sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

➤BOA NOITE


Nat King Cole, (Montgomery, 17 de março de 1917  Santa Mônica, 19 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, cujas músicas românticas tinham um toque especial  associando sua voz inconfundível ao piano, fazendo com que fosse um cantor de enorme sucesso.

No final dos anos 50, Nat King Cole gravou várias músicas em espanhol. Foi um sucesso em toda a América.

Para esta sexta-feira, selecionei um boleto que faz parte da vida de todos os que viveram o auge da música romântica e que na voz de Nat King Cole ganhou um sabor todos especial – Perfídia.


➤20/01/2015



Estadão - Temer deve optar por ministro substituto com perfil técnico
“Ele vai enaltecer um técnico até para valorizar a tecnicidade reconhecida de Teori”, disse, de forma reservada, um amigo de Temer

Folha de São Paulo - Odebrecht teme que morte de ministro atrase homologação da delação
Advogados e dirigentes da empresa também estão apreensivos com possibilidade de ministro nomeado por Temer ser o novo relator

O Globo - PF e MPF instauram inquéritos para investigar acidente
Ao todo, cinco pessoas morreram na queda de avião em Paraty

Correio Braziliense - Família pede ao STF que o velório de Teori seja em Porto Alegre
O pedido foi feito pela filha do ministro, Liliana Maria Prehn Zavascki, à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia

Estado de Minas - 'É preciso investigar se foi acidente ou não', diz filho de Teori Zavascki
O advogado Francisco disse que ainda não pensou sobre o assunto mas não descarta nenhuma possibilidade

Tribuna da Bahia - Acidente de Ulysses Guimarães ocorreu na mesma região
Em 12 de outubro de 1992, o voo que levava o deputado Ulysses Guimarães de Angra do Reis para São Paulo caiu no mar sem deixar sobreviventes

Diário do Nordeste - Chove em mais de 90 cidades do Ceará, maior número do ano
Somente em Senador Sá, na Zona Norte do Estado, foram 94 milímetros

Diário Catarinense - Ministra Cármen Lúcia lamenta morte de Teori Zavascki, mas destaca: "O Supremo é contínuo"
A magistrada lamentou a perda do colega, mas ressaltou que o STF tem um compromisso de continuar com os processos abertos, como a Operação Lava-Jato e as delações da Odebrecht

PIONEIRO - Força-tarefa na Estação Férrea, em Caxias do Sul, terá horário estendido
Confusões voltaram após o encerramento da fiscalização na semana passada

Revista VEJA - 'Era Trump' começa hoje. EUA se preparam para festas e protestos
Bilionário, apresentador de reality show e falastrão, o 45º presidente dos EUA toma posse em Washington. Cerimônia será breve e polícia teme protestos

Revista EXAME - PIB da China cresce 6,8% no 4º trimestre, acima do esperado
No acumulado do ano, a economia chinesa registrou crescimento de 6,7%, dentro da meta do governo

Revista ÉPOCA -  Ministério Público pede informações à Anac sobre aeronave em que estava Teori
Também foi encaminhada solicitação para que Aeronáutica forneça o áudio da conversa entre o piloto e agentes de controle aéreo

Agência BRASIL - Diário Oficial publica luto oficial de três dias após morte de Teori Zavascki
Em pronunciamento à imprensa, o presidente Temer afirmou que recebeu com “profundo pesar” a notícia e decretou o luto oficial como uma “modesta homenagem”

Portal G1 - Quarto corpo do acidente com Teori Zavascki é encontrado em Paraty
Segundo o Corpo de Bombeiros, trata-se de uma mulher que estava presa nas ferragens da aeronave. Ela ainda não foi identificada

Portal IG - Saiba quem são as duas passageiras que morreram em queda de avião com Teori
A massagista Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas, iam a Paraty a convite do empresário Carlos Alberto Filgueiras, que também faleceu no acidente

➤Morte de Teori

Janot prevê atraso no caso Odebrecht


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estava na Suíça quando recebeu a notícia sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Imediatamente, ordenou o cancelamento de todos os seus compromissos no país e decidiu que retornaria nesta sexta-feira ao Brasil, chegando a Brasília no fim do dia. A pessoas próximas, admitiu que, agora, o que está em jogo é a investigação da Operação Lava Jato.

Com a morte do relator do caso no STF, Janot prevê que a homologação das delações da Odebrecht deve sofrer atrasos e que não mais haveria condição de que sejam realizadas no início de fevereiro, como estava planejado. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), os cálculos são de que, se os casos da Lava Jato forem redistribuídos a um outro ministro, a homologação dos 950 depoimentos da construtora poderiam ser adiadas em pelo menos três meses.
Nesta quinta-feira, assessores do Supremo informaram que audiências com os 77 delatores da Odebrecht para confirmar que concordaram em colaborar com a Lava Jato serão canceladas. A expectativa era de que Teori e sua equipe começassem nesta semana as audiências. Nesta fase, os delatores não precisariam entrar no mérito das denúncias, mas apenas informar se foram coagidos ou não a firmar o acordo de delação com o Ministério Público.

Em um rápido pronunciamento à imprensa na noite desta quinta-feira, a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, evitou comentar o futuro dos processos da Lava Jato após a morte de Teori. “Não estudei nada, por enquanto”, disse ao ser questionada sobre que ministro ficaria com a relatoria dos inquéritos. “Minha dor é humana, como tenho certeza de que é a dor de todos os brasileiros depois de perder um juiz como este”, afirmou a ministra.
Odebrecht

Horas depois do acidente aéreo que vitimou o ministro, os advogados da empreiteira Odebrecht foram informados que as audiências com executivos para confirmar os depoimentos gravados em vídeos haviam sido canceladas, sem previsão de retorno.

Para os advogados, a relatoria dos processos relacionados à operação deve ser repassada ao ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer. Entretanto, os defensores temem que a mudança possa gerar uma “confusão” uma vez que o novo relator poderá mudar todo o “modus operandi” adotado por Zavascki até o momento.

“Cada juiz é único, pensa e age de forma particular. Diante disso, não é possível saber como será daqui pra frente”, afirma um advogado que não quis se identificar. Os advogados ouvidos apontam que os casos mais urgentes, entre eles os que envolvem réus presos, devem ser distribuídos antes da nomeação do novo ministro. Para eles, essas redistribuições também contribuem para trazer “incertezas” aos processos. “Já fomos informados que todas as audiências com os delatores da Odebrecht para confirmar o que foi dito nos depoimentos gravados em vídeo foram canceladas até segunda ordem”, explicou.

“O fato é a partir de agora temos uma grande mudança de cenário e ninguém pode afirmar com certeza o que vai acontecer. A escolha do novo relator é que vai definir o futuro da Lava Jato”, completa outro advogado com cliente em negociação de delação.

Os defensores ouvidos afirmam que a decisão sobre o futuro dos processos e como será a escolha do novo ministro relator deveria ser feita o mais rápido possível para evitar o surgimento de “uma grande confusão”. O temor dos advogados, em especial entre aqueles com clientes em negociação de delação, é que o novo relator, seja ele o ministro a ser indicado ou outro da atual composição, não “honre” o que havia sido acordado com Zavascki, por exemplo, sobre o conteúdo a ser entregue no acordo. “Não vejo uma situação tranquila no horizonte”, finalizou um advogado.

Com VEJA/Conteúdo

➤BOM DIA!

Um ano de tragédias*

Eliane Cantanhêde

Se 2016 foi o ano do impeachment da primeira presidente mulher no Brasil e da maior crise econômica da história brasileira, este 2017 está sendo o ano das tragédias. Começou com os assassinatos bárbaros em presídios do Norte e Nordeste e chega agora à morte do ministro Teori Zavascki, que não era apenas um a mais no Supremo Tribunal Federal, mas justamente o relator da Lava Jato, a mais explosiva investigação sobre corrupção no País. O clima em Brasília é de absoluta perplexidade.

Teori Zavascki era uma ilha num Supremo sacudido por disputas internas, inclusive ideológicas e de egos. Nunca bateu de frente com algum dos dez colegas, teve arroubos midiáticos ou foi identificado com o partido tal ou qual. Além do temperamento discreto e do decantado bom senso, era um homem do Direito, das leis, impecável na sua área. Se havia um consenso dentro e fora do Supremo, era de que Teori era a pessoa certa, na hora certa da Lava Jato.

E como substituí-lo? Ninguém é insubstituível, como diz a máxima, mas encontrar um jurista à altura do momento, da Lava Jato e das qualidades de Teori Zavascki não será fácil. Não estava no horizonte de Temer nomear um dos ministros do Supremo em seus dois anos e meio de Presidência, depois que a idade-limite de permanência no tribunal foi aumentada de 70 para 75 anos. Com essa mudança na lei, mais o imponderável da morte de Teori Zavascki, essa passou a ser, desde ontem, uma de suas prioridades. E a lista de prioridades de Temer não é nada modesta...

Cabe ao presidente da República nomear os ministros do STF e Temer deve estar sofrendo as mais ostensivas pressões desde o primeiro instante da confirmação da morte de Teori na queda de um pequeno avião nas águas de Paraty. São pressões da área jurídica em geral e dos amigos professores de Direito em particular, mas, sobretudo, dos políticos que são alvo da Lava Jato às dezenas e certamente resistem a um ministro “linha dura” e sonham com um voto “camarada”.

Teori Zavascki tinha todo o histórico da Lava Jato, era o guardião de quilos de informações sobre cada político com mandato citado nas investigações e estava com a caneta pronta para homologar, já na reabertura dos trabalhos do Judiciário, em primeiro de fevereiro, a chamada “delação das delações” – a da Odebrecht.

Com a nomeação de um novo ministro – que não tem prazo para acontecer –, a expectativa é de que a Lava Jato possa, no mínimo, atrasar, e muito. Lula demorou meses para nomear Joaquim Barbosa. Dilma Rousseff levou um ano entre o anúncio de que Joaquim sairia até a nomeação de Luiz Edson Fachin. Mas já se procuram brechas no regimento da Corte, em especial no artigo 68, para que a Lava Jato não espere a definição do novo nome e, como se trata de matéria penal, seja redistribuída para um dos dez atuais ministros.

Mais importante do que quando e como será a definição do novo relator da Lava Jato, porém, é quem pegará esse touro a unha. Independentemente de regimentos, tecnicidades, prazos e brechas, há um certo temor de que caia nas mãos de ministros que, apesar de brilhantes, são muito polêmicos, como Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. Sem desmerecer os demais, a Lava Jato é um caso para o decano Celso de Mello, que não é só o mais experiente, mas também muito criterioso e, algo bastante valioso, muito respeitado pelos seus pares.

A morte de Teori Zavascki é uma perda imensa, que joga mais um peso monumental nas mãos de Temer, mais tensão no Supremo e mais dúvidas na sociedade sobre o encaminhamento da Lava Jato. Sem falar nas teorias conspiratórias sobre o acidente, um prato feito para a irresponsabilidade das redes sociais. Que tempos!

*Publicado no Portal Estadão em 20/01/2017