A crise política no Brasil
As redes sociais estão recebendo uma carga, muito pequena
é verdade, de defensores dos indiciados por desvios de dinheiro público e,
agora, por tentativa de obstrução da Lava Jato. Todos, indistintamente,
afirmando que é tudo armação da imprensa golpista e maldita, do MPF e da PF que
perseguem o “homem tão honesto quanto Jesus Cristo”.
Os defensores do lulopetismo, preferem estar ao lado dos bandidos
Joesley Batista e Ricardo Saud, de corruptos condenados, de quem roubou declaradamente
o dinheiro da Petrobras e alguns até esquecem que Geddel Vieira Lima, o homem
das malas com R$ 51 milhões, foi ministro e amigo de Lula, vice presidente da
Caixa e amigo de Dilma.
Para começar esta manhã de feriado de 7 de setembro, com
a esperança de que comecemos a nos libertar verdadeiramente dos corruptos, faço
um resumo do que está publicado nos jornais desde que as gravações foram
entregues ao MPF, que encontraram o dinheiro do Geddel e das declarações do
Palocci, homem de extrema confiança do PT, mas que, a partir de agora, parece,
segundo eles, um grande mentiroso.
➽Palocci diz que tramou com Lula contra a Lava Jato
Em
interrogatório, ex-ministro afirma que, ao lado do ex-presidente, participou de
reuniões ‘com outras pessoas no sentido de buscar criar obstáculos à evolução’
da operação.
Moro questionou
Palocci sobre uma declaração do ex-ministro: “Tentei ajudar a que não andassem
as investigações da operação Lava Jato”. O magistrado quis saber se isto teria
ocorrido ‘juntamente com o ex-presidente’.
“Sim”, disse
Palocci. “Em algumas oportunidades, eu me reuni com o ex-presidente Lula e com
outras pessoas no sentido de buscar, vamos dizer, criar obstáculos à evolução
da Lava Jato. Posso citar casos se o sr desejar.”
➽Supremo e PGR indicam rever acordo da J&F
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve
pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o empresário Joesley Batista e
outros dois delatores do Grupo J&F percam a imunidade penal prevista no
acordo de colaboração. O motivo é a omissão de fatos descobertos em gravação
entregue pelos delatores. A indicação de Janot converge com a avaliação feita
por ministros da Corte de que os benefícios concedidos aos empresários merecem
ser rediscutidos, embora façam a ressalva de que as informações obtidas a
partir do acordo poderão continuar a ser aproveitadas em processos.
➽Delatores da JBS prestam depoimento na PGR nesta quinta
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende
ouvir nesta quinta-feira, 7, os três delatores da JBS cujo acordo de
colaboração premiada deve ser revisto. O empresário Joesley Batista, o diretor
da empresa Ricardo Saud e o advogado Francisco Assis devem prestar
esclarecimento a partir das 10h, na sede da Procuradoria-Geral da República, em
Brasília.
➽Janot denuncia Lula, Dilma e Mercadante por obstrução de
Justiça
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentou nesta quarta-feira (6) uma nova denúncia contra os ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, desta vez por
obstrução de justiça. O ex-ministro Aloizio Mercadante também foi denunciado
pela PGR pelo mesmo crime.
PF acha digitais de Geddel no bunker de R$ 51 milhões
A Polícia Federal achou impressões digitais do
ex-ministro Geddel Vieira Lima no apartamento do bairro da Graça, em Salvador,
onde foram encontrados incríveis R$ 51 milhões em dinheiro vivo. As impressões
foram identificadas em malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas,
informou a repórter Camila Bomfim, da TV Globo.
➽Procurador almoçou na casa de Joesley 15 dias antes do
grampo em Temer
As relações de Marcelo Miller, o ex-procurador
encrencado, e Joesley Batista são anteriores ao que se sabia até agora. Miller
almoçou na casa de Joesley no Jardim Europa (SP) no final de fevereiro. Mesma
ocasião em que pediu exoneração do cargo de procurador da República.
Foi o primeiro de uma série de encontros entre os dois.
No dia 7 de março, duas semanas, portanto, depois desse
almoço Joesley entrava no Jaburu para gravar Michel Temer.
➽Palocci diz que Lula falou de corrupção em 2007, mas combate
a ‘ilícitos ficou em terceiro plano’
Em seu depoimento nesta quarta-feira ao juiz Sergio Moro,
o ex-ministro Antonio Palocci afirmou
que o ex-presidente Lula o
procurou em 2007 dizendo conhecer funcionamento do esquema de corrupção das
diretorias de serviço e de abastecimento da Petrobras. Palocci disse que ele e
Lula sabiam que cada diretor da estatal tinha a função de arrecadar recursos
para os partidos por meio de contratos.
- Quando o presidente Lula foi reeleito em 2007, ele me
chamou no Palácio da Alvorada e falou: soube que na área de serviço e
abastecimento está havendo muita corrupção. Eu falei: é verdade, está havendo,
sim - contou Palocci.
➽Lula rebate Palocci: 'contraditório' e 'sem compromisso
com verdade'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira para rebater a acusação do
ex-ministro Antonio Palocci, que afirmou que Lula acompanhava o repasse de propina da
Odebrecht para o PT. Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, Palocci
disse que havia um ‘pacto de sangue’ celebrado com a Odebrecht que resultou num
pacote de propina de R$ 300 milhões para o PT. O advogado do ex-presidente,
Cristiano Zanin Martins afirmou que Palocci mudou sua versão sobre os fatos
para conseguir fechar acordo de delação porque está "preso e sob
pressão"