sexta-feira, 8 de julho de 2016

BOA NOITE!

Paulinho da Viola, compositor, cantor e violonista, nasceu em Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1942. 

Desde pequeno conviveu com músicos como Pixinguinha, Jacó do Bandolim e Dilermando Reis, quando aprendeu a gostar de samba, choro e tocar violão.

Compositor de inúmeros sucessos, membro da Ala dos Compositores da Portela, Paulinho da Viola venceu o V Festival de Música Popular Brasileira, produzido pela TV Record em 1969, com Sinal Fechado.

Paulinho compôs a música Pecado Capital, em 1975, para ser trilha sonora da novela de mesmo nome, exibida pela Rede Globo.








RAPIDINHAS

 

Lewandowski e sua tropa pelo reajuste
Senadores comentavam no plenário esta semana sobre a pressão que estão recebendo dos presidentes dos tribunais de Justiça e desembargadores de seus estados para que os salários dos ministros do STF sejam reajustados de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,38. Com isso, eles seriam beneficiados com o efeito cascata. Mas os juízes confessaram aos senadores que fizeram isso a mando do próprio presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que tem ligado para
eles pedindo que façam o corpo a corpo com os senadores. (Radar/VEJA)

Maranhão ignora de convocação de líderes e mantém eleição na quinta 
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu passar por cima da decisão do colégio de líderes e manteve a sessão de eleição do novo presidente da  Casa para quinta-feira, 14, às 16h. De acordo com o regimento e a Constituição, a presidência tem a prerrogativa de assim o fazer e faremos, explicou. A decisão gerou revolta entre os líderes partidários que defendem a eleição na terça-feira, 12. A avaliação é que, ao manter a sessão de quinta-feira, Maranhão trabalha com a possibilidade de não ter quórum e assim deixar a sucessão na Casa para agosto, prolongando sua permanência no cargo.

Receita libera consulta ao 2º lote de restituição do IR
A Receita Federal libera nesta sexta-feira, 8, a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda de 2016. O pagamento será realizado no dia 15 de julho e totaliza R$ 2,5 bilhões para 1,5 milhão de contribuintes. Para fazer a consulta, acesse o site da Receita. O lote também contempla restituições dos exercícios de 2008 a 2015, aumentando o valor pago para R$ 2,7 bilhões. Desse total, R$ 951,6 milhões se referem ao quantitativo de contribuintes que,por lei, têm preferência no recebimento da restituição. São 477.147 contribuintes idosos e 51.310 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

Senador faz jantar para Lula, mas só seis aparecem
Roberto Requião (PMDB-PR) ofereceu um jantar para que Lula pudesse tratar do
impeachment. Só seis senadores apareceram. Convidado, Cristovam Buarque não foi. “Eutinha um jantar do embaixador americano para a encarregada das Américas no Itamaraty delesem Paris”. Do outro lado da cidade, Cunha, mesmo “demissionário”, jantava ao lado de doze
aliados.(Painel/Estadão)

Governos estaduais querem organizar jogos de azar
O acordo para facilitação do pagamento das dívidas dos Estados com a União não acalmou os políticos. Os governadores fizeram pressão nesta semana para adiar a votação  do projeto que legaliza os jogos de azar. Eles querem, com isso,  mudar o trecho que define a União como a responsável pela organização e liberação dos jogos. Pretendem tomar para si a função. Além disso, senadores favoráveis ao projeto querem tirar o trecho que restringe a resorts a instalação de cassinos.

Carro usado vira opção na crise e venda dispara
Enquanto o mercado de carro zero quilômetro acumula queda de 25,4% no primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento de 23,6%. “Quem compra o seminovo é o consumidor que compraria o zero, mas está trocando um pelo outro”, afirma Ilídio dos Santos,
presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

OPINIÃO

O agosto de Dilma e Cunha
*Eliane Cantanhêde
É incrível como os arqui-inimigos Dilma Rousseff e Eduardo Cunha vão caminhando para o ocaso político, lado a lado, semana a semana, e podem chegar juntos ao cadafalso em agosto, o mês do cachorro louco na política brasileira, quando Getúlio Vargas se matou, Jânio Quadros renunciou, Juscelino Kubitschek morreu.

Dilma não foi pessoalmente se defender na Comissão de Impeachment e enviou uma carta em que fala menos para os senadores, que já têm seus votos bastante definidos, e mais para sua biografia e para a opinião pública. Nessa carta, disse que errar é humano, mas, no seu caso, sem “desonestidade, covardia ou traição”. O impeachment, acusou, é uma “injustiça” e uma “farsa”.

Quanto a Cunha: ele renunciou à presidência da Câmara para ganhar ainda mais tempo e principalmente para tentar salvar o mandato, mas é tarde demais: não vai escapar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nem do plenário da Câmara e muitíssimo menos da Justiça. 

No máximo, ele e seus seguidores vão tentar manobrar com os prazos. Por exemplo, marcando para o mesmo dia, a próxima terça-feira, a votação da cassação de Cunha na CCJ e a eleição do novo presidente no plenário da Câmara. Cria-se, assim, uma relação direta de causa e efeito: elege-se o sucessor para livrar a cara de Cunha? Mas pode ser em vão.

Ambos, Dilma e Cunha, sabem que estão perdidos. O mundo político considera pule de dez que o impeachment dela será aprovado em agosto pela comissão e em seguida pelo plenário do Senado. E trabalha ativamente para evitar que Cunha, já ferido de morte, tenha fôlego para definir como e quando será seu próprio enterro. 

Há um esforço suprapartidário especialmente para evitar que possa fazer o sucessor na presidência. Seria como morrer num dia e reencarnar no outro na pele de um aliado. Faria, assim, uma dupla pressão sobre o Planalto, com o líder do governo, André Moura, e com um futuro presidente da Câmara tirado do Centrão.

A estratégia de Dilma, de Lula e do PT é adiar ao máximo a votação final do impeachment, não para tentar reverter votos ou chegar a um resultado surpreendente a favor dela, mas sim para manter uma excelente plataforma para enfraquecer e minar as chances de sucesso do interino Michel Temer.

Temer, porém, não sangra sozinho. Enquanto o Brasil tiver dois presidentes e ainda houver dúvidas quanto à sua confirmação, por mínimas que sejam, mais lenta e mais difícil é a recuperação da confiança, dos investidores e, portanto, da economia – e dos empregos.

Quanto a Eduardo Cunha: seus dois problemas agora são os prazos e suas contas com a Justiça. Ele está estrebuchando, mas tenta empurrar o fim para agosto, aproveitando-se do início do recesso branco do Congresso na próxima quinta-feira. E, na Justiça, ele dá murro em ponta de faca.

Sem a presidência da Câmara, seus muitos processos no Supremo Tribunal Federal saem do plenário para uma das turmas e podem ganhar mais celeridade. E, quando perder o mandato de deputado, ele perderá o próprio direito a foro privilegiado. Trocando em miúdos: vai sair do Supremo e cair nas garras do juiz Sérgio Moro, já implacáveis com sua mulher, Claudia Cruz.

Em resumo, há uma grande simbiose entre Dilma e Cunha, mas por motivos muito diferentes e com destinos também bastante distintos. Dilma faz o caminho de volta para Porto Alegre, de onde nunca deveria ter saído. Cunha está com um pé na prisão, para onde já poderia ter ido há anos, talvez décadas. Eles já são cartas fora do baralho e o Brasil quer saber como, para onde e com que peças esse jogo vai continuar.

P.S.: Com a Olimpíada, em agosto, bilhões de pessoas mundo afora vão estar olhando para tudo isso sem entender nada. Se nem a gente entende...

*Publicado no Estadão.com em 08/07/2016

08/07/2016


Estadão - Receita libera consulta ao 2º lote de restituição do IR
Pagamento será realizado no dia 15 de julho e totaliza R$ 2,5 bilhões para 1,5 milhão de contribuintes

Folha de São Paulo - Aliado de Cunha é favorito para sucedê-lo na presidência da Câmara
Rosso tem apoio de Cunha e do chamado 'centrão', e conta com simpatia do Planalto

Correio Braziliense - Há pelo menos 16 deputados cotados para disputar a Presidência da Câmara
O episódio ocorrido ontem durante reunião de líderes da Casa, com o abandono dos parlamentares do bloco formado pelo chamado Centrinho (PSBD-DEM-PPS-PSB), evidenciou que é praticamente impossível a unidade

O Globo - Atiradores matam 5 policiais durante protesto racial em Dallas
Outros seis agentes ficaram feridos. Três pessoas foram detidas

Estado de Minas - Uso do farol baixo em rodovias é obrigatório a partir desta sexta-feira
Quem for flagrado com as luzes apagadas será multado em R$ 85,13, por infração leve, e terá quatro pontos na carteira de habilitação

Tribuna da Bahia - Deputados baianos avaliam queda de Cunha como prevista
Em entrevista à Tribuna, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) não quis comentar o peso que a decisão de Cunha terá em caráter pessoal, mas deixou claro que Temer tirou um fardo das costas

Diário de Pernambuco - Governo vai rever benefícios de invalidez e auxílio-doença
Mais de 100 mil perícias por mês serão feitas com o objetivo de checar se os trabalhadores afastados nessa condição continuam incapazes de realizar seus trabalhos

Gazeta do Povo - Janot rebate Gleisi e diz que casa de Paulo Bernardo não é imune a buscas
No parecer, procurador afirmou que ao contrário dos parlamentares, os endereços do Legislativo não possuem foro privilegiado

Revista VEJA - Ao articular escolha de sucessor, Cunha fala em risco de 'golpe' contra Temer
Após a renúncia, peemedebista passou a disparar mensagens em um grupo de WhatsApp do PMDB alertando para a possibilidade de Waldir Maranhão dar prosseguimento ao processo de impeachment do presidente interino

Revista EXAME - Cunha pede ao CCJ retorno de processo ao Conselho de Ética
Após renunciar ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha protocolou um aditamento ao recurso que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa pedindo o retorno do processo ao Conselho de Ética

Revista ÉPOCA - Ex-relator do processo contra Cunha é o primeiro candidato a presidente
Fausto Pinato, que deu parecer pelo prosseguimento da investigação contra peemedebista, protocolou candidatura

Portal G1 - Adversário e aliado de Cunha são os primeiros a protocolar candidaturas
Pinato foi relator de processo de Cunha; Carlos Gaguim é contra cassação.
Eleição para a presidência da Câmara está marcada para a próxima terça

Agência Brasil - Governo estima déficit primário de R$ 139 bilhões em 2017
O déficit primário para o próximo ano está em R$ 139 bilhões, anunciou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles

Portal IG - Moro tem 48 horas para explicar gravações de Lula
Pedido foi feito pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, com base em uma ação protocolada pelos advogados do ex-presidente, que teve conversas divulgadas de forma indevida

BOM DIA!

Ainda bem que falei antes!
Depois de 56 dias parados, os professores da rede estadual de ensino, comandados pelo Cpers/Sindicato, decidiram, retomar as aulas na próxima segunda-feira. Agora, precisamos saber como farão para recuperar a matéria que não foi administrada aos alunos que, no final das contas, estão matriculados para estudar, que concordam que os professores ganham pouco, pelo menos alguns, mas que precisam de aulas, pois a maioria pretende passar por um vestibular.

A matéria que preencheria os 56 dias de greve, não tenho nenhuma dúvida, jamais será ensinada dignamente aos alunos. Os professores, que não abrirão mão de férias e dias de folga farão um “mutirão” num final de semana, no máximo dois, para repassar aos alunos os conteúdos que deixaram de ser ministrados durante a greve. Resumindo, os alunos não aprenderão nada.

Como já era previsto, os professores, comandados pelo Cpers/Sindicato, seguirão em campanha contra o governo estadual, coisa que nunca fizeram contra os governos que apoiam, por mais que seus companheiros não tenham cumprido as promessas de campanha nem ajudado em nada seus pleitos de melhores salários e condições de trabalho.

A presidente do sindicato já anunciou que a campanha contra o governo continuará, salientando que foi aprovada pela assembleia a campanha “Sartori inimigo da Educação – Fora Sartori”. Provavelmente não satisfeita com apenas 56 dias de paralisação, a líder sindicalista afirmou que “estamos fazendo um recuo tático, para voltarmos com muito mais força contra este governo intransigente e autoritário”.

Para colocar um ponto final na greve, pelo menos temporariamente, os professores exigiram que o governo garantisse o pagamento dos dias parados dos grevistas e de não criminalizar o movimento dos estudantes que invadiram escolas públicas.

A mim, particularmente, o que mais preocupa em relação ao movimento que termina na segunda-feira, é a politização da greve e do Cpers/Sindicato. A categoria está definitivamente dividida em razão da disputa política que se estabeleceu na direção da entidade. Muitos queriam que a greve tivesse acabado faz muito tempo já que a principal reivindicação, a reposição salarial, não teria êxito. Mesmo assim, professores ligados e/ou filiados ao PSOL e PSTU, principalmente, usaram de suas costumeiras táticas evitando o fim da paralisação.

Se me fosse dado o direito de repassar um conselho aos verdadeiros professores, aos que fazem do magistério um ideal voltado ao ensinamento de crianças e preparação de alunos para a vida, eu diria que devem se organizar e transformar o Cpers em verdadeiro sindicato de defesa do direito dos professores, mas sem conotações político partidárias. Sempre que se misturar educação com organizações nanicas que simplesmente perturbam e tentam impor suas intransigências em busca de um único objetivo, os professores jamais atingirão seus nobres e necessários alvos.

Resumindo, o Cpers/Sindicato paralisou o ensino estadual por 56 dias, não alcançou nenhum objetivo em termos de salários, os grevistas receberão por quase dois meses não trabalhados e seguirão atormentando a vida do governador pelo simples fato de que ele não pertence aos que rezam por suas cartilhas partidárias.

Ainda bem que falei antes!

Tenham todos um Bom Dia!