sexta-feira, 11 de agosto de 2017

➤BOA NOITE!



Em 1970, o genial Vittorio de Sica nos entregou o maravilhoso filme Os Girassóis da Rússia.  O elenco grandioso trouxe, entre outros, Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Um filme inesquecível que se completou com uma música belíssima.

Para esta sexta-feira, começo de fim de semana, selecionei um vídeo da abertura do filme, com a trilha sonora sendo executada por Henry Mancini e sua Orquestra e, na sequência, as imagens iniciais de Os Girassóis da Rússia.


➤Ventos de mais de 80km/h

Ressaca atinge litoral gaúcho

Plataforma de Atlântida - Foto:Agência RBS/Reprodução
As condições do clima anunciadas para esta sexta-feira (11) estão plenamente confirmadas no litoral do RS. O mar amanheceu agitado, ondas bem mais altas e a ressaca levando ondas até a beira das dunas.

Mesmo que não tenham sido medidas, a altura das ondas pode ter atingido quatro metros. A ressaca, por informações da marinha, deve prosseguir até o final da noite de hoje. Pescaria e esportes aquáticos devem ser evitados.

Em Tramandai, segundo informações do serviço de meteorologia, os ventos atingiram a velocidade de 85km/h às 10 horas da manhã, provocando queda de fios de luz, árvores e postes. Em Mostardas, atingiram 86km/h.

A presença de uma frente fria no Litoral, pode provocar o fim da ressaca, mas a instabilidade pode ganhar força e o Estado pode ter tempestades durante a tarde e a noite de hoje.

➤DESTAQUES


Rombo nas contas
Enquanto o governo discute a revisão das metas fiscais deste ano e do ano que vem, o Ministério do Planejamento propôs que o déficit nas contas em 2017 e em 2018 fique em R$ 159 bilhões. (G1)

Menos um
Michel Temer escapa de ser investigado em inquérito sobre quadrilha do PMDB. (O Globo)

Manifestação
Estudantes protestam contra fim da gratuidade na segunda passagem de ônibus em Porto Alegre. Manifestantes colocaram fogo em pneus, bloqueando a Rua Sarmento Leite. (clicRBS)

Defensor
Vereador Suplicy pede a Doria que pare de xingar Lula e Dilma. (Veja)

Namoro eleitoral
Temer e DEM tentam atrair Doria para a eleição de 2018. Presidente diz a prefeito de SP que ‘as portas do PMDB estão abertas’ para ele concorrer ao Planalto no ano que vem; partido de Maia também sonda tucano.(Estadão)

Reforma política
A comissão da reforma política, que propôs o 'distritão' e um fundo bilionário para campanhas eleitorais, também aprovou um parecer que institui mandato de 10 anos para os ministros do STF.  Mudança, ainda precisa ser votada na Câmara e no Senado. (G1)

Desconfiança
PGR vê Gilmar preparando terreno para anulação de delações. (Veja)

Distritão, não.
Resistência a distritão pode chegar ao STF. Deputados formam frente contra emenda que muda forma de escolha de parlamentares; medida foi aprovada em comissão de reforma política. (Estadão)

Fundo eleitoral
Especialistas rejeitam fundo eleitoral e veem 'distritão' com desconfiança. (Folha S. Paulo)

A conta é outra
Emendas parlamentares alcançaram R$ 5,7 bilhões, 33,4% a mais que o divulgado. (O Globo)

Atendidos no chão
Superlotada, emergência do Hospital Conceição acomoda pacientes no chão. Situação foi flagrada em pelo menos três noites consecutivas, desde a madrugada do último sábado (5) na instituição de Porto Alegre. (clicRBS)

Temer no Mato Grosso
O presidente viaja para MT, onde participa do lançamento da colheita de algodão. (G1)

Caça às bruxas
PMDB suspende seis deputados que votaram contra o presidente. (O Globo)

Vira casaca
Desafeto de Temer no PMDB , Renan Calheiros vai recepcionar caravana de Lula em Alagoas. (Folha S. Paulo)

Balanço
Lucro da Petrobras caiu 14,6% no segundo trimestre. Saiba quais fatores pesaram no resultado da estatal. (O Globo)

Democraticamente
Maduro propõe 25 anos de prisão para quem sair às ruas para 'expressar ódio'. Em discurso na Assembleia Constituinte, presidente venezuelano pede encontro com Trump e entrega aos aliados suas propostas para a nova Constituição do país. (Reuters)

Venezuela dividida
O presidente venezuelano Nicolás Maduro fez discurso dizendo que se subordina à Assembleia Constituinte. O gesto é simbólico, já que a Constituinte é formada apenas por chavistas(G1)

Resistência armada
Grupo de militares e civis se une à oposição violenta a Maduro. Em meio à tensão, ciberataque derruba rede da companhia estatal de celulares. (Reuters)

Briga com Kim
Enquanto Trump endurece o discurso contra Coreia do Norte, China vê crescer a pressão por um papel mais ativo na crise. (AFP)

Previsão do tempo
A ressaca deve atingir a faixa litorânea entre o RS e o ES. Deve chover do litoral da BA ao de PE, no MA e partes da região Norte, MT e MS. Temporais podem atingir o RS. 

➤OPINIÃO

Apelo à força vira moda*

Quando os partidos ditos de esquerda e os movimentos autoproclamados 
sociais não conseguem o que querem por meio do voto, tentam 
impedir o funcionamento das Casas Legislativas pela força

Agora virou moda: quando os partidos ditos de esquerda e os movimentos autoproclamados sociais, os mesmos que jogaram o País na pior crise econômica, social e moral de sua História, não conseguem o que querem por meio do voto, tentam impedir o funcionamento das Casas Legislativas pela força. Simples assim. Foi o que aconteceu no Senado há um mês e, como o exemplo vem de cima, o que se repetiu terça-feira passada na Câmara Municipal, cujo plenário foi ocupado por cerca de 70 estudantes e militantes de partidos de esquerda com o apoio de líderes bem conhecidos deles.

Desmoralizados pela incompetência e pelos escândalos de corrupção, eles não têm mais força política, apoio popular e votos e, por isso, não hesitam em apelar para o grito e a intimidação. Por meio, é claro, de pessoas interpostas, que ninguém é de ferro. No caso, jovens estudantes, bem seduzidos, instruídos para a luta e transformados em baderneiros. Bastam algumas dezenas desses “manifestantes” queimando pneus e impedindo a circulação em vias estratégicas ou ocupando o plenário da Câmara, como fizeram os 70 destemidos deles, terça e quarta-feira, para produzir efeito considerável, com repercussão nos meios de comunicação.

O que queriam eles? Protestar contra os projetos de lei de privatização de serviços e equipamentos públicos encaminhados pelo prefeito João Doria, em tramitação na Câmara. Protestavam também contra restrições impostas ao passe livre estudantil e pediam a realização de 32 audiências públicas para discutir projetos de concessão idealizados pela Prefeitura. Em outras palavras, aquilo que cabe à maioria dos vereadores decidir, como representantes eleitos pela população – não é assim na democracia? –, meia dúzia de gatos-pingados se achou no direito de fazer, no grito e pela força, porque representa o “povo”, isto é, PT, PSOL, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Pela Cultura, Levante Popular Pela Juventude, Fora do Eixo e Unidade Popular Socialista. “Povo”, acredite quem quiser.

Tal como na “ocupação” da Mesa do Senado por meia dúzia de valentes senadoras, entre elas a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann – a cujo protesto, inédito nos anais da Casa, contra a aprovação da reforma trabalhista, não faltou a amenidade de um lanche como se aquilo fosse um piquenique –, também os bravos ocupantes do plenário da Câmara Municipal, que ali passaram a noite, tiveram direito a pizzas e refrigerantes, além de 200 pães com manteiga, sem falar no acesso aos banheiros, que havia sido cortado pelo presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), e corretamente, porque afinal ali não é parque público nem casa da sogra. Todas essas concessões aos baderneiros foram negociadas – o que não é de surpreender – pelos vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Juliana Cardoso (PT).

A Mesa da Câmara errou em pedir reintegração de posse para retirar os baderneiros do plenário, o que está virando regra em casos semelhantes. Situações como essas nada têm a ver com reintegração de posse. O que nelas se tem de fazer é simplesmente solicitar a intervenção da Polícia Militar – ou chamar a Polícia Legislativa, se for o caso – para retirar os invasores. Isso só não é feito porque, no caso da invasão de prédios públicos, as autoridades se acovardam diante da audácia e do atrevimento do que se autoproclamam porta-vozes do “povo”.

É especialmente incompreensível que justamente representantes eleitos pelo povo ajam dessa forma, amedrontados pelos arreganhos de tais agitadores. E no caso da Câmara paulistana essa não é primeira vez que ela é abusivamente pressionada pelos ditos movimentos sociais. Em 2014, por ocasião da votação do Plano Diretor da cidade, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) não hesitou em cercar o prédio do Legislativo para dele arrancar concessões. E conseguiu.

É preciso acabar com o medo e a concessão à baderna, que não é uma manifestação democrática. É selvageria que não se justifica.

*Publicado no Portal Estadão em 11/08/2017