segunda-feira, 23 de outubro de 2017

➤BOA NOITE!


"Toda a imensa tristeza do Fado, toda a grandeza do Fado, toda a alma de Portugal, esse Portugal que vive e viverá na Língua de Luis Vaz de Camões e na voz de Amália Rodrigues. Essa voz estupenda que deixa impactado o espírito e invade nossa alma com uma vaga imensa de melancolia e de espanto. Vaga imensa que nos vem de Portugal. Ah, Portugal!"

Amália Rodrigues, depois dela nenhuma cantora interpretou tão magnificamente um Fado!

Nem As Paredes Confesso, um dos mais belos fados de todos os tempos na voz incrível de Amália Rodrigues.


➤Presídio federal

Juiz acolhe pedido de transferência de Sérgio Cabral

O juiz Marcelo Bretas acolheu, nesta segunda-feira (23), o pedido de transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para um presídio federal, feito no mesmo dia pelo Ministério Público Federal (MPF) durante o interrogatório dele.

Durante o depoimento, Cabral falou sobre supostos negócios da família do juiz no ramo de "bijouterias", além da suposta concretização da delação de Renato Pereira, ex-marqueteiro do PMDB. Ele também falou sobre o encaminhamento de delações.

"Durante o interrogatório do senhor Sérigo Cabral, ele mencionou expressamente que, na prisão, recebe informações inclusive da família desse magistrado, o que dentota que prisão no Rio não tem sido suficiente para afastar o réu de situações que possam impactar nesse processo", afirmou o procurador Sérgio Pinel.

Bretas acatou o pedido, afirmando que este tipo de declaração é "inusual". "Será que representa alguma ameaça velada? Não sei, mas fato é que é inusual".

"É no mínimo inusitado que ele venha aqui trazer a juízo, numa audiência gravada, a informação de que recebe ou acompanha a rotina da família do magistrado. Deixa a informação de que apesar de toda a rigidez (do presídio no Rio), que imagino que aja, aparentemente tem acesso privilegiado a informações que talvez não devesse ter", disse o juiz.

O advogado Rodrigo Rocca, que defende o ex-governador, criticou a decisão. Ele afirmou que não houve nenhuma ameaça por parte de Cabral.

"Se meus familiares mexem com pastel ou outro ramo não tem importância alguma para criar embaraço à Vossa Excelência ou a quem quer que seja, além de inusitado (o fato de aceitar a denúncia) violaria preceitos constitucionais", disse.

O advogado afirmou ainda que a decisão é arbitrária. “Os presos entram e saem de lá e dizem coisas que nem sempre condizem com a verdade. Presumo que é verdadeira. Não diria que foi infeliz, diria que foi desnecessário”

Discussão entre ex-governador e Marcelo Bretas

O interrogatório de Sérgio Cabral (PMDB), conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, começou com discussão entre os dois nesta segunda-feira (23). O ex-governador disse que o Ministério Público Federal faz um teatro, que está sendo injustiçado e chegou a dizer que Bretas se referia a ele de maneira "desdenhosa". O magistrado rebateu.

Cabral resumiu a denúncia como "um roteiro mal feito de corta e cola". Ele respondeu às primeiras perguntas sobre a denúncia de compra de joias com dinheiro de propina citando que o magistrado deve conhecer o assunto já que sua família tem negócios no ramo de bijuterias.

"Não me senti confortável com acusado dizendo que minha família trabalha com bijuteria. Pode ser entendido de alguma forma como ameaça. Não recebo isso com bons olhos. Se a ideia é criar algum tipo de suspeição, quero lembrar que a lei veda que acusado crie suspeição, isso é muito óbvio", rebateu Bretas.
Agência Globo

➤Jornal espanhol

Lula afirma que Dilma 'traiu' seu eleitorado

Em entrevista ao jornal espanhol El Mundoo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff  'traiu' seu eleitorado ao promover ajuste fiscal após vencer as eleições de 2014. Segundo Lula, esse foi um dos erros cometidos pela ex-presidente.

"O segundo erro veio quando a presidente (Dilma) anunciou o ajuste fiscal e traiu o eleitorado que a havia eleito em 2014, o eleitorado que havíamos prometido que manteríamos os gastos. Assim começamos a perder credibilidade", afirmou Lula na entrevista publicada neste domingo (22).

A palavra traição gerou polêmica. O ex-presidente afirmou nesta segunda-feira que não usou essa expressão durante a entrevista. Procurado pela reportagem sobre o teor da entrevista, a assessoria do Instituto Lula negou que o ex-presidente tenha usado a palavra "traiu". 

O outro erro de Dilma, o primeiro, segundo o próprio Lula, foi 'exagerar' as políticas de exoneração fiscal para as grandes empresas. "Em 2014, saía mais dinheiro do que entrava", afirmou o ex-presidente. "O ano de 2015 foi muito semelhante ao de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso teve uma popularidade de 8% e o Brasil quebrou três vezes. Mas o presidente da Câmara era Michel Temer e ele o ajudou. Nós tivemos o Eduardo Cunha."

Lula disse ainda que não se arrependeu de não ter se candidato à Presidência em 2014 e expressou o desejo de voltar à disputa ao Planalto em 2018 a despeito da condenação, em primeira instância, na Operação Lava Jato.
Agência Estado

➤DESTAQUES


Moro: ‘Sucesso da Lava Jato depende da reação da sociedade’
A caminho do quinto ano de Lava Jato, não se pode afirmar que o quadro de impunidade nos crimes de corrupção no Brasil permanece inalterado. É o que acreditam duas figuras emblemáticas das investigações que abalaram o mundo político brasileiro, o juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol. Para eles, o sucesso da operação dependerá de como será a reação da sociedade daqui para frente. Moro e Dallagnol estarão no Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato para falar sobre as investigações de combate à corrupção, da Itália e do Brasil, junto com os magistrados Piercamillo Davigo e Gherardo Colombo, que trabalharam na força-tarefa de procuradores de Milão criada 25 anos atrás. O evento é uma associação entre o Estado e o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) e vai ocorrer nesta terça-feira, 24. O painel, reservado para convidados, será mediado pela jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. Terá ainda a participação do diretor de Jornalismo do Estado, João Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.

PF apreendeu, com Bendine, joias, celulares e menu de casamento de Joesley
Em meio a computadores, celulares e relógios, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine, até um ‘menu com inscrição: Ticiana e Joesley – 25 de outubro de 2012’. A data se refere ao dia do casamento do empresário Joesley Batista, da JBS. Os executivos estão presos. Bendine foi preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. Naquele dia, a PF fez buscas e apreensões em endereços em São Paulo e em Sorocaba, no interior do Estado, ligados ao executivo. Todo material apreendido foi listado pela PF. Na capital paulista, a Federal apreendeu joias com certificados de garantia dentro de um cofre. No local havia gargantilhas, aneis, brincos, colar de pérolas e abotoaduras. A Polícia Federal pegou também DVDs com etiquetas ‘confidencial’, pen drive e documentos. O item 63, da lista de apreensões da PF, é um ‘envelope branco endereçado a Aldemir Bendine, contendo correspondência enviada à presidente Dilma’. No dia da apreensão, a PF anotou que ‘o local estava vazio e foi necessária a chamada de chaveiro para a abertura da porta do apto’

Prefeito pede Força Nacional em Gravataí: “violência está em “descontrole total”
O prefeito de Gravataí, Marco Alba, e autoridades da área da segurança fazem uma reunião, na manhã desta segunda-feira (23), para tratar sobre a violência no município. O objetivo é avaliar possíveis pedidos a serem feitos ao governo do Estado para conter a insegurança na cidade. O encontro ocorre um dia após o atentado contra uma festa que deixou dois mortos e 33 feridos na cidade.  Apesar de ainda ouvir as autoridades, Alba está decidido: quer a Força Nacional de Segurança fazendo o policiamento no município, junto com a Brigada Militar. O prefeito diz ter entrado em contato com o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, e que este teria se comprometido a reunir autoridades para tratar sobre o pedido. Alba ainda vai até a Procuradoria-Geral do Estado, também nesta manhã, para avaliar a possibilidade jurídica da solicitação. 
– Há um descontrole total na cidade. Essa guerra, que está intimamente ligada ao tráfico de drogas, já atinge pessoas inocentes – avalia Alba.

PF indicia ex-presidente do BNDES e primeira-dama de MG
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito da Operação Acrônimo e indiciou oito pessoas, entre os quais o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho e a primeira-dama de Minas Gerais Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel (PT). O relatório foi revelado no domingo (22) pelo colunista do jornal "O Globo" Lauro Jardim. O governador mineiro – apontado pela PF como coordenador da "organização criminosa" – não foi indiciado neste inquérito da Acrônimo por ter direito a foro privilegiado. Os policiais, entretanto, encaminharam o relatório com os indícios contra Pimentel ao gabinete do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foram indiciados, além de Coutinho e da mulher de Pimentel, o consultor Mário Rosa e o ex-diretor do grupo Casino Ulisses Kameyama. A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais é suspeito de ter usado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira. Pimentel vem negando as acusações desde o início das investigações.

Câmara vota nesta semana denúncia contra Temer

A Câmara dos Deputados decidirá nesta quarta-feira (25) se autoriza o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR). Temer foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Os ministros, por organização criminosa. No Senado, o presidente do Conselho de Ética, João Alberto (PMDB-MA), pode definir ainda nesta semana se abre, a pedido do PT, processo disciplinar contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que reassumiu o mandato após o plenário da Casa derrubar a decisão da Primeira Turma do STF que havia afastado Aécio. Está prevista para terça-feira (24), no plenário da Câmara, a leitura do parecer do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente. Essa etapa é uma formalidade exigida pelo regimento da Câmara para a denúncia poder ser votada na quarta.