quarta-feira, 18 de outubro de 2017

➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017
29ª Rodada

SÉRIE A

Quarta- 18/10
19:30
Coritiba 1 X 0 Cruzeiro – Couto Pereira
Atlético GO 0 X 1 Vasco – Serra Dourada

21:00
Atlético MG 2 X 3 Chapecoense - Independência

21:45
Corinthians 0 X 0 Grêmio – Arena Corinthians
Fluminense 3 X 1 São Paulo – Maracanã
Avaí 1 X 1 Botafogo – Ressacada

Quinta – 19/10
20:00
Palmeiras 2 X 0 Ponte Preta – Pacaembu
Vitória 2 X 3 Atlético PR – Barradão

21:00
Flamengo 4 X 1 Bahia – Luso Brasileiro
Sport 1 X 1 Santos – Ilha Retiro

CLASSIFICAÇÃO

➤Impeachment de Marchezan

Vereadores rejeitam  pedido

Foto: Câmara/Reprodução
O pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Jr. foi rejeitado na Câmara de Vereadores de Porto Alegre em votação realizada na tarde desta quarta-feira. Apenas sete vereadores foram favoráveis à aceitação do pedido enquanto 28 rejeitaram. O projeto foi arquivado. Apenas as bancadas do PT e do Psol se posicionaram pela continuidade do processo. 

A Câmara de Vereadores recebeu na última quarta-feira o pedido de impeachment de Marchezan, protocolado por um grupo de taxista sob alegação de que o município vem abrindo mão de receitas ao não cobrar dos motoristas de aplicativos como Cabify e Uber a taxa de gerenciamento operacional (TGO).

A legislação sancionada prevê o pagamento de taxa mensal de R$ 74 pelos condutores de aplicativos de transporte individual. A expectativa é de que mais de 10 mil carros estejam deixando de fazer a contribuição à EPTC.

Líder do PMDB na Câmara, o vereador Idenir Cecchim, disse em seu pronunciamento que Marchezan deveria agradecer aos taxistas pelo pedido, que, segundo ele, ajudou a tirar o foco da greve dos municipários.

“Se eu fosse o prefeito Marchezan, procuraria descobrir o telefone dos taxistas para ligar e agradecer o pedido porque desviaram o assunto do funcionalismo para um impeachment que não vai acontecer. É tão sem fundamento que parece que eles fizeram isso para dar uma acalmada na greve", afirmou.

O encaminhamento do PMDB foi seguido pelos demais partidos, a exceção de Psol e PT. Os sete vereadores que votaram a favor da aceitação do impeachment pertencem às duas siglas.

Nas galerias, um grupo de manifestantes pedia a aceitação do pedido.

➤Denúncia contra Temer

CCJ aprova parecer pelo arquivamento


A Comissão de Constituição e Justiça aprovou por 39 votos a favor e 26 contra o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) por organização criminosa e obstrução à Justiça. Depois de mais de 13 horas de discussão entre ontem e esta quarta-feira, a maioria acatou o voto do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). Agora, o caso segue para o plenário da Câmara para ser votado na próxima semana. Para que a denúncia seja aceita e analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são necessários os votos de 342 dos 513 deputados.

No total, 61 deputados discursaram sobra as acusações feitas pelo ex-procurador Rodrigo Janot, mas apenas 13 defenderam o governo. O principal argumento dos aliados de Temer foi a recuperação econômica conquistada nos últimos meses. Poucos optaram por debater o mérito da denúncia mas quem o fez preferiu atacar Janot e o Ministério Público.

Enquanto isso, a oposição acusou o Palácio do Planalto de "comprar votos" de aliados, com várias citações à recente mudança no conceito e fiscalização do trabalho escravo, comemorada pela volumosa bancada ruralista.



➤OPINIÃO

Democracia à moda petista*

Partido considera que eleições na Venezuela 
foram “um exemplo de democracia”

O PT considerou, em nota oficial, que as recentes eleições na Venezuela, marcadas por denúncias de fraude e de intimidação, foram “um exemplo de democracia e de participação cidadã”. Assim, mais uma vez, o PT oficialmente se alinha aos regimes ditatoriais de esquerda na América Latina, com o argumento de que ali é que vigora a verdadeira democracia.

É espantoso que aqueles que vivem a denunciar uma suposta escalada autoritária no Brasil, a partir do que eles chamam de “golpe” contra a presidente Dilma Rousseff, sejam os mesmos que consideram legítima a truculência chavista na Venezuela. Sem nenhuma dúvida, deve-se tomar esse comportamento como revelador do que os petistas entendem por democracia e do que são capazes de fazer para que essa visão prevaleça.

“O PT saúda o presidente Nicolás Maduro e seu partido, o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), pela contundente vitória eleitoral”, diz a nota do PT, lembrando que essa foi a “vigésima segunda eleição em dezoito anos de governos liderados pelo PSUV” – como se a mera realização de eleições fosse suficiente para atestar a saúde de uma democracia.

É evidente, para qualquer observador independente, que o que houve no dia 15 passado foi uma farsa, com o objetivo de dar um verniz democrático ao que já é uma ditadura em fase avançada, desde que Maduro fez instalar uma “assembleia constituinte” cujo único objetivo era liquidar a Assembleia Nacional, último bastião institucional da oposição. A intenção de Maduro não foi apenas impedir que a oposição continuasse a contestá-lo na Assembleia Nacional, mas também reescrever a Constituição para adequá-la a seu regime de força.

As eleições regionais eram o passo seguinte da consolidação da ditadura, pois serviriam como termômetro das eleições presidenciais do ano que vem. Assim, para simular um apoio que Maduro não tem, as autoridades eleitorais do país, totalmente alinhadas ao chavismo, trataram de inviabilizar a realização de eleições livres e justas. Sem essas manobras, numa votação limpa, o chavismo certamente sairia derrotado de forma fragorosa, já que a Venezuela entrou em colapso graças à aventura socialista bolivariana, que enriqueceu os “boligarcas” – como são conhecidos os parasitas do Estado – e empobreceu o resto do país.

As fraudes cometidas nas eleições foram tão absurdas que não demorou para que vários países e organizações internacionais manifestassem repúdio a todo o processo, unindo-se à oposição venezuelana, que decidiu não reconhecer os resultados – dos 23 governos em disputa, o chavismo diz ter conquistado 17, embora as pesquisas mostrassem 80% de rejeição a Maduro. Os Estados Unidos, por exemplo, disseram que as eleições não foram nem livres nem justas. A União Europeia exigiu “transparência” das autoridades eleitorais da Venezuela, enquanto a Organização dos Estados Americanos, por meio de seu secretário-geral, Luis Almagro, informou que não é possível reconhecer os resultados, pois “repetem variáveis de ilegalidade, incerteza e fraude”. O Grupo de Lima, formado por 12 países, entre os quais o Brasil e a Argentina, considerou que, diante das evidentes irregularidades, é “urgente realizar uma auditoria independente em todo o processo eleitoral”, a fim de “conhecer o verdadeiro pronunciamento do povo venezuelano”.

Para o PT, porém, o que se viu no domingo passado “será lembrado como o dia de uma vitoriosa jornada de democracia”, em que os venezuelanos manifestaram “seu apoio à paz, à democracia e à soberania” de seu país, contra a “torpe tentativa de cerco e aniquilamento liderada pelo governo estadunidense”. Nem é preciso dizer que, além do PT, quem vibrou com as eleições venezuelanas foi o governo de Cuba, cujo ditador, Raúl Castro, disse que a Venezuela “deu outra grande lição de paz, vocação democrática, coragem e dignidade”.

Felizmente, os liberticidas venezuelanos contam cada vez mais apenas com a solidariedade – melhor seria dizer cumplicidade – de petistas e castristas, pois o resto do mundo civilizado não parece mais disposto a aceitar as patranhas chavistas.

*Publicado no Portal Estadão em 18/10/2017