quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

➤Foi Lula quem disse:

'Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio'


Em caravana há três dias pelo Espírito Santo e o Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insinuou, na noite desta quarta-feira, 6, que a Operação Lava Jato teria ajudado a quebrar o Rio de Janeiro.

"A Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio. É preciso fazer uma distinção: se um empresário errou, prende o empresário. Mas não precisa quebrar a empresa,  porque quem paga o pato é o trabalhador, que é inocente”, afirmou o petista. “Por causa de meia dúzia que eles dizem que roubou, e que ainda não provaram, não podem causar o prejuízo que estão causando à Petrobras", completou, em um ato em Maricá, cidade praiana a 60 quilômetros da capital fluminense governada pelo PT. 

O evento faz parte da caravana do petista no Rio e no Espírito Santo. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também esteve presente no ato, que durou cerca de 25 minutos. O ex-presidente segue no estado do Rio até sexta-feira, quando passa pela capital. Na quinta-feira, estará na Baixada Fluminense. É sua terceira caravana em 2017.

"Eu nunca na minha vida vi o Rio tão pobre, infeliz, quase na falência. O governador não tem 1% de aprovação, o outro governador está preso, o outro também, a governadora também, o presidente da assembleia também. A política está em processo de destruição no País e o Rio é a grande vítima disso", continuou, referindo-se ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), aos ex-governadores Sérgio Cabral  (PMDB), Anthony Garotinho  (PR) e Rosinha Garotinho (PR) e ao presidente afastado da Alerj Jorge Picciani (PMDB).

O município de Maricá é governado pelo PT há oito anos. A filha de Lula Lurian da Silva é dirigente local da legenda e participou do ato. Durante o dia, a prefeitura mandou arrancar cartazes colados em  muros com dizeres contra o ex-presidente: "Fora de Maricá. Lula ladrão, seu lugar é na prisão". A segurança foi reforçada pela polícia por conta da possibilidade de haver protestos contra ele, mas nada aconteceu. A população de Maricá foi chamada a assistir o comício de Lula por carros de som que circularam desde segunda-feira pelas ruas. Na prefeitura, os servidores foram convocados.

Eles chegaram cedo à Praça principal da cidade para aguardar Lula. Às 17 horas, ainda no horário do expediente, servidores começaram a encher a praça.
Agência Estado