sábado, 30 de setembro de 2017

➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017

SÉRIE A – 26ª RODADA

Sábado – 30/09
16:00
Vasco 1 X 1 Chapecoense – São Januário
Bahia 1 X 1 Coritiba – Fonte Nova

19:00
Palmeiras 0 X 1 Santos – Arena Palmeiras

Domingo – 01/10
16:00
Grêmio 1 X 0 Fluminense – Arena Grêmio
Botafogo 2 X 3 Vitória – Engenhão
São Paulo 1 X 0 Sport – Morumbi
Cruzeiro 1 X 1 Corinthians – Mineirão
Avaí 0 X 2 Atlético Go – Ressacada

19:00
Atlético PR 0 X 2 Atlético MG – Arena Baixada

Segunda – 02/10
20:00
Ponte Preta 1 X 0 Flamengo – Moisés Lucarelli

CLASSIFICAÇÃO

SÉRIE B – 27ª RODADA

Sexta- 29/09
19:15
Figueirense 1 X 0 Paraná – Orlando Scarpelli

20:30
Juventude 1 X 0 Paysandu – Alfredo Jaconi
ABC 0 X 1 Goiás – Frasqueirão
Londrina 4 X 1 CRB – Estádio Café

Sábado – 30/09
16:30
Internacional 2 X 0 Santa Cruz – Beira Rio
Náutico 2 X 0 Boa Esporte – Lacerdão
Vila Nova 1 X 1 Brasil – Serra Dourada

19:00
Guarani 0 X 0 Criciúma – Brinco de Ouro
Luverdense 0 X 1 Ceará – Parque das Emas

Domingo – 01/10
11:00
América MG 1 X 2 Oeste - Independência

CLASSIFICAÇÃO


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

➤OPINIÃO

Das cuecas aos contêineres*

Encurralados, corruptos passam a guardar dinheiro 
sujo em apartamentos e até contêineres

Eliane Cantanhêde

Ao estourar o apartamento com os R$ 51 milhões do ex-ministro e agora presidiário Geddel Vieira Lima, a Lava Jato chegou a uma outra frente de investigações: essa nova forma de guardar dinheiro sujo está longe de ser exclusividade de Geddel e tende a produzir escândalos e fotos espetaculares desde já e principalmente nas eleições de 2018. Nem doleiros, nem laranjas, nem contas no exterior, nem paraísos fiscais. A moda agora é esconder dinheiro vivo em apartamentos, casas, depósitos e... contêineres.

Os investigadores esfregam as mãos diante da delação do ex-poderoso Antonio Palocci, ansiosos para ele entregar onde estaria, afinal, a dinheirama que delatores atribuem ao ex-presidente Lula. A expectativa é de que esteja não em um contêiner só, mas em contêineres, no plural, nos países em que Lula atuava com as empreiteiras – por exemplo, na África e na América Latina. Lembram dos dólares bolivarianos dando sopa por aí? Sem contar o que pode estar em solo nacional, muito além das aplicações de R$ 9 milhões do ex-presidente que têm origem clara e legal.

Segundo Marcelo Odebrecht e o próprio Palocci, era o ex-ministro, e só o ex-ministro, quem gerenciava os milhões da conta pessoal do “Amigo” Lula, cuidando da contabilidade de entradas e saídas, das retiradas em dinheiro vivo, dos envios até Lula. Quando os também ex-ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo tentaram entrar na operação, Marcelo rechaçou. Quem metia a mão no dinheiro de Lula era Palocci, hoje o principal algoz do chefe.
A primeira impressão, quando surgiu o inacreditável bunker de Geddel, foi a de que se tratava de uma mania individual e patológica de roubar e amontoar dinheiro num apartamento usado especificamente para esse fim. Depois, foi ficando claro que a fortuna não era só de Geddel, como a prática não ficava restrita a ele, sua família e o PMDB.

Os corruptos e corruptores começaram a se sentir encurralados pelos vários e efetivos acordos entre a PF e o MP com seus correspondentes na Suíça, no Uruguai, nos EUA... e isso piorou com as novas regras de transparência na Europa para depósitos de estrangeiros. O dinheiro sujo ficou facilmente rastreável, não é, Eduardo Cunha? Ele dizia que nunca teve conta no exterior. A Suíça dizia que tinha e comprovou com contas e extratos. A mentira ruiu, a carreira política de Cunha também.

Além disso, os principais operadores estão presos, a começar por Marcos Valério, Alberto Youssef e Lúcio Funaro, e os outros andam de barbas de molho. Quem vai lavar o dinheiro? Enviá-lo para o exterior? Servir de laranja? Daí porque a PF acha que a descoberta dos R$ 51 milhões de Geddel é um veio de ouro. Basta procurar para achar outros apartamentos, depósitos e contêineres que seus donos julgam mais seguros do que operações obsoletas, malas e cuecas. Só questão de tempo.

A maior festa de novos “apartamentos do Geddel”, porém, deverá ser em 2018. As campanhas continuam pela hora da morte, mas as fontes tradicionais (empreiteiras, JBS...) secam, as regras estão mais rígidas e a PF e o MP estão na espreita. Sem falar que os vizinhos, como no caso de Geddel, estão na onda de denunciar movimentos suspeitos. Coitados dos corruptos. A vida deles está cada dia mais difícil.

Dobradinhas. Gilmar e Marco Aurélio, PT e PSDB... São curiosas as alianças contra a decisão do STF de prender Aécio Neves sem prender, inventando a figura da prisão preventiva domiciliar, como diz Marco Aurélio. Além das dúvidas jurídicas, há o sentido de autopreservação no Congresso: hoje é Aécio, amanhã pode ser qualquer um. Os senadores deram um tempo ao STF: ou o plenário da Corte derruba a decisão, ou o plenário do Senado vai fazê-lo.

*Publicado no Portal Estadão em 29/09/2017

➤DESTAQUES


Planilha de ‘contas mensais’ apreendida na casa 
de Lula não registra aluguel de apartamento
Documento traz despesas com condomínio, energia e IPTU de 2011 de imóvel vizinho ao seu, em São Bernardo, mas não aluguél de R$ 3.500,00 que aparece em recibo entregue por defesa à Justiça como prova que petista é locatário; Lava Jato diz que bem foi comprado com propina da Odebrecht e registrado em nome de 'laranja', que confirmou a Moro não ter recebido pagamentos. No mesmo baú de arquivos da família de Luiz Inácio da Silva em que a defesa do petista informou ter localizado os 26 recibos – alguns com erros de datas – que comprovariam os pagamentos do aluguel do apartamento 121, do Edifício Hill House, que a Operação Lava Jato afirma ser propriedade oculta do ex-presidente, a Polícia Federal apreendeu um controle de “Contas Mensais 2º Sem. 2011” que não registra despesas com a locação do imóvel.

Desemprego cai pelo 4º mês seguido
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado de agosto representa a quarta queda mensal seguida da taxa de desemprego no País. O País ganhou 1,374 milhão de postos de trabalho em um trimestre, ao mesmo tempo em que o total de desempregados diminuiu em 658 mil pessoas. No entanto, a população sem trabalho ainda soma 13,113 milhões de pessoas em todo o País. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.105 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa alta de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 186,7 bilhões no trimestre até agosto, alta de 2,7% ante igual período do ano anterior.

Forças Armadas deixam a Rocinha
As Forças Armadas deixaram a comunidade da Rocinha nesta sexta-feira (29), após uma semana na comunidade em meio a uma guerra entre facções rivais. Cerca de mil homens foram retirados do local. Os comboios começaram a deixar a comunidade por volta das 3h30 desta madrugada. O último grupo de militares do Exército saiu da Rocinha às 7h30. Após a saída das tropas, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram à comunidade. Desde que a disputa pelo poder do tráfico começou na comunidade, agentes do Comando de Operações Especiais têm feito ações constantes na Rocinha. Segundo o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Itamar, não cabe às Forças Armadas a prisão dos criminosos que estão foragidos. “A questão dos traficantes que ainda não foram presos, também é um objetivo dos órgãos de segurança pública do estado. Não se trata exatamente de uma atribuição das Forças Armadas a prisão de procurados pela polícia”, afirmou.

Trump x Kim: O bate-boca entre os governantes está  mais acirrado
A crescente troca de ofensas entre o presidente americano Donald Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un foi comparada na semana passada a uma “briga de crianças no jardim de infância” pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. A analogia teria sua graça não fosse o risco de o imaturo embate acabar em uma guerra nuclear. Enquanto Trump abusa do Twitter para atacar o rival da Coreia do Norte, Kim aproveita a imprensa estatal para mandar seus recados ao presidente dos Estados Unidos. Os insultos dos dois lados são acompanhados de novas ameaças, sanções, demonstrações de poderio militar, lançamentos de mísseis balísticos e testes nucleares. A escalada retórica chegou a tal ponto que, na segunda-feira, Pyongyang disse que os recentes comentários de Trump equivaliam a uma declaração de guerra, obrigando a Casa Branca a negar a afirmação. Nesta quinta, o bate-boca entre as duas potências atingiu um novo patamar de deselegância e falta de diplomacia, para dizer o mínimo, com Kim, por meio de sua agência de notícias, chamando Trump de “velho lunático”.

Funaro entrega vídeos de reuniões com políticos à PGR
O operador Lúcio Bolonha Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República um disco rígido com vídeos gravados em seu escritório, em São Paulo, no qual aparecem políticos e empresários. O material está sendo periciado pela Polícia Federal, segundo disse ao GLOBO uma fonte ligada ao caso. As imagens devem reforçar as acusações que Funaro fez em sua delação premiada, especialmente contra políticos que hoje tentam minimizar as relações que mantinham com o operador do PMDB. (SAIBA MAIS: as principais acusações da delação de Funaro) A delação de Funaro é um dos pilares da segunda denúncia que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou contra o presidente Michel Temer. O presidente foi acusado de integrar uma organização criminosa e de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato. A delação de Funaro também atinge dois dos principais ministros de Temer, Moreira Franco (secretaria-geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), e pelo menos mais 20 políticos ligados ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

➤Bom Dia!

Perdi um companheiro!


Quando a gente vai ficando mais velho, começa a conviver mais seguidamente, com as notícias tristes da morte de algum conhecido, de algum contemporâneo, de algum companheiro de profissão.

Hoje acordei com notícia muito triste da morte do jornalista Wianey Carlet, que tinha 68 anos. Nem sei detalhes da morte dele, só tenho certeza de que ela causa um profundo pesar em quem aprendeu a conviver com o Wianey, quem trabalhou com ele, quem viajou e participou de jornadas esportivas, algumas na mesma emissora, outras em prefixos diferentes, mas sempre cumprindo a missão que escolhemos para nossas vidas: ser jornalista.

Mais ou menos quarenta anos contam a história de trabalho, de lutas e de muita amizade com o Wianey. Assim como eu, ele veio do interior tentar uma vida melhor na Capital. Acho que ambos conseguimos, mesmo que não tenhamos alcançado tudo o que desejávamos. Mas certamente conseguimos o mais importante, ou seja, a realização na profissão e na vida.

Passamos por poucas e boas, mas nunca perdemos a esperança de chegar ao ponto alto de nossa profissão. Chegamos!

Nos últimos tempos, o Wianey esteve envolvido numa discussão sobre um comentário que fez a respeito do Paulo Sant’Ana e acabou demitido da RBS. Nem vou discutir o mérito da demissão que, no meu entender, se deu muito mais pelo fato dele ser mais velho, de ter muitos anos de empresa, do que exatamente pelo fato de não gostar do colega, coisa que era dividida com muitos no ambiente de trabalho.

Estava começando uma nova etapa na Bandeirantes. Estava feliz e deve ter morrido feliz. Quem sabe ainda magoado com seus diretores antigos que, claramente, aproveitaram uma situação, que se não é comum, acontece seguidamente em qualquer emissora, para demiti-lo. É da vida, é da profissão que escolhemos Wianey!

Desculpem, mas não vou conseguir me alongar muito. A notícia é muito triste e perder um companheiro, um colega, um amigo, é muito mais triste!

Vai com Deus, meu querido amigo Wianey Carlet.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

➤BOA NOITE!



César Escoto, o César Passarinho (Uruguaiana, 1949 – Caxias do Sul, 1998), foi um músico e cantor brasileiro. O intérprete de Guri e Negro da Gaita era também o cantor símbolo da Califórnia da Canção Nativa, festival de música nativista que ocorre anualmente na cidade de Uruguaiana. 

Atendendo aos que lembram que muito pouco se divulga de música gaúcha, selecionei para hoje uma das músicas que mais gosto de ouvir com Cesar Passarinho e que, espero, vocês também gostem. Vamos ouvir Cambichos 


➤Escola Pública

STF: professor de religião pode pregar crença

Decisão foi tomada com o voto de minerva da 
presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia

Em uma votação apertada, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, que professores de ensino religioso promovam as próprias crenças em escolas públicas. O voto de minerva foi o da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a favor do modelo confessional, ou seja, aquele ligado a uma religião específica.

Votaram no mesmo sentido, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Por outro lado, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello defenderam que o ensino religioso deve se limitar à história das religiões e às doutrinas ligadas a elas.

➤DESTAQUES



Filhos e enteados de Jucá são alvo da Anel de Giges
A Polícia Federal em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã desta quinta-feira, 22, com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas. Dois filhos e dois enteados do senador Romero Jucá (PMDB-RR) são alvo da operação. Em nota, a PF informou que estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Roraima, sendo nove mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução coercitiva em Boa Vista/RR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG. São alvos de busca e apreensão e condução coercitiva os filhos de Romero Jucá, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e os filhos da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, Luciana Surita da Motta Macedo, Ana Paula Surita Motta Macedo. Os investigados estão sendo conduzidos coercitivamente à Polícia Federal, interrogados e indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa que preveem penas de até 30 anos de reclusão. 

Senado quer livrar Aécio do STF, mas puni-lo no Conselho de Ética
Os principais articuladores políticos do Senado já desenharam o destino do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O plano é revogar as duas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o tucano e, para não parecer uma afronta, instaurar um processo contra ele no Conselho de Ética da Casa. Com isso, tentarão demonstrar que o voto não é para livrar Aécio de punição, mas em defesa da constitucionalidade. O afastamento do tucano do mandato e o recolhimento noturno devem ser rejeitados pelo plenário com esse argumento. As medidas foram determinadas pela Primeira Turma do STF na terça-feira. O Senado quer dizer ao Supremo que não irá aceitar interferência na Casa, uma vez que entende que não há previsão constitucional para que a Corte tenha tomado tais medidas punitivas. Em outra frente, será aberto o processo no Conselho de Ética, que pode levar a suspensão e, até mesmo, a cassação do mandato do tucano. Ou seja, Aécio não deixaria de ser punido, mas dentro das regras. A representação contra ele deve ser assinada por um dos partidos da oposição, PT ou REDE.

Huck e empresários criam fundo para apoiar candidatos
Um grupo de empresários, liderado por Eduardo Mufarej, sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A., vai anunciar na próxima semana a criação do chamado “Fundo Cívico”. A ideia é proporcionar bolsas de estudo para pessoas interessadas em se candidatar ao Legislativo nas eleições de 2018. Além de Mufarej, fazem parte desse grupo (como coordenadores ou investidores) figuras como o publicitário Nizan Guanaes, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o empresário Abílio Diniz e o apresentador de TV Luciano Huck. A intenção do grupo seria a de tentar eleger de 70 a cem deputados federais na próxima eleição. Mufarej foi procurado pela reportagem para confirmar as pretensões do “Fundo Cívico”, mas não retornou às ligações. A assessoria do projeto afirmou que “os detalhes ainda estariam sendo discutidos”. A divulgação está prevista para ocorrer na próxima semana.

Carta de Palocci cita sete ações contra Lula
Escrita de próprio punho na cadeia, em Curitiba, e posteriormente entregue a seus advogados para ser transformada em três páginas digitadas, a carta assinada pelo ex-ministro Antonio Palocci cita sete casos investigados pela Operação Lava Jato que têm entre os alvos os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). O texto no qual o ex-ministro pede sua desfiliação do PT foi encaminhado à presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na terça-feira, 26, no dia em que o ex-ministro completou um ano preso. De forma direta e indireta, o texto sugere ter havido corrupção nos casos do sítio de Atibaia, triplex do Guarujá (caso em que o ex-presidente foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão), apartamento de São Bernardo, terreno e doações financeiras ao Instituto Lula, doações ao partido e às campanhas e detalha a suposta cobrança explícita de propinas pelo ex-presidente nos negócios da Petrobras no pré-sal. A carta de Palocci foi uma resposta ao PT, que deu início ao processo de expulsão da legenda após ele ter incriminado Lula em depoimento à Justiça no dia 6 de setembro.

➤OPINIÃO

Mais um fundo indecente*

A criação de fundo especial de financiamento de 
campanha é estonteante indecência

Aprovada pelo Senado na terça-feira, a proposta de criação do “Fundo Especial de Financiamento de Campanha” é de estonteante indecência. Simplesmente está tudo errado com o Projeto de Lei (PL) 206/2017, que cria novas fontes de renda aos partidos políticos e foi enviado à Câmara. Além de não se dever destinar compulsoriamente dinheiro do contribuinte a campanhas eleitorais, é absolutamente imoral fazê-lo por meio de uma manobra, que camufla o real custo da medida para o País.

Na noite de terça-feira, os senadores aprovaram o substitutivo do PL 206/2017, apresentado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE). De acordo com o texto, o novo fundo destinado a custear campanhas eleitorais receberá ao menos o valor equivalente a 30% dos recursos destinados às emendas impositivas dos parlamentares. No Orçamento de 2018, está previsto para essa finalidade um valor de R$ 4,4 bilhões. Ou seja, R$ 1,3 bilhão já estaria garantido para o novo fundo.

Além disso, o texto aprovado reduz a chamada “propaganda partidária gratuita” do rádio e da televisão e faz destinar ao novo fundo os recursos originalmente previstos para as emissoras de rádio e TV, a título de compensação fiscal pela transmissão desses programas. Com mais essa fonte de receita, estima-se que o fundo terá, ao menos, R$ 1,7 bilhão.

Para piorar a situação, o texto aprovado não fixa um limite máximo de recursos públicos para o novo fundo. Os senadores estabeleceram o piso, mas não o teto de um fundo que vinha, em tese, ser uma resposta do Congresso ao clamor da população para não destinar mais recursos públicos aos partidos políticos. Havia sido bem clara a rejeição ao fundo originalmente proposto na Câmara dos Deputados, o “Fundo Especial de Financiamento da Democracia”, para o qual se desejava destinar 0,5% da receita corrente líquida da União. Pois bem, aquilo que devia ser uma alternativa mais moderada do Congresso veio, em certo sentido, ainda mais apimentado para o bolso do contribuinte.

Num momento em que é preciso diminuir os gastos públicos e que o Congresso deveria buscar formas de colaborar nesse esforço fiscal, é uma insensatez criar uma nova fonte de despesas. Ou seja, a responsabilidade fiscal deveria ser motivo mais que suficiente para os parlamentares rejeitarem toda e qualquer proposta de um novo fundo para os partidos.

O problema principal do tal fundo não é, no entanto, seu impacto fiscal. É a cegueira que parte do Congresso vem mostrando a respeito da necessidade de mudar suas práticas políticas. A resposta do Legislativo à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015 de proibir as doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais não pode ser a destinação de mais recursos públicos aos partidos. Essa medida perverte igualmente a vida partidária, que deve ser financiada voluntariamente pelos cidadãos, de acordo com suas opções político-ideológicas. Não cabe ao Estado definir quanto cada legenda irá receber do contribuinte. É o cidadão quem deve escolher se deseja contribuir e em qual medida.

“Ou aprovamos o projeto (do novo fundo) ou vamos para uma espécie de vale-tudo em que a atividade política será criminalizada mais uma vez”, disse o senador Armando Monteiro na sessão do Senado que aprovou o tal fundo. Justamente para que a política fique bem distante do crime é preciso separá-la do dinheiro público. Diante da incapacidade do Congresso de aprovar uma reforma política real, que promova uma melhor representação da população, talvez a esperança mais plausível por uma política mais conectada com o interesse público advenha do provável fim das campanhas eleitorais caríssimas, como consequência da proibição das doações de pessoas jurídicas.

Mas, como se vê, há uma criatividade excepcional por parte de alguns parlamentares para manter as opulentas campanhas, agora com dinheiro público. Ainda por cima, esses políticos posam de generosos, pois esses recursos viriam das previsões para as “suas” emendas impositivas. Que saibam que esse dinheiro é do povo.

*Publicado no Portal Estadão em 28/09/2017

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

➤BOA NOITE!


Baden Powell, foi um violonista brasileiro. É considerado um dos maiores músicos brasileiros de sua época e um dos maiores violonistas de todos os tempos. Ele nasceu em Varre-Sal (RJ) em 1937 e morreu no Rio de Janeiro em 2000.

Entre seus inúmeros parceiros, um dos maiores foi Billy Blanco, com quem compôs Samba Triste, que selecionei para hoje numa apresentação de Baden, na Alemanha, em 1970.


➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017 – 26ª Rodada

SÉRIE B

Terça – 26/09
19:15
Santa Cruz 0 X 0 Ceará – Arruda
Criciúma 1 X 1 Figueirense – Heriberto Hülse
Brasil 0 X 1 Luverdense – Bento Freitas

20:30
Vila Nova 3 X 0 CRB – Serra Dourada
Oeste 3 X 1 Londrina – Arena Barueri
Paraná 3 X 0 Náutico – Durival Brito
Boa Esporte 2 X 0 Goiás – Varginha

21:30
ABC 1 X 1 Juventude – Arena Dunas
Paysandu 2 X 1 Guarani – Curuzu

Quarta – 27/09
19:30
Internacional 2 X 1 América MG – Beira Rio

CLASSIFICAÇÃO 

➤Denúncia da PGR

Temer e ministros são notificados

O presidente Michel Temer foi notificado oficialmente nesta quarta-feira (27) pela Câmara dos Deputados sobre a nova denúncia da Procuradoria Geral da República, pelos crimes de organização criminosa e obstrução à Justiça.

O documento foi levado pelo primeiro-secretário da Câmara, Giacobo (PR-PR), ao Palácio do Planalto. A notificação foi entregue após a denúncia ser lida no plenário da Câmara. O procedimento é necessário para que o processo tenha andamento na Casa.

"Eu continuo triste, meu sentimento é de tristeza. Estou aqui cumprindo meu papel institucional, mas, como cidadão brasileiro, triste pelo momento em que o Brasil passa, com todo esse mar de corrupção", disse Giacobo, que, na análise da primeira denúncia contra Temer, votou pela rejeição das acusações.

A notificação não foi entregue pessoalmente ao presidente da República. O responsável pelo recebimento foi o subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil Gustavo do Vale Rocha.

Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) somente analisará a acusação do Ministério Público se a Câmara autorizar, com o voto de, ao menos, 342 dos 513 deputados.

Na mesma peça em que o presidente da República é acusado, também são denunciados os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha. A notificação de cada um foi feita separadamente.

Com a notificação desta quarta, as defesas de Temer e dos ministros terão o prazo de até 10 sessões do plenário da Câmara para se manifestarem.

Depois, será aberto prazo para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) debater e votar um parecer recomendando o prosseguimento da denúncia ou a rejeição. O relator na CCJ ainda não foi definido.

➤Quatro hidrelétricas

Governo arrecada R$ 12 bilhões em leilão

Foto: CEMIG/Reprodução
O governo arrecadou 12,1 bilhões de reais com o leilão da concessão de quatro hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), realizado na manhã desta quarta-feira. As usinas  estavam com a licitação vencida. Os novos contratos preveem exploração das hidrelétricas por 30 anos. O valor total ficou 9,7% acima do esperado.

Foram ofertadas as concessões das usinas de São Simão (situada entre São Simão/GO e Santa Vitória/MG), Jaguara (Rifânia/MG), Miranda (Indianópolis/MG) e Volta Grande (Miguelópolis/MG). O maior negócio foi a venda de São Simão para o grupo chinês  State Power Investment Corporation, por 7,2 bilhões de reais. O grupo francês de energia Engie arrematou as usinas de Jaguara (por 2,17 bilhões de reais) e de Miranda (1,38 bilhão de reais). A italiana Enel ficou com Volta Grande (1,42 bilhão de reais).

A capacidade total instalada das empresas é de  2.922 megawatts hora. O critério para a venda foi o de maior oferta de outorga, e o valor inicial total era de 11,05 bilhões de reais. No Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado do leilão, acima do esperado pelo governo, dizendo que o resultado mostra confiança de investidores no país no país. “Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil”, escreveu.

➤OPINIÃO

Partidos e Fundo Partidário*

O voto deve ser livre e as legendas, incumbidas de arcar 
com os custos das campanhas

Almir Pazzianotto Pinto

 “O ideal democrático supõe cidadãos atentos à evolução da coisa pública, informados dos acontecimentos políticos, ao corrente dos principais problemas, capazes de escolher entre as diversas alternativas apresentadas pela forças políticas e fortemente interessados em formas diretas ou indiretas de participação”. A frase está no verbete Partidos do Dicionário de Política de Bobbio, Matteucci e Pasquino.

Entre as formas de participação, a melhor talvez seja o partido, definido como associação formal de cidadãos investidos de direitos políticos, dotada de ideologia e de objetivos comuns, para conquistar, exercer e se manter no poder.

A abdicação de dom Pedro I, em 7/4/1831, “foi o ponto de partida para a vida partidária brasileira; antes só existiam indivíduos de várias opiniões, e opiniões várias, gravitando em torno do ânimo inconstante do monarca”, escreve João Camillo de Oliveira Torres no clássico A Democracia Coroada. Para o historiador, as atividades políticas, durante a Regência e o Segundo Império, desenvolveram-se em torno de dois eixos: o Partido Conservador e o Partido Liberal. Em breve e imperfeita síntese, os conservadores aceitavam a Constituição de 1824, “oferecida e jurada por Sua Majestade o Imperador”. Os liberais, por sua vez, desejavam Constituição isenta da mancha autoritária da outorga, que as províncias fossem livres, não houvesse vitaliciedade no Senado e se reduzissem as prerrogativas do Poder Moderador.

A História política do Brasil é marcada por instabilidade e sucessivos movimentos e intervenções militares. O primeiro se deu em 15/11/1889, comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca para decretar o fim da monarquia e o exílio de dom Pedro II. O último, em 31/3/1964.

A Primeira República perdurou de 1889 a 1930. Dois partidos se revezaram no poder por quase 40 anos: o Partido Republicano Paulista (PRP), fundado em julho de 1873 na cidade de Itu por fazendeiros, médicos, advogados, jornalistas e comerciantes; e o Partido Republicano Mineiro (PRM), organizado em 1888 e reorganizado em 1897. Foram dissolvidos por Getúlio Vargas mediante o Decreto-Lei n.º 37, de 2/12/1937, após a instauração do Estado Novo, sob o fundamento da “multiplicidade de arregimentações partidárias, com objetivos meramente eleitorais, ao invés de atuar como fator de esclarecimento e disciplina da opinião”.

A derrota do nazi-fascismo na 2.ª Guerra Mundial (1939-1945) determinou o fim da ditadura do Estado Novo. Entre abril e julho de 1945, ante a perspectiva de redemocratização, organizam-se três partidos: a União Democrática Nacional (UDN), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social-Democrático (PSD). O PSD, para representar a elite rural e o empresariado conservador; o PTB, vinculado ao Ministério do Trabalho, como defensor do trabalhismo corporificado na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); e a UDN, para ser porta-voz da classe média urbana e de intelectuais adversários da ditadura. Fundado em 1922, o Partido Comunista permaneceu parte da existência na clandestinidade. Reestruturado em setembro de 1945, teve o registro cancelado em maio de 1947 pelo Tribunal Superior Eleitoral e cassados os representantes eleitos para a Câmara dos Deputados e o Senado.

O movimento militar de março de 1964 procurou legitimar-se com a edição do Ato Institucional n.º 1 (AI-1), baixado pelo Comando Supremo da Revolução em 9 de abril. Em 15/7/1965 foi aprovada a Lei n.º 4.740, sobre a organização de partidos políticos. Pouco depois, todavia, em 22/10, o artigo 18 do AI-2 dissolveu os partidos existentes. Foram extintos o PSD, a UDN, o PTB e nove outras legendas de menor expressão. Logo em seguida se decretou o Ato Complementar n.º 4, dando ao Congresso Nacional o prazo de 45 dias para a organização de agremiações destinadas a substituí-los. Surgiram, assim, a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a primeira para apoiar o regime e o segundo para desempenhar o papel de oposição.

A Lei n.º 4.740/1965 nasceu com pecados mortais, responsáveis pelo atual estado de decomposição das atividades político-partidárias: criou o Fundo Partidário com dinheiro subtraído da educação, da saúde, da segurança, da infraestrutura, do Poder Judiciário, das Forças Armadas; e o falso horário eleitoral gratuito, alimentado com recursos retirados do Imposto de Renda. Do conluio entre eles nasceu a sombria figura do marqueteiro, pago para redigir programas e impingir candidatos, com o uso do rádio e da televisão.

Durante a primeira, a segunda, a terceira e a quarta Repúblicas, entre 1889 e 1965, os partidos sustentaram-se com recursos previstos nos estatutos e contribuições de simpatizantes. O dinheiro curto impunha-lhes mais presença e combatividade. O financiamento das disputas para vereador, prefeito, deputado, senador, governador, presidente da República, em 1945, 1950, 1954, 1960, competia às agremiações, aos candidatos e aos eleitores. Corrupção certamente havia. Quem não ouviu falar da “caixinha do Ademar”? Nada, porém, equiparável ao que se observa hoje, com a institucionalização da propina, do caixa 2, de “recursos não contabilizados”, de campanhas mentirosas arquitetadas por profissionais.

O Código Civil (artigo 44) e a Lei n.º 9.096, de 19/9/1995 (artigo 1.º), definem partido político como pessoa jurídica de direito privado. No momento são 35, financiados com o nosso dinheiro. A reforma eleitoral é mais simples do que se pensa. Basta emendar a Constituição para suprimir o parágrafo 3.º do artigo 17 e, ato contínuo, revogar os dispositivos legais que tratam do Fundo Partidário e do horário “gratuito” de rádio e televisão. O voto deve ser livre e os partidos, incumbidos de arcar com os custos das campanhas.

O povo sofrido e maltratado agradecerá.

*Publicado no Portal Estadão em 27/09/2017

➤DESTAQUES










Forças de segurança operam na Rocinha, Alemão, Vidigal e Baixada
Pelo menos quatro operações são realizadas por forças de segurança na Região Metropolitana do Rio na manhã desta quarta-feira (27): na Rocinha, no Complexo do Alemão, no Vidigal e em Duque de Caxias, na Baixada. As operações ocorrem um dia depois de mensagens em redes sociais afirmarem que o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, pivô dos últimos confrontos na Rocinha, teria se escondido no Complexo do Alemão. Também houve boatos de que o rival de Antônio Bomfim Lopes, o Nem, esteja circulando entre Rocinha e Vidigal. A Polícia Militar, no entanto, não confirma essas suspeitas nem que as operações desta quarta tenham este objetivo. No Complexo do Alemão, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) atua na comunidade da Fazendinha. Na Rocinha, a atuação é do Batalhão de Choque. Pelo 6º dia, militares das Forças Armadas cercam a comunidade para que a polícia faça operações morro acima. No Vidigal, quem faz a operação é o Batalhão de Ação com Cães (BAC).

Recibos apresentados  Lula mostram datas que não existem
Dois recibos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comprovar o pagamento de aluguel de um apartamento alvo de investigação da Operação Lava Jato trazem datas que não existem no calendário. Em um deles, consta que a quitação era referente ao aluguel vencido no dia 31 de junho de 2014, e o outro no dia 31 de novembro de 2015. Outra incongruência nos recibos apresentados pela defesa do ex-presidente é que, embora o recibo trate do pagamento no dia 31 de junho, com pagamento no dia 5 de agosto, há outro comprovante de pagamento que seria também referente ao mesmo mês, cuja quitação foi realizada no dia 7 de julho de 2014. Os documentos foram apresentados por Lula após questionamentos do juiz Sérgio Moro, que perguntou ao petista se ele tinha alguma comprovação de que tinha feito os pagamentos ao dono do imóvel, Glaucos da Costamarques, parente do pecuarista José Carlos Bumlai.

STF nega prisão, afasta do mandato e manda Aécio não sair à noite
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta terça-feira (26) por 5 votos a 0 pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas, por 3 votos a 2, determinaram o afastamento do mandato e o recolhimento noturno do senador em casa. Votaram contra o pedido de prisão os cinco ministros da turma – Marco Aurélio Mello (relator), Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Em relação ao pedido de afastamento do mandato, votaram contra Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes. Barroso, Rosa Weber e Fux votaram pelo afastamento. A prisão de Aécio foi negada de forma unânime porque os ministros não consideraram ter ocorrido flagrante de crime inafiançável, única hipótese prevista na Constituição para prender um parlamentar antes de eventual condenação. Pela decisão, Aécio Neves também ficará proibido de manter contato com outros investigados na Operação Lava Jato e deverá entregar seu passaporte, devendo permanecer no Brasil.

Temporais e granizo devem atingir RS até sexta-feira
O calorão deve dar uma trégua nos próximos dias. Conforme a Somar Meteorologia, há alerta para temporais e granizo até sexta-feira (29), principalmente na faixa oeste do Rio Grande do Sul, na região de Uruguaiana. Há risco, ainda, de ressaca no Litoral, devido à intensidade dos ventos. Essa instabilidade provocará queda nas temperaturas. Pancadas de chuva mais fortes devem ocorrer Fronteira Oeste e no Litoral, com expectativa de raios. A região costeira deve sofrer com vento forte e há alerta para ressaca. Rajadas devem chegar aos 70km/h. Em Porto Alegre e Região Metropolitana, a chuva deve chegar entre o fim da manhã e o início da tarde desta quarta-feira (27).  Uma área de instabilidade em níveis altos da atmosfera, junto a uma frente fria no oceano, mantém a chuva em parte do Rio Grande do Sul, na quinta-feira (28). As pancadas ocorrem mais no final do dia, entre as faixas Oeste e Norte e há condição para fortes temporais, queda de granizo e rajadas de vento na fronteira com a Argentina. A sensação de frio aumenta no Estado com os ventos que sopram do quadrante sul.

TSE manda soltar Garotinho

Em decisão proferida hoje, o TSE decidiu pelo fim da prisão domiciliar do ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Na mesma decisão, Garotinho ficou desobrigado de usar tornozeleira eletrônica. O ex-governador foi detido durante seu programa na rádio Tupi, sendo substituído por um locutor. Na ocasião, o locutor disse no ar que Garotinho tinha ido embora para casa por problemas com a voz.

➤Para petistas, é traição

Palocci chama PT de seita e ataca Lula

Na carta, Palocci acusa o PT de só punir quem ataca o partido e seu líder máximo e de ignorar denúncias de corrupção. Foto: Reprodução
O ex-ministro Antonio Palocci, homem forte dos governos do PT e fundador do partido, enviou nesta terça-feira, 26, à senadora Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, uma carta na qual oferece sua desfiliação e faz um duro relato pessoal, em tom emotivo, sobre o “acúmulo de eventos de corrupção” nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Em pouco mais de três páginas, Palocci provoca o que foi descrito por um alto dirigente petista como uma “hecatombe” ao dizer que viu Lula se dissociar do “menino retirante” e “sucumbir ao pior da política”. 

Ele conta detalhes sobre suposto pedido de propinas à Odebrecht na biblioteca do Palácio da Alvorada, compara o PT a uma “seita” submetida à “autoproclamação do ‘homem mais honesto do País’” e sugere que o ex-presidente tenta transferir a responsabilidade por ilegalidades à ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro. O ex-ministro diz ainda que Dilma destruiu programas sociais e a economia e afirma que o PT precisa fazer um acordo de leniência se quiser se reconstruir. 

Ao final, Palocci coloca nas mãos de Gleisi a decisão sobre sua desfiliação do partido. Na semana passada, o PT de Ribeirão Preto, pressionado pela Direção Nacional, abriu o processo de expulsão de Palocci. Nesta sexta-feira, 22, o órgão máximo do partido decidiu suspendê-lo provisoriamente por 60 dias.

Nesta terça-feira, Palocci completou exatamente 1 ano de cadeia, em Curitiba, onde está preso preventivamente na Operação Lava Jato. No texto ele confirma que negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a assessoria do ex-presidente, Palocci voltou a dizer “mentiras” contra Lula com o objetivo de fechar uma colaboração. Gleisi respondeu com uma nota dura, na qual também acusa o ex-ministro de mentir para se livrar da condenação de 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Política e moralmente, Palocci já está fora do PT”, diz a nota da senadora.

A presidente cassada Dilma Rousseff reafirmou que Palocci “falta com a verdade” quando aponta sua participação em “supostas reuniões para tratar de facilidades” à Odebrecht. O ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli não foi localizado.

Os demais dirigentes, parlamentares e ex-integrantes dos governos petistas evitaram comentar as novas acusações de Palocci. Sob a condição de anonimato, no entanto, muitos admitem que as punições internas ao ex-ministro foram um “tiro no pé”, uma vez que deram a Palocci mais um palco para disparar contra Lula e o partido. Quase todos demonstraram indignação com o que consideram uma “traição” do ex-ministro.

Para parte dos líderes petistas, a carta de Palocci é mais um elemento a dificultar a participação de Lula na eleição de 2018. Alguns descreveram o ataque do ex-ministro como o mais duro já sofrido pelo partido justamente por ter vindo de um de seus principais quadros. 

Agência Estado

terça-feira, 26 de setembro de 2017

➤Supremo afasta Aécio

STF impõe ‘recolhimento noturno’ ao senador


Por 3 a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (26) afastar novamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício das funções parlamentares e colocá-lo em recolhimento noturno. O colegiado restaurou medidas cautelares que haviam sido determinadas pelo ministro Edson Fachin em maio, como a proibição do senador de se ausentar do País e de entrar em contato com qualquer outro investigado no conjunto de fatos revelados na delação da J&F.

A decisão não cassa o mandato de Aécio e, por isso, não retira o foro privilegiado nem a imunidade parlamentar do tucano.

Alvo da Operação Patmos em maio, Aécio Neves foi denunciado em junho pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva e de embaraço a investigações. O senador é acusado formalmente de ter aceitado propina de R$ 2 milhões repassados pela J&F a um primo do senador e a um auxiliar parlamentar e de ter tentado obstruir investigações.