quarta-feira, 25 de outubro de 2017

➤BOA NOITE!


Roger Daltrey  É um cantor de rock, mais conhecido como fundador e vocalista da banda britânica The Who. Além de seu trabalho com o grupo, Daltrey obteve grande êxito como artista solo e ator, participando de diversos filmes, peças de teatro e séries de televisão.

Em 31 de dezembro de 2004 Daltrey foi condecorado com o título de Comandante do Império Britânico por serviços prestados à música, à indústria do entretenimento e organizações de caridade.

Em 1981, na trilha sonora da novela Baila Comigo, foi incluída a música Without Your Love, na voz de Roger Daltrey, que selecionei para hoje.





➤Problema urológico

Temer é levado para centro cirúrgico de hospital

O presidente Michel Temer teve um mal-estar na manhã desta quarta-feira (25) no Palácio do Planalto e foi levado para o centro cirúrgico do Hospital Militar. 


Segundo primeiras informações, o problema seria urológico.

➤Alerta de tempestades

Chuvas voltam com força ao Sul do Brasil


As chuvas avançaram pelo Brasil nos últimos dias, mas instabilidades seguem sendo vistas no Sul do país. Inclusive, com tempestades e perigo, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Nos últimos dias, as fortes chuvas e vendavais já provocaram perdas na safra de grãos do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Muitas áreas da região têm volumes acima da média do mês de outubro.

Em alerta, o Inmet aponta risco com tempestades nos três estados do Sul, em áreas na divisa com Paraguai e Argentina. "Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo. Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos", informou o instituto.

As chuvas já estão acima da média para o mês de outubro em diversas cidades. Segundo a Climatempo, Curitiba já acumulou 160 mm de chuva em 24 dias, total que está 19% acima da média para o mês. Em Florianópolis choveu quase 100 mm em 24 dias e a chuva de outubro está 21% abaixo da média para o mês. Em Porto Alegre, a chuva de outubro já estava 139% acima da média na manhã do dia 24. O total acumulado era de aproximadamente 273 mm.

A previsão para os próximos dias é de que as chuvas continuem. Os produtores da região devem estar atentos às condições específicas. Nas últimas semanas, perdas foram registradas em áreas de soja, milho, trigo e tabaco. De acordo com mapa de previsão acumulada da Climatempo, são esperados cerca de 100 mm ou mais de chuvas entre 25 e 29 de outubro em diversas áreas do Sul.

Fonte: Inmet

➤DESTAQUES


Câmara vota hoje denúncia contra Temer e ministros
O plenário da Câmara deve votar nesta quarta-feira a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. Ele é denunciado pelos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa. No mesmo processo, são denunciados ainda os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, por organização criminosa. Durante a votação, os deputados irão decidir se autorizam o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente e os ministros. Para isso, são necessários que 342 dos 513 deputados votem pela autorização do prosseguimento da denúncia na Justiça, conforme determina a Constituição Federal. Se isso não ocorrer, a denúncia fica suspensa e o presidente só poderá ser processado após deixar o mandato. A denúncia já foi analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que aprovou o parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) por sua  inadmissibilidade.

Pesquisa: 68% dos bolivianos não querem nova candidatura de Morales
Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos e divulgada nessa terça-feira mostrou que 68% dos bolivianos rejeitam a possibilidade de o presidente do país, Evo Morales, ser candidato nas eleições de 2019 para tentar o quarto mandato seguido. A informação é da Agência EFE. Foram ouvidas 1.000 pessoas nas dez principais cidades do país entre os dias 1º e 10 de outubro, com uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais. O apoio para que Morales volte a se candidatar é de 30%, de acordo com a pesquisa. Em nove cidades, a rejeição às pretensões do presidente está entre 53% e 83%. Em La Paz, a capital do país, 67% dos moradores se opõem à candidatura de Morales. Já em Santa Cruz de La Sierra, esse índice chega a 75%. A única cidade que apoia uma reeleição de Morales é El Alto, vizinha de La Paz, com 52% - 46% rejeitam a hipótese.

Fôlego da Lava Jato está nas mãos do Supremo
O futuro da Lava Jato passa pelas mãos dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal de acordo com dois dos principais protagonistas da maior operação de combate à corrupção do País: o juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol. Ao menos quatro pontos discutidos na Corte, segundo eles, são considerados essenciais: a restrição ao foro privilegiado, o uso das prisões preventivas, a execução da pena após decisão de segundo grau de Justiça e as delações premiadas. Dallagnol atacou: “O dinheiro continua circulando em malas anos depois do início da Lava Jato. Regras são gestadas no Congresso Nacional para beneficiar políticos. Ministros do Supremo soltam e ‘ressoltam’ corruptos poderosos. Regras estão sendo gestadas no STF que implicarão enormes retrocessos na luta contra a corrupção”. Magistrado e procurador participaram nesta terça-feira, 24, do Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato, no auditório do Grupo Estado.

Polícia age contra grupo suspeito de atacar viaturas da polícia, partidos e banco 
A Polícia Civil realiza uma operação nesta quarta-feira (25) contra um grupo de mais de 30 pessoas suspeitas de participarem de ataques a viaturas policiais, bancos, concessionárias de veículos, sedes de partidos políticos, delegacias e prédios públicos. São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Viamão e Novo Hamburgo, na Região Metropolitana. Cerca de 50 policiais participam da ação que é fruto de investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia da capital gaúcha. A investigação durou um ano, e para o delegado Paulo Cesar Jardim, responsável pelo caso, o grupo é uma quadrilha que se esconde por trás de uma organização política e movimentos internacionais para cometer vandalismo. "São grupos do mal, agem de forma organizada para botar fogo em carros e prédios. São contra tudo, contra o sistema", afirma Jardim. A apuração começou no dia 24 de outubro de 2016, quando uma viatura da 1ª DP foi incendiada ao lado da delegacia, no Centro de Porto Alegre. O fato não foi divulgado porque logo em seguida, os agentes descobriram que se tratava de uma ação organizada. O grupo é suspeito de ter cometido pelo menos 11 ataques semelhantes em pouco mais de dois anos.

Analistas esperam reajustes maiores nas contas de luz em 2018

Com a previsão de um rombo de R$ 6 bilhões das distribuidoras este ano e com reservatórios de hidrelétricas em patamares inferiores aos de 2001, ano do racionamento, o governo estuda socorrer o setor elétrico. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na terça-feira em São Paulo que estão em análise alternativas para ajudar as empresas, mas observou que as medidas não podem causar desequilíbrio no Orçamento. Entre as medidas que podem auxiliar as empresas, a Aneel avalia autorizar as distribuidoras a adiarem o pagamento pela energia às geradoras para o último dia do mês. Outra ação em análise é o repasse de recursos do fundo setorial Conta de Energia de Reserva, que está superavitário em cerca de R$ 1 bilhão. Nestes dois casos, não há custo extra para o consumidor. Uma primeira ação já foi colocada em prática. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um aumento de 42,8% no valor cobrado pela bandeira vermelha no patamar 2, a cota extra em vigor atualmente no país.

➤OPINIÃO

O exemplo da Argentina*

O resultado das eleições legislativas da Argentina, realizadas no domingo passado, é a prova de que um discurso firme e coerente em favor da responsabilidade fiscal e das reformas é viável como bandeira política e eleitoral. Trata-se de um bom exemplo para o Brasil, que até agora não tem, entre os pré-candidatos a presidente, nenhum com coragem de assumir integralmente essa agenda, tão necessária para a reconstrução do País depois da devastação lulopetista. Ao contrário: o atual líder das pesquisas de intenção de voto, Lula da Silva, prometeu reverter todas as principais reformas levadas a cabo pelo presidente Michel Temer.

O grande vencedor na Argentina foi o grupo político do presidente Mauricio Macri, cuja administração, cumprindo o que fora anunciado em sua campanha, está levando adiante um programa de mudanças para ajustar a economia, que, assim como aconteceu no Brasil, foi arruinada pela demagogia do casal peronista Néstor e Cristina Kirchner.

É verdade que Macri vinha implementando seu programa a conta-gotas, já que julgava não contar com suficiente apoio político para acelerar o processo. No horizonte do governo estava a memória de uma série de presidentes que se afastaram do peronismo, nenhum dos quais conseguiu terminar o mandato.

Mesmo assim, Macri entendeu que era urgente reduzir os imensos subsídios concedidos pelo governo de Cristina nas tarifas de energia elétrica, água e transportes, pois essas bondades clientelistas estavam ajudando a quebrar o Estado. O resultado imediato foi uma deterioração dos salários, uma forte alta dos preços e um aumento do desemprego. Aos poucos, porém, os efeitos das medidas de Macri – que incluíram a abertura do país a investidores estrangeiros, o fim do controle cambial, depois de quatro anos de tentativas desesperadas de conter a fuga de divisas, e a renegociação com credores externos para restabelecer a confiança internacional no país – começaram a se fazer sentir. A inflação, ainda na casa dos 20%, recuou e a economia aponta uma expansão de 3%. A tese da necessidade das reformas, ainda que tímidas, ganhou mais força eleitoral.

No domingo, o eleitor argentino tornou a chancelar a intenção de deixar para trás os anos de aventura kirchnerista. A coligação do presidente Macri venceu em 13 das 24 províncias e de quebra seu candidato ao Senado pela Província de Buenos Aires foi o mais votado, deixando em um amargo segundo lugar a também eleita Cristina Kirchner. Assim, a base de Macri passou de 86 para 107 cadeiras na Câmara, enquanto no Senado o presidente terá o apoio de mais 9 senadores, num total de 24. Nenhum desses blocos lhe garante maioria, mas está claro que Macri dispõe de sustentação popular para continuar as reformas, ainda que seja necessário manter o gradualismo.

“A Argentina não pode ter medo das reformas”, discursou Macri quando os resultados foram anunciados. Para o presidente, cuja candidatura à reeleição em 2019 ganha força desde já, especialmente diante da fragmentação do peronismo, “esse é um caminho longo que nos levará a uma sociedade mais justa, a um país que se baseará na cultura do trabalho e de mérito de cada argentino”.

Já no Brasil, não há postulantes à Presidência da República com discurso semelhante, embora seja claro, a esta altura, que sem reformas profundas o País, a despeito de seu enorme potencial, estará condenado à segunda divisão do desenvolvimento global. Quase todos os possíveis candidatos omitiram-se em relação aos esforços do governo de Michel Temer para aprovar o ajuste fiscal e as reformas, quando não os sabotaram. É o caso, por exemplo, do ex-presidente Lula, que avisou, em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, que pretende convocar “um referendo revogatório de muitas das medidas aprovadas por Temer” e chamou de “criminoso” o teto estabelecido para os gastos públicos.

A atual experiência argentina mostra que é possível vencer uma eleição defendendo o oposto do que pregam Lula e outros demagogos. Basta dar uma chance ao eleitor cansado de tanta irresponsabilidade.

*Publicado no Portal Estadão em 25/10/2017