terça-feira, 11 de abril de 2017

➤ATENÇÃO

A lista do Fim do Mundo


O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira o fim do sigilo de todos os inquéritos abertos para apurar irregularidades contra políticos a partir de delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Os inquéritos foram pedidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e inclui governadores, ministros, senadores, deputados federais e outros políticos. 

A revista Veja publicou a relação total dos políticos e envolvidos na delação premiada da Odebrecht. Confira os nomes:

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DE SÃO PAULO (PSDB) – governador usava cunhado para receber propina 
AÉCIO NEVES, SENADOR (PSDB-MG) – senador teria recebido mesada de até 2 milhões de reais 
DILMA ROUSSEFF, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PT) – ex-presidente teria recebido 150 milhões para campanhas 
ROMERO JUCÁ, SENADOR (PMDB-RR) – senador recebeu propina para defender interesses da Odebrecht 
RENAN CALHEIROS, SENADOR (PMDB-AL) – com Jucá, recebeu R$ 5 milhões para aprovar MP 
EDISON LOBÃO, SENADOR (PMDB-MA) – senador levou R$ 5,5 milhões de reais da empreiteira 
FERNANDO COLLOR, SENADOR (PTC-AL) – recebeu 800 mil reais na campanha eleitoral de 2010 
LINDBERGH FARIAS, SENADOR (PT-RJ) – recebeu 4,5 milhões de reais em propinas nas eleições de 2008 e 2010
CIRO NOGUEIRA, SENADOR (PP-PI) – recebeu 1,6 milhão de reais nas eleições de 2010 e 2014
EDUARDO CUNHA, EX-DEPUTADO (PMDB-RJ) – ex-deputado teria arquitetado plano para sepultar a Lava Jato 
BLAIRO MAGGI, MINISTRO DA AGRICULTURA (PP-MT) – ministro recebeu R$ 12 mi para ajudar a liberar crédito da empresa 
VICENTE CÂNDIDO, DEPUTADO (PT-SP) – deputado federal recebeu 50 mil reais para viabilizar Itaquerão 
JORGE PICCIANI, DEPUTADO ESTADUAL (PMDB-RJ) – recebeu caixa dois da Odebrecht nos anos de 2010 e 2012 
PAULO HARTUNG, GOVERNADOR DO ESPÍRITO SANTO (PMDB) – recebeu 1 milhão de reais nas eleições de 2010 e 2012 
HÉLDER BARBALHO, MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL (PMDB-PA) – recebeu 1,5 milhão  de reais  em três parcelas 
RICARDO FERRAÇO, SENADOR (PSDB-ES)  executivos dizem que repassaram a ele 400.000 reais via caixa dois 
ALDEMIR BENDINE, EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS – ex-presidente do BB e da Petrobras, recebeu dinheiro para ajudar a Odebrecht 
ALFREDO NASCIMENTO, DEPUTADO (PR-AM) – ex-ministro de Lula e Dilma, recebeu 200 mil reais via caixa 2 
JOÃO BACELAR FILHO, DEPUTADO (PR-BA) – recebeu 250 mil reais da Odebrecht para ajudar em MP 
CELSO RUSSOMANNO, DEPUTADO (PRB-SP) – deputado federal recebeu 50 mil reais na campanha de 2010 
ZECA DIRCEU, DEPUTADO (PT-PR) – filho de José Dirceu teria recebido 250 mil reais para campanha 
CARLOS ZARATTINI, DEPUTADO (PT-SP) – líder do partido recebeu propina para atuar em favor de MPs 
PAULINHO DA FORÇA, DEPUTADO (SD-SP) – presidente da Força Sindical recebeu 200 mil para campanha de 2010 
ANTÔNIO ANASTASIA, SENADOR (PSDB-MG)
MILTON MONTI, DEPUTADO (PR-SP)
ALOYSIO NUNES, SENADOR (PSDB-SP)
ARLINDO CHINAGLIA, DEPUTADO (PT-SP)
ARTHUR MAIA, DEPUTADO (PPS-BA)
BRUNO ARAÚJO, MINISTRO DAS CIDADES (PSDB-PE)
CÂNDIDO VACCAREZZA, DEPUTADO (EX-PT-SP)
GUIDO MANTEGA, EX-MINISTRO DA FAZENDA (PT)
EDUARDO BRAGA, SENADOR (PMDB-AM)
OMAR AZIZ, SENADOR (PSD-AM)
CACÁ LEÃO, DEPUTADO (PP-BA)
CÁSSIO CUNHA LIMA, SENADOR (PSDB-PB)
DALÍRIO BEBER, SENADOR (PSDB-SC)
NAPOLEÃO BERNARDES, PREFEITO DE BLUMENAU (PSDB-SC)
DANIEL VILELA, DEPUTADO (PMDB-GO)
MAGUITO VILELA, EX-GOVERNADOR DE GOIÁS (PMDB)
DANIEL ALMEIDA, DEPUTADO (PCDOB-BA)
DÉCIO LIMA, DEPUTADO (PT-SC)
ANA PAULA LIMA, DEPUTADA ESTADUAL (PT-SC)
ELISEU PADILHA, MINISTRO-CHEFE DA CASA CIVIL (PMDB-RS)
MOREIRA FRANCO, SECRETÁRIO-GERAL DA PRESIDÊNCIA (PMDB-RJ)
FÁBIO FARIA, DEPUTADO (PSD-RN)
ROBINSON FARIA, GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE (PSD)
ROSALBA CIARLINI, PREFEITA DE MOSSORÓ (PP-RN)
FERNANDO BEZERRA, SENADOR (PSB-PE)
GILBERTO KASSAB, MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES (PSD-SP)
BETINHO GOMES, DEPUTADO (PSDB-PE)
JOSÉ FELICIANO, ADVOGADO
VADO DA FARMÁCIA, EX-PREFEITO DE CABO DO SANTO AGOSTINHO (PTB-PE)
PAULO ROCHA, SENADOR (PT-PA)
HERÁCLITO FORTES, DEPUTADO (PSB-PI)
HUMBERTO COSTA, SENADOR (PT-PE)
IVO CASSOL, SENADOR (PP-RO)
JOÃO CARLOS RIBEIRO, EX-SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO DE RONDÔNIA
JOÃO CARLOS BACELAR, DEPUTADO (PR-BA)
JORGE VIANA, SENADOR (PT-AC)
TIÃO VIANA, GOVERNADOR DO ACRE (PT)
JOSÉ CARLOS ALELUIA, DEPUTADO (DEM-BA)
ZECA DIRCEU, DEPUTADO (PT-PR)
JOSÉ DIRCEU, EX-MINISTRO-CHEFE DA CASA CIVIL
ZECA DO PT, DEPUTADO (PT-MS)
JOSÉ REINALDO TAVARES, DEPUTADO (PSB-MA)
ULISSES CÉSAR MARTINS, EX-PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
RENAN FILHO, GOVERNADOR DO ALAGOAS (PMDB)
JÚLIO LOPES, DEPUTADO (PP-RJ)
JUTAHY MAGALHÃES JÚNIOR, DEPUTADO (PSDB-BA)
KÁTIA ABREU, SENADORA (PMDB-TO)
MOISÉS PINTO GOMES, MARIDO DA SENADORA KÁTIA ABREU
LÍDICE DA MATA, SENADORA (PSB-PE)
MARCO MAIA, DEPUTADO (PT-RS)
HUMBERTO KASPER, EX-PRESIDENTE DA TRENSURB
MARCO PRATES DA CUNHA, EX-PRESIDENTE DA TRENSURB
PAULO BERNARDO, EX-MINISTRO DO PLANEJAMENTO (PT)
MARCOS PEREIRA, MINISTRO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS (PRB-ES)
MARIA DO ROSÁRIO, DEPUTADA (PT-RS)
MÁRIO NEGROMONTE JÚNIOR, DEPUTADO (PP-BA)
VALDEMAR DA COSTA NETO, EX-DEPUTADO (PR-SP)
NELSON PELLEGRINO, DEPUTADO (PT-BA)
ÔNIX LORENZONI , DEPUTADO (DEM-BA)
PAULO HENRIQUE LUSTOSTA, DEPUTADO (PP-CE)
PEDRO PAULO, DEPUTADO (PMDB-RJ)
EDUARDO PAES, EX-PREFEITO DO RIO DE JANEIRO (PMDB)
RICARDO FERRAÇO, SENADOR (PSDB-ES)
RODRIGO MAIA, DEPUTADO (DEM-RJ)
CÉSAR MAIA, EX-PREFEITO DO RIO DE JANEIRO (DEM)
RODRIGO GARCIA, DEPUTADO (DEM-SP)
ROMERO JUCÁ, SENADOR (PMDB-RR)
EUNICIO OLIVEIRA, SENADOR (PMDB-CE)
LÚCIO VIEIRA LIMA, DEPUTADO (PMDB-BA)
RODRIGO JUCÁ, ADVOGADO E FILHO DE ROMERO JUCÁ (PSD-RR)
VALDIR RAUPP, SENADOR (PMDB-RO)
VANDER LOUBET, DEPUTADO (PT-MS)
VANESSA GRAZZIOTIN, SENADORA (PCDOB-AM)
ERON BEZERRA, MARIDO DA SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN
VICENTINHO, DEPUTADO (PT-SP)
VITAL DO RÊGO FILHO, MINISTRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)
YEDA CRUSIUS, DEPUTADA (PSDB-RS)

Fora do STF
Dezenas de outros inquéritos foram enviados por Fachin a outros tribunais porque os envolvidos não têm direito a foro no Supremo Tribunal Federal, como os governadores de estado, que têm de ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.
Nesta lista estão, entre outros, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Na lista também está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que precisam ser julgados na primeira instância, ou seja, pela Justiça Federal de São Paulo.


➤BOA NOITE!


Édith Piaf (Édith Giovanna Gassion), que nasceu em Paris em  19 de dezembro de 1915 e faleceu em  Plascassier no dia 10 de outubro de 1963, foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.

Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

Entre seus maiores sucessos está uma gravação de 1946 em que ela canta a belíssima La Vie en Rose


➤Reforma da Previdência

Relator amplia acesso à regra de transição e reduz pedágio



O relator da reforma na Previdência Social, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou nesta terça-feira (11) que vai propor mudanças na chamada regra de transição para a aposentadoria. O anúncio foi feito após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer, ministros, líderes partidários e outros membros da comissão especial da Câmara que trata do assunto.

A proposta original do governo previa que somente homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos teriam acesso à regra de transição – o que, na prática, permite a aposentadoria antes dos 65 anos.

De acordo com Arthur Maia, agora qualquer trabalhador, de qualquer idade, poderá optar por entrar na regra de transição. Segundo a nova proposta, esse trabalhador poderá se aposentar mais cedo e, neste caso, receberá menos.
Ainda assim, dentro das regras de transição, haverá uma idade mínima para se aposentar, segundo o relator. Os cálculos ainda não foram detalhados, mas Arthur Maia afirmou que será aplicada uma fórmula considerando o tempo de contribuição e também o "pedágio" – tempo a mais que será acrescido (menor do que o formato atual de 50%)
.
O relator explicou que as idades mínimas serão fixadas abaixo de 65 anos para a aposentadoria daqueles que optarem pela regra de transição. Essas idades mínimas serão diferentes para homens e mulheres.


O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), citou como exemplo que essa idade mínima, na regra de transição, poderia ser de 53 anos para mulheres e de 57 anos para homens. Segundo Marun, a alternativa de flexibilizar a adesão à regra de transição e impor um limite para aposentadoria aos que não quiserem se submeter à nova reforma deve liberar os trabalhadores para fazer as próprias contas e escolher qual regime seria mais adequado.

“Para trabalhadores entre 29 e 31 anos, por exemplo, poderia não ser vantajoso aderir à transição. Aí, esses ficariam na regra geral. Vai depender de caso a caso”, explicou.

Na prática, a mudança cria duas regras: a geral, com aposentadoria aos 65 anos, e a de transição, para quem já contribui com a Previdência e não quer integrar a regra nova. Com o passar do tempo, a regra de transição vai progredindo até que as idades previstas para homens e mulheres se aposentarem alcançarem a idade da regra geral.
Agência Globo

➤RAPIDINHAS


Escândalo de Côrtes empurra Rede D’or para o furacão
O novo escândalo de corrupção de Sérgio Cabral, desta vez na Saúde, empurrou a Rede D’or, uma das mais respeitadas do Rio, para o epicentro da Lava-Jato.
Segundo o Ministério Público Federal, Sérgio Côrtes, vice-presidente da rede e ex-secretário de Saúde, pagou 300 mil reais provenientes do grupo para Francisco de Assis Neto.
Conhecido também como Kiko, ele trabalhou como assessor de Sérgio Cabral e foi preso no dia 3 de fevereiro. 
“…foram apreendidos documentos com centenas de anotações e registros de contabilidade paralela da ORCRIM na residência de Luiz Carlos Bezerra. Nas anotações consta que Sérgio Côrtes teria pago R$ 300.000,00, provenientes da Rede D’Or, da qual é Vice-Presidente, a Francisco de Assis Neto (“Kiko” ou “Zambi”), proprietário da empresa Corcovado Comunicações Ltda, atualmente preso em decorrência da denominada Operação Calicute”, diz trecho do documento do MPF.
Além do Rio, o grupo D’or tem hospitais em São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco. 

Quadrilha de Cabral na Saúde recebia R$ 450 mil de mesada
O esquema de corrupção na Saúde revelado pelo Ministério Público Federal nesta terça (11) aponta que a quadrilha de Sérgio Cabral recebia uma mesada de 450.000 reais.
O dinheiro era desviado na compra de materiais médicos, totalizando 16 milhões de reais em propinas.
De acordo com o MPF, o ex-governador recebia 5% do que era desviado na compra de próteses e equipamentos médicos. Também eram peças-chave do esquema os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, assim como o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes.
Ainda segundo a investigação, Côrtes recebia 2% do valor dos contratos fechados entre a Secretaria de Saúde e o empresário Oscar Iskin.
Os dois também mantinham um esquema de divisão de 40% do valor arrecadado com estes contratos. O montante, de acordo com o MPF, era depositado numa conta do Bank of America, nos Estados Unidos.

FHC defende ‘serenar ânimos’ e pede ‘tolerância’ na política
Em vídeo divulgado nesta terça-feira, 11, nas redes sociais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso critica o antagonismo de “nós contra eles” na política, diz que o momento é de “serenar os ânimos” e prega a “aceitação do outro” em prol de melhorias para o Brasil. “O que nós precisamos é de mais aceitação do outro, mais tolerância e ver o que dá para fazer em conjunto pelo País”, afirma ele no vídeo.
Mesmo pregando o diálogo, FHC diz que o PT é o responsável pela política do “nós contra eles”. E cita como consequência negativa o episódio em que o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu no rosto do colega Jair Bolsonaro (PSC-SP).
“Veja no que deu essa tentativa no Brasil de jogar ‘nós contra eles’. Isso veio principalmente do pessoal do PT, mas agora se generalizou”, diz. “Acho que chegou o momento no Brasil que nós precisamos, não é fazer um acordão de cúpula, mas serenar os ânimos e ver o que é que interessa a todos como um conjunto, como um país, um povo.”

TJ de SP decide fazer novo júri de PMs envolvidos no massacre do Carandiru
Por quatro votos a um, o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo decidiu nesta terça-feira (11) que os policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru serão julgados novamente. Ocorrido após uma rebelião na casa de detenção na Zona Norte da capital, o incidente terminou com 111 detentos mortos em outubro de 1992. Caberá agora ao juiz de primeira instância marcar data para novo julgamento e decidir se ele será feito em partes ou se será apenas um júri.
Em setembro do ano passado, dois dos cinco desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ (Camilo Lellis e Edison Brandão) votaram pela anulação dos cinco julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelos assassinatos de 77 detentos (os outros 34 presos teriam sido mortos pelos próprios colegas de celas). O então relator, desembargador Ivan Sartori, ex-presidente do TJ, havia votado pela absolvição dos PMs.
Nesta terça, os desembargadores julgaram embargos infringentes, tipo de recurso previsto para quando não há decisão unânime. Além de Lellis, Brandão e Sartori, participaram do julgamento os desembargadores Euvaldo Chaib Filho e Luis Soares de Mello Neto, relator do caso analisado nesta terça.

Oposição denuncia morte de manifestante baleado na Venezuela
Um estudante de 19 anos morreu na madrugada desta terça-feira (11) na cidade venezuelana de Valencia após ser baleado no pescoço durante um protesto contra o presidente Nicolás Maduro, denunciaram os dirigentes opositores.
"Confirmada a morte de Daniel Queliz, de 19 anos, que estava protestando" em Valencia (estado Carabobo, centro-norte), indicou no Twitter o deputado opositor Marco Bozo.
Aarón Rodríguez, dirigente da Vontade Popular - partido de Leopoldo López, líder opositor que se encontra preso -, atribuiu a morte do rapaz a um agente da polícia regional, que o atingiu no pescoço com um disparo.
Queliz foi identificado como estudante da Universidade Arturo Michelena, a maior instituição de estudos superiores particular de Valencia.

➤Reforma da Previdência

Temer quer que seja compatível com 'aspirações populares'


Foto: Google/Reprodução
O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (11), na abertura de uma reunião no Palácio do Planalto com parlamentares e ministros sobre a reforma da Previdência Social, que é preciso aprovar mudanças nas regras que sejam compatíveis com “aspirações populares”. Integrantes da comissão especial que discute o assunto na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do texto, Arthur Maia (PPS-BA) além de auxiliares de Temer foram convidados para debater o assunto em um café da manhã.

Nos últimos dias, o presidente vem promovendo encontros com políticos com o objetivo de garantir a aprovação da reforma no Congresso. As mudanças que, entre outros pontos preveem idade mínima de 65 para homens e mulheres se aposentarem, são defendidas pela equipe econômica como uma das medidas para sanear as contas públicas. Só no INSS, o rombo chegou perto de R$ 150 bilhões em 2016 e deve passar dos R$ 180 bilhões em 2017.

“Pouco a pouco vamos acolhendo sugestões, porque evidentemente, quando vem do Congresso Nacional e da Comissão da Câmara dos Deputados, é para aprimorar o projeto, a não desnaturá-lo, e fazendo compatível com aspirações populares. Sei o quanto o tema é difícil”, afirmou Temer, recordando que relatou uma reforma da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso.
O presidente disse também que o texto original do governo enviado para o Congresso prevê dar conta das necessidades da Previdência pelos próximos 30 ou 40 anos.

“O projeto original que mandamos, elaborados a várias mãos por seis, oito meses, é uma reforma que visa a visa a 30 a 40 anos. Se não pudermos fazer por 30, 40 anos [de impacto], faremos para 20 anos. Quem sabe mais pra frente, haja necessidade [de outra reforma], mas talvez daqui a um bom tempo”, acrescentou Temer.

Nesta segunda-feira (10), já havia ocorrido uma outra reunião sobre o tema, com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. Na semana passada, o governo admitiu flexibilizar cinco pontos do texto original.

A reunião de segunda durou cerca de três horas, mas sem consenso sobre uma das principais mudanças, que prevê maior abrangência na regra de transição para os trabalhadores que devem ficar de fora das novas regras para se aposentar. A previsão era de que no café da manhã com Temer, fossem apresentadas alternativas ao texto original.

Arthur Maia saiu da reunião desta segunda dizendo que a proposta estava fechada e que seria levada nesta semana para os líderes discutirem com suas bancadas na Câmara. O ministro Padilha, no entanto, negou que a proposta já estivesse fechada. “Eu digo que ainda não está pronta”, afirmou.
Agência Globo

➤OPINIÃO

Delação de Palocci pode ser gota d’água para Lula*
        
Vera Magalhães


Enquanto o ministro Edson Fachin não torna públicas as delações de 78 colaboradores ligados à Odebrecht, depoimentos prestados pelo herdeiro Marcelo e demais executivos em outras ações vão ajudando a montar o quebra-cabeças das revelações explosivas do acordo judicial com aquela que foi a maior empreiteira do país.

Ao juiz Sergio Moro, Marcelo Odebrecht não só confirmou que Lula era o “Amigo” descrito nas planilhas e e-mails apreendidos pela Lava Jato como deu uma informação até aqui inédita: a do saque em espécie, cujo portador teria sido o ex-ministro Antonio Palocci.

É a primeira vez que se tem notícia de um depoimento afirmando textualmente que Lula era o beneficiário final de uma espécie de “conta corrente” — cuja existência já havia sido informada — para abastecer o PT de propinas.

Esse depoimento de Odebrecht, que provavelmente apenas corrobora o que já deve estar consignado de maneira mais detalhada, e muito provavelmente endossada por outros delatores ligados à empreiteira, leva a situação processual de Lula a um estágio mais complicado, às vésperas de seu depoimento a Moro.

A revelação também torna potencialmente mais explosiva para o ex-presidente — e estratégica para a Lava Jato — uma delação de Palocci, que pode confirmar que entregou R$ 13 milhões em dinheiro vivo ao ex-presidente.

Os processos de Palocci caminham para a reta final recheados de evidências capazes de dar ao ex-titular da Fazenda e da casa Civil uma das maiores penas da Lava Jato. Portanto interessa ao próprio petista selar um acordo que atenue sua condenação — esperada por advogados e procuradores.
*Publicado no Portal Estadão em 11/04/2017

➤11/04/2017


Estadão - Reforma trabalhista trará mudanças em 100 pontos da CLT, diz relator
Relatório de Rogério Marinho dará mais poder à negociação direta entre patrões e empregados e extinguirá a contribuição sindical obrigatória, entre outros pontos; também tratará de salvaguardas a terceirizados

Folha de São Paulo - Gilmar Mendes nega pedido de liberdade de Eike Batista
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido de liberdade feito pelo empresário Eike Batista, preso no Rio desde janeiro em desdobramento da Operação Lava Jato

O Globo - PF prende Sérgio Côrtes: esquema desviou R$ 300 milhões da Saúde
Secretário na gestão Sérgio Cabral comandou corrupção na compra de material hospitalar desde 2002 no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e na secretaria estadual

Correio Braziliense - Sindicatos vencem eleição no PT e devem eleger novo presidente do partido
O sindicalismo venceu o PED (Processo de Eleição Direta) do PT, realizado no último fim de semana. O partido se reuniu para eleger delegados que vão escolher, em sete de maio, o novo presidente regional da legenda

Estado de Minas - MPF diz que Cabral recebeu R$ 16 milhões em esquema de fraudes na saúde pública
A operação de hoje, chamada Fatura Exposta, é um desdobramento das operações Calicute, que resultou na prisão de Cabral no ano passado

Tribuna da Bahia - Marcos é expulso do BBB 17 e delegada abre inquérito por agressão a Emilly
Emilly, Vivian e Ieda são finalistas do Big Brother Brasil 17

Gazeta do Povo - Redução na idade mínima para mulheres pobres é trunfo para aprovar reforma
O presidente da comissão da reforma da Previdência na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), defende regra mais branda para mulheres que recebem até dois salários mínimos

Diário do Catarinense - Uma a cada 3 cidades catarinenses está com plano diretor irregular
Maioria tem a norma para guiar crescimento e ocupação do território, mas não atualiza há mais de 10 anos, como diz o Estatuto da Cidade

Revista VEJA - Lava Jato prende ex-secretário de Cabral e dois empresários
Nova fase da Operação apura fraude na entrega de próteses na saúde

Revista EXAME - Indústria volta a crescer no Brasil
Segundo os dados do IBGE, os maiores avanços foram obtidos na Bahia e em Santa Catarina

Revista ÉPOCA - Agora Duda Mendonça se oferece para delatar o PMDB na Lava Jato
Mesmo sem fechar uma delação, Duda espera, ao contar o que sabe, receber os benefícios dela

➤Operação Lava Jato

Ex-secretário de Cabral e dois empresários presos


Foto: Reprodução
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira mandados de prisão e de busca e apreensão contra o ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes e os empresários Miguel Iskin, presidente da Oscar Iskin, uma das maiores distribuidoras de material médico, e de seu sócio, Gustavo Estellita Cavalcanti Pessoa. Côrtes foi secretário de Saúde de Sérgio Cabral entre 2007 e 2013 e foi preso em seu apartamento na Lagoa Rodrigo de Freitas. Os três serão encaminhados para a Superintendência da PF.

A operação, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, tem base na delação do ex-subsecretário de saúde Cesar Romero Viana Junior. Segundo seu depoimento, fraudes no fornecimento de próteses ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia levavam a propinas de até 10% do valores dos contratos. Cerca de 5% ficaria para Sérgio Cabral e 2% para Côrtes.


Sérgio Cortes é um dos integrantes da famosa farra em Paris em que membros do governo de Sérgio Cabral dançaram com guardanapos na cabeça. Em novembro do ano passado,  ele decidiu fazer um post moralista nas redes sociais.
Fonte: Estadão/Veja

➤BOM DIA!

Sem Tancredos e Teotônios*


No vácuo de lideranças, surge a tese da assembleia 
de notáveis para a reforma política

Eliane Cantanhêde


Justamente quando a Lava Jato corre solta, com o Congresso, os partidos e os políticos numa situação dramática, estão sendo lançadas duas biografias fascinantes, escritas por jornalistas. Em Senhor República (Record), Carlos Marchi usa a incrível trajetória de Teotônio Vilela para um passeio pela história recente e, em Tancredo Neves, o príncipe civil (Objetiva), Plínio Fraga decifra uma das mais instigantes esfinges da política brasileira.

Uma pergunta grita e aflige diante de cada obra: onde estão hoje os Teotônios e Tancredos? E os Ulysses Guimarães? Cadê os grandes políticos, que têm força moral e espírito público, negociam, recuam para avançar, confrontam quando necessário, compõem quando convém? Aliás, cadê os especialistas em suas áreas, como os economistas Roberto Campos e Delfim Netto?

A resposta é desoladora: eles desistiram de eleições e sumiram do Congresso, deixando um vazio que vem sendo preenchido, legislatura após legislatura, por aventureiros que saem de minutos de glória para mandatos nos quais o que parece importar menos é o bem público.

A confirmação desse movimento explodiu, com toda a sua dimensão, quando o inqualificável Severino Cavalcanti se elegeu presidente da Câmara. Foi aí que a mídia e a opinião pública abriram os olhos e descobriram, atordoadas, que os líderes dos principais partidos eram desconhecidos e espertos e que o chamado “baixo clero” estava no comando.

Para o agora ministro Roberto Freire (PPS), experiente parlamentar, essa renovação da fauna política tem um lado positivo. Com a redemocratização, as novas mídias e o crescente ativismo popular, ele acha natural que a representação política deixe de ser quase que exclusividade das elites e atinja um raio muito maior de atores e setores da sociedade.

Será que é só isso? E a imagem negativa dos políticos e da própria política, a percepção de que “são todos iguais”? Pergunte-se numa turma de Direito, Ciências Sociais, Jornalismo, Medicina... quantos ali têm interesse pela carreira política. Se um responder sim, já será um alívio. E, como eles não se interessam, outros certamente entram no vácuo, inclusive com o sopro das novas igrejas evangélicas. Onde isso vai parar?

Afora os forasteiros, quem ocupa o Congresso, governos e prefeituras são, por exemplo, os filhos, mulheres, sobrinhos, netos e bisnetos de sobrenomes tradicionais da política, como os próprios Aécio Neves, neto de Tancredo, e o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho. E há muitos outros, como ACM Neto e Jutahy Magalhães na Bahia, a ex e a atual mulher de Jader Barbalho no Pará, os Sarney e os Lobão no Maranhão...

Com a Lava Jato pairando sobre mais de uma centena de políticos, o TSE se preparando para condenar 26 dos 29 partidos por mau uso do fundo partidário e uma guerra com ares de o “bem” contra o “mal”, que jovem idealista vai pular nesse barco que faz água por todos os lados?

É por essa e outras que os juristas Modesto Carvalhosa, Flavio Bierrenbach e José Carlos Dias lançaram no Estado um Manifesto à Nação propondo uma assembleia de notáveis para fazer a reforma política. Quando o então ministro Tarso Genro teve a mesma ideia, ela foi abafada porque “usurparia poder do Legislativo”.

A crítica fazia sentido à época, mas não faz mais. Qualquer reforma política sugerida hoje no Congresso já nasce sob uma suspeição proporcional à suspeição dos próprios deputados e senadores. Eles que aceitem essa realidade. Há hora de demonstrar força e hora de admitir fragilidade e o Congresso nunca esteve tão frágil em tempos de democracia.
*Publicado no Portal Estadão em 11/04/2017