outras palavras, o valor que é pago às operadoras de cartões pelos
lojistas pela utilização dos seus serviços obteve uma variação que
aponta aos pagamentos à vista em detrimento das compras à prazo. O custo
financeiro das compras à vista variou de 1,46% em 2015 para 1,38% em 2016,
valor que representa uma redução de 6% na taxa cobrada pelas operadoras aos
lojistas. Por outro lado, as compras parceladas em dez vezes alcançaram 2,35%
ante os 2,30% do ano passado. Em onze parcelas, o custo foi de 2,25% em
2015 a 2,47% neste ano — variação de 9,69%. O aumento mais significativo,
entretanto, foi nas compras em doze parcelas. No ano passado, a taxa cobrada
pelas operadoras era de 2,28% e neste ano é 2,46%. A variação foi de 13,05%.
A crise na
Venezuela piora, e o chavismo usa a violência para ficar no poder
As cenas de
penúria dos venezuelanos se tornaram corriqueiras nos últimos
anos, mas atingiram o ápice na semana passada. A crise de abastecimento deixou as prateleiras dos
supermercados totalmente vazias. Nesta segunda-feira (23), até a Coca-Cola
anunciou que interrompeu a produção de refrigerantes no país por causa da falta
de açúcar no mercado. Nos hospitais, recém-nascidos e doentes crônicos morreram
nos corredores por causa da falta de remédios e de equipamentos. Uma epidemia
de fome se alastrou no país. Nos últimos dois anos, a crise na Venezuela só
piorou. O país sofreu uma implosão rara em países sem guerra: a taxa de
mortalidade quadruplicou, a inflação de 180% em 2015 colocou mais de 70% da
população na pobreza, uma onda de criminalidade incontrolável obriga as pessoas
a ficar trancadas em suas casas.OPINIÃO
De Delcídios e Romeros*
Eliane Cantanhêde
O presidente em exercício Michel Temer sabia que não
seria fácil, mas não sabia que seria tão difícil. Cada dia, sua agonia – ou,
cada dia, o seu amigo ou ministro problemático. Se Eduardo Cunha é um peso
enorme, Romero Jucá não fica atrás. Os dois, juntos, já puxam Temer e seu
projeto para um limbo de interrogações. Mas eles não são os únicos.
Na fita revelada ontem pelo repórter Rubens Valente, Jucá
discute com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um “pacto” para
garantir o impeachment de Dilma Rousseff, a posse de Michel Temer e a
interrupção pelo meio da Operação Lava Jato. No caso da Lava Jato, era
inexequível, pouco mais que um devaneio, mas virou um imenso constrangimento
para o governo interino e um explosivo combustível para o discurso da nova
oposição e os movimentos que acossam Temer.
Na tentativa de pedir a prisão e a cassação de Jucá, a
primeira comparação feita pelo PT e seus aliados no Congresso foi com a
gravação ambiente que justificou a prisão do primeiro senador no exercício do
mandato, o então líder do governo Dilma, Delcídio Amaral. Mas, na verdade, a
comparação mais correta é com o diálogo entre o então ministro da Educação
Aloizio Mercadante e Eduardo Marzagão, assessor de Delcídio.
Delcídio foi preso e cassado por tentativa concreta de
obstrução da Justiça, depois de flagrado oferecendo meios práticos, como
dinheiro e até um avião, para tirar Nestor Cerveró do Brasil e assim evitar que
fizesse delação premiada e contasse cobras e lagartos sobre a participação de
amigos do ex-presidente Lula e de empreiteiros que, segundo o ex-líder,
estariam sendo protegidos por Dilma.
Mercadante foi mais sutil quando chamou Marzagão para uma
conversa no seu gabinete. Disse que poderia “ajudar” no que fosse possível,
sugeriu que poderia oferecer advogado e até alguma ajuda financeira, mas para a
defesa. Tudo implícito, sugestivo, sub-reptício, como fez Jucá com Machado.
Jucá não disse onde, como, com quem especificamente e com
que recursos práticos pretendia construir um pacto nacional “com o Supremo”,
“parar tudo”, “delimitar onde está, pronto”, “proteger o Lula, proteger todo
mundo”. Um projeto megalomaníaco, como se bastasse um estalar de dedos para
suspender a Lava Jato, parar o STF, o juiz Sérgio Moro, o MP, a PF e a imprensa.
Simples, não?
Aliás, é curioso como os políticos pegos em grampos falam
do Supremo sem a menor cerimônia, como se fossem íntimos dos ministros. Alguém
consegue imaginar Dilma, de um lado, ou Temer, de outro, destacando emissários
para calar, cooptar ou sei lá o quê os onze ministros do tribunal, todos e cada
um deles listados entre os maiores e mais respeitáveis juristas do País?
Nas fitas, Jucá também diz que o vivíssimo Eduardo Cunha
“está morto”. Nem tanto... Cunha e Jucá têm em comum a proximidade do
presidente em exercício, os rolos com a Lava Jato e destaque no início da
gestão Temer, mas Cunha sobrevive mesmo afastado e Jucá é que parece “morto”.
Dizem que os peixes morrem pela boca, mas Jucá morre pela boca e por “otras
cositas mas”.
Ninguém nega que Jucá seja um bom economista e um líder
de eficaz de qualquer governo, e esses são os motivos alegados por Temer para
destacá-lo para um cargo estratégico como o Planejamento. Desde o início,
porém, virou alvo favorito dos adversários de Temer e do impeachment, como
exemplo de que o PMDB estaria envolvido até o último fio do cabelo em
maracutaias.
Jucá, portanto, era uma crise anunciada. Como são as
indicações feitas a dedo por Eduardo Cunha no governo interino, a começar do
líder na Câmara, o réu André Moura. Os antigos governistas, hoje
oposicionistas, nem vão ter muito trabalho. Podem ficar sentados, esperando os
próximos escândalos.
Nenhum deles, aliás, tem tanta capacidade de fazer
estrago na equipe do presidente em exercício Michel Temer quanto Sérgio Machado
– o amigo que jogou Romero Jucá no olho da rua e sabe das coisas.
*Publicado no Estadão.com, em 24/05/2016
24/05/2016
Estadão - PF deflagra 30ª fase da Lava Jato e mira
propinas de R$ 40 milhões na Petrobrás
Ex-ministro José Dirceu, já condenado a 23 anos de
prisão, e Renato Duque, cujas penas somam mais de 50 anos, estão entre os alvos
desta etapa que apura propinas pagas por fornecedoras de tubos para a estatal
em contratos que somam mais de R$ 5 bilhões
Folha de São Paulo - Governo Temer anuncia pacote de
medidas econômicas
Fazenda prevê deficit de R$ 170,5 bi; Congresso deve
votar revisão da meta nesta 3ª
O Globo - Temer
decidiu tirar ministro para evitar sangria no governo
Caso criou constrangimento para presidente interino, que
foi alvo de protesto e pretende aguardar para fazer troca definitiva de Jucá
Diário de Pernambuco - Publicada
exoneração de Romero Jucá do Ministério do Planejamento
Jucá deixa o cargo depois da
divulgação de conversas gravadas entre ele e o ex-presidente da Transpetro
Sergio Machado
Estado de Minas - Marcio
Lacerda sanciona lei de concursos com cota racial para negros
Nova norma aprovada pelo prefeito de BH indica que 20%
das vagas em seleções públicas da capital mineira terão que ser destinadas à
população negra
Correio Braziliense - PF mira fornecedores da Petrobras e
suspeita de Dirceu e Duque
São investigados vários contratos e correspondentes de
repasses de valores não devidos, entre empresas contratantes da Petrobras e
funcionários da estatal, além de agentes públicos e políticos
Revista EXAME - Teto para gastos será principal medida de
pacote econômico
A medida é considerada central pelo ministro Meirelles
para permitir o controle de gastos também quando houver uma recuperação do PIB
Revista ÉPOCA - A crise na
Venezuela piora, e o chavismo usa a violência para ficar no poder
Os venezuelanos passam fome e padecem com a inflação,
enquanto Nicolás Maduro discursa e reprime manifestantes
Revista VEJA - Romero
Jucá é exonerado do cargo de ministro do Planejamento
Exoneração
'a pedido' foi publicada no 'Diário Oficial da União'
Portal G1 - Após queda de Jucá, Temer consultou situação
de Alves, relata ministro
Aliado próximo de Temer, ministro do Turismo é
investigado pela Lava Jato. Padilha disse que presidente em exercício conversou
com Henrique Alves
Agência Brasil - Coca-Cola interrompe produção na
Venezuela por falta de açúcar
A empresa que produz a Coca-Cola na Venezuela informou
que se esgotaram os estoques de açúcar refinado para uso industrial e que
interrompeu temporariamente a produção de refrigerantes que contêm esse
ingrediente
Portal IG - Alvos da Lava Jato, funcionários da Petrobras
têm de explicar à PF propina ao PT
Batizada de "Operação Vício", 30ª fase conta
com efetivo de cerca de 50 policiais federais e dez servidores da Receita, que
cumprem mandados em São Paulo e no Rio de JaneiroBOM DIA!
O roto falando do descosido!
Gosto muito de falar em São Gabriel, pois foi lá que nasci
me criei e aprendi uma série de ditados e expressões que comprovam o acerto de
quem as criou. A sabedoria popular é pródiga em dizer o que muitos pensam, mas
não falam.
Ontem, quando estourou a informação sobre as conversas
gravadas entre Romero Jucá, Ministro do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro,
logo fiquei pensando numa expressão que ouvia muito na minha terra.
Durante meses ouvimos de tudo sobre ações indignas
praticadas por governistas, acusados de corruptos e responsáveis por tentar
impedir que a corrupção fosse devidamente investigada no Brasil. Tinham razão,
em alguns casos.
Ao mesmo tempo, quem fazia parte do governo, tentava
mostrar que do outro lado também havia corrupção e muita gente envolvida até os
fios de cabelo num mar de lamas nunca visto na nossa história.Cada um buscava argumentos mais fortes para tentar
incriminar os adversários.
O que se viu, felizmente, foi a clareza de um juiz,
em Curitiba, que comandou a maior caça aos corruptos no Brasil. Sem olhar lado
nem cores partidárias, Sergio Moro mandou para a cadeia políticos e empresários
considerados intocáveis.
A história, como todos sabem, acabou num processo de
impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e que
colocou seu vice, Michel Temer (PMDB) na principal cadeira do Palácio do
Planalto.
Dito e feito. Se no governo anterior haviam muitos
ministros indiciados na Operação Lava Jato, não foi diferente quando da escolha
de Temer por seus auxiliares. Sete dos ministros nomeados, respondiam e
respondem por algum tipo de acusação nas investigações da Polícia Federal em
Curitiba.
Com Romero Jucá, pego numa gravação com Sérgio Machado,
sugerindo uma interferência na Operação Lava jato, aconteceu exatamente o que
seus pares condenavam nos políticos que estavam no governo. Aquilo que denunciavam,
era o que praticavam.
Jucá tentou, de todas as formas, dizer que não disse o
que disse, que falava de outra etapa, que se referia ao caos econômico e coisa
e tal. Não adiantou. As evidências estavam ali, nas gravações divulgadas pela
Folha de São Paulo, que já não sei se ainda faz parte da mídia golpista ou não.
No final da tarde, Romero Jucá anunciou que se licenciaria do cargo. Foi a maneira
honrosa de dizer que estava renunciando.
Michel Temer, se realmente quer ser um presidente que
tenha o respeito dos brasileiros, que quer mostrar honestidade e tentar tirar o
Brasil do caos em que se encontra, graças aos desmandos e mentiras do governo
anterior, tem que ser firme e decidido, não permitindo que assessores seus
figurem entre aqueles que se tornaram conhecidos pelo envolvimento em algum
tipo de corrupção.
A exoneração dos indiciados deve ser questão de honra para o
presidente em exercício, caso contrário, vai figurar entre aqueles que como se
diz lá em São Gabriel, não passam do roto falando do descosido!
Lava Jato
PF deflagra 30ª fase da Operação
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 30ª fase
da Lava Jato, intitulada Operação Vício. O alvo da 30ª fase são grandes
empresas fornecedoras de tubos para a estatal, que atuavam com seus executivos,
sócios, advogados e funcionários da Petrobras para sangrar os cofres da estatal
e recolher propina.
Os investigadores colheram indícios de que o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu, já condenado no petrolão a mais de 23 anos de prisão, e
o ex-diretor de Serviços Renato Duque, também já penalizado em mais de 50 anos
de prisão pelo juiz Sergio Moro, faziam parte do esquema.
A nova etapa da Lava Jato identificou que uma construtora
de fachada foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina em um
expediente utilizado com frequência por criminosos do colarinho branco: a
celebração de contratos fictícios de prestação de serviços. A transferência de
dinheiro sujo também foi viabilizada por meio de uma offshore.
O Ministério Público aponta que os contratos entre a
Petrobras e as empresas fornecedoras de tubos ultrapassam os 5 bilhões de
reais. "Evidências denotam que o pagamento de propinas no interesse desse
esquema criminoso perdurou pelo menos entre os anos de 2009 e 2013, sendo que
os valores espúrios pagos, no Brasil e no exterior, superam a quantia de R$ 40
milhões", disse o MP. Na etapa batizada de Vício, dois funcionários da
Diretoria de Serviços da Petrobras são alvos de condução coercitiva.
Cinquenta agentes federais cumprem 28 mandados de busca e
apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva
nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A ação de hoje se dá em parceria com
a Receita Federal e apura os crimes de crimes de corrupção, organização
criminosa e lavagem de dinheiro no esquema que sangrou os cofres da Petrobras.
De acordo com a PF, a operação desta terça é um
desdobramento das que revelaram o esquema criminoso do petrolão. O alvo agora
são três grupos empresariais que se utilizavam de operadores e contratos
fictícios com a estatal - sobretudo com a Diretoria de Serviços - e repassavam
dinheiro sujo a funcionários da Petrobras, além de agentes públicos e
políticos.
A escolha pelo nome Vício se deu, segundo a corporação,
em decorrência da sistemática prática de corrupção por determinados
funcionários da estatal e agentes políticos. "O termo ainda remete a ideia
de que alguns setores do Estado precisam passar por um processo de
desintoxicação do modo corrupto de contratar presente não ação de seus
representantes", diz a PF em nota.
A PF cumpre ainda mandados com o objetivo de apurar
pagamentos a um executivo da área internacional da Petrobras em contratos
firmados para aquisição de navios-sonda. Fonte: veja.com
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