Fernando Soler – o senhor tango - foi um dos maiores cantores nascidos na
Argentina e que levou a música mais popular do país ao mundo inteiro. Quando deixou
a orquestra de Héctor Varela, em 1981, iniciou uma carreira solo que o
consagrou como um dos maiores intérpretes de tango de todos os tempos.
Com Fernando Soler, vamos ouvir um dos mais marcantes tangos da história, Por Uma
Cabezasexta-feira, 10 de junho de 2016
Rapidinhas
Pela primeira vez, Suíça liga conta investigada na Lava
Jato a campanhas eleitorais
Pela primeira vez, o Ministério Público da Suíça ligou
uma conta secreta no país investigada no "caso
Petrobrás/Odebrecht" ao pagamento de gastos em "campanhas políticas
na América do Sul e Central". A suspeita das autoridades é de que a origem
do dinheiro é criminosa. O MP suíço não informou quais políticos ou partidos
estariam ligados a essas campanhas, mas procuradores em Berna afirmam que
o dinheiro depositado na conta está bloqueado e que esses dados foram
solicitados por autoridades brasileiras. A informação foi passada ao
Jornal Estado em
resposta a perguntas da reportagem relacionadas à notícia de que o lobista Zwi
Skornicki, apontado como operador de propinas pela Operação Lava Jato, fechou
acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal brasileiro. Preso
desde 23 de fevereiro de 2016, Zwi Skornicki repassou US$ 4,5 milhões para a conta secreta na
Suíça do marqueteiro do PT, João Santana -preso com a mulher, Mônica Moura, em Curitiba, alvos da
Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato.
Desemprego já atinge um em cada quatro jovens com menos
de 25 anos, aponta Ipea
O agravamento da crise econômica intensificou o nível de
desemprego no Brasil, principalmente entre os mais jovens. Levantamento
elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) aponta que um
entre quatro brasileiros com menos de 25 anos está desempregado. O estudo
também mostra que, no universo das pessoas atingidas pelo desemprego, a
situação é mais grave no Nordeste, entre mulheres e jovens, entre pessoas com
ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas. Esse grupo
também é composto principalmente por pessoas que não são chefes de família. A
taxa de desemprego também atinge mais as mulheres (12,75%) do que os homens
(9,48%), mais aqueles que não são chefes de família (15%) do que aqueles que
são (6,07%) e mais quem mora nas regiões metropolitanas (11,93%) do que quem
mora fora delas (10,13%).
Teori libera denúncia sobre Cunha para julgamento no STF
O ministro Teori Zavascki liberou para julgamento a
denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o deputado
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), referente a contas na Suíça atribuídas ao parlamentar. Ainda não
há data para o plenário do Supremo
Tribunal Federal analisar a acusação. O Supremo já aceitou
uma outra denúncia sobre Cunha na Lava Jato, relativa a uma suspeita
de que ele exigiu e recebeu ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do
estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras. A liberação da segunda
denúncia significa que Teori
Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, já concluiu sua
análise sobre o caso.
Irmão de Garotinho é condenado a 12 anos por exploração
sexual
A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, em exercício
na 3ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, condenou a penas de até 31 anos
de prisão os 14 acusados de envolvimento no caso que ficou conhecido por
"Meninas de Guarus", em que crianças e adolescentes foram exploradas
sexualmente no município, no norte do Rio. O ex-vereador e ex-deputado Nelson
Nahim terá que cumprir 12 anos de reclusão em regime fechado pela prática dos
crimes de estupro, coação no curso do processo, e o artigo 244 do Estatuto da
Criança e do Adolescente - submissão de criança/adolescente à
prostituição/exploração sexual. Nahim é irmão de Anthony Garotinho,
ex-governador do Rio, e foi prefeito de Campos durante o período em que Rosinha
Garotinho, sua cunhada, foi afastada do cargo pelo TRE-RJ, em 2010. Na denúncia
oferecida à Justiça, o ex-deputado foi apontado por sua relação com uma
adolescente de 15 anos de idade.
Venezuela autoriza 2ª etapa de referendo contra Maduro
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE),
Tibisay Lucena, confirmou nesta sexta-feira que a etapa de validação de mais de
1,3 milhões de assinaturas de pessoas que apoiam o início de um referendo para
revogar o mandato do presidente do país, Nicolás Maduro, será
realizado entre os próximos dias 20 e 24 deste mês. Lucena disse aos
jornalistas que após a "apuração" de mais de 600 mil assinaturas,
agora terá início à nova fase de cinco dias, para que as pessoas confirmem seu
apoio ao processo. Depois, haverá uma "revisão da validação", que se
estenderá até o dia 26 de julho. A presidente da CNE informou, além disso, que
será publicada a partir de hoje, no site do órgão, uma base de dados com os
nomes das 1,3 milhão de pessoas que assinaram o apoio do referendo e, se assim
desejarem, possam excluir seus nomes da relação.Final de semana
Possibilidade de neve e mais frio
A chuva que chegou acompanhada de uma massa de ar polar,
pode possibilitar a precipitação de neve em algumas partes do Estado. É
possível que a temperatura caia ainda mais no Estado.
Nos Campos de Cima da Serra, os termômetros registraram
as temperaturas mais baixas na madrugada desta sexta-feira. Na cidade de
Vacaria, o frio chegou a -6,3°, provocando geadas.
Marcas abaixo de zero foram registradas em São José dos
Ausentes, Canela, Caxias, Bom Jesus e Santa Rosa.
Impeachment de Dilma
Lewandowski nega mais três recursos
Ricardo Lewandowski - Foto: Reprodução |
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo
Lewandowski, negou na noite desta quinta-feira mais três recursos que
questionavam o funcionamento da comissão especial do impeachment no Senado. Um
deles pedia para que a comissão considerasse como prova os áudios gravados pelo
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O argumento é que o diálogo entre
Machado e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) é uma "prova que estaria
diretamente relacionada com a alegação de desvio de finalidade do processo de
impeachment". Outro era um agravo da senadora Vanessa Grazziotin (PC do
B), contra a decisão de dar apenas três minutos para cada senador fazer
perguntas às testemunhas do processo. O terceiro requerimento era sobre o fato
de a comissão ter votado de forma global os requerimentos para arrolar testemunhas
e produzir evidências. Lewandowski, que atua como presidente do processo de
impeachment e tem como função julgar os recursos da comissão, ainda tem de
decidir sobre um requerimento impetrado pela defesa da presidente afastada
Dilma Rousseff que solicita uma perícia independente nos documentos que
embasaram a denúncia contra ela.
Fonte: veja.com
OPINIÃO
As pedaladas em detalhes*
A comissão especial do impeachment do Senado iniciou esta
semana a etapa de oitiva de testemunhas. E bastou a primeira sessão dessa nova
fase – quando testemunhas da acusação responderam a questões dos senadores
sobre os crimes de responsabilidade imputados à presidente Dilma Rousseff –
para jogar por terra qualquer tentativa de insinuar a existência de um golpe no
País.
Conforme amplamente explicado pelas testemunhas, a presidente Dilma
Rousseff infringiu conscientemente a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que
configura crime – motivo mais que suficiente para justificar seu impeachment.
Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), e Antonio Carlos D’Ávila
Carvalho, auditor do TCU, afirmaram que a presidente Dilma Rousseff sabia que,
com as pedaladas fiscais e a edição de decretos de créditos suplementares
assinados sem autorização do Congresso Nacional, ela violava a Lei de
Responsabilidade Fiscal e a lei orçamentária.
Conforme explicou D’Ávila, a edição de um decreto em
discordância com a lei orçamentária é infração gravíssima. “Se você estava em
situação de déficit, o que seria compatível naquele momento era um
encaminhamento de um projeto de lei ao Poder Legislativo para que ele pudesse
participar também da decisão sobre aquela despesa”, afirmou o auditor do TCU.
Em resposta ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que
tentava insinuar que teria havido mudança de jurisprudência por parte do TCU, o
procurador Júlio Marcelo esclareceu que o tribunal nunca endossou a edição de
decretos de suplementação de créditos em descompasso com a meta fiscal. “Não há
decisão anterior do TCU que considerasse decretos de abertura de suplementação
de créditos sem observância da meta fiscal. E, portanto, não há que falar em
nova jurisprudência para retroagir e convalidar irregularidades passadas. O que
havia antes e continua existindo é a Constituição, a Lei de Responsabilidade
Fiscal e as leis orçamentárias de cada ano, que devem ser observadas
independentemente de uma manifestação do TCU sobre o tema.”
Na sessão também se pôde esclarecer o equívoco – tantas
vezes repetido pela defesa da presidente Dilma Rousseff – de que as pedaladas
fiscais eram corriqueiras em outros governos. D’Ávila afirmou que as operações
de crédito realizadas junto ao Banco do Brasil no governo Dilma – que
contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal – foram inéditas na gestão fiscal
do País.
Para Júlio Marcelo, há relação direta entre a crise
econômica que o País vive e as pedaladas fiscais. “O artifício que foi
utilizado para a expansão do gasto fiscal implicou no aumento da dívida pública
não conhecida da sociedade, porque foi maquiado pela omissão do Banco Central
do Brasil. Implicou na perda de confiança dos agentes econômicos nos números e
no futuro da economia e a perda do grau de investimento do Brasil pelas
agências de classificação de risco”, afirmou o procurador.
Na sessão, também foram ouvidos Adriano Pereira de Paula,
coordenador de operações de crédito (Copec) do Tesouro Nacional, e Otávio
Ladeira de Medeiros, secretário do Tesouro Nacional. Adriano Pereira de Paula
observou que as orientações ao Tesouro sobre o repasse de recursos ao Banco do
Brasil para subsidiar empréstimos do Plano Safra vieram de autoridades da área
econômica do governo da presidente Dilma Rousseff.
Ainda que óbvio, esse ponto é importante porque contesta
a falaciosa defesa de Dilma Rousseff, que afirma que ela não era responsável
pela gestão das finanças públicas do País. Como esclareceu o coordenador do
Copec, as ordens para atuar de forma contrária à Lei de Responsabilidade Fiscal
vinham da equipe econômica da presidente.
Abundantes, os fatos mostram que a presidente Dilma
Rousseff, ao infringir conscientemente a legislação orçamentária, cometeu crime
de responsabilidade. Ficar repetindo que há golpe é mais que ignorância – é
má-fé.
*Publicado no Estadão.com em 10/06/2016
10/06/2016
Estadão - Partidos
rivais se unem para afastar Eduardo Cunha definitivamente
Grupo
comandado pelo PSDB busca ainda apoio do adversário para fazer nova eleição na
Câmara
Folha de São Paulo - Planalto defende
prazo para teto de gasto público
Ministros querem que condição valha por período de 3 a 5 anos, e Fazenda,
até controlar dívida
O Globo - TCU aponta
17 pontos irregulares nas contas de Dilma em 2015
Entre falhas estão operações de crédito como as que
levaram à reprovação das contas de 2014
Estado de Minas - Dez colaboradores asseguram: Renan,
Jucá, Sarney e Cunha receberam propinas
Propinas relatadas colaboradores da Operação Lava-Jato
com destino ao quarteto do PMDB que o Ministério Público quer ver na cadeia
superam os R$ 200 milhões
Diário de Pernambuco - Lava Jato já tem as
contas de outros beneficiários de propina que pagou Cunha
Propina paga na compra de um
campo de exploração de petróleo na África teria gerado US$ 1,5 milhão para
Cunha
Correio Braziliense - Procurador:
'Dinheiro público foi convertido em sapatos e roupas de grife'
Deltan Dallagnol referiu-se à suposta lavagem de dinheiro
cometida por Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha
Gazeta do Povo - Foco no PMDB não tira o PT do radar da
Operação Lava Jato
Apesar da alta cúpula do governo Temer ter sido balançada
pela Operação, investigados do PT continuam na mira
Revista VEJA - STF
dá 5 dias para Cunha apresentar defesa em processo da Lava Jato
Prazo
começa a partir da notificação do peemedebista, o que ainda não aconteceu.
Cunha é acusado de ter recebido propina de US$ 5 milhões em contrato de
navios-sonda
Revista ÉPOCA - Cláudia Cruz
esperava ser denunciada pelo Ministério Público desde o final do ano passado
Sergio Moro aceitou acusação contra a mulher de Eduardo
Cunha por lavagem de dinheiro e evasão de divisa
Revista EXAME - Delfim Netto é intimado a explicar R$ 240
mil da Odebrecht
A Lava Jato chegou ao nome do ex-ministro e criador do
"milagre econômico" da ditadura militar depois de encontrar a
planilha do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht
Agência Brasil - Gilmar Mendes pede troca de mesários e
investigação sobre votos de 2014
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Gilmar Mendes, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à
Polícia Federal (PF) a abertura de investigação de 40 mil votos das eleições de
2014. Gilmar Mendes também pediu a substituição de todos os mesários que participaram
das últimas eleições
Portal IG - Temer deve adiar reforma da Previdência para
depois das eleições
Em almoço com sindicalistas nesta sexta, presidente
interino quer reduzir resistências
Portal G1 - Governo lança regras para entidades do Minha
Casa na área rural
Segundo ministro, ideia é dar a todas entidades iguais
critérios de avaliação. Em maio, ministério havia barrado parte das construções
do Minha CasaBOM DIA!
Quando levantei da cama, ontem, a temperatura era de 1,9°,
mas hoje subiu bastante pois minha mulher me disse que o termômetro estava
marcando 3,5°. Cheguei a pensar num banho frio, mas achei que estava
exagerando.
Agora, falando sério, ouvi no rádio que poderemos ter
chuvas a partir do meio da manhã, o que significa que o frio será ainda mais
intenso nas próximas horas. Então já vou tratar de comprar os ingredientes para
um belo sopão e separar um vinho tinto para a hora da janta.
Tenham todos um Bom Dia!
Mistério em Brasília*
Eliane Cantanhêde
Petistas, tucanos, comunistas e liberais, além de
peemedebistas, não conseguem entender o real objetivo do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, ao pedir a prisão do presidente do Senado, de um
ex-presidente da República e de um senador no exercício do mandato. Prendê-los,
de fato, não deve ter sido.
Assim, a única certeza no Senado é de que o vazamento só
ajudou a contaminar ainda mais o ambiente político. Fora isso, há uma avaliação
corrente, inclusive entre ministros de tribunais superiores, de que
dificilmente o Supremo acatará o pedido de Janot e de que o plenário dos
senadores não deverá aprovar as prisões, pelo menos com base no que é público
até agora.
Pode-se até sussurrar, daqui e dali, que motivos não
faltam para a investida da Procuradoria contra José Sarney, Renan Calheiros e
Romero Jucá, inclusive pelo conjunto da obra de cada um. Mas a legislação
brasileira diz que senadores no exercício do mandato, como Renan e Jucá, só
podem ser presos em caso de flagrante de crime inafiançável. Cadê o flagrante?
Cadê o crime inafiançável?
O precedente foi do então líder do governo, senador
Delcídio Amaral, que foi gravado propondo ações concretas para comprar o
silêncio de um delator da Lava Jato, até dinheiro e um jatinho para tirá-lo do
País. Mesmo assim, o processo foi tenso: os ministros Supremo se manifestaram,
o plenário do Senado deu autorização e houve questionamentos sobre haver ou não
flagrante.
Imagine-se agora, quando nos meios políticos e jurídicos
consideram-se as conversas entre Renan, Sarney e Jucá com o delator Sérgio
Machado como normais para quem está vendo a Lava Jato chegar e nada mais pode
fazer senão espernear, praguejar e pensar alto em saídas não factíveis. Jucá
falou em “estancar a sangria” da Lava Jato? Alguém falou num projeto para mudar
a delação premiada? E daí? Qualquer um pode falar o que quiser e qualquer
parlamentar pode apresentar o projeto que bem entender.
Não vai aqui nenhuma defesa deste ou daquele senador,
cada um que pague pelo que deve e seja punido quando crimes houver. O que se
discute nos três Poderes, em Brasília, é se há ou não motivo objetivo, nas
fitas vazadas, para a Procuradoria pedir a prisão de senadores, o relator Teori
Zavascki acatar, os ministros referendarem e o Senado autorizar. Aparentemente,
não.
Algo que ilustra bem tudo isso é a reação no Senado,
dividido ferozmente entre favoráveis e contrários ao impeachment de Dilma
Rousseff. Era de se esperar que também o pedido de prisão do seu presidente, do
seu ex-presidente Sarney e do seu vice-presidente Jucá fosse entrar nessa
dança, ou divisão. Não entrou.
Há quem veja nessa posição do PT e de seus aliados um
indício de acordão corporativista, de um pacto de sobrevivência, já que todos
os partidos estão de barbas de molho, réus e, às vezes, vítimas do sistema
político falido. É uma tese. A outra é que, friamente, objetivamente, a maioria
considera que as conversas entre quatro paredes, sem flagrante, sem crime
inafiançável e sem mais do que alguns palavrões e pitadas de fanfarronice, não
são suficientes para a prisão de ninguém.
O Brasil tem sede de justiça, quer ver os tubarões todos
na rede, mas lei é lei, nada justifica a quebra do estado de direito. Tanto
falam em “golpe”, mas ninguém vê, sente e cheira golpe nenhum, só montes de
escândalos e uma democracia se afirmando. Se Janot não tem dados sólidos para
prender os senadores, eles não serão presos. Se e quando tiver, eles serão.
*Publicado no Estadão.com em 10/06/2016
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