sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

➤Copa do Mundo

Sorteados os grupos

Brasil X Suécia - dia 17 de junho


O Brasil terá um caminho tranquilo na fase de grupos na Copa 2018. Em sorteio realizado pela Fifa no início da tarde desta sexta-feira no Kremlin, em Moscou, ficou definido que a Seleção terá Suíça, Costa Rica e Sérvia como adversários em sua chave no Mundial.

Cabeça de chave do Grupo E, a equipe comandada por Tite, que ficará hospedada em Sochi, no sul da Rússia, estreará contra a Suíça no dia 17 de junho, às 15h, na sede de Rostov, também no sul do país, que fica a 1,6 mil quilômetros da capital Moscou. 

GRUPO A – RússiaArábia – Egito Uruguai
GRUPO B – PortugalEspanhaMarrocosIrã
GRUPO C – FrançaAustráliaPeruDinamarca
GRUPO D – ArgentinaIslândiaCroáciaNigéria
GRUPO E – BRASILSuiçaCosta RicaSérvia
GRUPO F – AlemanhaMéxicoSuéciaCoreia do Sul
GRUPO G – BélgicaPanamá TunísiaInglaterra
GRUPO H – PolôniaSenegalColômbiaJapão

➤OPINIÃO - 2

Crise venezuelana afeta todos os setores da sociedade

Chavismo de Nicolás Maduro ganha dimensões inéditas em 
termos de repressão e escassez, com impacto social, 
político e econômico sem precedente na história do país

O agravamento do autoritarismo imposto por Nicolás Maduro transformou a Venezuela numa ditadura de facto. À medida que as instituições democráticas vão sendo asfixiadas, áreas vitais da sociedade mergulham em uma crise generalizada e sem precedentes, trazendo o risco de uma guerra civil e o esfacelamento completo da república. Não se trata de má vontade ideológica com o regime, mas da mera constatação empírica do fracasso do bolivarismo, materializado na deterioração das condições de vida.

No campo político, observa-se o acúmulo de poder pelo Executivo, que aparelhou o Judiciário, as Forças Armadas e inviabilizou o Legislativo, último reduto da Oposição. A violência do Estado, perpetrada por forças de segurança e organizações paramilitares, se tornou sistêmica e ganha níveis inéditos de repressão. Verificam-se diversos tipos de violações de direitos humanos, como prisão sem o devido processo legal, tortura e assassinato. Maduro tenta justificar o injustificável mediante uma vociferante coleção de acusações contra o “inimigo externo”: o imperialismo americano.

Segundo reportagem do GLOBO, o Human Rights Watch (HRW) e o Foro Penal venezuelano, ONGs conceituadas no monitoramento dos direitos humanos, contabilizaram 88 casos de graves violações no país, afetando 314 pessoas, apenas entre abril, quando começaram as manifestações de rua contra o regime bolivariano, e setembro. As ONGs mencionam casos de tortura, como asfixia, aplicação de choques elétricos e abusos sexuais. Elas acrescentam que este ano, só nos protestos de rua, 124 pessoas foram mortas e mais de duas mil ficaram feridas. A perseguição a opositores e suspeitos de subversão se tornou sistemática, inclusive com invasão de residências sem mandado, prisões ilegais e ações militares contra civis. Líderes da oposição, como o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, estão fugindo do país.

Já as finanças do país, baseadas no petróleo, foram dilapidadas por uma gestão populista e centralizadora, resultando na pior crise econômica de sua história. A Venezuela vive sob hiperinflação, escassez de todo tipo de produto, racionamento de energia e uma crise social sem precedentes, com crescente desemprego e criminalidade. A falta de camisinhas, para ficarmos num exemplo banal, já causa o aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada. Mas a escassez é geral e inclui alimentos, remédios e itens de primeira necessidade. Não à toa, a população foge pela fronteira, num êxodo que já se transformou em crise humanitária.

Afetadas pela crise do chavismo, nações latino-americanas formaram o chamado “Grupo de Lima”, que reúne 12 países, e pressiona o governo de Caracas, condenando a “ruptura da ordem democrática e a sistemática violação dos direitos humanos”. É preciso que esse tipo de pressão internacional continue e inclua outros grupos de nações, como a UE, forçando o regime de Maduro ao diálogo.

*Publicado no Portal O Globo em 01/12/2017

➤OPINIÃO

Ou vai ou racha*

Alckmin se consolida e atrai governo e PMDB. Mas isso custa caro...

Eliane Cantanhêde

A semana consolidou o protagonismo de Geraldo Alckmin no PSDB e na eleição presidencial, irradiando articulações com outros partidos, particularmente o PMDB, e para governos estaduais, particularmente o de São Paulo. João Doria, por exemplo, acionou seu plano B: a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Depois de deslizar ladeira abaixo na disputa com o padrinho Alckmin pela vaga de presidenciável tucano, Doria vem aí para sua sucessão. Aliás, os dois vão juntos a Brasília, no mesmo avião, para a convenção tucana que elegerá Alckmin presidente do PSDB e, provavelmente, o indicará candidato ao Planalto.

A costura, no entanto, desagrada a setores do PSDB, depende fortemente do PMDB e será uma nova pedreira para Alckmin e Doria, agora unidos para sempre, até que a morte – ou turbulências na campanha – os separe. Vai que Alckmin se consolide politicamente, mas não se viabilize eleitoralmente? Doria estará a postos.

Um fator decisivo na equação (talvez no resultado) do PSDB é o Planalto. Mesmo recém-operado, o presidente Michel Temer viaja pelo País, comemora os índices positivos na economia que pingam mês a mês e está metido até a alma na aprovação de alguma reforma da Previdência. Tudo isso com dois objetivos: participar ativamente da sua sucessão e não passar vexame nos livros de História. 

Temer candidato a um segundo mandato? Praticamente impossível. Henrique Meirelles unindo governo e base aliada em torno do seu sonho pessoal? Improvável. Sobra a opção de emprestar os êxitos e os instrumentos de Temer para outro candidato – e contra os demais.

O PMDB, maior e mais ramificado partido do País, era uma federação de partidos e se transformou em federação de problemas e incógnitas. Uma parte (Renan Calheiros) vai com o PT, outra (Eliseu Padilha) com o PSDB e em direção a Alckmin. Os interesses, disputas e picuinhas estaduais vão definir o resto.

O presidente do partido, senador Romero Jucá, xingado ontem em um voo, tem uma habilidade política inquestionável. O que dizer do líder dos governos FHC, Lula e Dilma e Temer? Poderia ir para um lado ou para outro, mas está com o PSDB e, quando defende “um projeto único para o País”, tenta dar uma ordem unida a favor do PSDB – ou de Alckmin.

Isso não sai de graça, como nada no PMDB e na própria política sai de graça. Jogar a máquina do governo e o peso do partido significa negociar a garantia de votos tucanos para a reforma da Previdência, o uso dos palanques para defender o governo Temer e o apoio a candidatos do PMDB nos Estados.

O pacote PMDB-PSDB caminha para Doria ao governo paulista, rifando o peemedebista Paulo Skaf e provocando o tucano José Serra com vara curta. Mas há pragmatismo aí: se alguém comanda a política paulista é Alckmin...

A oposição não está parada. Jair Bolsonaro é o oposto de Alckmin: ele se viabiliza eleitoralmente, mas não demonstra força política e partidária. A fórmula deu certo (em termos de votos) com Fernando Collor. A ruptura de 2018 se assemelha à de 1989? Andamos para trás?

Nas esquerdas, há a tentativa de unificar o discurso, mas cada qual com seu candidato. Logo, “unificar o discurso” significa meter o pau no governo Temer. Neste fim de semana, Guilherme Boulos experimenta saltar de líder do MTST a candidato do PSOL, enquanto o PCdoB inova ao lançar uma candidatura própria, a da deputada gaúcha Manuela D’Ávila.

A Rede continua à espera de Marina Silva anunciar se vai disputar ou não pela terceira vez. E o PT? Vai se segurando com o que tem à mão, que é Lula, o campeão das pesquisas e dos processos. E se não for ele? Fernando Haddad está de prontidão, mas a eleição com Lula é uma e, sem ele, outra bem diferente.

*Publicado no Portal Estadão em 01/12/2017

➤COMENTANDO

Nas rádios, nos jornais, na internet...

CEEE pode perder a concessão
Uma das mais tradicionais empresas do Rio Grande do Sul, a Companhia Estadual de Energia Elétrica, pode perder a concessão caso não atinja a meta de investimentos prometida até 20020. Quem afirma é a Aneel. 
Ontem (30) aconteceu uma reunião entre dirigentes da Aneel e representantes do governo estadual, o assunto foi levantado e, pelas palavras do dirigente nacional, “a situação é preocupante”
E pensar que a CEEE já foi uma empresa milionária, com investimentos em todo o RS e responsável pela distribuição de energia elétrica em todo o Estado.
Sei de muitos problemas que levaram a CEEE a esta situação de perigo e falo sobre apenas um, o grande número de ações trabalhistas que minaram o patrimônio da empresa e enriqueceram advogados. Uma pena!

Na Venezuela, diabéticos estão morrendo sem insulina
Nos últimos quatro meses, pelo menos 24 pessoas morreram vítimas de diabetes por falta de insulina e mais cinco foram amputadas em um mês, o que motivou a Organização Mundial de Saúde a admitir que o país passa por uma crise humanitária. A situação é tão grave, que os médicos de um hospital em Vargas, estão fazendo vaquinha para comprar equipamentos e produtos básicos.
Ontem (30), algumas estações do metrô de Caracas fecharam por falta de luz Enquanto isso, em 17 estados venezuelanos, a gasolina está acabando, o que deverá gerar um verdadeiro caos.
As farmácias estão sem remédios para câncer, diabetes e difteria. Os supermercados estão com prateleiras vazias. Não há emprego e a fome leva pessoas a abandonarem o país.
Mas Nicolás Maduro, que muitos brasileiros elogiam por sua ‘posição democrática’ já anunciou que vai disputar novas eleições (?) para presidente.
Pobres venezuelanos que, sem saída, se submetem a uma ditadura que já se tornou escancarada.

Nem reforma previdenciária nem propaganda
Além do deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, anunciar que o governo ainda não tem os votos suficientes para aprovar a reforma da previdência, agora a Justiça Federal de Brasília suspendeu a propaganda feita pelo governo em todo o Brasil. Quem pediu o fim da propaganda foi a Associação Nacional dos Auditores da receita Federal, alegando mensagem “inverídica” sobre corte de privilégios.
Confesso que não tenho uma opinião definitivamente formada sobre a reforma da previdência, mas sei que não pode continuar como está. Alguma coisa deve ser feita para que os brasileiros, depois de trabalharem durante quase toda a vida, não recebam uma pensão que pode ser considerada quase miserável. Enquanto isso, se alguém for deputado por pelo menos um mandato, além de tudo o que ganha (?) durante o mandato, sairá com uma aposentadoria de encher os bolsos. Pode isso, Arnaldo?

Esconderijo oficial
Contando, certamente ninguém vai acreditar, mas o presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, que esteve foragido por sete dias, estava escondido num apartamento funcional ocupado por uma funcionária da Câmara e, o que é inacreditável, pago por todos nós.
No tempo em que foi procurado (?) pela polícia, ele circulou livremente pelas ruas de Brasília, esteve na sede do PR e, no final de semana, num apartamento que fica a menos de três quilômetros da sede da Policia Federal.
Agora, depois de se apresentar, está na cadeia, acusado de dissimular doações para a campanha de Garotinho ao governo do Rio de Janeiro.
Está aí uma boa sugestão para quem quiser aplicar algum golpe e se esconder: é só ficar num apartamento funcional, pago por nós, em Brasília.
Acho que o Brasil não tem mais jeito!

Copa do Mundo da Rússia
Hoje, a partir das 13 horas, a FIFA realizará, em Moscou, o sorteio dos oito grupos da primeira etapa da Copa do Mundo do ano que vem. Cada grupo terá quatro países. Em cada grupo, só podem ser sorteados no máximo dois países europeus e apenas um país de cada uma das confederações restantes.
O capitão do penta, Cafu, é um dos craques escolhidos para participar da cerimônia do sorteio das chaves. Cafu disputou quatro Copas, de 1994 a 2006, e é o único jogador a disputar três finais de Copa do Mundo, ganhando duas vezes. Fez 20 jogos de Copa, ganhando 16, empatando um e perdendo três.
Então, a partir das 13 horas de hoje iniciamos nossa caminhada para mais uma Copa, torcendo para que o Brasil, pelo menos, esteja na final.