sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

➤BOA NOITE!



Cantando na Chuva (Singin' in the Rain)  é um filme norte americano do gênero comédia musical, dirigido e coreografado por Gene Kelly e Stanley Donen e estrelado por Kelly, Donald O'Connor e Debbie Reynolds. O filme se passa nos anos 20 em Hollywood na transição do cinema mudo para o cinema falado.

Cantando na Chuva ocupa a primeira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.

Selecionei para hoje, a cena clássica do filme em que Gene Kelly dança e canta Singin’ in the Rain


➤RAPIDINHAS


Taxas de juros de crédito pessoal e cheque especial caem em fevereiro
As taxas médias de juros cobradas pelos bancos em empréstimos pessoais e no cheque especial recuaram em fevereiro, segundo pesquisa da Fundação Procon.
No caso do emprestimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,49% ao mês em fevereiro, depois de chegar a 6,51% ao mês em janeiro. Reduziram as taxas: Bradesco (de 6,67% para 6,60% ao mês) e Banco do Brasil (de 5,85% para 5,81% ao mês).
Quanto ao cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 13,56% ao mês, abaixo dos 13,60% ao mês observados em janeiro. Registraram taxas menores: Banco do Brasil (de 13,04% para 12,95% ao mês); Itaú (de 13,35% para 13,29%) e Bradesco (de 13,55% para 13,49%).
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em janeiro, a taxa básica de juros, Selic, foi reduzida em 0,75 ponto percentual (de 13,75% ao ano para 13% ao ano).

MP investiga fraude na Linha 4 do Metrô e desvio de pelo menos R$ 47 mi
O Ministério Público Estadual (MPE) investiga um esquema de fraude e superfaturamento em dois trechos das obras da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo que teria desviado ao menos R$ 47,8 milhões. Os promotores identificaram pagamentos milionários feitos pela estatal paulista ao consórcio espanhol Corsan Corviam durante meses em que a construção ficou completamente paralisada, entre 2014 e 2015. 
O contrato foi rescindido unilateralmente pelo Metrô em setembro de 2015, por causa dos sucessivos atrasos na obra. Um novo negócio foi fechado para concluir a extensão da Linha 4 com mais quatro estações até a Vila Sônia, zona sul, elevando o custo do empreendimento em 55% e prorrogando o prazo de entrega para 2019, cinco anos depois do prometido. O Metrô afirma que todos os pagamentos “foram liberados somente mediante confirmação dos serviços realizados” e o consórcio nega as irregularidades.

PMs derrubam parte de muro no Rio para saída de viaturas
Como a entrada principal do 27º Batalhão da Polícia Militar, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, estava bloqueada por um grupo de familiares de PMs, agentes do Batalhão derrubaram parte de um muro para sair com os veículos na manhã desta sexta-feira. A denúncia foi feita por mulheres que participam do protesto, segundo as quais quatro viaturas saíram pelo espaço.
“Nós chegamos às 5 horas e desde então nenhum veículo saiu pela entrada principal. Mas por volta das 6 horas percebemos quatro viaturas já fora do Batalhão e vimos o buraco por onde elas passaram”, conta Melina, mulher de um PM. “E teve policial que pulou o muro pra sair para o trabalho”, completa.
“Contávamos com o 13º e com as gratificações, que deveriam ter sido pagas no ano passado e até agora nada. Além disso, as viaturas e os coletes de proteção estão sucateados. Outro dia um policial ficou sem freio na viatura. Se o governo não tivesse roubado tanto, teria dinheiro para essas despesas”, afirma a mulher de outro PM, que não quis se identificar.
O buraco no muro tem cerca de 3 metros de largura e, segundo as mulheres, foi aberta com uma espécie de picareta.

Trump e Dilma agem de modo igual, dizem ‘Forbes’ e ‘Bloomberg’
Donald Trump está a menos de um mês na Casa Branca e não sai das manchetes dos jornais de todo o mundo por causa da polêmica gerada pelas medidas que toma. O estilo agressivo e direto do novo presidente americano, que não mede as palavras nas coletivas de imprensa ou no Twitter,  contrasta com o do antecessor, Barack Obama, famoso pelos seus discursos em tom conciliador e pela imagem de político com apoio popular.
Se existe notável diferença para Obama, Trump pode ser comparado à ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, segundo artigos publicados nesta semana por colunistas da revista Forbes e da agência de notícias Bloomberg — ambas publicações voltadas à economia.
Para o jornalista Mac Margolis, que escreve sobre América Latina na Bloomberg, apesar das diferenças pessoais e da trajetória, a pouca habilidade política que faz um país se polarizar os aproxima, como também as propostas econômicas.
O colunista diz que o aumento dos gastos públicos sem controle, isenções fiscais e protecionismo a setores empresariais desorganizaram a economia e, mais tarde, levaram ao impeachment de Dilma. Margolis indica que há semelhança com as posições defendidas por Trump, que prometeu 1 trilhão de dólares (3,10 trilhões de reais, quase a metade do PIB brasileiro em 2015) em investimentos em infraestrutura, reduzir impostos e tem ameaçado aumentar as taxas de importação para montadoras que produzam no exterior para vender aos Estados Unidos.

STF dá 24 horas para Temer explicar nomeação de Moreira Franco
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu na noite de quinta-feira 24 horas de prazo para o presidente Michel Temer se manifestar sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, informou a corte.
A nomeação de Moreira Franco, citado mais de 30 vezes em vazamentos da delação premiada da construtora Odebrecht na operação Lava Jato, tem sido alvo de uma batalha de liminares na primeira instância da Justiça Federal em pelo menos três Estados, e a Advocacia-Geral da União (AGU) tem buscado derrubar as decisões que suspendem a nomeação sob alegação de desvio de finalidade.
Com a nomeação para o ministério, Moreira Franco passaria a ter prerrogativa de foro junto ao Supremo e ficaria fora do alcance do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná.
Em seu despacho, divulgado depois dos mandados de segurança impetrados pela Rede e pelo PSOL, Celso de Mello afirma que antes de tomar uma decisão — os partidos também pedem a suspensão liminar da nomeação — é necessário ouvir o presidente da República.

➤Espírito Santo

700 PMs indiciados por motim


O secretário de Segurança Pública, André Garcia, afirmou nesta sexta-feira (10), que 703 policiais foram indiciados pelo crime de revolta. Eles terão o ponto cortado desde o último sábado (4), quando começaram os protestos de familiares de PMs na porta de batalhões. Caso sejam condenados, os militares podem pegar de 8 a 20 anos de detenção.

Os PMs serão expulsos da instituição se forem condenados pelo crime de revolta, disse o comandante-geral da PM, Nylton Rodrigues, em entrevista à imprensa. Esse crime é configurado quando os militares se reúnem, armados, ocupando quartel, agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la.

Na quinta-feira (9), eram 327 policiais militares indiciados e, nesta sexta, foram mais 376. Somando os números, dá o total de 703 indiciados em inquérito policial militar pelo crime de revolta.

“Quando há ação de desobediência, o PM comete crime militar. Chega uma hora em que a desobediência evolui para motim, crime militar com pena de detenção de quatro a oito anos. Depois, se os policiais estão armados, o motim evolui para revolta”, explicou o comandante-geral da PM.

André Garcia afirmou que, se for preciso, demite todos os policiais militares e faz um novo concurso. "A anistia não é um ato do governo estadual, mas do governo federal. Mesmo se fosse, não é um caso de anistia", afirmou Garcia.
A condução dos inquéritos vai ficar a cargo da Corregedoria da PM. Quando concluídos, serão encaminhados para o Juízo de Direito da Vara da Auditoria Militar, que vai enviar o processo para análise da Promotoria de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar. Segundo o Ministério Público Estadual, cabe a um promotor avaliar cada inquérito e decidir se denuncia os militares e propõe uma ação penal ou se arquiva os casos.

Ainda segundo o secretário, haverá identificação das mulheres dos protestos. “Também vamos identificar as mulheres que participam do movimento e vamos enviar a lista para o MPF [Ministério Público Federal], que vai fazer a análise”, disse.

O secretário disse que ainda 3 mil militares vão estar nas ruas do Espírito Santo nesta sexta, mas destacou que vai pedir mais efetivo. "Os responsáveis pelo movimento vão pagar os custos da mobilização das forças federais", afirmou. Mais de 1.700 homens das Forças Armadas e Nacional estão nas ruas e, segundo o Exército, serão 3.000 até final de semana.
Pelo sétimo dia, o estado vive uma onda de violência que deixou 121 mortos. Escolas, postos de saúde e ônibus seguem sem funcionar na Grande Vitória e em outras regiões do estado.

Negociações 

André Garcia disse que o governo já esgotou a capacidade de diálogo com os PMs. O movimento que paralisou o policiamento no estado pede aumento salarial (reposição da inflação e 10% de ganho real), além de melhores condições de trabalho. O governo disse ser impossível dar reajuste, mas propôs avaliar promoções, carga horária dos PMs e outras reivindicações (veja listas mais abaixo).

Segundo o governo, caberá às Forças Armadas, que assumiram o comando da segurança pública no estado, dedicir as "medidas necessárias" tomar para "o restabelecimento da lei e da ordem", afirmou Pompeu.

"Essas medidas dependem de avaliação caso a caso, do comando militar, das forças de segurança, que estão no comando da segurança pública, que aqui está com o general do Exército", disse Julio Pompeu, secretário de Direitos Humanos.
O coronel Alves da Costa, que participa da operação, afirmou nesta sexta que as tropas não receberam ordem para retirar as famílias dos PMs das portas dos quartéis.

Proposta mulheres dos PMs:
Parcelamento da reposição salarial
Garantia de anistia para os policiais aquartelados
Desistência da ação contra as associações de policiais

Proposta do governo:
Crimes e infrações administrativas serão apurados sem perseguições;
Apresentar um cronograma para promoções previstas em lei
Formar uma comissão para avaliar a carga horária de trabalho da categoria
Encaminhar, em até 90 dias, uma proposta à Ales para tornar obrigatório o bacharelado em Direito para o ingresso no curso de CFO
Governo reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do reajuste
Governo se propõe a desistir de ações contra Associações de Classe
Governo se dispõe a dialogar com a categoria para debater outras eventuais pautas

Agências Globo e Estado

➤Eike Batista e Sergio Cabral

MP-RJ pede pena de mais de 40 anos

Foto: G1/Reprodução
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista nesta sexta (10) e pediu pena superior a 40 anos para ambos. Segundo os procuradores, a pena de Eike Batista pode chegar a 44 anos e a de Cabral a 50, caso eles sejam condenados em todos crimes que respondem. Além deles, outras sete pessoas foram denunciadas nesta sexta.

Eike responde a dois crimes de corrupção ativa e um de lavagem de dinheiro. Já Cabral responde por dois atos de corrupção passiva, dois de lavagem de dinheiro, além de um de evasão de divisas e outro de organização criminosa. A legislação brasileira porém limita o cumprimento de pena a 30 anos.

Cabral, a mulher Adriana Ancelmo, Wilson Carlos e Carlos Miranda foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Eike Batista e Flávio Godinho, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Luiz Arthur Andrade Correia, Renato Chebar e Marcelo Chebar, por lavagem de dinheiro. Cabral e os irmãos Chebar também foram denunciados por evasão de divisas , por manterem recursos não declarados no exterior.

Mulher de Cabral recebeu R$ 1 milhão em propina

A denúncia do MPF é decorrente das operações Eficiência e Calicute e apontam que Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do Rio e mulher de Sergio Cabral, recebeu R$ 1 milhão através de seu escritório de advocacia em forma de propina. O pagamento foi feito pela EBX, uma das firmas do conglomerado do empresário.

De acordo com os procuradores, ainda não é possível afirmar para que obras estes valores foram pagos. "Não estamos vinculando o pagamento de propina a um empreendimento específico. Havia uma série de interesses do empresário no Estado, então esse pagamento de propina era para comprar apoio e atos decisórios do governo que poderiam beneficiar interesses da EBX", diz o procurador Rafael Barreto.

O pagamento foi feito através de transferência bancária e, segundo os investigadores, advogados que trabalhavam no escritório há anos disseram que jamais haviam prestado serviço para a empresa.

Em operação de busca e apreensão também não foram encontrados documentos relativos a empresa de Eike, segundo o Ministério Público Federal do Rio.

Agência Globo

➤Sem PM nas ruas

Mortes no Espírito Santo chegam a 121


A crise na segurança pública chega ao 7º dia e o Espírito Santo continua sem policiais. Uma onda de violência deixou 121 mortos até as 10h desta sexta-feira (10), segundo o Sindicato dos Políciais Civis do Espírito Santo (Sindipol). Desde o início da crise, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp-ES) não divulga números de homicídios.

Na madrugada desta sexta, as mulheres de PMs não entraram em acordo governo do estado e seguem ocupando a frente dos batalhões, no estado, impedindo a saída do PMs. Mais de 1700 homens das Forças Armadas e Nacional estão nas ruas e, segundo o Exército, serão 3000 até fim de semana.

A Federação do Comércio atualizou os números do prejuízo com a crise. E, até esta sexta-feira, o prejuízo com o comércio fechado desde segunda-feira (6), chega a R$ 300 milhões. Mais de 300 lojas foram saqueadas no estado, sendo 200 só na Grande Vitória. O presidente da Federação, José Lino Sepulcri acredita que 20% das lojas abriram nesta sexta-feira na Grande Vitória.

Desde a saída dos PMs das ruas, a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Vitória contabiliza mais de 170 veículos roubados. Só na segunda-feira (6), foram abertas mais de 200 ocorrências nesta delegacia. Nesta sexta-feira, policiais civis participam de uma megaoperação para recuperar carros que foram roubados e estão abandonados na região metropolitana.

Fonte: Portal G1

➤OPINIÃO

Convulsão

Eliane Cantanhêde

É hora de alguém soprar um velho conselho ao ouvido do presidente Michel Temer: “Devagar com o andor que o santo é de barro”. Quando tudo parecia melhorar, com as presidências da Câmara e do Senado na mão, inflação e juros caindo, arrecadação subindo, o PMDB e Temer se animaram, superestimaram a própria força e passaram a agir como se não devessem satisfações a ninguém, nem à opinião pública. Errado.

Desprezando os outros 27 candidatos, Temer lançou o ministro tucano Alexandre de Moraes para julgar a Lava Jato no Supremo. Até aí, tudo bem, porque Fernando Henrique e Lula, por exemplo, indicaram ministros que tinham cargos em seus governos. Afora um muxoxo estudantil ou outro, Moraes vem sobrevivendo aos corredores poloneses: os futuros colegas, associações do mundo jurídico e os principais partidos assimilaram bem a escolha.

Temer, porém, errou duplamente com Moreira Franco: ao não nomeá-lo ministro no início do governo e ao nomeá-lo ministro três dias depois da homologação das delações da Odebrecht, em que é citado mais de 30 vezes. A dedução lógica é que foi para livrar Moreira do juiz Sérgio Moro e acomodá-lo no foro privilegiado, e mais confortável, do STF. Um juiz do DF suspendeu a nomeação, a Advocacia-Geral da União (AGU) suspendeu a suspensão, uma juíza suspendeu a suspensão da suspensão.

Resultado: Temer comprou uma briga com a Justiça, atraiu um desgaste político desnecessário e corre o risco de engolir uma doída derrota hoje, caso Celso de Mello vete a ascensão de Moreira a ministro, tanto quanto Gilmar Mendes impediu a posse de Lula na Casa Civil de Dilma para – como se imaginava – ganhar foro privilegiado. Ok, a AGU alega que, como Moreira já estava no governo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Cola?

Para piorar, o PMDB indicou por aclamação o senador Edison Lobão para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que vai, entre tantas outras coisas, sabatinar Moraes para o STF. Lobão foi ministro de Minas e Energia de Lula e Dilma, exatamente quando a Petrobrás esfarelava, e é alvo de quatro inquéritos no STF, dois deles relacionados à Lava Jato.

É um escárnio o partido do presidente da República colocar alguém assim na CCJ, num momento explosivo. E mais: a vitória de Lobão confirma que Renan Calheiros continua mandando no Senado a partir da liderança do PMDB. O desgaste é do Congresso, mas respinga no Planalto. E, diferentemente de Renan, Temer tem muito a perder com lances audaciosos.

Para piorar, a PF apontou indício de corrupção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM do Rio, personagem central para a aprovação de medidas essenciais na retomada do crescimento econômico, a começar da reforma da Previdência e da flexibilização trabalhista – que, aliás, ganhou impulso ontem na própria Câmara. Com a CCJ do Senado nas mãos de Lobão e a Câmara presidida por um alvo da PF, o que se esvai é a credibilidade dos agentes das reformas.

Por falar em Rio, que coisa, hein? Massacres em Manaus, Boa Vista e Natal, o colapso da segurança pública no Espírito Santo, a ruína do Rio, a prisão de dois ex-governadores do estado (Garotinho saiu, Cabral continua preso)... Não bastasse, a justiça eleitoral mandou cassar Luiz Fernando Pezão (do PMDB!) e seu vice, Francisco Dornelles, enquanto a PM e manifestantes transformam a Cidade Maravilhosa em campo de batalha.

A sensação geral é de desmando, de fim de uma era, e Temer deveria ser menos autoconfiante e concentrar energias na recuperação da economia e na escolha de um ministro da Justiça acima de qualquer suspeita, que não irrite ainda mais a opinião pública. Cuidado com o andor e com o santo. O momento não é de audácia, é de prudência.

*Publicado no Portal Estadão em 10/02/2017

➤BOM DIA!

Os vândalos, que não trabalham, voltaram!


Quando subi a Borges na tarde de ontem (9) para embarcar no lotação que me leva de volta para casa, depois de um dia inteiro de trabalho, vi que um pequeno grupo se juntava na Esquina Democrática. Passei rápido mas tive a chance de ler umas duas ou três faixas levantadas por integrantes do Grupo de Lutas.

Uma delas pedia greve geral contra o aumento das passagens de ônibus. Quem segurava a faixa eram dois menores que, estudantes ou não, provavelmente estavam ali comandados por alguém.Duvido que fossem trabalhadores exigindo greve!

Na outra faixa, um protesto contra os ‘ricos’ que, segundo eles, devem pagar a passagem dos ‘pobres’. Estes não estão conformados com o fato de, se estudantes, pagarem meia passagem. O que eles querem é passe livre no transporte coletivo. Certamente esquecem que, quanto mais isenções forem decretadas, mais cara fica a passagem e mais pesado ficará para o bolso dos trabalhadores. Rico não anda de ônibus.

No lotação, o motorista foi avisado pelo largador que logo haveria confusão e recomendou que o carro saísse imediatamente do terminal. Foi o que ele fez.

Hoje de manhã, quando desci a Borges para trabalhar, coisa que muitos dos que protestavam na Esquina Democrática não sabem o que é, encontrei as portas de vidro do Banco Itaú, quase na esquina da Rua da Praia, quebradas. No edifício União, uma filial do McDonalds estava com vitrines e portas de vidro também quebradas. Nos dois locais os funcionários se esmeravam em recolher os cacos que ficaram jogados na calçada depois da ação criminosa dos vândalos.

Os que depredaram o banco e a lanchonete, provavelmente não tenham conta bancária, mas certamente todos frequentam o McDonalds, onde pagam caro por um lanche que nem sempre é tão bom assim.

Quando subi a Borges, olhando para as bandeiras amarelas do Bloco de Lutas, reparei que, encostados em prédios da avenida, pessoas comandavam a ação dos que estavam se reunindo na esquina. Eram poucos, é verdade, mas combinavam com o número de manifestantes, que era muito pequeno.


Hoje, ao ler o noticiário, me dei conta do quanto estava acertado o largador do lotação. Logo após a saída do carro os manifestantes, depois de serem enxotados pela Brigada Militar da frente da prefeitura, subiram a Borges, quebraram vidros de estabelecimentos particulares, seguiram pela Salgado Filho e continuaram quebrando tudo.

Quem se der ao trabalho de acompanhar, de longe, os protestos, verá que são sempre as mesmas pessoas. Jovens que se dizem estudantes, a maioria com camisetas escondendo o rosto, mas trabalhando, alguns sendo pagos, para algum partido político. E o pior é que seus líderes, vergonhosamente, ocupam os espaços da mídia para defender o indefensável, ou seja, os manifestantes, quando encurralados pela BM, que tem a obrigação de manter a ordem, passam a ser vítimas da truculência e do desmando de governantes com os quais não concordam.

Ao olhar para quem estava na manifestação de ontem, me dei conta de que, tal qual ovelhinhas, muitos seguem a orientação de lideranças que não aparecem e apoiam vândalos vagabundos que quebram o patrimônio particular, acobertados pelo anonimato vergonhoso de mascaras que, por sinal, estão proibidas em protestos.

Lamentavelmente os vândalos, os arruaceiros, os vagabundos, estão de volta!

Tenham todos um Bom Dia! 

Obs.: As fotos são do Correio do Povo e Jornal do Comércio/Reprodução