quinta-feira, 30 de junho de 2016

BOA NOITE!

Jurandir C. Chaves, ou simplesmente Juca Chaves, também conhecido como Menestrel maldito, é um cantor, compositor, músico e humorista. 

Com formação em música erudita, Juca começou sua carreira no final da década de 50, tocando modinhas e trovas num estilo suave.

Dentre suas composições mais conhecidas estão, Dona Maria Tereza, Menina, Por quem Sonha Ana Maria, Presidente Bossa Nova, que fez em homenagem a Juscelino Kubitschek, e A Cúmplice, que selecionei para hoje.



Lâmpadas incandescentes

Venda está proibida a partir de hoje


A partir desta quinta-feira, está proibida a venda de lâmpadas incandescentes no Brasil. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) começa a fiscalizar nesta sexta, por meio dos Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) estaduais, estabelecimentos comerciais que ainda tenham à disposição lâmpadas incandescentes com potência de 41watts (W) até 60 W. Quem não atender à legislação poderá ser multado entre 100 reais e 1,5 milhão de reais.

A restrição foi estabelecida pela Portaria Interministerial 1.007/2010, com o objetivo de minimizar o desperdício no consumo de energia elétrica. Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75% em comparação a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente. Se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para 85%.

A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W. Neste ano, começou a ser proibida também a produção e importação de lâmpadas incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização ocorrerá em 2017.

Segundo o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro, engenheiro Marcos Borges, a fiscalização tem caráter educativo, porque os comerciantes foram orientados sobre a proibição desde o ano passado. "Por isso, entendemos que o impacto não é brusco para os comerciantes, porque eles já vêm sendo instruídos nesse sentido desde a assinatura da portaria, em 2010."
Agência Brasil


OPINIÃO

A cultura da boca-livre*

O escândalo do desvio de recursos públicos para atividades que nada têm a ver com o estímulo à cultura, conforme apurou a Operação Boca Livre da Polícia Federal (PF), tende a radicalizar a discussão em torno da chamada Lei Rouanet, que gera controvérsia desde que foi aprovada, em dezembro de 1991. Não é para menos: afinal, quando até uma festa de casamento é bancada com recursos oriundos de renúncia fiscal, é porque alguma coisa está muito errada.

A operação da PF desmontou um esquema que funcionava desde 2001 e fraudava o processo por meio do qual o Ministério da Cultura (MinC) libera o benefício a quem o solicita. Segundo as investigações, os operadores do esquema apresentaram projetos culturais falsos e dessa forma obtiveram cerca de R$ 180 milhões. A tal festa de casamento, por exemplo, recebeu os recursos porque foi disfarçada de show.

Está claro que essa quadrilha pôde agir por 15 anos porque a fiscalização é frouxa, e talvez seja esse o maior problema da Lei Rouanet. O benefício tem sido concedido a projetos que jamais poderiam ser enquadrados na categoria de “fomento à cultura”.

O estímulo oficial à criação artística e ao desenvolvimento cultural, seja por meio de recursos advindos de renúncia fiscal, seja por investimentos diretos do governo, é indispensável como instrumento auxiliar para, entre outros objetivos, a formação da identidade cultural de um povo. A Lei Rouanet, ao longo de seus 25 anos de existência, tem cumprido esse objetivo. Apresenta, no entanto, graves distorções que precisam ser corrigidas, inclusive aquelas que dão margem a fraudes.

Para que venha a se beneficiar da Lei Rouanet é preciso que um produtor cultural submeta um projeto detalhado ao MinC, informando o montante de recursos financeiros que pleiteia. Uma comissão de técnicos analisa a proposta tanto do ponto de vista técnico quanto de seus objetivos culturais e aprova, ou não, a captação pelo pleiteante, junto às empresas privadas, da verba aprovada. Esse dinheiro é descontado pelo patrocinador de seu Imposto de Renda devido como pessoa jurídica.

Quando, em 2009, tentava negociar com o Congresso a reforma da Lei Rouanet, o então ministro da Cultura, Juca Ferreira, argumentava que a maior distorção do sistema estava na captação dos recursos junto à iniciativa privada, cujos departamentos de marketing tinham o poder de definir os projetos de sua preferência. Como consequência, dizia então o MinC, cerca de 80% dos recursos captados pelos projetos aprovados beneficiavam o Sudeste. É verdade, consequência do fato óbvio de que é em Regiões Metropolitanas como as de São Paulo e Rio de Janeiro que se concentra a maior parte do público-alvo das empresas. Seus departamentos de marketing, portanto, fazem o que deles se espera e pouco têm a ver com a difusão da cultura.

Mas é verdade também – e esse é o fulcro da questão – que os projetos que as empresas aceitam patrocinar para se beneficiarem da renúncia fiscal são aqueles, e somente aqueles, que o MinC aprova. A distorção, portanto, não está na captação, mas na aprovação dos projetos.

É claro que não faz sentido patrocinar com recursos públicos espetáculos de artistas consagrados que por definição podem contar com a bilheteria para cobrir seus custos e remunerar seu talento. É claro também que em momentos de crise como o que vivemos é muito difícil, até para celebridades, contar apenas com bilheteria. Mas, quando se trata de recursos públicos, é preciso estabelecer prioridades. A questão central, então, é que é indispensável o aporte de recursos públicos para a criação artístico-cultural, mas esses recursos devem se concentrar no fomento da atividade criativa – o que implica prioritariamente pesquisa, inovação e qualificação profissional – e não no espetáculo, o que significa a submissão de um programa de governo no campo cultural ao efeito perverso da lógica do mercado. Para não falar da falta de fiscalização, que beneficia as escandalosas bocas-livres.

*Publicado no Estadão de 30/06/2016

RAPIDINHAS


“Determinar final de operações PF”: diz bilhete encontrado na residência de Santana e Mônica
A Polícia Federal está tentando decifrar  anotações do publicitário João Santana e de sua esposa Mônica Moura. Entre os documentos apreendidos nas residências do casal em Camaçari, Salvador e São Paulo, há bilhetes, e-mails, agendas, notas fiscais e documentos que podem ajudar a elucidar o esquema de caixa dois, desvios de dinheiro público e lavagem de dinheiro em torno do petrolão. Uma das anotações mostra o casal tentando montar uma estratégia para minar os trabalhos da Operação Lava Jato. Ela foi recolhida em busca no apartamento do casal no luxuoso bairro do Corredor da Vitória, em Salvador. Há uma folha com manuscritos, em cor azul, em uma caderneta, onde se lê: "Determinar final de operações PF", o que seria clara referência a uma estratégia para tentar controlar o trabalho da polícia. Na capa da caderneta está escrito "Bondade". Os peritos estão tentando entender outras anotações na mesma página, como "estabilidade penal, consciência", e "caráter, digo". Em seguida, há anotação "Sem Chavez", possível referência aos negócios de publicidade do casal na Venezuela. Há também referência a um "H. Costa" e ao "Sist. Político".

Prêmios de vaquinha de Dilma incluem vídeo e foto autografada
Em projetos de financiamento coletivo, normalmente, são oferecidas recompensas que variam de acordo com a generosidade do colaborador. A lógica, no entanto, não foi usada por Dilma Rousseff em sua vaquinha virtual para custear o fretamento de jatinhos. Quem doar 10, 20, 30, 50, 100, 200, 500, 1 000 ou 5 000 reais vai ganhar as mesmas “recompensas”: uma citação do nome no site informando que fez uma doação, um vídeo de agradecimento (que será genérico) e uma espetacular foto oficial autografada em versão digital (nada mais que a foto de Dilma com uma assinatura digitalizada em cima, enviada por e-mail). Deputados aliados brincaram dizendo que Dilma podia pelo menos oferecer uma visita guiada por ela ao Palácio da Alvorada para quem colocasse a mão no bolso e doasse os 5 000 reais ou mais. (Radar/Veja)

Juiz que prendeu Bernardo aponta ‘tendência’ de que só pobre pratica crime violento
O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, que na quinta-feira, 23, mandou prender o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento/Governo Lula) – ordem revogada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, nesta quarta, 29 – argumenta que há uma ‘tendência, ainda que inconsciente’ de que a sociedade é ameaçada exclusivamente na ocorrência de crimes violentos praticados por pobre. Ao criticar a decisão de Toffoli – segundo o qual a prisão preventiva de um suspeito cabe para os casos de extremada agressividade -, o magistrado da 6.ª Vara Criminal Federal de São Paulo foi bastante enfático. “Observo que a doutrina invocada na decisão do Supremo Tribunal Federal (de soltura de Paulo Bernardo) fala da possibilidade de prisão preventiva em crimes como ‘homicídio por esquartejamento ou mediante tortura, tráfico de quantidades superlativas de droga, etc.’, o que, a meu ver, reflete a tendência, ainda que inconsciente, de se considerar a existência de riscos apenas em crimes violentos, no mais das vezes cometidos apenas por acusados pobres.’

Carlinhos Cachoeira é preso na Operação Saqueador
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 30, nova Operação Saqueador que investiga lavagem de R$ 370 milhões. A Saqueador prendeu o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira em Goiânia e outros dois investigados. São alvos da ação a Delta Construções, o empresário Fernando Cavendish e o lobista Adir Assad. São cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão no Rio, em São Paulo e em Goiás, envolvendo sede e filial de empresa de engenharia, seu controlador e pessoas relacionadas ao suposto esquema. Foi apreendido um cofre no apartamento de Fernando Cavendish no Rio. O empresário estaria fora do País.

Cade, MPF e PF fazem operação para investigar cartel em licitações de ferrovias
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a Polícia Federal cumprem hoje (30) 17 mandados de busca e apreensão em 12 empresas de engenharia envolvidas em um suposto cartel em licitações da Engenharia, Construções e Ferrovias S/A (Valec), em obras para implantação da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Integração Oeste-Leste. Estão sendo cumpridos ainda 27 mandados de busca e apreensão pelo MPF/GO e pela Polícia Federal em outras empresas de engenharia e em residências, além de 14 mandados de condução coercitiva. Ao todo, 51 servidores do Cade e 200 policiais federais participam da chamada Operação Tabela Periódica – um desdobramento da Operação Lava Jato. Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Paraná, Bahia, Espírito Santo e Goiás.

BOM DIA!

Feijão maravilha!

Quando eu era guri, lá em São Gabriel, meu pai que era subtenente do Exército e tinha que manter uma família de 8 filhos e os medicamentos que minha mãe usava para controlar a asma, sofria com a falta de dinheiro e, muitas vezes, o arroz com feijão era a comida principal. Naquela época se dizia que esta era comida de pobre.

Assim foi com muitas famílias que jamais deixaram de ter como prato indispensável na mesa, o arroz e o feijão.

Um gostoso prato de arroz com feijão, um pedaço de carne e um aipim fervido, até hoje, é uma das comidas que mais gosto. Quando o aipim é macio e o feijão bem temperado, não preciso de mais nada.

Mas é muito cedo, o dia mal começou e já estou falando em comida? Muitos ainda estão tomando o café da manhã, outros nem isso mais conseguem fazer. Então, vou logo explicando.

O feijão, que sempre foi considerado comida dos mais pobres, já está ficando longe da mesa das famílias mais humildes. O preço disparou e o tradicional arroz com feijão já não pode mais ser considerado comida de pobre.

E o que é pior, é que vivemos no Rio Grande do Sul, Estado que foi considerado, durante muito tempo, celeiro do Brasil. Aqui, feijão era plantado em qualquer canto, quase todo mundo, principalmente no interior, tinha uma rocinha de feijão no pátio de casa.

Hoje, quando a gente passa pela gôndola do feijão nos supermercados, fica impressionado com o preço do produto. Cansei de ver donas de casa, que antes colocavam muitos pacotes de feijão no carrinho, hoje levam, no máximo, um pacotinho de um quilo. Mais do que isso pode ser considerado exagero.

Mas enquanto o feijão vai desaparecendo da mesa da gente, fico pensando no que levou a tornar o produto um item selecionável e, muitas vezes, dispensável na lista de compras do final do mês. Se quem ainda pode fazer um rancho razoável, já está diminuindo o consumo do feijão, tão necessário e importante para a saúde, principalmente das crianças, o que deixar para quem não consegue nem mais contar com o prato que nunca havia faltado na mesa dos brasileiros? Arroz com feijão faz muito tempo, deixou de ser comida de pobre e passou, no máximo, a ser prato especial na mesa de quem pode mais.

Juro que chego a sentir o cheirinho gostoso que vinha da cozinha quando a Dona Célia, minha querida e saudosa mãe, temperava o feijão. A casa ficava tomada pelo aroma delicioso da manjerona. A gente ficava esperando a hora do almoço para saborear aquele delicioso feijão maravilha!

Tenham todos um Bom Dia!