terça-feira, 12 de setembro de 2017

➤BOA NOITE!


Benny  Goodman (Chicago, 1909 — Nova Iorque1986) foi um clarinetista e 
músico de jazz norte-americano, considerado um dos grandes nomes do jazz, chamado "O Rei do Swing", estilo que o projetou no final dos anos 30, Goodman foi o primeiro musico norte-americano a criar uma banda com negros e brancos e a dar uma audição de jazz no Carnegie Hall.

Na sequência da semana que dedico às grandes orquestras, selecionei para hoje, Benny Goodman, seu clarinete e sua orquestra na inesquecível Frenesi.


➤Novo recorde

Preço da gasolina sobe novamente

O preço médio cobrado pelo litro da gasolina subiu 1,91% em uma semana enquanto o valor do etanol caiu 0,11%. Os dados são da pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O preço médio do litro da gasolina subiu de 3,778 reais para 3,85 reais na semana encerrada em 9 de setembro. A ANP levou em conta o preço médio praticado em 3.160 postos pelo país. Com isso, o valor do litro da gasolina bateu novo recorde no ano.

Até o dia 4 de setembro, a gasolina havia acumulado alta de mais de 11% nas refinarias da Petrobras. O furacão Harvey foi apontado como responsável pela elevação dos preços – a tempestade fechou as refinarias da estatal nos Estados Unidos.

Já o valor cobrado pelo etanol caiu de 2,615 reais para 2,612 reais no mesmo período, segundo levantamento em 2.870 postos. Apesar de mais barato, esse tipo de combustível só vale a pena se custar até 70% do preço da gasolina.

Agência Estado

➤Temer investigado

Ministro determina novo inquérito


O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de um inquérito para investigar o presidente da República, Michel Temer, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na edição de um decreto no setor de portos.

“A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o Presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza”, afirma Barroso na decisão, que tem oito páginas. 

“Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos”, pondera o ministro. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez o pedido de inquérito em junho. A investigação apura se o decreto foi editado com o objetivo de beneficiar a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos.

O pedido de abertura de inquérito acabou sob o comando do ministro Barroso, que agora toma esta decisão, porque Janot pediu que o caso fosse sorteado para um novo relator por não ter relação com os fatos apurados na Operação Lava Jato.


G1 (Matheus Leitão)

➤Brinquedo solidário

Campanha será lançada hoje

Foto: PMPA/Divulgação
A Prefeitura de Porto Alegre lança nesta terça-feira, 12, às 14h, no Paço Municipal, a campanha Brinquedo Solidário, que tem como objetivo arrecadar bonecas, carrinhos, jogos diversos, entre outros, em condições de uso, para crianças de entidades credenciadas pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). A iniciativa é promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, em parceria com o Sindilojas e a Associação Comercial de Porto Alegre.

Ao longo das próximas semanas, os cidadãos porto-alegrenses poderão fazer doações nos pontos de coleta, que serão divulgados na cerimônia. Os brinquedos serão entregues no Dia da Criança, em 12 de outubro.

“Uma infância saudável e inclusiva é direito de todas as crianças e é uma obrigação do ente público e da sociedade proporcionar isso a elas. A gestão pública, em conjunto com a sociedade, têm a responsabilidade social de fazer uma criança sentir-se criança”, destaca a secretária Maria de Fátima Záchia Paludo.

Na solenidade desta terça-feira, também será apresentado o balanço detalhado da Campanha do Agasalho deste ano. A meta de arrecadar 245 mil peças de roupas foi atingida, e mais de 26 mil pessoas foram beneficiadas até agora com a entrega das doações.

➤DESTAQUES




Áudios no exterior
O dono do grupo J&F, Joesley Batista, admitiu em depoimento ao Ministério Público na semana passada que tem outras gravações ainda não entregues. O material, no entanto, está fora do Brasil, porque apenas ele manuseia. Um dos grampos é do ex-ministro José Eduardo Cardoso, mas o empresário afirma que não há nenhum crime. Advogado Antonio Carlos Castro Machado, o Kakay, informou que pedirá nesta terça o relaxamento das prisões de Joesley Batista e Ricardo Saud.

CPMI da JBS
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS pode decidir nesta terça-feira (12) se convoca para prestar depoimento o empresário Joesley Batista e o executivo da J&F Ricardo Saud. O grupo J&F controla a JBS. Se a convocação for aprovada, eles serão obrigados a comparecer a uma audiência na CPI.

Ciro Nogueira
O empresário Joesley Batista, um dos do donos do grupo J&F, e o executivo da empresa Ricardo Saud afirmaram em depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (11) que pagaram propina ao senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, inclusive com a entrega de uma mala de dinheiro de R$ 500 mil e doação não contabilizada na campanha de 2016, quando as doações de empresas passaram a ser proibidas.

Aposta de Temer
Nos bastidores, o presidente Michel Temer comemora os fatos que envolveram a delação da J&F, resultando na prisão de Joesley Batista, e aposta no enfraquecimento de Janot para uma eventual segunda denúncia.

Organização criminosa
A Polícia Federal concluiu inquérito e diz ver indícios de organização criminosa em investigação sobre o PMDB. Também atribui prática de crimes ao presidente Michel Temer, aos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, aos ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Alves, e ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. O relatório foi remetido para o Supremo Tribunal Federal.

Quadrilhão do PMDB
PF diz que Temer recebeu R$ 31,5 milhões de ‘vantagem’ por participar de organização criminosa. Relatório conclusivo do inquérito do 'quadrilhão' do PMDB da Câmara enviado ao Supremo deve embasar segunda denúncia de Janot contra presidente.

Caso tríplex
Os advogados do ex-presidente Lula recorreram na noite de ontem da condenação no caso triplex. Além de apresentar os argumentos pela inocência de Lula, os advogados pedem que o ex-presidente conceda um depoimento diretamente ao TRF4.

Operação Zelotes
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) apresentou denúncia por corrupção passiva contra o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia, oferecida dentro da Operação Zelotes, afirma que Lula editou uma medida provisória para favorecer empresas do setor automotivo em troca de recebimento de propina. Também foi denunciado por corrupção passiva o então chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.

Com açúcar?
‘Café’ era apelido de propinas a Lula e Gilberto Carvalho, diz Procuradoria. Os petistas são acusados de cobrar R$ 6 milhões em troca de benefícios a empresas do setor automotivo na edição da Medida Provisória 471, que prorrogou incentivos fiscais a montadoras instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste.

Muita grana
Aliado de Geddel admite que buscou dinheiro em SP a mando do ex-ministro. Gustavo Ferraz teria recebido dinheiro vivo de um emissário de Eduardo Cunha

Governo Sartori
Plano de recuperação fiscal não tem consenso na Assembleia. Até o fim do mês, Piratini enviará aos deputados projeto autorizando adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal.

Segunda passagem
TJRS mantém liminar que garante a gratuidade da segunda passagem em Porto Alegre. Decreto municipal, que ficou seis dias em vigor, estabelecia pagamento de meia tarifa.

Então tá!
Zezé Di Camargo diz que não houve ditadura militar no Brasil.  Cantor afirmou em entrevista a Leda Nagle que o país viveu um ‘militarismo vigiado’ entre 1964 e 1985

Futebol
Liga dos Campeões da Europa
15h45: Celtic x PSG
15h45: Barcelona x Juventus

Previsão do tempo
Tempo firme, muito quente e seco na maior parte do país. Devem ocorrer pancadas de chuvas em partes da região Norte, além de SE, AL e RS. Alerta de ressaca, com ondas de até 3 metros, no Sul. 
Veja/O Globo/clicRBS/Correio do Povo/Estadão/G1/IG/Correio Braziliense/





➤BOM DIA!

O jogo virou*

Até sábado, Joesley Batista se achava capaz de dar as cartas. Pouco antes de ser preso – depois que veio a público gravação de edificante diálogo no qual fica clara sua intenção de manipular autoridades para atingir seu grande objetivo, que era obter imunidade total para não ter de responder pelos inúmeros crimes que confessou ter cometido –, o empresário havia partido para a chantagem explícita. Mandara dizer que, ou bem o obsceno acordo que o tornou livre como um passarinho continuava de pé, ou então ele se recusaria a continuar sua colaboração com a Justiça – e isso incluía até mesmo deixar de entregar gravações inéditas que o empresário dizia ter em seu poder.

O certo a fazer seria deixar bem claro a Joesley Batista que, nesse caso, ele passaria muito tempo na cadeia – exatamente como aconteceu com o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que também se julgava capaz de constranger a Justiça a aceitar seus termos, mas desde junho de 2015 enfrenta os rigores da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde chegou a dividir a cela com um traficante de drogas.

Mas Joesley, ao contrário de Marcelo Odebrecht, tinha razoáveis motivos para acreditar que não seria abandonado, embora sua situação não fosse nada confortável. Desde o início do imbróglio que protagoniza, o empresário inspirou confiança no procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que teve incomum disposição para acreditar nas intenções do bem-sucedido açougueiro goiano e dar a ele tudo o que pediu, sem titubear.

A tabelinha entre Joesley e Janot produziu uma das maiores crises políticas da história do País e quase derrubou o presidente Michel Temer, ao impingir-lhe grossas acusações de corrupção – baseadas em flagrantes armados pelo empresário, munido de seu já célebre gravador. Com o passar do tempo, contudo, avolumaram-se suspeitas de que a delação de Joesley fora feita sob medida para que o empresário pudesse se proteger da Justiça e para que Janot conseguisse denunciar Michel Temer como o chefe da “maior e mais perigosa organização criminosa deste país”.

Deveria ser um jogo de ganha-ganha: Joesley, depois de ter comprado políticos e expandido seus negócios à custa de relações camaradas com os governos lulopetistas, poderia tocar a vida em liberdade, manter o filé de seus negócios e ainda jactar-se de ser “intransigente com a corrupção”; Janot, por sua vez, passaria à história como o herói da luta contra a corrupção e desinfetador da política nacional.

Mas então surgiu a famosa gravação em que Joesley e um executivo da JBS, Ricardo Saud, revelam de que maneira se deu a articulação entre eles e o time de Janot na Procuradoria-Geral para a realização da delação. Ficou claro, ali, que Joesley pretendia usar a delação como forma de se safar da Justiça. Para isso, bastava “falar a língua” dos procuradores, conforme ele mesmo diz na gravação. Tudo isso, aparentemente, sob as instruções de um dos principais assessores de Janot, então procurador Marcelo Miller, que mais tarde viria a integrar a banca de advogados da JBS.

A divulgação da gravação obrigou um constrangido Janot a vir a público para dizer que ali havia fatos “gravíssimos” – como se os anteriores, nessa história toda, já não fossem – e a pedir a prisão de Joesley, do executivo Ricardo Saud e do ex-procurador Marcelo Miller. Mas o procurador-geral foi compreensivo com seu colaborador premiadíssimo e pediu apenas prisão temporária, que pode se estender por dez dias, no máximo. Não teve o mesmo tratamento, por exemplo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), igualmente grampeado por Joesley. Contra o parlamentar tucano, Janot pediu prisão preventiva – isto é, sem prazo determinado – sob o patético argumento de que o senador estava articulando a aprovação de projetos de lei para minar as investigações contra a corrupção.

É perfeitamente natural, portanto, que Joesley tenha mantido a atitude de quem acha que está no controle da situação, até a véspera de sua prisão. Afinal, o esperto empresário habituou-se à complacência geral. Começará a perceber que o jogo virou.

*Publicado no Portal Estadão em 12/09/2017