sexta-feira, 8 de setembro de 2017

➤BOA NOITE!



Agenor de Oliveira nasceu e morreu no Rio de Janeiro (1908 – 1980) foi um cantor, compositor, poeta e violonista. Para quem não sabe, Agenor é o nome próprio de Cartola, um dos maiores compositores do Brasil, autor, entre outros clássicos de As rosas não falam e O mundo é um moinho.

Para este começo de final de semana selecionei um vídeo em que Cartola canta, quem sabe, um de seus maiores sucessos, o maravilhoso samba As Rosas Não Falam, numa de suas raras gravações.


➤Quadrilhão do PMDB

Janot denuncia Lobão, Jader, Renan, Jucá, Raupp e Sarney


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal a cúpula do PMDB no Senado – cinco senadores e dois ex-senadores, por supostamente integrarem organização criminosa que teria desviado recursos públicos e recebido propinas. São alvo da denúncia os senadores Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) e os ex-senadores José Sarney (AP) e Sérgio Machado (CE).

Janot acusa os peemedebistas de receberem propina de R$ 864 milhões e causar rombo de R$ 5,5 bilhões na Petrobrás e de mais R$ 113 milhões na Transpetro.

Esta é a 34.ª denúncia da Procuradoria no âmbito da Operação Lava Jato perante o Supremo.

As informações são do site da Procuradoria-Geral da República.
Segundo a Procuradoria, ‘a organização criminosa denunciada foi inicialmente constituída e estruturada em 2002, por ocasião da eleição de Lula à Presidência da República’.

“Iniciado o seu governo, em 2003, Lula buscou compor uma base aliada mais robusta. Para tanto, negociou o apoio do PMDB e do PP, respectivamente a segunda e quinta maiores bancadas da Câmara dos Deputados”, assinala a Procuradoria.

A denúncia de 230 páginas levada nesta sexta-feira, 8, ao Supremo e faz menção a outros partidos. “Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas.”

As supostas ações ilícitas voltaram-se inicialmente para a arrecadação de recursos da Petrobrás por meio de contratos firmados no âmbito da Diretoria de Abastecimento e da Diretoria Internacional, assim como da Transpetro, segundo o Ministério Público Federal.

A Procuradoria ainda dá conta de que o ‘aprofundamento das apurações levou à constatação de que, no mínimo entre os anos de 2004 e 2012, as diretorias da sociedade de economia mista estavam divididas entre os partidos políticos responsáveis pela indicação e manutenção dos respectivos diretores’.

“Naturalmente, a Petrobrás tornou-se uma das principais fontes de recursos ilícitos que aportaram na organização criminosa ligada ao PMDB e, por conseguinte, no próprio partido”, diz a denúncia.

“No limite da comunhão de interesses, quando as lideranças políticas conseguiam aparelhar um grupo de cargos diretivos e oferecer facilidades a agentes privados, formava-se um ambiente de criminalidade acentuada: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude a licitação, cartelização e evasão fraudulenta de divisas se multiplicavam.”

Para a Procuradoria, ‘não se questiona o fato de um governo conquistar uma ampla base política e ter êxito na aprovação de suas medidas no parlamento’.

“Alianças, negociações e divisão de poder são da essência da política e é dessa forma que usualmente se obtém maioria para governar. No caso dos autos, o intuito das negociações em torno dos cargos, desde o início, foi obtenção de orçamentos, de forma a possibilitar, aos denunciados, desenvolver no âmbito dos órgãos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista um sistema de arrecadação de propina.”
Agência Estado

➤Gravações de Joesley

➽ Gilmar pede investigação sobre influência no Judiciário



Baseado em reportagem da VEJa, o ministro Gilmar Mendes pediu ao Ministério da Justiça que investigue a influência da JBS no Judiciário. De acordo com as mensagens mostradas pela matéria, o diretor jurídico da empresa Francisco Assis e Silva demonstra intimidade com alguns ministros do STJ. Mendes também pede que seja investigada a citação feita a ele nas mensagens. A seu favor, diga-se que o ministro foi o primeiro a se manifestar contra o acordo realizado pela PGR e a JBS.



Mensagens sugerem compra de decisões em tribunais
No final da tarde de quarta-feira, na véspera do feriado da Independência, a Procuradoria-Geral da República recebeu mais uma bomba em seu setor de protocolo: centenas de documentos, na forma de áudios, emails e mensagens de WhatsApp, que sugerem que a JBS, ao contrário do que contou em sua delação, tentou, de forma sistemática, comprar decisões em tribunais superiores em Brasília.

São dezenas de conversas mantidas entre o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, e uma advogada que trabalha para a empresa, Renata Gerusa Prado de Araújo. Na troca de mensagens, os dois traçam estratégias para obter decisões favoráveis a empresas do grupo — seja por meio de “pagamentos em espécie”, como eles próprios definem, seja por meio tráfico de influência — em processos sob relatoria de uma desembargadora federal, Maria do Carmo Cardoso, que vem a ser mãe da própria Renata, e de pelo menos três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Napoleão MaiaMauro Campbell e João Otávio Noronha.

Assis e Renata também conversam sobre arestas que deveriam ser aparadas com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a voz mais ativa contra o que considera abusos nas investigações da Lava Jato. Quem levou o acervo ao Ministério Público é o empresário Pedro Bettim Jacobi, ex-marido da advogada Renata Araújo, que está num processo litigioso de separação. Ele copiou do celular da ex-mulher os arquivos que considerava comprometedores.

OAB: “Graves e preocupantes”
A edição de VEJA que chega às bancas nesta sexta-feira traz, com exclusividade, a informação de que mensagens de WhatsApp da JBS, obtidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sugerem que a empresa atuou para comprar decisões em tribunais superiores de Brasília. Em nota, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, classificou como “graves e preocupantes” os fatos relatados pela reportagem.

Lamachia afirmou que “é preciso agilidade nas investigações, sobretudo para esclarecer a citação a ministros do STJ [Superior Tribunal de Justiça]”. Em uma dessas mensagens, a advogada Renata Gerusa Prado de Araújo conversa com Francisco Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, sobre o pagamento de uma propina ao ministro Mauro Campbell, do STJ, em troca de uma liminar em uma medida cautelar de interesse da empresa.

Além de Campbell, as mensagens incluem citações a outros dois magistrados da segunda corte mais importante do país, João Otávio Noronha e Napoleão Nunes Maia, e a uma desembargadora federal, Maria do Carmo Cardoso, mãe de Renata.

O presidente da Ordem afirmou que, “se as investigações conduzidas pelas autoridades competentes comprovarem desvios praticados por advogados, a OAB não hesitará em aplicar o que determina o Estatuto da Advocacia com relação às punições cabíveis”. Claudio Lamachia alertou para o risco de que os fatos narrados façam pairar “suspeitas sobre todo o sistema de Justiça”

Com VEJA/Portal

➤OPINIÃO - 2

Lula radicaliza no Nordeste*

Nas cidades que percorreu - cerca de 25 -, ex-presidente falou a um 
público que esteve sempre longe de ser considerado uma multidão

 “A urna não é lugar para se colocar ódio. A urna é lugar para se colocar esperança.” Com frases edulcoradas como essa, que a rigor não dizem coisa nenhuma, mas são perfeitas quando o objetivo é conquistar aplausos e votos, Luiz Inácio Lula da Silva concluiu seu périplo pelo Nordeste, região que considera seu reduto, onde passou três semanas exercitando a candidatura à Presidência da República. Nas cidades que percorreu - cerca de 25 -, falou a um público que esteve sempre longe de ser considerado uma multidão, demonstrando que doravante radicalizará a pregação da divisão dos brasileiros e, consequentemente, sua visão excludente do poder: “Um presidente da República deve ter muito claro para quem governa”.

A excursão foi parte da estratégia lulopetista de reconquistar o prestígio popular do PT e de seu grande líder depois dos efeitos devastadores do impeachment de Dilma Rousseff e das investigações da Operação Lava Jato, que culminaram com a condenação de Lula à pena de prisão. Diante da necessidade de colocar Lula em contato com o povo, a escolha do Nordeste, região em que o lulopetismo sempre se saiu melhor nas urnas, era a decisão óbvia. Mas os tempos mudaram e a experiência só não resultou num grande fracasso porque organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Sem-Terra (MST) patrocinaram encontros em recintos fechados, com escassa capacidade para receber público. Houve também a precaução de programar boa parte dos eventos para ambientes onde não havia a possibilidade de ocorrer manifestações de oposição.

Não foi possível evitar, contudo, o constrangimento de algumas homenagens a Lula, como a entrega de títulos de cidadania e de doutorado honoris causa, terem provocado protestos e controvérsias a ponto de, em alguns casos, os organizadores do PT serem obrigados a cancelar os eventos. Igualmente constrangedores para os petistas foram os episódios que envolveram o relacionamento de Lula com velhos caciques políticos do Nordeste, como o maranhense José Sarney e o alagoano Renan Calheiros.

O ex-presidente declara-se amigo pessoal de ambos, mas foi obrigado, por razões políticas, a dar tratamento a um e a outro. Calheiros, na tentativa de garantir a hegemonia política de seu grupo em Alagoas, onde seu filho é governador, aderiu abertamente a Lula desde que se incompatibilizou com seu partido, o PMDB, e agora se proclama “esquerdista”. Foi publicamente prestigiado pelo ex-presidente. Já um velho amigo e aliado de Lula, José Sarney, foi mantido à distância durante toda a programação no Maranhão, pois ao PT local interessa a aliança com o governador Flávio Dino, do PCdoB, que concorrerá à reeleição e tem entre os maranhenses muito mais apoio do que o PT.

Em se tratando de Lula, para quem coerência política é luxo a que só podem se dar os “políticos sem voto” - referência provocativa que tem feito aos ex-petistas que hoje militam em pequenas legendas de esquerda e assumem postura crítica ao PT -, não surpreendem os malabarismos praticados no contato com as mais diversas lideranças políticas com quem foi obrigado conviver no périplo nordestino. O que chama a atenção é sua revigorada ousadia de contrariar as mais óbvias evidências quando se dispõe a descrever, em benefício próprio, a realidade brasileira. Conforme repetiu várias vezes ao pregar a convertidos no Nordeste, enquanto o PT estava no poder, “o Brasil estava bom”. Era “protagonista internacional” e havia deixado de fazer parte do “mapa da fome”. Mas após o que “eles” armaram para sua pupila Dilma, “o Brasil está tão ruim”. Continua: “Eles não dizem que a Dilma era a culpada? Então, porque eles não consertam o Brasil?”. E arremata, triunfante: “Nós sabemos consertar esse país”. Sabem mesmo. Afinal, a tigrada roubou o quanto pôde e ainda deixou o Brasil mergulhado na maior recessão de sua história.

*Publicado no Portal Estadão em 08/09/2017

➤Futuro de Palocci

Dirigente petista diz que será no lixo

O presidente da legenda no Rio, Washington Quaquá, diz, porém, 
que o partido ainda não discute a expulsão do ex-ministro


O sentimento contra o ex-ministro Antonio Palocci é de revolta no PT após acusar, em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, na quarta-feira (6), o ex-presidente Lula de receber propina da Odebrecht. Lula disse que o depoimento de Palocci foi feito “sem compromisso com a verdade”. Para o presidente da legenda no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, membro do diretório nacional do partido, Palocci terá “o lixo” como seu lugar na história.

Apesar das duras palavras, Quaquá diz que a discussão sobre possível expulsão do ex-ministro dos governos de Lula e Dilma dos quadros do partido ainda não foi aberta.
Revista Época 

➤OPINIÃO

Pactos de sangue*

Lula é alvo de Palocci e Janot; Joesley é alvo 
de todos, até dele mesmo

Eliane Cantanhêde

Sai Michel Temer por ora e entram na mira o ex-presidente Lula e o empresário Joesley Batista. O depoimento do ex-poderoso ministro Antonio Palocci é considerado a bala de prata contra Lula, enquanto o arrogante Joesley cuidou de atirar, ele mesmo, no próprio pé – ou no próprio peito. Se o PT vinha lucrando com a desgraça de Temer, não lucra mais.

Lula passou as últimas semanas encenando o papel de candidato a presidente, mas essa possibilidade é cada vez mais distante. Numa única semana, e numa semana com feriado na quinta-feira, ele foi atingido duramente duas vezes: além de Palocci denunciar o “pacto de sangue” entre PT e Odebrecht, o procurador Rodrigo Janot denunciou Lula e a pupila Dilma Rousseff por organização criminosa.

Condenado num processo e réu em cinco outros, Lula parece ter sete vidas políticas, mas vai consumindo uma a uma, com as denúncias de desvios, escândalos e favorecimento pessoal ilícito. O PT e seus seguidores não têm mais como atribuir as agruras de Lula na Justiça ao juiz Sérgio Moro ou à elite malvada, à direita enraivecida ou à mídia parcial.

Quem agora denuncia Lula é Janot, que até pode ser considerado inimigo de Temer, mas nunca foi chamado de inimigo do petista. E ele não denunciou apenas Lula, mas também Dilma, o próprio Palocci, mais três ex-ministros, o ex-tesoureiro do PT Vaccari Neto e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. E pediu o bloqueio de nada modestos R$ 6,5 bilhões da turma.

E quem está contando os podres de Lula e o PT é Palocci, legítimo representante da elite, mas da elite do PT e dos governos Lula e Dilma, dos quais, aliás, caiu estrondosamente – e por suspeitas de corrupção. Logo, Palocci participou de tudo e sabe bem como as coisas funcionavam. Já imaginaram uma acareação pública entre Lula e Palocci?!

Lula está gravemente baleado e vai perdendo seu discurso de vítima e sua eterna condição de inimputável. Com um detalhe: desde o início, inclusive aqui neste espaço, falou-se que Antonio Palocci não é um José Dirceu. Há um gap de ideologia, de compromisso, talvez de caráter. Dirceu tem aguentado firme e forte, mas Palocci iria cair mais cedo ou mais tarde. Aliás, como Guido Mantega, o próximo a abrir a boca.

A balança entre Temer e Joesley Batista também inverteu. Se Joesley armou uma armadilha para Temer e quase derrubou um presidente da República, é a vez de Temer assistir, de camarote, à desgraça do seu algoz, com o sabor extra de sentir a aflição de Janot, que agora flecha e é flechado.

A conversa asquerosa com Ricardo Saud revela um Joesley simplório, mas megalomaníaco. Tinha certeza de que jamais seria preso, ameaçava “moer” o Executivo e o Judiciário e gabava-se de comprar qualquer um, mas deve ser preso, sim, como pede o ministro do STF Luiz Fux, está sendo moído pela PGR que manipulou e servido de bandeja para a opinião pública. O ex-poderoso Joesley virou uma ilha, cercado por todos os lados. Tudo o que disser, daqui em diante, será usado contra ele.

Temer tem 15 minutos de alívio, mas deve ser prudente. Nenhuma imagem foi tão avassaladora, em três anos e meio de Lava Jato, quanto o apartamento cheio de malas e caixas com R$ 51 milhões – R$ 51 milhões! – do seu amigo e ex-ministro Geddel Vieira Lima. Geddel foi vice-presidente da CEF no governo Dilma, mas sua identificação pública e política é com Temer. A mala de dinheiro do ex-assessor Rocha Loures já fez bom estrago na imagem do presidente. Imagine-se um apartamento de dinheiro do ex-ministro Geddel? Na próxima semana, as flechas de Janot devem se voltar de novo contra Temer, seu alvo preferencial.

*Publicado no Portal Estadão em 08/09/2017

➤DESTAQUES



Conversa de bêbados
O empresário Joesley Batista, um dos donos da holding J&F, disse ontem à PGR que acreditar no conteúdo da conversa gravada entre ele e o diretor de Relações Institucionais do grupo, Ricardo Saud, é como acreditar em uma "conversa de bêbados". Segundo Janot, a gravação indica que delatores teriam omitido informação sobre crimes. Hoje, quem fala é o ex-procurador Marcelo Miller, no Rio de Janeiro.

Palocci x Lula x Odebrecht
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recorrido à estratégia de citar depoimentos de outras testemunhas para rebater as acusações contra ele. Mas os depoimentos de Emilio Odebrecht e de Marcelo Odebrecht confirmam a maior parte do que disse, na quarta-feira, o ex-ministro Antonio Palocci em depoimento ao juiz Sérgio Moro.

Fortuna e$condida
Novos indícios reforçam ligação entre o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o dinheiro achado no apartamento na Bahia. Digitais do ex-ministro foram encontradas nas cédulas apreendidas pela Polícia Federal, que também identificou risco de fuga de Geddel. Na manhã desta sexta-feira, Geddel foi levado pela PF do apartamento onde morava. O ex-ministro cumpria prisão domiciliar, sem tornozeleira, em Salvador.

Virou o fio
Janot pedirá anulação de imunidade no caso J&F. Decisão do procurador-geral da República pode abrir brecha para que Joesley Batista e executivos sejam denunciados e, até, alvo de medidas cautelares.

Delação de Funaro
Joesley prometeu R$ 100 mi por silêncio. Doleiro diz que ele e o empresário firmaram um pacto de proteção mútua. Joesley pagou R$ 4,6 mi até fechar seu acordo de delação

Ex-procurador
Pivô de possível revisão da delação da JBS depõe nesta sexta-feira no Rio. Ex-procurador Marcello Miller vai depor no processo aberto para revisar a colaboração premiada de Joesley Batista.

No nosso bolso
Aumento no preço dos combustíveis pode influenciar inflação. O efeito de contaminação dos combustíveis sobre o IPCA, no entanto, não é imediato, mas gradual.

Parece verão
RS terá sol entre nuvens em sexta-feira de forte calor. Máximas de 34ºC e até 35ºC são esperadas em pontos da Grande Porto Alegre

Imposto de Renda
A Receita Federal libera hoje as consultas ao quarto lote do Imposto de Renda de Pessoas Físicas de 2017. Este lote também incluirá restituições residuais de 2008 a 2016.

Forte terremoto
Potente tremor de magnitude 8,1 sacudiu o México no final da noite de ontem, deixando mortos e provocando alerta de tsunami para 8 países da América Central.

Furacão Irma
O rastro de destruição deixado pelo furacão Irma, que deve atingir Haiti e Cuba antes de chegar aos EUA, no fim de semana. Ao passar pelas ilhas menores do Caribe, o fenômeno causou devastação e pelo menos 10 mortes. O furacão José, que também está no Oceano Atlântico, ganhou força e subiu para categoria 3 (a escala vai até 5).

Guerra?
Donald Trump admite seguir com ação militar contra a Coreia do Norte. Após testes de bomba atômica feitos por regime de Kim Jong-un, presidente dos Estados Unidos não descartou ação, mas afirmou preferir via pacífica.

Ditadura bolivariana
Maduro diz ser a favor de destituir governadores contrários à Constituinte. O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (7) ser favorável a depor os governadores que não acatarem as decisões da Assembleia Constituinte convocada por ele e composta integralmente por seus aliados.

Previsão do tempo
Tempo segue aberto e quente no Sudeste, exceto no ES, e no Centro-Oeste. Chove em boa parte da região Norte e no litoral Nordestino. No Sul, chove apenas no extremo sul do RS.
G1/Estadão/IG/Veja/Correio Braziliense/Correio do Povo/Folha de São Paulo/

➤R$ 51 milhões

PF prende Geddel Lima

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) por decisão da 10ª Vara de Brasília, na manhã desta sexta-feira, 8.

A PF chegou ao prédio de Geddel, em Salvador, no bairro Jardim Apipema, por volta de 5h40, em dois carros, com um pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Federal. O ex-ministro deixou o prédio, por volta das 7 horas da manhã.

Não há informações se o ex-ministro de Lula, Dilma e Temer seguirá para Brasília ou ficará em Salvador.

Em atendimento à ordem judicial determinada a partir de pedido da Força Tarefa da Operação Greenfield, estão sendo cumpridos, na manhã desta sexta-feira, dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. Todos os alvos ficam em Salvador, na Bahia. Trata-se de mais uma fase da Operação Cui Bono,que apura desvios de recursos em vice-presidências da Caixa Econômica Federal (CEF). Por determinação judicial, os nomes e endereços dos demais alvos das medidas não serão divulgados até a conclusão dos mandados.

A autorização para as medidas cautelares foi dada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, em Brasília. O objetivo é recolher provas da prática de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.  Na petição enviada à Justiça, o Ministério Público Federal endossou os pedidos apresentados pela Polícia Federal, argumentando que as medidas são necessárias para evitar "a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos".

Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel ‘estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência’.

A Polícia Federal achou impressões digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima no apartamento do bairro da Graça, em Salvador, onde foram encontrados incríveis R$ 51 milhões em dinheiro vivo. As impressões foram identificadas em malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas.

Agência Estado